I'm With You escrita por Lune


Capítulo 1
Rescue


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Esta é a primeira fanfic que posto, então deem uma chance! Escrevi com muito carinho e espero que a recebam desta forma!
Espero que gostem, boa leitura! ♥

Nos vemos nas notas finais ~



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Sasuke’s Point of View

Acordo com o reflexo do atardecer em meu rosto. Pisco algumas vezes e me viro para o outro lado da cama para escapar da luz, mas é em vão. Sento na beirada do colchão e esfrego meu rosto. Ao olhar em volta vejo a tela do meu celular repleta de notificações, chamadas perdidas, provavelmente de Naruto, meu melhor amigo. Ele é o único que insiste em me ligar todos os dias. Todos meus amigos ou conhecidos sabem que não gosto de falar ao telefone, me sinto desconfortável, e ele me liga diariamente justamente por isso. É mesmo um idiota.

Quando estou prestes a levantar para lavar o rosto o telefone volta a vibrar.

— O que você quer Naruto?

Olha só quem resolveu dar o ar da graça! O que...

— Cala a boca Naruto. Diz logo o que você quer.

Ah, está de mau humor, acabou de acordar né?— “Como ele consegue falar tanto?” — Bom, não sei se está sabendo, vai rolar uma festa hoje na casa de uns amigos meus, talvez você até conheça, eles convidaram a gente. O que você acha?— Pondero por alguns segundos e olho o relógio: 18:32 h.

— Tudo bem, vamos.

— Ah! Valeu! Passo aí umas 20:00 então!

Depois de aproximadamente 15 minutos sento na cozinha com um prato de lasanha de micro-ondas e um copo de Coca-Cola. Após a refeição me dirigi para o banho e logo me visto com uma blusa preta de mangas, uma calça jeans também preta e um tênis da mesma cor. Me encaro no espelho e vejo meus cabelos ainda úmidos, os cubro com a toalha e sacudo levemente na parte de trás.

Sentei-me na sala com um livro em mãos enquanto esperava por Naruto.

*

Uchiha!— Ouço a voz abafada de Naruto através da porta.

— Está aberta.

E ele irrompe o apartamento com seus cabelos loiros espetados e seus olhos azuis fulgazes.

— E aí? Pronto? – Naruto me pergunta com seu entusiasmo de sempre. – Cadê a chave do seu Maserati?!

— Nada disso. Eu dirijo. – Enfio a chave no bolso.

— Porra, Sasuke.

— Talvez outro dia. – Gargalho enquanto ele me encara emburrado.

*

Cheguei junto com Naruto, mas no momento que entramos na casa o perdi de vista. Provavelmente foi em busca de sua presa da noite. Olho ao redor, um monte de adolescentes dançam ao som de alguma música eletrônica. O ambiente parece vibrar, mas não sei se por causa das caixas de som ou os pulos das pessoas. Faz calor então decido procurar algo para beber.

Tento desviar dos corpos suados enquanto saio da sala e vou para o exterior, onde tem uma piscina e ao lado, alguns freezers. Pego apenas uma cerveja. Não costumo beber em lugar nenhum, não me agrada muito nenhuma substância que sirva de desculpa para as pessoas fazerem o que não tem coragem de fazer quando estão sóbrias.

Todos pareciam se divertir. Era a época das festas, quando o terceiro ano do ensino médio estava se despedindo. Era uma festa do time de futebol, outra das líderes de torcida, entre outras. Próximo ano seria minha vez.

Enquanto dava voltas esperando por Naruto percebi garotas me encarando, como sempre, mas me pareciam demasiado fúteis. Algo comum é quererem dormir com caras populares, espalhar os rumores para se tornar também popularem temporariamente e se sentirem privilegiadas. Passei direto e entrei na casa, então senti vontade de ir ao banheiro. Interceptei o caminho de um cara qualquer e ele me indicou que era só subir as escadas. Segui.

Quando cheguei ao segundo andar ouvi vozes. Um casal. Vozes vindas do banheiro. Me assustei, não eram gemidos – como o esperado em situações parecidas –, tinha alguém gritando por socorro.

— Cala a porra da boca! – Ouvi a voz masculina abafada, seguida de golpes na parede paralela à porta.

— Para! Para! – A voz feminina suplicava – Você está me machucando!

Ouvir os gritos aterrorizados daquela menina a meio metro de mim me deixaram desnorteado. A sensação de inutilidade gelou meu peito, mas não podia ficar parado. Reagi, golpeando a porta com o ombro.

Mais um grito.

— Me solta!

Outro grito agudo soou juntamente com barulho de vidro se quebrando.

Me afastei da porta e corri novamente em sua direção, chutando a maçaneta e arrebentando-a. A porta se abriu bruscamente.

O dono da voz masculina tinha aparentemente a minha idade e cabelos vermelhos. Ao ouvirem a porta abrir os dois imediatamente me encararam. Os olhos dele, de um tom entre o dourado e o castanho, tinhas as órbitas avermelhadas e as pupilas dilatadas. Estava usando os braços para prender a garota na parede e apertava seu maxilar com as mãos cobertas de sangue. Sangue dela. Seus olhos verdes lacrimejavam e imploravam por ajuda, mas eu não vi medo, vi angústia, decepção, desamparo.

Saltei em cima dele, acertando um soco em seu queixo, desorientando-o. A garota caiu atrás de mim, sem forças. Continuei avançando para cima do ruivo.

— O que pensa que está fazendo, babaca?! – Ele grita, exasperado – Esse assunto não é da sua conta!

Percebi que ele estava totalmente alterado.

Acertei outro soco, agora no nariz, fazendo-o cair no chão agarrando o rosto com as duas mãos. O chutei mais duas vezes nas costelas, até ele parar de xingar e conseguir apenas gemer.

Por causa da adrenalina não percebi quando a garota levantou. Virei-me e ela chorava recostada à parede. A encarei, enquanto ela fitava o homem que a agredira. Contorcia o próprio corpo para conter os soluços.

Avaliei-a e senti meu estômago se contorcer. As roupas escuras, o salto alto e a maquiagem forte eram apenas um disfarce, e os cortes e hematomas pareciam apenas o reflexo de uma alma machucada. Me aproximei. Quis abraçá-la, dizer a ela que não precisaria ter medo jamais, que eu a protegeria. Porém, ela não sabia nem o meu nome.

A música ainda tocava alta no andar de baixo e ninguém havia se aproximado, provavelmente nem ouviram o que ocorrera.

— Vamos embora daqui. – Soltei.

Então segurei sua mão, e ela de cabeça baixa apertou a minha.

Saímos quase correndo em direção ao meu carro. Ela entrou no banco do carona e permaneceu lá sentada e imóvel, de pernas e braços juntos. Parecia ter medo de se mover, de incomodar. Antes de dar a partida enviei uma mensagem a Naruto avisando que estava indo para casa. Ele poderia arrumar outra carona.


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Notas finais do capítulo

E aí pessoal, o que acharam?
Se gostaram, comentem, se não gostaram comentem também!
Estou aberta a elogios, críticas e sugestões. Os comentários de vocês são muito importantes ♥
E, importante! Se gostaram desse capítulo, se preparem porque vão gostar ainda mais dos próximos, um grande beijo ♥



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