To Die With The Sun escrita por MutantProud


Capítulo 22
Capítulo 22 - A Câmara Secreta


Notas iniciais do capítulo

Aqui esta outro capítulo ❤ a cada capítulo que passa, ficamos mais perto de Prisioneiro de Azkaban que estou ansiosa para escrever! Enfim, boa leitura!

E obrigada a todos os comentários e acompanhamentos e claro favoritos ❤



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   Se Sophie havia ficado preocupada quando o irmão havia lhe dito sobre a voz que havia ouvido na detenção? Sim, ficou. Não era um bom sinal ouvir vozes e ela sabia disso mas se permitiu acreditar que não havia sido nada, de que havia sido apenas o sono. Mas mesmo assim, ela e Harry haviam contado para os amigos sobre a conversa que havia tido com o Elfo Dobby. Fred, Jorge e Rony não  acreditaram que o Elfo dizia verdade,  Harriet e Mione ficaram entre assustadas e pensativas mas depois disso, Sophie havia decidido que não iriam mais tocar no assunto e assim fizeram.

     Então, Outubro havia chegado, espalhando, pelos jardins, uma friagem úmida que entrava pelo castelo. Madame Pomfrey, a enfermeira, esteve multo ocupada com uma repentina onda de gripe entre professores, funcionários e alunos. Sua poção reanimadora fazia efeito instantâneo, embora deixasse quem a bebia  fumegando pelas orelhas durante muitas horas. 

 

      Sophie estava tão cheia de lições de casa que os únicos dias que ela saía do Salão Comunal da Grifinória era para os treinos de Quadribol que estava se tornando cada vez mais cansativo mas ainda sim, lhe trazia paz estar voando com o vendo batendo no rosto. Apesar que o time da Grifinória estava bem preocupado com o da Sonserina, tanto que Olívio havia pedido para Fred e Jorge espionarem o time adversário e sempre os dois voltavam surpresos e dizendo o quão rápidas são as Nimbus 2001 mas Sophie e Harry não ligavam para isso como os outros. Para os dois Potter's, a velocidade da vassoura era apenas era mais uma vantagem que eles teriam que aguentar. Afinal, eles eram filhos do obstinado, melhor jogador/apanhador da Grifinória, James Potter.


       Mas mesmo com as várias lições que tinha, e os treinos exaustivos que tinha, ela ainda arranjava tempo para assistir às aulas do irmão que progredia bastante.

    Sem contar que também arrumava tempo para passar com Fred, conversando ou trocando pequenas carícias e até mesmo tirar as pequenas preocupações que o irmão tinha em relação a Ginny que de acordo com ele andava pálida e estranha.

       - Ela não me fala o que acontece. - Disse ele em meio a um suspiro. Os dois estavam deitados juntos na cama do dormitório dos meninos com as cortinas fechadas para terem privacidade. - Percy não ajuda também. Só fica pensando em ser o monitor. A cada dia que passa eu sinto que ele se afasta, amor. Eu e o Jorge brincamos com a cara dele e de seu jeito pomposo mas... eu não sei.

      - Você está preocupado e isso é normal. - Disse Sophie acariciando o cabelo do ruivo. - Eu vejo como Percy vem agindo, e vejo como ele me olha quando Dumbledore me chama para uma conversa.

       - Como ele te olha? - Perguntou Fred olhando para a Potter.

       - Não importa. - Disse Sophie abrindo um pequeno sorriso.

       - Sophie...

      - É sério. Não importa. - Voltou a dizer. - O que importa é você. Tente não ficar com isso na cabeça. Apesar de tudo, Percy é seu irmão e mesmo tendo alguns defeitos, ele é sua família.

       - Bom, então eu espero que ele perceba que a família vem em primeiro lugar. - Disse Fred sério mas depois sorrindo. - Obrigado por me ouvir. Obrigado por estar aqui comigo.

       - Sempre. - Respondeu Sophie beijando a testa de Fred. - Se quiser, eu posso tentar conversar com a Ginny. Ela me adora mesmo.

        - Isso seria ótimo. - Disse Fred animando-se. - Mas agora, eu só quero beijos e abraços! - Se levantou e puxou Sophie para cima dele. - Eu tenho sorte de ter você. - E a beijou.

       Havia sido uma tarde de carinho e sossego para os dois.

          [...]

