Os dias em Hogwarts passavam rápido, a festa de Halloween já chegava e Fred, Jorge, Sophie e Harriet estavam animados para o dia. E Sophie e Harriet já começava a se preparar para as provas do final do ano letivo, mas claro que Fred e Jorge não achavam necessário começar a estudar tão cedo para as provas sendo que ainda faltava muito. E para tentar mudar a cabeça de Sophie eles usavam sempre a mesma desculpa. 

         - Onde já se viu?! - Disse Fred com a mão na cintura tentando fazer a mesma pose que a professora Minerva. - Uma filha de um dos Marotos, Potter ainda por cima! Estudando! Este mundo está perdido. 

         - Essa é a pior imitação da Prof Minerva que já vi. - Disse Sophie rindo junto com Harriet enquanto Jorge estava caído no chão de tanto rir. 

         Em relação ao sobrenome Potter, Sophie ficara feliz quando Fred, Jorge e Harriet entenderam toda a história da sua família e o motivo para que ninguém saiba que ela era uma Potter. Claro que teve perguntas, como:

          - Mas na hora da escolha das Casas, a Professora te chamou pelo sobrenome Lupin. - Disse Jorge. 

         - É porque, com certeza, ela sabia que o nome tinha que ser oculto e usou o sobrenome do padrinho dela. - Explicou Harriet. - Afinal, foi assim que ela se apresentou para gente. 

         Além dessa teve também: "Mas você não tem nenhum contado com seu irmão?" "Como vai ser quando Harry vir estudar em Hogwarts? Você vai contar para ele a verdade?" E obviamente, Sophie não tinha a resposta para todas as perguntas, e seus amigos entendiam isso. 

         Quando a festa do Halloween chegou, eles comeram tanto que quase esqueceram seus nomes e claro que Fred e Jorge aprontaram na hora também. E devo imaginar que todos devam estar curiosos para saber o que eles fizeram, pois bem. Enquanto todos estavam comendo e conversando no Salão Principal, Fred e Jorge não paravam de rir e sorrir um para o outro e para as amigas. 

           - O que vocês aprontaram? - Perguntou Sophie desconfiada. 

          - Por que você acha isso? - Perguntou Fred deitando a cabeça na mão esquerda e olhando para ruiva com um enorme sorriso. 

         - Porque vocês só ficam assim quando aprontam alguma coisa! - Disse Sophie passando o dedo do creme que tinha em cima de seu bolo e depois sujando o nariz de Fred que riu. 

         - Bom, vamos dizer que a gente conhece um cara, que conhece outra cara que vai fazer a festa se animar um pouco. - Disse Jorge sorrindo malandro. 

          - Jorge. - Disse Harriet séria. - Em nome das barbas de Merlin, o que foi que vocês fizeram? 

        - Bem... - Sussurrou Jorge rindo alto. 

        Nessa hora a porta do Salão Principal se abriu e Filch entrou correndo, todos estavam rindo quando viram do que ele estava correndo. Um enorme Leão vinha atrás dele.

         - Eu não acredito! Weasleys! - Disse Sophie se levantando. - O que...

        - Se acalma ele é mansinho, ele não vai morder ninguém. Te garanto. - Disse Fred rindo junto com o irmão. 

         Todos do Salão ficaram parados de medo quando o Leão pulou em cima de Filch e ao invés de comer o homem, o leão começou a lambe-lo. Todos do Salão riram alto até Harriet e Sophie que ficaram com medo estavam rindo. O leão se afastou de Filch e andou até a mesa dos professores, colocou as patas em cima da mesa e deitou a cabeça em frente ao diretor. 

         - Ele quer um carinho? - Perguntou Sophie sorrindo encantada. 

        - Sim. - Disse Jorge também sorrindo e esperando a reação do Professor que deu duas batidinhas na cabeça do animal. 

       Depois de ter recebido seu carinho, o Leão foi até a mesa da Grifinória, passou por cima de Filch que ainda estava caído no chão assustado e chegou perto dos Weasleys que rapidamente acariciou os pelos do enorme animal. 

