O Mago das Espadas Aqueles que Buscam seus Sonhos escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 76
Purificação


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde magos e magas! Estamos e volta com novo capitulo da saga O Mago das Espadas!!!

Galera sei para quem acompanha esta história deve estar frustrado pela demora no lançamento de capítulos é que estou estudando a possibilidade de convertê-la de fic para um livro original. Com isso terei que exclui-la, mas só farei isso quando finalizar esta saga que entra em sua reta final. Os maiores segredos começaram a serrem revelados e são GRANDES! Do tipo que fara suas cabeças estourarem.

Agora chega de enrolação e vamos ao capitulo de hoje!



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Um dos maiores trabalhos do Monges de Yamato era defender sua terra e seu povo contra todo o tipo de ameaça, fosse física ou espiritual e antes da invasão do ocidente o combate espiritual era terrivelmente frequente.

Não era incomum os monges serem chamados para tratar de cidadãos que sofriam de males espirituais, sejam de espíritos obsessores, espíritos de familiares que não queriam deixar seus enteses queridos ou até mesmo Gigas que após a morte tentavam possuir humanos para continuar a existir.

Eram tantos pedidos que os monges tiveram que se reorganizar para atender o máximo possível de vitimais que continuava a aumentar. Foi então que o lendário pássaro protetor da terra do oriente e seu Regente daquela época foram até eles presta-lhes ajuda. Juntos, monges, Regente e Espirito Guardião estudaram uma forma mais pratica e efetiva de exorcizar esses terríveis espíritos de uma vez por todas que se resumia a...

No deserto de San Fransokyo as marcas da intensa batalha eram visíveis. Crateras abertas ainda ardiam em chamas rubras e brancas, o céu antes carregado de nuvens da cor do ébano se dissipavam, permitindo que as luzes da Brave Vesperia e de outras estrelas voltassem pouco-a-pouco a iluminar a terra do oriente, assim como os corações do jovens alunos.

— A-Acabou? – Questiona a princesa ruiva ao não sentir mais a Aura do demônio. – Eles... eles conseguiram?!

— Acho que sim ruivinha... – A voz de Jack sai tremula, tentava não desmoronar nem se encher de falsas esperanças... mas... – Eles conseguiram! – Grita. – ELES CONSEGUIRAM, PORRA!!!!

Já não conseguia mais se controlar e pulou abraçando outros persocons que comemoravam como ele.

— Soluço... – Rapunzel cai de joelhos e chora como nuca chorou antes, de alegria, alivio e esperança... – Graças a Althena... graças a Atlhena!!!

— Pôde chorar Rapunzel-chan, se isso te fizer se sentir bem? — Entoa Miku de maneira meiga abraçando a princesa que retribui o abraço afundando o rosto em seus ombros.

Bom trabalho amigos. – Comenta Walter suspirando.

Já Kojiro ainda estava atônito com o que acabara de acontecer, Hiro e Wolf conseguiram enganar Hagomoto o forçando a criar uma brecha e assim conseguiram atingi-lo!

“Eles agiram sem coordenar ou planejar nada, apenas... seguiram seus instintos... suas vontades... suas...”

Olhou para os dois Regentes que encaravam o jovem Arauto voltando a sua forma humana.

“Suas Auras...”

Auras essas que escapavam de seus corpos como fagulhas de luz, flocos de vida e história dos dois Regente de Gaia que conseguiram impedir a vingança sanguinária do executor real... por enquanto.

E então Hiro... qual o próximo passo? – Indaga o ex-lupino apoiando a Nove Tormentas em seu ombro direito.

— Agora... – Responde o menino voltando ao sua forma normal. – Vou botar esse covarde pra fora do corpo do Soluço. – Estala o pescoço. – Com nano maquinas e tudo!

Se aproxima do arauto ajoelhado cravando Yamato e Muramassa no chão arenoso.

— Wolf fica esperto... quando ele sair você...

Nem precisa dizer Hiro... – Diz Wolf apertando com força o cabo negro da espada de raios. – Só faça!

O menino nada respondeu, apenas meneou a cabeça para seu companheiro, confiava nele, sabia que ele não falharia... nem ele.

— Vamos começar... pronto Kaze?

Uma brisa passa perto do menino junto com uma voz.

“Sempre meu filho.”

