The Senser escrita por Gabrielus


Capítulo 38
Diário de Infância




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Diário de Infância
Eu costumava conhecer tantas histórias,
Sobre as chuvas frias e auroras.
Lembro-me de sentir a água cair irregular em meu corpo,
Enquanto via de longe grama verde nascer no morro.
Eu costumava contar as estrelas do céu,
Perguntando-as, meio ingênuo, que plano elas haviam feito
Para mim no papel.
O sereno impassível que elas transmitiam me faziam sentir vivo.
Eu costumava elaborar letras e canções,
E murmurava-as no chuveiro, com tola devoção.
Tão intenso cantar meu íntimo para aquelas paredes,
Sabendo que guardariam segredos solenemente.
Eu costumava caminhar sob as tempestades,
Talvez deixando meus pais em alarde,
Mas era incrível sentir os ventos me aquecerem,
E as folhas que caíam das árvores me guiarem.

Eu era mais vivo,
Pois desconhecia todo e qualquer perigo.
Corria e sorria com alegria em minha bicicleta,
Sob um sol que aquecia em segredo.
Eu era displicente,
Mas compreendia e entendia belezas ocultas;
Como uma sombra de árvore num dia quente,
E frutas caindo ao meu redor de repente.
Eu era jovem,
E essa era a desculpa mais usada para justificar
Todos os meus malditos erros e burradas.
Ainda que fosse pouco para exemplificar minhas jogadas.
Eu era aventureiro,
Caminhava à procura de tesouros com meus parceiros,
E emoções encontramos, apesar de nunca achar dinheiro.
Mas o que é que é dinheiro que não pode comprar sonhos?

Eu esqueci,
Que viver era mais fácil quando não se sabia o que a vida era.
Eu perdi,
A caixa que guardava uma magia que antes nos faria voar.
Eu deixei,
Eles me dizerem quais eram as coisas certas.
Eu entreguei,
Todas as memórias que um dia podiam me fazer voltar.

~Gabriel.


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