Desenterrando passados... escrita por Juju Moreira


Capítulo 5
Olá querido diabo...


Notas iniciais do capítulo

E então, sentirão saudades? Perdoem-me pelo atraso, mas acabei tendo de acertar algumas coisas. Mais e então, ansiosos para saber da entrada na vida adulta de nossa amada Catherine? Vamos ao que interessa né, boa leitura meus queridos.



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  Nunca deixei de mandar cartas para Scott, algumas eram endereçadas a apenas a ele, já outras também eram endereçadas para a irmã Tereza. Certa vez, uma carta foi enviada para mim pela irmã Tereza como resposta, trazendo a notícia que ela havia deixado de ser freira. Ela dizia que não estava satisfeita com as atrocidades que eram praticadas dentro daquele lugar, então acabou abandonando o habito, e por final, percebeu que estava perdidamente apaixonada por Scott, Scott não mediu esforços e pediu imediatamente ela em casamento, já que sempre foi apaixonado por ela. Fiquei muito feliz pelos dois. Em todas as cartas que envie a ambos, nunca deixei uma vez se quer de perguntar pela Madre Superiora, tinha que ter a certeza de que ela ainda estaria viva quando eu resolvesse voltar para lhe fazer uma visitinha. Bem... por incrível que pareça, nenhum culpado foi pego pela morte de meus pais e o caso acabou se tornando apenas mais um arquivado nas gavetas da polícia, mas isso não iria durar muito tempo, jurei a mim mesma que um dia eu iria solucionar por si só, esse mistério mal resolvido.

  Minha entrada na universidade não foi nada como eu esperava, talvez as palavras da Madre Superiora houvessem refletido demais sobre mim. Eu não tinha amigos, e era solitária, no entanto, eu sempre fui muito boa no que fazia. Me tornei uma das melhores alunas de minha turma de Biomedicina. Sempre era elogiada e eu gostava muito do que fazia... ter a vida de pessoas dependendo de mim... era extremamente excitante, foi então que conheci o Doutor Frederick Forquar White, meu professor de anatomia. Com suas aulasde dissecação, aprendi a ter destrezae firmeza de uma cirurgiã invejável, no entanto, as vezes eu tinha a ligeira impressão de que ele me observava, não por eu ser bonita, mas pelo meu talento.E foi por coincidência, que em uma aula como outra qualquer, que conheci meu companheiro de longa data. Um professor nos demonstrava como lidar com determinadas toxinas. Eu não estava lá para adquirir experiência com vítimas de envenenamento, era obvio, isso seria entediante para mim, eu estava lá para adquirir conhecimentos com os variados tipos de venenos e dentre muitos, um capitou minha total atenção. Sua forma de como era usado, seus efeitos colaterais, tudo nele era instigantes para mim, tudo era... fascinante.

  Além de não ter amigos, eu também não tive namorados, sai com alguns caras, mas nenhum pode despertar meu lado romântico. No entanto, eu possuía outra característica que muitas a invejariam. Eu conseguia ter qualquer homem que eu quisesse em minhas mãos. Foi desta forma que consegui tirar um A em uma de minhas matérias na faculdade, não por que eu precisasse, mais sim por que eu estava treinando meu poder de sedução. Queria saber até onde eu conseguiria ir para conseguir aquilo que eu queria, ou melhor, até onde eu poderia os levar.

  Foi em uma noite de sexta feira que o professor Slenderme abordou discretamente nos corredores e pediu que eu o encontrasse em sua sala particular no compus. Eu sabia muito bem o que ele queria e minha paciência com aquele homem nojento já estava esgotando, então resolvi por um basta nisso, fui até sua sala e não o encontrei, resolvi esperar um pouco sentada em seu sofá quando ele adentrou a sala trazendo em mãos uma garrafa de vinho e duas taças:

— Está atrasado Slender, e você sabe que eu odeio impontualidade.

— Perdoe-me minha cara, mas achei que uma jovem da alta sociedade apreciaria uma ótima taça de vinho antes de irmos ao que interessa!

— Ótimo, mas prefiro que eu mesma me sirva, não confio muito nas pessoas! – Disse em um tom seco e ele nem sequer fez menção de se ofender. Ele apenas me entregou as duas taças e a garrafa de vinho, em seguida sentou no sofá.

— Sirva-me também. – Ordenou.

— Será um prazer meu caro! – Disse me virando de costas e pousando as duas taças sobre a mesa, aquela seria a minha chance. – Aqui está.

— Saúde! – Disse ele erguendo sua taça e eu apenas permaneci cala com um sorriso nos lábios, em seguida degustei lentamente meu bom vinho francês. Uma vez sai com um Italiano que me tornou uma expert em vinhos e me ensinou a reconhecer o gosto de cada um, desde então o vinho se tornou minha bebida preferida. Em poucos segundos, vi Slender soltar a taça no chão que se partiu em mil pedacinhos. – O... o que... o que pôs na... na bebida?

— Suas aulas sobre toxinas me foram muito gratificante Slender e me rendeu o bastante. – Disse retirando o pequeno frasco de estricnina de meu bolso, o mesmo veneno que me chamou a atenção em sua aula. – Pena que não posso dizer o mesmo de você meu caro!

— Sua... sua... - Vi o homem cair no chão. Peguei uma rosa vermelha que estava dentro de um pequeno vaso sobre sua mesa e a atirei sobre a poça de vinho derramada no chão.

— Boa noite querido, e que o diabo se encarregue de sua alma! – Disse gargalhando freneticamente, foi então que fui interrompida por palmas irônicas atrás de mim.

— Bravo...

— Dr. Forquar White! – Falei surpresa.


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Notas finais do capítulo

Será q o Doutor viu todo o crime? E se viu, como ela vai sair dessa,.n esqueçam de comentar bjs.



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