Conflito
A noite ainda atinge meu ego frágil...
E questiona como cheguei até aqui.
Talvez eu devesse contar sobre cada mártir
Que marca minha pele como cicatriz.
Deixando demônios circulando minha cabeça,
Pouca força não me deixa que os obedeça
E veja que o que eles sussurram são...
Minhas fraquezas.
Sei que deveria deixar a luz acessa para espantá-los,
Mas a escuridão afasta o fardo de encarar-me no espelho.
Contudo, procuro soluções embaixo do travesseiro;
Ainda com medo de encontrá-las.

O vento drena parte de minha alma...
É inútil pedir aos deuses que a tirem com calma.
Eles desejam sentir minha vida esvair entre seus dedos,
Pois os mesmos são responsáveis inconscientes pelos meus medos
E anseios, e desejos.
Ah, as madrugadas insones trazem tantos nomes e tantas maldições.
Só que as possibilidades infundadas mostraram-me um universo
De soluções insolucionáveis.
Acho que seria interessante colocar isso em minhas preces,
E rezar por deuses que não levem minha felicidade embora.

O tempo me aprisiona com seus ponteiros...
Os assisto com temor verdadeiro, pois temo o tempo.
Ele passa rápido, remoendo o que os antigos chamam
Juventude.
Eles sugam minha vitalidade e transformam em nostalgia.
Eu gostaria de esquecê-la por um dia,
Caso alegria ainda fosse uma palavra marcada no dicionário,
Mas não é.
Gostaria de tentar dormir tranquilo,
Todavia, pensamentos rápidos me fazem acordar em conflito.

Comigo, com eles, com tudo!
Lavro minhas dores em um grito rouco e bruto...
É intrigante enxergar luz ao meio da noite em escuridão,
Contudo, não sei se essa brilha salvação.
Eles dizem que não pode haver lamento sem dor e comoção.
O ápice de todas essas linhas é muda,
Como o ritmo de minha canção.

~Gabriel.