        - Vamos meninas, podem acariciá-lo. Ele não morde. - Disse Jorge animado.

       Harriet também fez carinho no felino, e Sophie já ia também quando se lembrou que nenhum animal gostava dela, então desapontada resolveu apenas observar. 

         - Sophie, não precisa ter medo. - Disse Fred sorrindo gentil para a ruiva. 

       - Não é medo, é que... nenhum animal gosta de mim. - Sussurrou Sophie. - Eu e eles não entramos em sinfonia. 

        Então ela se virou e começou a comer sua bomba de caramelho. Todos os alunos e professores continuaram comendo e aparentemente, Dumbledore deixou essa brincadeira dos gêmeos passarem. Ela já ia colocar a bomba de caramelo na boca quando sentiu duas patas enorme em seu ombro e uma língua gelada em seu pescoço. Lentamente ela se virou e uma enorme língua foi de encontro com seu rosto. 

        - Ah.. ok.. você quer? - Perguntou Sophie rindo. 

        O leão parou de lambe-la e abriu a boca, Sophie riu mais e colocou o doce na boca do felino. E depois quando ele terminou de comer, Sophie esperava tudo, menos o animal subir em cima do banco ao seu lado, praticamente expulsando Olívio Wood, goleiro da Grifinória no Quadribol para se sentar ao lado da jovem Potter. 

          - Ok.. Fred.. relatório. - Disse Sophie vendo o leão comer alguns doces da mesa. 

         - Aparentemente ele gostou de você. - Disse Fred sorrindo. - Ei, esse pode ser seu mascote! 

         - Você tá brincando não tá? - Perguntou Sophie acariciando o pelo do animal enquanto comia. 

         - Não to não! Será que Dumbledore deixa? - Perguntou Fred pensativo. 

          - Vamos ver! - Disse Jorge se levantando. - PROFESSOR DUMBLEDORE O SENHOR PODE VIR AQUI RAPIDINHO? 

           - O que eu fiz pra merecer isso? - Perguntou Sophie colocando as mãos na no rosto. 

         Dumbledore riu e se levantou da grade mesa, deu a volta por ela e foi até onde os quatro amigos estavam. E Sophie pode ver de perto como ele era, e sentiu uma enorme vontade de abracá-lo. O motivo? Ele era muito fofo! Com a barba prateada que até parecia brilhar, os óculos de meia-lua caídos no nariz e olhos que mostravam compreensão e diversão. 

          - Em que posso ajudar Sr.Weasley? - Perguntou Dumbledore.

        O Salão Principal ficou em silêncio novamente, ninguém nunca havia chamado Dumbledore para uma conversa no meio de uma refeição. 

           - A nossa amiga, Sophie Lupin não tem nenhum animal de estimação e bem, os animais não gostam muito dela, então nós, queremos saber se esse nobre leão que não faz mal a ninguém poderia ficar com ela? - Perguntou Jorge sorrindo alegre. 

          - Bem, eu não vejo problema nisso. - Disse Dumbledore sorrindo para a surpresa de Sophie. - Mas tenho que avisar Sra.Lupin, que este animal não poderá sair de Hogwarts. - Então para deixar  Sophie mais surpresa, o Professor ficou em sua frente e se agachou. - Você poderá sempre cuidar dele, e visitar ele quando terminar seu ano letivo mas ele terá que ficar em Hogwarts. Um leão chamaria muito a atenção dos trouxas, não acha? 

            - Sim.. - Disse Sophie abrindo um sorriso. 

          - Mas fique tranquila, o nosso guarda caça Hagrid irá cuidar bem dele. Amanhã mesmo, você pode visitá-lo e conversar com ele. - Disse Dumbledore por fim, se levantando. 

           - Hum.. Professor? - Chamou Sophie antes do diretor sair. - Ele pode dormir comigo?