       O dia era chuvoso e frio no sábado, véspera do Halloween. Grande parte dos alunos da Grifinória se encontrava na sala comunal, conversando, lendo, estudando ou brincando. Sophie estava deitada em cima de Aslan perto da lareira, estava relaxando. Fred e Jorge haviam ido aprontar alguma coisa e Harriet estava ajudando a irmã com alguma lição na sala comunal da Corvinal e nesse caso, ela estava sozinha. Até, Harry se sentar em frente à ela no chão, encostando-se em Aslan e olhando para ela.

         - O que fazemos quando prometemos uma coisa mas depois nos arrependemos? - Perguntou o garoto fitando a irmã que também olhava para ele.

          - Bem... cumprimos a promessa do mesmo jeito. - Disse Sophie depois de pensar. - Ou fingir que está doente a beira da morte.

           Harry sorriu e deitou a cabeça na barriga da irmã.

         - Prometi para o Nick que iria na festa de aniversário da morte dele. - Disse Harry. - E a festa é amanhã. No dia das bruxas.

        - E você viu como tá ficando o salão principal para a festa de amanhã e se arrependeu. - Disse Sophie. - Bom, meu caro irmão.. eu não vejo saída para você. Por que foi que prometeu ir nessa festa do Nick? Sabe que só terá fantasma nela, não sabe?

        - Sim eu sei. - Disse Harry suspirando. - Mas foi que ele me ajudou a se livrar de uma detenção do Filch.

       - Me conte a história completa, irmão meu.

       Harry, então lhe contou de como havia ido parar na sala do Filch, sobre o Feiticexpresso, sobre a ajuda de Nick e o pedido que havia feito. Sophie ouviu tudo atentamente e quando o irmão havia terminado de contar a história, ela percebeu que a única saída e a coisa certa a se fazer era ir na festa.

       - Harry, a coisa certa a se fazer é ir na festa. - Disse Sophie olhando para o rosto do irmão. - Mas não é como se fosse o fim do mundo, você ainda está no segundo ano! Terá muitos outros anos em Hogwarts para comemorar o Halloween nas festas. Sem contar que, além de ter sido uma promessa para o Nick, você estará retribuindo o favor.

        - É... tem razão.  - Concordou Harry.

          - Rony e Mione vão com você? - Perguntou Sophie fechando os olhos e se aconchegando em cima de Aslan que dormia.

          - Vão sim. - Respondeu Harry também fechando os olhos. - Mione está curiosa de como vai ser e fala toda hora de como pode ser fascinante e Rony está tentando entender como se comemora a própria morte.

         - É bom a Mione não criar muita expectativa. - Disse Sophie.

     Enfim o Dia das Bruxas havia chegado. Sophie havia se despedido do irmão e foi para o Salão Principal onde todos os alunos estavam. Se sentou ao lado dos amigos que estavam animados.

 

         - Os professores se superaram esse ano! - Disse Harriet olhando em volta.

 

        - Principalmente o Hagrid. - Disse Sophie olhando para as abóboras que o Guarda-Caça havia plantado. - Aslan!

 

          O leão havia entrado no Salão Principal calmamente e como sempre, todos olharam para o leão que sempre demonstrava força e coragem. O leão viu Sophie e foi até ela, recebendo um carinho e logo se sentando ao lado dela. 

 

           - 03 anos juntos, meu leão. - Disse Sophie baixo para Aslan que olhou para ela com os olhos brilhando. - Feliz aniversário de nossa confusa união. - E beijou a juba do felino.

 

           Aslan passou o focinho no pescoço de Sophie e depois lambeu. A Potter riu e voltou-se para a mesa onde já estava servida a comida. 

 

 

     Enquanto isso, Harry imaginava várias formas de sair da festa de Nick. A festa era simplesmente estranha, fria, nada divertida e absolutamente nada fascinante. Ele havia acabado de conhecer o fantasma da Murta-Que-Geme que era o fantasma do banheiro das meninas que ficava chorando e gemendo o tempo todo. E Pirraça, o Poltergeist fez questão de fazer Murta sair da festa chorando muito. 

 

          - Estão se divertindo? - Perguntou Nick que havia se aproximado deles.

 

         - Ah, claro. - Mentiram.

 

      - Um número de convidados bem grande. - Disse Nick, orgulhoso. - A rainha viúva veio lá de Kent... Está quase na hora do meu discurso, é melhor eu ir avisar a orquestra...

 

        A orquestra, porém, parou de tocar naquele exato instante. E, todas as  pessoas na masmorra se calaram, olhando para os lados excitadas, ao ouvirem  uma trompa de caça.