— Então, vamos nessa!!! – Brada o jovem cavaleiro dando um passo na diagonal esquerda movendo o mesmo braço passando diante do rosto em sentindo anti-horário. Deu outro passo dessa vez na diagonal direita movendo o mesmo braço em sentindo, horário, deu um passo para esquerda entrelaçando as pernas enquanto movia ambos os braços, até chegar em um ponto onde bateu os dois punhos um contra o outro criando um ideograma verde no ar, depois refez o mesmo movimento do início circulando envolta de Soluço e a cada vez que ele chegava em um ponto especifico batia os punhos criando outros ideogramas até formar quatro, cobrindo os sentindo norte, sul, leste e oeste.

— O que... ele tá fazendo? – Questiona Mérida vendo os estranhos movimentos do menino.

— Parece um tipo... de dança? – Indaga Jack também confuso.

— É mais do que uma dança Jack.

— Ah?

— É uma dança cerimonial que os antigos monges de Yamato realizavam para purificar lugares, ou indivíduos que foram contaminados por Mana corrompida ou possuídos por espíritos malignos. – Explica o metre.

— Caramba!

— É como o ritual de purificação que usamos lá em Corona! – Exclama Rapunzel surpresa. – Os magos do Sol usam a luz do astro rei para purificar, curar e livrar pessoas de maldições!

— Verdade, eu lembro disso! – Diz Mérida se aproximando da amiga. – Às vezes pessoas de outros reinos vão até Corona só para conseguirem se curar de doenças naturais ou causadas por magia.

— Isso mesmo! – Confirma a princesa loira. – Se bem que... para realizar uma purificação desse porte são necessários de cinco a dez magos! Será que o Hiro sozinho consegue?

— Bom... nenhum deles tinha um Espirito Guardião fodão como o do Hiro, né? – Comenta Jack e Rapunzel sente seu rosto queimando de vergonha.

— É... esqueci completamente desse detalhezinho! – E cobre o rosto com seus cabelos.

— Valeu mane, deixou ela com vergonha! – Ralha a princesa ruiva.

— Foi mal! – Tenta se desculpar o albino. – Só tava dizendo que devido ao Hiro possuir um espírito guardião forte pra caramba a purificação deve ser diferente e mais rápida... né, profe?

— Mais ou menos. – Responde o mestre sem se virar. – Diferente de Corona, os Monge de Yamato não contavam com a benção do astro rei para realizar curas milagrosas ou exorcismo... eles não precisavam.

— Não?! – Exclama Mérida confusa.

— Afinal... eles possuíam algo mais forte e abundante para servir de energia purificatória... que era a...

Antes do professor terminar sua frase o trio de adolescentes percebe algo emergir do solo arenoso, tinham o formato de flocos de neve, mais feitos de luz esverdeada que ascendiam. Puderam sentir uma energia pura, como nenhuma outra que já haviam sentindo antes, nenhuma pessoa viva conseguiria emitir tamanha Aura, mas aquilo não era Aura, mais sim a força que flui pelo mundo, criando vida e partilhando suas histórias milenares.

A Mana. – Conclui o professor para seus alunos que ficam boquiabertos ao verem os flocos de luz emergirem ainda mais do chão e agora circularem o Cavaleiro e o Arauto como uma cúpula de luz.

O erudito traz os braços para próximo do peito, todas as fagulhas se convergem para ele deixando as mãos do pequeno gênio brilhando como dois braseiros vivos.

— Wolf... eu vou entrar.

Detona! – Incentiva o ex-lupino para seu jovem companheiro que sorri, fecha os olhos, toma folego sentindo toda a sua Aura fluir por seu corpo, se unificando a Mana absorvida, então reabre os olhos que voltaram assumir a cor esmerada de antes, avança sendo seguindo por uma corrente de vento, chegando até o arauto, tocando seu peito com a mão esquerda e atesta com a direita. Inclina a cabeça do Arauto para o alto abrindo sua boca, seus olhos se abrem só que brancos, sua Aura negra irrompe se opondo contra Aura verde do cavaleiro.

— O que é aquilo?! – Brada a princesa valente.

— A Aura de Hagamoto está tentando bloquear a de Hiro e Kazedori, para impedi-los de “adentrarem” em Soluço.

— Entendi... pera aí... adentra-lo?! – Jack não entendeu aquilo.

— Exato! – Exclama o mestre. – Diferente dos magos do ocidente, os Monges de Yamato realizavam sua cura não de fora para dentro, mais sim de dentro para fora.