          - Sim. - Disse Dumbledore sorrindo e se afastando mas logo depois voltando e sussurrando algo no ouvido de Jorge que riu. 

          - Sim senhor. - Respondeu Jorge sorrindo. 

         - O que ele disse? - Perguntaram Sophie, Harriet e Fred. 

         - Disse para sermos mais discretos. - Disse fazendo os amigos rirem. 

           Depois do incidente, Sophie passou a noite deitada em cima de um enorme leão. E na manhã seguinte, de um domingo, Sophie foi até a cabana de Hagrid com Fred e o Leão que seguia Sophie para todos os lados. Harriet e Jorge não foram pois ainda estavam dormindo.

           - Ah, Sophie, não é? - Perguntou Hagrid sorrindo. - Dumbledore me avisou que viria. Entrem, entrem! 

        Os dois entram e o Leão também, e de alguma forma ele coube bem na casa de Hagrid e nem ligou para o cão do mesmo. 

        - Então, ele te escolheu. - Disse Hagrid sorrindo. - Sabe, esse animal está rondando Hogwarts durante dois anos e todos que tentaram fazer ele ser um "animal de estimação" quase foram mortos. - Disse Hagrid sorrindo e acariciando o pelo do Leão. - Ele é um animal bonzinho. Brinca com todos os alunos, que chegam perto dele mas nunca gostou de ir atrás de alunos. 

         - Acho que nossa adorada Sophie é especial. - Disse Fred sorrindo. 

        - Com certeza! - Disse Hagrid alegre. - Não se preocupe Sophie, ele estará em boas mãos durante suas férias. 

         - Obrigada Hagrid. - Respondeu Sophie sorrindo e abraçando o meio-gigante. 

        - Oh.. bem eu não esperava por isso... - Disse Hagrid ficando vermelho. 

       - Eu gosto de abraçar boas pessoas. - Disse Sophie sorrindo. - Ele tem um nome? 

        - Não, como ele nunca foi de ninguém, não havia motivo para dar um nome para ele. - Disse Hagrid sorrindo. 

        - Que tal Fred? - Perguntou Fred sorrindo. 

        - Não vou dar o seu nome para ele! - Disse Sophie revirando os olhos. - Um Fred já basta. Deixe-me pensar... Aslan? 

           - Oh é um bom nome! - Disse Hagrid olhando para o Leão. - O que você acha? 

         E como se o felino tivesse entendido a pergunta ele assentiu com a cabeça em direção a Sophie que sorriu para ele. Então era isso, uma brincadeira dos gêmeos, causou em um Leão que agora era seu e de nome Aslan. Não tinha como melhorar! 

        Bem, na verdade tinha, e foi no natal. Sophie voltou para o Largo Grimmauld para passar o Natal com Remus que ouvia tudo que a afilhada tinha para dizer do primeiro ano em Hogwarts. E claro, ficou surpreso ao saber que agora ela tinha um Leão e seu nome era Aslan e mais surpreso ainda quando Sophie lhe mostrou o Mapa do Maroto que ele, James, Sirius e Peter haviam feito. 

           - Eu pensei que estava na sala do Filch. - Disse Remus olhando para o mapa com carinho. - Onde você encontrou isso? E não me diga que você foi para na sala do Filch no seu primeiro ano! 

             Sophie riu e explicou tudo para Remus que ouvia atentamente e achou estranho que o Mapa estivesse jogado em frente da sala do diretor.

          - Então... se seus amigos sabem sobre o Mapa, e como usá-lo, significa que eles já sabem que você é uma Potter. - Disse Remus. 

         - Sim, mas eles são confiáveis Moony! - Disse Sophie sorrindo. - Fred, Jorge e Harriet entenderam completamente que meu nome tinha que se manter em segredo. 

          - Se você confia neles Prongslet, então eu também confio. - Disse Remus sorrindo. - Agora, que tal prepararmos nossa comida para o Natal?

        - Legal! - Disse Sophie. 

