My Imaginary Friend escrita por Cardamomo


Capítulo 4
Vamos à festa!


Notas iniciais do capítulo

Ei... tem alguém aí?
Quanto tempo, né? rs

Eu sei que não tem desculpas pela minha irresponsabilidade com vocês, mas mesmo assim peço me que desculpem.
Eu fiquei em um bloqueio criativo há mais de um ano, e ontem que consegui voltar a escrever.
Espero que ainda tenha alguém aqui, se tiver, obrigado por esperar.

Boa leitura



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— Pessoal, amanhã tem festa lá na casa do Kim, bora? — Chega Hanna sentando no colo do Noah, ela tinha essas manias de forçar muita intimidade com os meninos, nunca ligando de ser a única garota do grupo.

— Eu respondo ou vocês cuidam disso? — Pergunta Arthur enquanto desembrulha seu sanduíche do plástico onde ele era vendido. Estavam no intervalo.

— Não sei, Arthur. Acho que a gente deveria ir. Tô cansado de passar minhas noites de sexta olhando pra cara de vocês, já faço isso todos os dias. — Responde Thomas com a boca cheia de torta de morango, sua preferida. Ele não era um garoto mal educado que fala de boca cheia sempre, só na frente de seus amigos e seu irmão mesmo.

— Tá reclamando? Procura novos amigos então. — Diz Noah tentando comer seu sanduíche, mas com um ser humano em cima dele, ficava difícil fazer qualquer coisa.

— Primeiramente, você não é meu amigo, é meu irmão. E segundo, se eu não reclamar, nem sou eu. Deveria estar acostumado com isso, como eu estou acostumado a ficar de vela pra vocês dois. — Responde Thomas apontando para seu irmão e para Arthur com seu garfo, logo dando um sorriso malicioso em seguida.

— Mais uma piada insinuando que o Noah e o Arthur são um casal? Nossa, você é tão original. — Retruca Hanna com o tom de voz carregado de ironia.

— Olha aqu...

— Não vamos perder o foco, a gente vai na festa amanhã ou não? — Noah interrompe seu irmão, por saber que ele ia acabar falando besteiras e começar uma briga desnecessária. O garoto conhece o irmão que tem.

— Eu voto sim. — Diz a garota mordendo um pedaço do sanduíche do Noah. Thomas apenas revira seus olhos.

— Eu também voto sim. — Concorda o jovem com o canto da boca sujo de torta.

— E você, Arthur? — Pergunta Noah encarando o garoto que apenas da de ombros.

— Vocês sabem que vou pra onde forem, é melhor do que ficar em casa. — Responde por fim e Hanna dá um gritinho comemorando, fazendo Thomas revirar seus olhos mais uma vez.

— Ótimo, então eu vou avisar o Kim. — Diz Hanna levantando do colo de Noah, que faz uma expressão de alívio, mesmo que disfarçando. A garota beija a bochecha de Noah e de Arthur e dá língua pro Thomas antes de ir embora de vez.

— Você sabe que ela é afim de você, não sabe? — Pergunta Thomas encarando seu irmão que suspira.

— Pra você, todo mundo é afim de todo mundo. — Responde Noah comendo seu lanche tranquilamente.

— Eu não tenho culpa de ser o mais inteligente daqui, e o único que repara nesses detalhes. — Thomas dá de ombros e termina sua torta. Noah apenas o ignora e encara Arthur que estava quieto demais.

— Aconteceu algo, Arthur? — Pergunta Noah dando um leve empurrão no ombro alheio.

— Hm? Não, não aconteceu nada. Só estou pensando nas provas que já vão chegar. — Responde Arthur dando um sorriso pra tranquilizar seu amigo, e Noah apenas assente não querendo pensar no fato de seu coração ter acelerado depois de receber aquele sorriso adorável do outro.

Os dois voltam a comer.