 

              - Ah, lá vamos nós. - Disse Nick Quase Sem Cabeça amargurado.

 

       Pelas paredes da masmorra irromperam doze cavalos fantasmas, cada  um montado por um cavaleiro sem cabeça. Os convidados aplaudiram calorosamente. Harry começou a aplaudir, também, mas parou depressa ao ver a  cara de Nick.

      Os cavalos galoparam até o meio da pista de dança e pararam,  levantando e baixando as patas dianteiras. A frente da cavalgada havia um  fantasma corpulento que segurava a cabeça sob o braço, posição de onde ele tocava a trompa. O fantasma apeou, levantou a cabeça no ar de modo que  pudesse ver as pessoas (todos riram) e se dirigiu a Nick Quase Sem Cabeça, recolocando a cabeça sobre o pescoço.

 

          - Nick! - Rugiu. - Como vai? A cabeça ainda pendurada?

 

           Ele soltou uma gargalhada cordial e deu uma palmadinha no ombro de  Nick Quase Sem Cabeça.

 

         - Seja bem-vindo, Patrício. - Disse Nick secamente.

 

       - Gente viva! - Exclamou Sir Patrício, vendo Harry, Rony e Mione, e  dando um grande pulo fingindo espanto, de modo que sua cabeça tornou a cair  (os convidados gargalharam).

 

      - Muito engraçado. - Disse Nick Quase Sem Cabeça com ferocidade.

 

     - Não liguem para o Nick! - Gritou a cabeça de Sir Patrício lá do chão. - Ainda está aborrecido porque não o deixamos se associar à Caçada! Mas  quero dizer... Olhem só para ele...

 

     - Acho - Disse Harry depressa, a um olhar significativo de Nick -, Nick  é muito... Assustador e...

 

     - Ha! - Gritou a cabeça de Sir Patrício. - Aposto como ele lhe pediu  para dizer isso!

 

     - Se todos pudessem me dar atenção, está na hora do meu discurso! -  avisou Nick Quase Sem Cabeça em voz alta, caminhando com firmeza até o pódio  e tomando posição sob a luz de um refletor azul-gelo. - Meus saudosos cavalheiros, damas e senhores, tenho o grande pesar...

 

        Harry que já sentia bastante frio e fome, concordou silenciosamente com os amigos de saírem da festa.  Os três saíram em direção à porta, acenando com a cabeça e sorrindo

para todos que olhavam, e um minuto depois estavam andando depressa  pelo corredor cheio de velas.

 

       - Talvez o pudim ainda não tenha acabado. - Disse Rony esperançoso,  seguindo à frente em direção à escada do saguão de entrada.

 

          E então Harry ouviu:

     

       “Rasgar... romper... matar..”

 

      Era a mesma voz, a mesma voz gélida e assassina que ouvira na sala  de Lockhart.

      Ele parou quase tropeçando, apoiando-se na parede de pedra, escutando  com toda a atenção, olhando para os lados, apertando os olhos para ver nos dois  sentidos do corredor mal iluminado.

 

       - Harry, que é que você...?

 

       - É aquela voz de novo, fiquem quietos um minuto...

 

      "Tanta fome... Tanto  tempo...”

 

 

           - Ouçam! - Disse Harry com urgência, e Rony e Mione pararam,  observando-o.

 

       “Matar.. Hora de matar...”

 

          A voz foi ficando mais fraca. Harry tinha certeza de que estava se  afastando - se afastando para o alto. Uma mistura de medo e excitação se  apoderou dele ao fixar o olhar no teto escuro; como é que ela podia estar se  afastando para o alto? Seria um fantasma, para quem tetos de pedra não faziam diferença? Pensou em Sophie. Seria mais seguro chamar a irmã mas ela estava longe dele e aquela voz se afastava rápido e Harry sentiu um enorme temor. A voz havia dito que ia matar, mas matar quem? 

 

           - Por aqui - Gritou ele e começou a subir correndo as escadas para o  saguão. Não adiantava querer ouvir nada ali, o vozerio na festa do Salão Principal  ecoava pelo saguão. Harry subiu correndo a escadaria de mármore até o primeiro andar, com Rony e Mione nos seus calcanhares.

 

        - Harry, que é que estamos...

 

       -  PSIU!