         Passaram a tarde se divertindo, e fazendo a comida. E quando deu meia-noite, 25 de Dezembro, Sophie entregou um presente para Remus que era um livro do autor favorito dele e Remus deu para Sophie um belo conjunto de bexigas de ouro maciço. Mas esse não foi o único presente que os dois ganharam, os dois receberam duas corujas dos Weasleys, uma era dos gêmeos Fred e Jorge para Sophie, que deram para ela um Xadrez de Bruxo, e a Sra.Weasley que fez dois suéteres para Remus e Sophie, o de Remus era azul e tinha um enorme R bordado da cor prata e o da Sophie era vermelho e além do S bordado na cor dourada, tinha um pequeno leão no peito. Os dois rapidamente colocaram os dois suéteres e sorriram um para o outro, depois teve mais uma coruja e essa era de Harriet que dera de presente tanto para Sophie como para Remus um modelo perfeito de uma galáxia em movimento, dentro de um grande globo de vidro. Mas claro que Sophie também havia comprado presente para os amigos e para Sra.Weasley, ela e Remus foram no Beco Diagonal e compraram bastante coisas e aproveitaram para comprar os presentes. Mas além desses presentes que eles receberam, teve um que deixaram Remus e Sophie mais felizes do que nunca. Uma bela coruja entrou na sala quando os dois jogavam no Xadrez de Bruxo e deixou uma carta e depois saiu. Remus pegou a carta e a-abriu. 

         "Caros Remus e Sophie,

          Primeiramente, um feliz natal. Eu sei que faz tempo que não mando cartas para vocês mas o motivo é que o Ministério descobriu e proibiu-me de escrever, mas tive a sorte de Dumbledore me visitar hoje, e me dizendo que Sophie já estava em Hogwarts e que é uma excelente aluna. Eu fiquei tão feliz quando ele me disse isso, eu fico imaginando o tamanho dela agora, deve estar a cara de Lily!

         Devo me apressar com essa carta, eu ainda espero que vocês acreditam que não fiz aquilo com aquelas pessoas, vocês sabem que eu nunca faria aquilo. Principalmente você Remus. Você me conhece melhor do que eu mesmo e eu rezo todas as noites, para que você e Sophie estejam bem. 

         E as noites de Lua Cheia? Como está passando por elas sem mim? Sem o James? Eu espero que bem... E eu acredito que Sophie cuide de você como eu e James fazíamos.. se lembra? Enfim, essa carta, é para mostrar que estou bem Remus, que estou são e que eu ainda vou voltar para você. Eu prometi que ia voltar para você não foi? Eu sinto muito a sua falta, dos seus sorrisos, das suas broncas.. 

         E Sophie, apronte bastante lá em Hogwarts viu? Você é filha de um dos melhores Marotos daquela escola e ainda é afilhada de outro maravilhoso Maroto. Tenho muito orgulho de você Prongslet. 

        Bem é isso, por enquanto, que tenho para dizer. Não irei prolongar mais pois não quero que Dumbledore continue nesse maldito lugar. Ele não merece sentir esse frio que eu sinto todos os dias. Até breve. 

        De seu sempre, Sirius Black." 

          Depois de terminar a carta, Remus tinha a visão embaçada e as mãos tremendo. Aquilo era demais para ele. Ele queria poder tirar Sirius de dentro daquela prisão, queria poder abracá-lo, e dizer que tudo iria ficar bem. Ele queria tantas coisas... 

        Olhou para Sophie e viu que ela também chorava. Ele abriu os braços e garota foi correndo em sua direção, aquele foi o presente mais triste e maravilhoso que Remus e Sophie já tiveram. A prova de que Sirius ainda sabia quem era, de que não estava mais louco foi muito bom para eles. 

         Mas doeu em Remus quando leu que seu amigo achava que ele não acreditava mais nele, por Merlin, ele iria acreditar em Sirius até no Inferno. Mas ele não poderia dizer isso agora para ele, o que restava era esperar que o amigo voltasse e nunca deixar de acreditar nele.