De repente eu te amo - R&A escrita por Mih Felicio


Capítulo 4
Capitulo Quatro


Notas iniciais do capítulo

Agora sim teremos um pouquinho que Alec para nós.
Boa leitura *-*



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Capitulo 4

A viagem durou um pouco mais de 12 horas no jatinho particular dos Volturi. Aterrissamos em uma cidade próxima a Volterra pelo que Demetri havia falado. Pegamos um carro o qual ele dirigia rapidamente. Nas últimas horas percebi o grandão me olhar, me analisando aparentemente, então quando cansei disso e vi que ele não falaria nada sobre, o encarei aproveitando que estávamos sozinhos no carro para fazer algumas perguntas, e por incrível que pareça não senti medo dele em momento algum da viagem.

—Então loiro qual o problema? Ou você para de ficar me encarando e me analisando, ou me fala o que esta pensando ou eu posso descobrir sozinha entrando na sua mente loira. – Falei dando risada das caras e bocas que ele fazia.

—O que aconteceu com aquela menininha assustada que eu vi na clareira há sete anos Renesmee? – ele me perguntou em tom de brincadeira com um sorrisinho nos cantos da boca.

—Bom basicamente à menininha cresceu caso não tenha percebido. – falei dando uma piscadela pra ele e rindo de novo e gesticulando para o meu corpo, não sei por que mais ele me divertia.

—Hum, isso eu percebi com certeza, você se tornou uma mulher incrível. – ele respondeu com um sorriso malicioso e eu dei um soco de leve nele, fingindo estar irritada.

—É já me falaram isso antes. - respondi em tom de deboche. -Mas você ainda não respondeu a minha pergunta!

—Eu estava só pensando em algumas coisas... Você realmente se tornou uma mulher diferente daquela criança. Está mais corajosa, percebi oque você fez; sua decisão de vir comigo não foi por mera curiosidade e sim pensando em não causar maiores conflitos naquele momento. Fiquei um pouco surpreso em ver você fazer todos calarem a boca e aceitar sua decisão.  Até agora não entendi o porquê eles deixaram, mas aparentemente você se tornou uma mulher destemida e ainda sim amável.

Fiquei surpresa com a resposta dele, ele foi direto e pelo que senti nas palavras, sincero no que estava pensando. Fiquei corada diante das palavras dele.

—Ei nem precisa ficar envergonhada, não sei por que, mas não consegui mentir pra você, eu poderia ter falado qualquer desculpa. Gosto de você Renesmee, nunca pensei e falar isso, mas acho que podemos até ser amigos ou algo a mais se você quiser, não me importaria e te ensinar algumas coisas. - Disse ele sorrindo verdadeiramente pra mim.

—Acho que seria bom ter um amigo no meio dos Volturi, menos um pra querer arrancar minha cabeça caso eu não agrade. - Disse olhando para a estrada que aparentemente chegava ao fim, dando visão ao grande castelo alguns quilômetros à frente, mas ainda assim o vi revirando os olhos com as minhas palavras e sorrindo, é claro que fingi não ter ouvi as ofertas feitas a mim.

Assim que chegamos, um enorme portão de ferro se abriu para a Ferrari preta de Demetri entrar. Fiquei impressionada com a magnitude daquela construção, eu já havia viajado para alguns lugares que tinham arquitetura antiga, mas este castelo é com certeza deslumbrante. Demetri percebeu a minha fascinação e o vi sorrindo de leve.

—Devemos ir direto para a sala dos tronos Renesmee, mas se você quiser posso te mostrar o castelo pessoalmente depois, você vai amar – quando ele disse isso me deu um sorriso maldoso e uma piscadela. Sai andando pelos grandes corredores rindo dele.

Pegamos um elevador espelhado e saímos de frente para um grande saguão onde tinha uma bela recepcionista vampira atrás de uma grande mesa de madeira escura, seguimos em direção ao corredor central, o chão era de um porcelanato branco aparentemente bem caro, parecia um espelho, meu salto fazia um pouco de barulho, mas nada que incomodasse demais mesmo aos vampiros que possuem uma audição melhor que a minha. Paramos na frente de uma porta dupla enorme que tinha um grande brasão dos Volturi, o mesmo que Demetri usava em seu pescoço.