Arthur não disse toda a verdade, ele estava preocupado com as provas sim, mas o que estava deixando ele distraído desse jeito era o sonho que teve mais cedo. Ele sentia que conhecia aquele rosto, aquele garoto, mas não sabia dizer de onde. E isso estava deixando ele louco.

— Ei, mané. O sinal já tocou, levanta logo. — Arthur ouve depois de receber um tapa de Thomas na cabeça. E percebe que ficou distraído mais uma vez, precisava controlar isso, ou seus amigos não o deixaria em paz até descobrirem o que estava acontecendo.

Mas nem Arthur sabia dizer o que era.

X

— Mãe, eu vou sair, tudo bem? — Arthur avisa enquanto desce as escadas arrumando as mangas de sua blusa de botões azul.

— Não me importo, apenas não seja preso, não quero ter que ir até à delegacia buscar criança bebida. — Responde a mulher sem desviar o olhar da televisão.

— Tudo bem... — Diz, por fim, o garoto e sai da casa sem se despedir. Sua mãe não dava a mínima mesmo.

O jovem caminha lentamente até a casa ao lado e bate na porta, já ouvindo a voz da mulher que ele sonhava em ter como mãe. Aquela que cuida, se importa e ensina o que precisar pros seus filhos.

A mulher loira abre a porta e direciona grande sorriso para o garoto, já o puxando pra um abraço de urso. Ele adorava os abraços daquela mulher.

— Ei, criança. Você tá tão lindo assim, meu bebê cresceu tanto. — Diz a mulher ainda no abraço.

— Linda, deixe o garoto respirar, ele tá ficando vermelho. — Aparece John, o homem que Arthur considerava e respeitava mais que o seu próprio pai.

Belinda solta o jovem que dá um sorriso grande e um beijo na bochecha da mulher.

— Boa noite, John. — Arthur diz e segura a mão de John que o puxa para um abraço, fazendo a mulher rir.

— Garoto, quantas vezes vou ter que dizer que você não precisa ficar tímido comigo?

Arthur solta uma risada e se separa de John, ele ria mais nessa casa do que na própria. O garoto se sentia extremamente confortável naquele lugar, se pudesse escolher, moraria com aquela família e a chamaria de sua. Porque aquilo sim era uma família de verdade.

— Os dois manezões estão lá em cima, pode subir. — Diz Linda enquanto fecha a porta.

Arthur apenas assente com a cabeça e segue em direção ao quarto de seus amigos.

— Tô entrando, espero mesmo que não estejam pelados. — Arthur avisa já abrindo a porta, intimidade é tudo.

— E se eu estivesse pelado, seu otário? Eu hein, sabe bater mais não? — Thomas pergunta irritado enquanto fecha os botões de sua calça preta.

— Não seria tão estranho, ele já viu a gente sem roupa milhares de vezes. — Noah responde tranquilamente já pronto em sua cama.

— Você pode não se importar, mas eu me importo. Esse corpo aqui é guardado. — Thomas se senta ao lado de seu irmão cruzando seus braços, apenas fazendo birra.

— Guardado? Pra quem será, hein? — Pergunta Arthur de forma maliciosa e desvia rindo de uma toalha que Thomas jogou em sua direção.

— Vamos parar com a balbúrdia aqui qur a rainha chegou. — Entra, de repente, Hanna e já dando uma voltinha mostrando seu vestido tubo preto.

— Você tá linda, Hanna. — Elogia Noah e Hanna acaba corando.

— Então... vamos? — Pergunta Thomas se levantando da cama e batendo sua roupa.

— Vamos sim, quero chegar cedo, porque essa noite promete. — Responde Hanna sorrindo maliciosa e olhando na direção de Noah que apenas engole em seco.

 


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Notas finais do capítulo

O que será que vai acontecer nessa festa, hein? Altas tretas? Tomara, q

O próximo capítulo vai sair mais rápido, pra compensar o tempo que demorei pra postar. Vou aproveitar esse surto de criatividade ao máximo.

Até logo