 

        Harry apurou os ouvidos. Longe, vinda do andar de cima, cada vez mais  fraca, ele ouviu a voz:

   

      "... Sinto cheiro de sangue... SINTO CHEIRO DE  SANGUE!"

          

        Sentiu um aperto no estômago e um pensamento horrível de que a coisa estava atrás de Sophie se apoderou nele. Ele não podia permitir. 

 

        - Vai matar alguém! - Gritou ele, e sem dar atenção aos rostos  perplexos de Rony e Mione, subiu correndo o lance seguinte de escada, três  degraus de cada vez, tentando escutar apesar do barulho que seus passos  faziam... "Sophie... não... não ela... Sophie não..." eram os únicos pensamentos que ele conseguia ter naquele momento.  

 

            Harry precipitou-se pelo segundo andar, Rony e Mione ofegantes atrás  dele, e não parou até entrar no último corredor deserto.

 

         - Harry, do que é que você estava falando? - Perguntou Rony,  enxugando o suor do rosto. - Eu não ouvi nada...

       

          Mas Mione soltou uma súbita exclamação, apontando para o corredor.

 

          - Olhem!

 

       Alguma coisa brilhava na parede em frente. Eles se  aproximaram devagarinho, apertando os olhos para ver na penumbra. Alguém  tinha pintado palavras de uns trinta centímetros na parede entre as duas janelas,  que refulgiam à luz das chamas das tochas.

 

 A CÂMARA SECRETA FOI ABERTA.

 INIMIGOS DO HERDEIRO CUIDADO.

 

           - Que coisa é aquela, pendurada ali embaixo? - Perguntou Rony, com  um ligeiro tremor na voz. 

 

          Um enorme sentimento de alívio e terror correram pelo corpo de Harry. Alívio por saber que Sophie não estava ali, e, portanto não havia sido atacada pela coisa que havia ouvido. E o terror, era que, estava pendurada pelo rabo em um  suporte de tocha. Estava dura como um pau, os olhos arregalados e fixos: Madame Nor-r-ra, a gata do Filch.

 

 

 

       Sophie já estava à caminho de sair do Salão Principal com os amigos quando Dumbledore havia chamado por ela. Ela se despediu dos amigos e foi até o diretor - com Aslan - que esperava por ela com um sorriso no rosto.


       - Senhor. - Comprimentou.

       - Sophie, minha cara, gostaria de tomar um chá comigo? Tenho notícias sobre a Poção Mata-Cão. - Disse Dumbledore sorrindo.

       - Claro senhor! - Respondeu Sophie sorrindo. - São notícias boas, eu espero...

        - Ah sim, sim. Meu amigo, Belby, tem testado a Poção várias vezes e parece que está chegando perto de um resultado positivo. - Respondeu Dumbledore olhando para Sophie.

        - Isso é maravilhoso! E como...

         Ela e o diretor pararam de andar quando ouviram um grito de um aluno no andar de cima do Castelo. Os dois se entre-olharam e saíram em disparada na direção do barulho. No meio do caminho os professores se juntaram à eles e Sophie só conseguia pensar no irmão mais novo.
       Chegaram no andar que havia vindo o grito e eles viram uma enorme aglomeração de pessoas em volta. Sophie se apressou em passar por elas mas nem precisou empurrar pois os alunos davam espaço para o diretor e os professores.

        - Eu te mato. - Era a voz de Filch. - EU TE MATO!

       Ela ficou surpresa e nervosa quando viu para quem Filch ameaçava.

 

       - Argo!— Disse Dumbledore chamando atenção de todos para ele. 

 

        - Larga o meu irmão, Filch. - Disse Sophie enquanto Aslan que estava ao lado dela rugiu fazendo Filch se assustar a soltar Harry. - O que está acontecendo? - Perguntou olhando para os alunos. 


        - Potter. - Disse Minerva para Sophie e apontando para a parede.

       Sophie olhou e por alguns segundos se sentiu mal. O que aquilo significava? Por que seu irmão estava ali? Então viu Dumbledore se aproximando da parede ao lado da escrita e viu a gata do Filch presa pelo rabo em um suporte da tocha.

      - Santo Deus. - Disse ela engolindo. - Diretor...

       - Venha comigo Argo. Os professores, Sophie e vocês três. - Disse o diretor apontando para Rony, Mione e Harry.

 

        Lockhart deu um passo à frente presunçoso. 

 

     - A minha sala fica mais próxima, diretor, logo aqui em cima, por favor,  fique à vontade...