As portas se abriram assim que paramos em sua frente, Demetri entrou na frente e eu logo atrás, um pouco constrangida por tantos olhares em mim, mas não deixei isso ser expresso em minha face, eu era uma ótima atriz. Andei até o centro do grande salão, sustentando o olhar de vários Volturi que me olhavam alguns com surpresa, outros sem demostrar reação alguma, continuei firme e com postura perfeita até o centro da grande sala, quando olhei para os três líderes sentados nos tronos. De um lado, o loiro que se bem me lembrava era Caius, foi ele que ateou fogo na tia Denali que eu nem pude falar ou conhecer por causa da não guerra, do outro lado Marcus, o vampiro que parecia não se impressionar com nada, com uma cara que parecia estar em outro planeta viajando em pensamentos... Tédio o descrevia e o do meio certamente Aro, esse com certeza eu me lembrava. Ele me olhava com um sorriso diabólico nos lábios, fez me lembrar de muitos pesadelos que tive na infância os quais só vieram parar um ano depois da visita deles a Forks. Tudo isso se passou eu minha mente em um minuto, enquanto eu me posicionava na frente dos líderes.

—Minha bela Renesmee, que felicidade em vê-la aqui conosco, não sabe como me alegro em te ver tão magnifica, tornou se uma linda mulher. –disse-me o líder enquanto se levantava do trono e vinha até mim. Olhei de relance e vi os gêmeos dos quais eu me lembrava da batalha e de ouvir minha família falando várias vezes, eram os irmãos bruxos de Aro, ao olha- los vi que a loira baixinha não demostrava nada em seu rosto, mas seu irmão tinha um brilho nos olhos o qual não entendi e sumiu imediatamente assim que ele percebeu meu olhar, tornando o olhar frio e inexpressível, mesmo assim continuava lindo.  Voltei minha atenção a Aro que já estava em minha frente.

—Olá Aro, como tem passado?- Perguntei sorrindo amigavelmente.

—Melhor agora minha cara, muito melhor. - Respondeu sorrindo em retribuição e continuou – Como estão meus queridos Cullen? Importasse de me mostrar?- antes que eu pudesse toca-lo ele pegou minha mão no ar, para ler meus pensamentos, eu odiava isso, cada pensamento descoberto por um desconhecido que tentara me matar no passado. Em minutos ele estava me olhando de volta com um sorriso satisfeito.

—Muito bem, fico feliz em saber que todos estão bem, também em saber que já fez um novo amigo entre os nossos isso muito me alegra. Bom como sei que esta cansada da viagem pode ir para o seu quarto descansar. E antes que eu me esqueça, não tenha medo, o passado deve ficar no passado, e ninguém ousará machuca-la eu lhe asseguro isso, minha doce Renesmee! – Ele me afirmou as últimas palavras de forma tão intensa que me deixou desconcertada, esse é realmente o mesmo Aro de anos atrás? Bom pelo menos eu já sabia que ele era excelente ator.

—Irei Aro, só gostaria antes de saber oque farei durante sei lá quanto tempo que vou ficar aqui... – Falei isso com certa desconfiança, mais como reflexão do que pergunta realmente, mas não deixei isso transparecer na minha voz nem eu meu rosto... Em geral nós imortais temos certa facilidade em controlar a expressão.

—Sim minha querida Renesmee, você treinará junto a minha guarda, para desenvolver os seus talentos que evoluíram bastante por sinal, quero saber como você esta e poder te ajudar se algo for preciso. – Senti que tinha algo a mais, porém deixei para observar durante a minha estadia aqui, um temor passou por mim, com certeza ele me queria.

—Demetri, Alec e Jane vocês ficaram responsáveis pelos cuidados da nossa querida hospede, não hesitem se ela precisar de algo. Quero a treinando e aprendendo muito com vocês.

—Sim, mestre. - Responderam todos em uníssono. Olhei para os gêmeos e tive um pressentimento, espero que não seja um mau sinal. Enquanto nos virávamos para ir conhecer meu quarto ouvi Aro falar novamente.

—Jane e Demetri vocês ficaram aqui comigo por enquanto, preciso falar a sós com vocês e Alec acompanhe Nessie para os aposentos dela e fique com ela, sim. – Me surpreendi com ele me chamando pelo meu apelido, como se fosse íntimo, segurei uma careta.

Senti um arrepio quando o Volturi passou por mim me olhando profundamente nos olhos. Seguimos até o elevador em silêncio, ele segurou a porta para que eu entrasse e o encarei, um bruxo Volturi sendo gentil, nossa por essa eu não esperava.

—Obrigada, Volturi. – Agradeci cordialmente com um leve sorriso.

—Por nada, Cullen. –Ele retribuiu olhando em meus olhos, senti como se uma eletricidade passasse por mim e desviei o olhar, porém ele não parou de me encarar e isso meio que me constrangia.

