Capitulo 6 

Eu estava me sentindo perdida, não tinha certeza de onde estava, mas sabia que estava frio e escuro. Eu estava no meio de alguma floresta em algum lugar, mas não em casa, com certeza.

Ouvi um barulho longe dali, corri em velocidade sobrenatural, quando senti um cheiro de algo diferente. Era sangue, quando me aproximei vi que era um humano, eu o conhecia... Certo dia eu estava em um elevador e o vi. Ele havia caído na floresta, não sei oque ele fazia ali, mas o cheiro de sangue me inebriava. Aproximei-me e ele parecia encantando, esqueceu-se um pouco da dor.

Oi- disse ele, tentando se esquecer da dor que vinha da ferida. – Eu sabia que você viria, estava á sua espera, não consegui tirar você da cabeça.

Oi, você me esperava? Eu... – quando eu tentei continuar alguém me pegou por traz, me distrai tanto com a situação que baixei a guarda, esquecendo meus extintos por causa do sangue que me deixava sedenta.

Olá, Cullen... Eu sabia que você estaria aqui queridinha, pronta pra morrer?- disse uma mulher a qual eu não conseguia ver, a voz era irritante e o cheiro mais ainda.

Eu não vou morrer, não pelas suas mãos- Eu disse tocando nela e fazendo uma carga elétrica passar pelo seu corpo, obrigando ela a se afastar.

Consegui ver seu rosto, era uma mulher um pouco mais alta do que eu, tinha os cabelos negros e olhos cor de vinho, vibrando de ódio, enquanto se recuperava do susto.

—Você não vai me deter do mesmo jeito que não vai tirar ele de mim, ele é meu! - fiquei em choque, de quem ela esta falando? Ela é louca, com certeza... Ela não pode estar querendo me matar por causa do humano que ali estava com uma cara de dor e desentendimento.

—Você é louca retruquei, eu não tirei nada de você! Nem te conheço. –Então ela avançou com uma fúria assassina nos olhos. Me preparei para revidar, eu teria que matar aquela mulher. Quando de repente alguém apareceu, puxando-a pelos cabelos.

 -Amor vou mata-la, e ela nunca mais vai interferir eu prometo- Olhei chocada para ele, Alec? Oque ele fazia aqui? Ela o chamara de amor? Senti uma dor estranha no peito, fiquei sem reação, perdendo o controle, um redemoinho começou a se formar ao meu lado.

Alec me olhou nos olhos com um brilho assassino no olhar, tive medo dele mesmo me matar, só que isso não se encaixava com a cena, e logo disse para a mulher a sua frente.

—Não há no que interferir, não sou seu amor, e nela ninguém toca!! – Assim que pronunciou as palavras ele arrancou a cabeça da mulher em um gesto rápido e preciso, ateou fogo no corpo e me olhou como se nada mais existisse...

—Alec?- Acordei chamando... Sentindo como se o fogo estivesse dentro de mim.

 Que sonho foi esse? Como eu pude sonhar com um Volturi? Eu devo estar ficando louca, é a única resposta aceitável. Estar fora de casa, da minha rotina esta confundindo meus sonhos.

Sentei na cama feliz pelo quarto estar vazio, graças a Deus ele não estava ali. Eu não queria que ele soubesse que na minha primeira noite ali já havia sonhado com ele e sem motivos aparente... Por mais que ele tivesse sido tão doce comigo na noite anterior isso não justificava ele estar em meus sonhos. Eu não podia esquecer que ele estava agindo assim a mando de seu mestre, só poderia ser por esse motivo.

Peguei meu celular que estava no criado mudo e vi que marcava a hora, eram 07h30min. Me levantei pois sabia que já não conseguiria dormir. Peguei minhas coisas e fui tomar um banho, deixei a água cair sobre mim, lavando meus pensamentos, meu corpo, e deixando me relaxar o máximo possível, porque daqui a pouco tempo começaria uma onda de torturar em forma de treinamento, bom era melhor eu pensar o pior do que sonhar que seriam bonzinhos comigo.

Sai do banho, me vesti rapidamente com uma legging preta, uma blusa preta que cobria até o bumbum e marcava as formas do meu corpo, sequei meus cabelos deixando os cacheados, caindo ao redor dos meus ombros, me maquiei bem sutilmente só destacando meus cílios e um pouco dos meus lábios com um batom vermelho que destacava também os meus cabelos ao redor, calcei meus tênis favoritos e sai do quarto.

Alec estava sentado no sofá em frente à mesa, lá havia uma bandeja com panquecas, algumas frutas, suco e sangue. Minha garganta ardeu quando pensei no sabor. Olhei para Alec e ele estava com um olhar de admiração, me constrangi ao perceber e abaixei a cabeça assim que senti meu rosto esquentar.

 -Bom dia! Acordou cedo. Pensei que dormiria mais, como foi sua noite?

— Bom dia, dormi bem. Deve ser o fuso horário que me fez acordar cedo, mas não tem problema, acho que terei um dia cheio de qualquer jeito- respondi enquanto sentava para tomar meu café.

—Que bom. Prometo que vou tentar pegar leve com você, mas não posso afirmar o mesmo dos seus outros professores... Você vai começar comigo, quero ver até onde conhece os seus poderes. – Assenti em silêncio enquanto comia e pensava no quão legal seria começar com demonstração de poder, tudo que eu queria, pensei pesarosa.