 

      - Muito obrigado, Gilderoy. - Disse Dumbledore.

 

       Os presentes se afastaram para os lados em silêncio para deixá-los  passar.

 

        - Monitores, levem os alunos. - Disse Sophie ao lado de Dumbledore. - Aslan vá com Fred. - O leão obedeceu. 

 

        Harry pode ver o rosto de Percy se contorcer em uma careta pela ordem que Sophie havia feito mas mesmo assim, ele e os outros monitores levaram os alunos embora enquanto ele seguia com Rony e Mione ao lado dele. Ele queria poder falar com a irmã mas a mesma estava muito próxima de Dumbledore. 

      Lockhart, com o ar agitado e importante, acompanhava Dumbledore de perto,  apressado; o mesmo fizeram a Profª. McGonagall e o Profº. Snape mas um pouco mais atrás do diretor e Sophie.  Ao entrarem na sala escura de Lockhart, ouviram uma agitação passar  pelas paredes; Harry viu vários Lockharts nas molduras se esconderem, com  os cabelos presos em rolinhos. O verdadeiro Lockhart acendeu as velas sobre a  escrivaninha e se afastou um pouco. Dumbledore pôs Madame Nor-r-ra na  superfície polida e começou a examiná-la. Harry, Rony e Hermione trocaram  olhares tensos e se sentaram, observando, em cadeiras fora do círculo iluminado  pelas velas.

        A ponta do nariz comprido e curvo de Dumbledore estava a menos de três  centímetros do pêlo de Madame Nor-r-ra. Ele a examinou atentamente através  dos óculos de meia-lua, apalpou-a e cutucou-a com os dedos longos. A Profª.  McGonagall estava curvada quase tão próxima, os olhos apertados. Snape  esticava-se por trás deles, meio na sombra, com uma expressão estranhíssima no  rosto: era como se estivesse fazendo força para não sorrir. E Lockhart andava à  volta do grupo, oferecendo sugestões. Sophie por outro lado estava agora um pouco afastada com um ar pensativo e as vezes Harry via ela olhando para ele.

            

          Sophie que estava em silêncio estava, agora, olhando para o diretor enquanto Lockhart falava sobre assassinatos enquanto Filch chorava e soluçava. Seus pensamentos estavam longe e cada um mais misterioso que o outro. Afinal, o que aquilo na parede significava, o que havia acontecido com a gata e por que seu irmão tinha que estar lá justo naquele momento?! Aquilo podia significar a trama que Dobby havia dito?

 

          Então Dumbledore se ergueu e Sophie foi para o lado do diretor que havia se virado para Filch que chorava encolhido em uma cadeira como se fosse um bebê.

 

         - A gata não está morta, Argo. - Disse ele baixinho.

 

   Lockhart parou imediatamente de contar o número de assassinatos que  evitara.

 

       - Não está morta? - Engasgou-se Filch, olhando por entre os dedos  para Madame Nor-r-ra. - Então por que é que ela está toda... Toda dura e  gelada?

 

      - Ela foi petrificada - Disse Dumbledore ("Ah Eu bem que achei!",  disse Lockhart.) - Mas de que forma, eu não sei dizer..

 

    - Pergunte a ele! - Gritou Filch, virando o rosto manchado e escorrido de lágrimas para Harry.

 

       - Nenhum aluno da idade do meu irmão seria capaz de fazer isso, Filch! - Disse Sophie irritando-se. 

 

      - Você só diz isso porque ele é seu irmão! - Urrou Filch.

 

      - Nenhum aluno de segundo ano poderia ter feito isto. - Disse agora Dumbledore com firmeza. - Seria preciso conhecer Magia Negra avançadíssima...

 

      - Foi ele, foi ele! - Cuspiu Filch, o rosto balofo congestionado. - O  senhor viu o que ele escreveu na parede! Ele encontrou... No meu escritório...  Ele sabe que eu sou um... Sou um... - O rosto de Filch se contorceu de modo horrendo. - Ele sabe que sou  um aborto! -terminou.

 

       - Jamais encostei o dedo em Madame Nor-r-ra! - Disse Harry em voz  alta, sentindo-se incomodado por saber que todos o olhavam, inclusive todos  os Lockhart nas paredes. - Nem mesmo sei o que é um aborto. 

 

     - MENTIRA! - Gritou Filch o rosto ficando roxo. - VOCÊ VIU A CARTA DO FEITICEXPRESSO!