 Havia outros humanos no elevador, sinceramente eu não sabia o que eles faziam aqui, até passar pela minha mente que eles poderiam ser o jantar! Só de pensar na ideia já me sentia triste, eu não gostava nem de imaginar o tanto de vidas humanas que eram perdidas diariamente para satisfazer ao desejo de sangue de todos esses vampiros que vivem aqui. Olhei rapidamente para traz e vi um rapaz me olhando, ele era jovem devia ter por volta de 23 anos, era loiro e de olhos claros, quando meu olhar cruzou o dele, ouvi seu coração disparar. O elevador parou no nosso andar e o rapaz rapidamente tocou a minha mão para depositar nela um papel, ao sair do elevador o ergui rapidamente e vi que era um cartão de visitas com nome e telefone, comecei a rir e o Volturi a minha frente se virou para me olhar aparentemente sem entender o motivo do riso, quando me olhou e viu que eu segurava o cartão ainda sorrindo, me fitou com um sorriso de quem acha graça, mas vi nos olhos dele algo diferente, não era isso realmente que existia ali, parecia... raiva? Não vi nenhum motivo aparente para isso e parei de rir pensando no assunto.

—Conquistando admiradores logo no primeiro dia Renesmee Cullen? – ele me perguntou e me olhou arqueando uma das sobrancelhas, com um sorrisinho sarcástico.

—Bom o rapaz pareceu ser bem corajoso e até que não é feio – eu disse sorrindo maliciosamente, hoje nem eu me reconhecia - pelo menos ele parece saber oque quer! Pena que não poderei retribuir o gesto, não é mesmo? - Falei rindo e continuei andando seguindo o Volturi que seguia aparentemente tenso. Guardei o cartão no bolso do macacão preto que eu vestia, quando vi que havíamos chegado. No corredor havia quatro portas duplas com nomes gravados na madeira escura em letras bronzes tralhadas na própria madeira acima do símbolo do brasão dos Volturi, de um lado do corredor, na primeira porta havia o nome de Jane, em outra porta de Demetri, eu estava parada em frente de uma com o meu nome talhado e na porta do lado o nome Alec.

Revirei os olhos pensando o quão legal vai ser esse tempo com os meus professores em tempo integral nos quartos ao lado. Alec me observava quando entrei no quarto.

Era lindo, um estilo romântico. As paredes eram pintadas em tons pastel. No final do quarto tinha uma sacada que dava para parte da floresta e para os jardins laterais, a sacada tinha roseiras baixas com flores brancas e rosas, ao lado da varando estava uma grande cama que parecia ser bem confortável, com a cabeceira de ornamentos brancos e com replicas das mesmas rosas da varanda, ao lado da cama havia um criado mudo e um abajur em cima, em frente tinha uma televisão embutida na parede, próximo à entrada do quarto, uma estante com vários livros até o teto e na direção oposta um sofá de canto com muitas almofadas grandes e coloridas e o meu violão já estava ali, em frente uma mesa de centro grande com tampa de vidro, em cima de um tapete fofo em tom de creme, na mesa tinha algumas revistas e um vaso se centro azul claro com flores rosa e brancas que davam um charme no ambiente, próximo a estande de livros havia duas portas de madeira uma de um closet onde já estavam as minhas roupas e sapatos organizados e outra porta que levava ao banheiro com uma bela banheira.

—Alec, que quarto lindo, todos os quartos aqui são assim? – falei me sentindo confortável ao lado dele.

Ele me olhou com um olhar de satisfação – Não, esse foi decorado especialmente para você, e quem cuidou dos detalhes foi Jane, a mando de Aro. Cada quarto é diferente, tentamos fazer com que os quartos expressem a personalidade dos donos. Que bom que gostou Renesmee. Vou deixar você um pouco sozinha para descansar, tomar um banho... Estarei no quarto ao lado, se precisar me chame- ele saiu me olhando atentamente, com um sorriso nos lábios.

—Uau – disse baixinho quando ele saiu do meu quarto, que gato.

 Fui para o banho. Enquanto a banheira enchia eu penteei meus cabelos ondulados que formavam lindos cachos, que iam até a cintura, em um tom acobreado que eu amo. Meus olhos tem um tom mais puxado pra chocolate como os de Bella, mas ainda tinha um tom dourado devido á ultima vez que cacei. Entrei na água quente da banheira e relaxei, sentindo o cheiro dos óleos que estavam na água perfumando meu corpo.

No banho comecei a pensar no Jake, meu amado amigo que feri ao ir embora, nos meus familiares que ficaram e comecei a chorar sem perceber, por medo de não saber quando os veria de novo, quando iria fazer comprar com minhas tias novamente, na tentativa de irritar meus tios e meu pai estourando os cartões de crédito deles e do meu pai, só para rir da cara deles. Aquele foi o primeiro momento que tive sozinha, trazendo a oportunidade de sentir o peso do medo e da solidão em meus ombros...

De repente meus pensamentos mudaram de foco, pensando na possível amizade que começara a se formar entre mim e Demetri, e no Alec, que me intrigava com suas reações. Sempre ouvi falar que ele era terrível, igual à irmã. Algo que me vez questionar as reações dele, até porque ele foi cavalheiro no elevador, mesmo eu não entendendo as reações dele e a eletricidade que passou pelo meu corpo quando olhei naqueles olhos vermelhos sangue, que pareciam larvas de um vulcão dentro da escuridão, ou na reação dele quando viu aquele cartão que o rapaz que nem sei o nome me dera mais cedo... Foi raiva que vi no olhar dele? Não, deve ser coisas da minha imaginação...

Quando dei por mim percebi que já estava a mais de meia hora na banheira, sai rapidamente e como eu iria dormir pelo cansaço da viagem decidi vesti meu baby doll azul favorito, era de seda, um pouco curto e justo, porém confortável.

Ao sair do banho peguei o meu porta retrato que trouxe na mala, na foto estava eu e toda a minha família incluindo o Jake, e novamente voltei a chorar, pelo medo de estar ali sozinha, nunca estive longe da minha família, e agora nem sei por quanto tempo ficaria aqui, cercada de pessoas que até onde sei me odeiam e que me dão medo.

Enquanto eu estava perdida em meus pensamentos, vi a porta se abrir pela minha visão periférica e logo tentei enxugar as lágrimas, para que ninguém as visse, mas não antes do garoto que entrou perceber, ele deixou as frutas e água que trazia na mesinha de centro e veio ao meu encontro, virei o rosto para que ele não me olhasse, mas ele não se importou. Sentou-se na ponta da cama, tentando me olhar, sem sucesso.

—Porque está chorando Renesmee? Aconteceu algo? – senti ele me olhar insistentemente por uns minutos, não respondi e nem me mexi, tentando controlar as minhas emoções. Então sei lá oque deu dele, mas Alec tocou no meu rosto, tirando os cabelos que lhe impediam a visão, colocando atrás da minha orelha e delicadamente tocou no meu queixo elevando minha cabeça para que ele pudesse olhar meus olhos. Me vi presa naqueles olhos de sangue que ardiam ao me olhar, como se fossem queimar, a intensidade do olhar dele era tanta que tive a impressão que ele penetrava minha alma com aquele olhos e eu a dele. As lágrimas voltaram a escorrer de meus olhos inconsequentes e ele as limpou com a mão.

—Me conte. – Exigiu.

E não sei por qual motivo não consegui conter as palavras que saiam de mim em forma de pensamentos, toquei no rosto dele e mostrei como me despedi de minha família, o jeito que eu falei e como magoei o Jacob que eu tanto amava e o medo de me sentir sozinha diante do desconhecido. Depois de ver tudo, seus olhos entraram em foco novamente.

—Renesmee Cullen, eu nunca pensei em falar isso, mas você é uma mulher forte, Demetri me contou a forma que você agiu e para ser sincero aparentemente até Aro está impressionado com você, então não tenha medo, nada vai te acontecer eu estarei aqui para te proteger, e isso também é uma promessa de Aro. Você ainda pode falar com seus pais, nada te impedirá de falar com eles- disse ele me olhando com sinceridade- E quanto ao cachorro, bom, ele parece te amar então vai te perdoar, e vocês poderão ficar juntos quando sair daqui. - ele serrou os dentes ao pronunciar as últimas palavras, me senti confusa com aquela observação e senti certa necessidade de corrigi-la.

—Alec, eu não quero ficar junto do Jake, não dessa forma na qual você falou, eu o amo, mas como um irmão, se existe uma coisa que tenho certeza que não vai acontecer é eu amar o Jake como homem. Não posso correspondê-lo por isso que aquelas palavras o feriram tão profundamente. Eu ainda não encontrei a outra parte da minha estrela... – assim que terminei de falar, o olhei novamente, eu tinha desviado meu olhar para um ponto na parede atrás dele, percebi ele tentar mudar a expressão, mas não antes que eu visse um brilho inesperado em seus olhos, ele havia compreendido as minhas palavras em todos os níveis.

—Bom, Renesmee, acho melhor você dormir um pouco, amanhã será um dia cheio pra você. Será seu primeiro dia de treinamento com os Volturi. – Assenti para ele, o choro me fez sentir a cabeça pesar, e logo que deitei cai em um sono profundo.


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Notas finais do capítulo

E ai oque acharam?
Vejo vocês no próximo capítulo!!!



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