 

     - Se me permite falar, diretor - Disse Snape de seu lugar nas sombras,  e Harry sentiu seus maus pressentimentos aumentarem; tinha certeza de que  nada que Snape tivesse a dizer iria beneficiá-lo.

 

      - Snape se você ousar... - Sophie disse baixo mas olhando diretamente para a sombra que Snape se encontrava.

 

       - Talvez Potter e seus amigos simplesmente estivessem no lugar errado  na hora errada -, disse ele ignorando Sophie e com um ligeiro trejeito de desdém lhe encrespando a boca  como se duvidasse do que dizia. - Mas temos um conjunto de circunstâncias  suspeitas neste caso. Por que é que estavam no corredor do andar superior?  Por que não estavam na Festa das Bruxas?

 

       Harry, Rony e Hermione explicaram para todos sobre a festa de Nick. 

 

      - ... Havia centenas de fantasmas na festa, que poderão confirmar que  estávamos lá...

 

     -  Mas por que não foram depois para a Festa das Bruxas? - Perguntou  Snape, os olhos negros faiscando à luz das velas. - Por que subir àquele  corredor?

 

           Rony e Hermione olharam para Harry.

 

       - Porque... Porque... - Disse Harry, o coração disparado; alguma coisa  lhe disse que seria muito difícil eles acreditarem se confessasse que fora levado  por uma voz sem corpo que ninguém, exceto ele, tinha podido ouvir - porque estávamos cansados e queríamos nos deitar

 

        - Sem comer nada? - Perguntou Snape erguendo a sobrancelha e com um pequeno sorriso desdenhoso.

 

         - Até onde eu sei, professor, os alunos ainda tem direitos de vontade própria. - Disse Sophie antes de Harry. - Se meu irmão, Rony e Hermione estavam querendo voltar para o dormitório então significa que obviamente eles estavam sem fome. 

 

          Dumbledore lançou a Harry um olhar penetrante. Seus olhos azuis  cintilantes faziam Harry sentir que estava sendo radiografado.

 

      - Inocente até que se prove o contrário, Severus. - Disse com firmeza.

 

       Snape pareceu furioso. E Filch também.

 

       - Minha gata foi petrificada! - Gritou, os olhos esbugalhados. - Quero  ver alguém ser castigado!

 

       - Vamos curá-la, Argo. - Disse Dumbledore, paciente. - A Profº. Sprout  recentemente obteve umas mandrágoras. Assim que elas crescerem, vou mandar  fazer uma poção que ressuscitará Madame Nor-r-ra.

 

      - Eu faço - Lockhart entrou na conversa. - Devo ter feito isto centenas  de vezes. Seria capaz de preparar um Tônico Restaurador de Mandrágora  até dormindo...

 

    - Desculpe-me - Disse Snape num tom gelado. - Mas creio que sou o  professor de Poções aqui nesta escola.

 

           Houve uma pausa muito incômoda.

 

      - Vocês podem ir -  disse Dumbledote a Harry, Rony e Hermione e eles saíram. - Minerva, por favor leve a gata a Profº.Sprout e Argo, vá com ela. Se me dão licença irei ter uma conversa com Sophie, vamos até minha sala.

 

         Sophie e Dumbledore saíram da sala de Lockhart e foram até a do diretor. Os dois entraram e se sentaram de frente para o outro.

 

         - Então... o que acha? - Perguntou o diretor.

 

        - O senhor sabe, tão bem quanto eu, que aquele caminho não leva para a Sala Comunal. - Disse Sophie. - Seja qual for o caminho que Harry estava tomando, ele foi atraído justamente para aquele lugar.

 

        - O que pode tê-lo atraído? - Perguntou Dumbledore pensativo. 

 

        - Não sei... eu vou conversar com ele. - Disse Sophie. - Mas o que significa aquilo? Aquela coisa escrita na parede. A Câmera Secreta...?

 

        - Bem, é uma história longa. - Disse Dumbledore. - Mas creio que seria bom, você entendê-la agora já que amanhã de manhã, todos estarão falando sobre ela.

 

         - Todos sabem a história?

 

         - Não, muitos nunca ouviram. Mas você sabe, eles vão atrás da história verdadeira. - Disse Dumbledore. - Enfim, começou com os quatro fundadores de Hogwarts.... 


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Gostaram? Tá fofo esse relacionamento irmão se preocupando com a irmã? Enfim, comentem. Até o próximo ❤



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