— O QUÊ?! – Berram o trio desacreditado.

Faz sentindo! Desse maneira Hiro tentará livrar o corpo de Soluço da influência de Hagamoto e também das nano maquinas de Tadashi numa tacada só! – Exclama Walter entendendo o plano do menino.

— Mais isso não é perigoso? – Questiona Zie.

— Muito! – Afirma Kojiro. – Uma vez que se transfere sua consciência para a de outra pessoa seu corpo fica vulnerável a ataques de fora e também corre o risco de o indevido amaldiçoado tentar...

— Tentar... o que professor? – Questiona Mérida temendo pela resposta.

Que foi...

— Tentar se apossar do corpo do Hiro.

— NÃO!!! – Grita Jack em desespero. – Isso não pode acontecer!!!

— Professor se o Hagamoto possuir o Hiro ele vai... – Zie não consegue terminar sua fase, o simples pensamento daquele demônio possuir Hiro seria o fim para todos eles! – Não há outra maneira?

— Não... – Reafirma o samurai. – Essa é a única forma que temos para livrar Soluço de toda a influência daqueles dois malditos!

O grupo se cala após a firmação do mestre e novamente eles se viam de mãos atadas para salvar seu amigo, restando apenas torcer para que o cavaleiro tivesse sucesso em sua missão.

“Não morre baixinho!”

Pede Jack apertando com força se cajado.

“Volte em segurança... ainda temos tanto a nos desculpar com você.”

Pede Zie em oração.

Já Mérida...

“Salva ele Hiro... por favor...”

Pedia juntando as mãos, fechando os olhos e fazendo algo que ela nunca fazia... rezar.

“Traz ele de volta pra nós... por favor!”

Foram os pedido feito ao jovem cavaleiro que não escutou, mais sentiu suas Auras clamando por ele, dando lhe forças para o que devia fazer! Sua Aura cresceu, expandiu-se sobrepondo a do demônio que ainda lutava para impedir a entrada do jovem de seus Espirito Guardião dentro de seu receptáculo. Suas Auras encobriam o Arauto, criando uma espécie de casulo verde os separando do mundo físico e dando lugar ao espiritual que a dupla vagava naquele momento.

— Conseguimos! – Afirma ao menino.

“Fique esperto minha criança, Hagamoto ainda pode tentar nos deter aqui dentro!”

Explica Kazedori que voava ao lado de seu Regente.

Deixa ele tentar! – Desafia o menino serrando os dentes. – Desde que começou essa luta queria estar frente-a-frente com ele.

“Queria?”

— É... preciso perguntar uma coisa a ele.

O lendário pássaro não compreendeu tal atitude de seu jovem Regente.

“Hiro... ele já não é mais humano, qualquer traço que havia de humanidade nele desapareceu, restando só o sentimento de vingança e ganância por poder!”

— Eu sei! – Afirma o pequeno gênio. — Mesmo assim... a algo que preciso questiona-lo!

O grande pássaro não respondeu de volta, conhecia Hiro o bastante para saber que o menino possuía seus próprios planos e que geralmente significava algo grande, só não conseguia entender o que Hagamoto tinha a ver com isso.

“Hiro o que você está planejando?”

Pensa o pássaro que logo percebe que o ambiente havia mudado. Antes o corredor de luz e estrelas por onde eles voavam foi tomado por uma nuvem roxa transformando o caminho deles e um breu coberto por trovões negros.

Kaze o que está havendo?

“É Hagamoto! Rápido suba nas minhas costas!”

Brada o pássaro, estendendo sua assa esquerda para o menino que a segura a tateando até chegar em seu pescoço onde ele se senta.

Vou convocar as espadas cedidas pelo mago para nos defender!

“Ótima ideia!”

Hiro junta as mãos diante do rosto com dois dedos erguidos e imediatamente várias laminas surgem envolta da dupla as rodeando como um cortejo.

“Vou erguer uma barreira para reforçar nossa passagem!”

Brada o pássaro que bate suas asas soltando centenas de suas penas esmeraldas pelo ar. Solta um grito e as penas brilham, linhas de luz brotam de cada uma delas que vão se ligando a outras e mais outras até formarem uma cúpula de cor verde envolta da dupla com ideogramas da antiga língua de Yamato em alto revelo nos quatro pontos cardeais.

“Estamos prontos!”

— Vamos lá!!!

Bradam a dupla que avançam, logo as nuvens roxa regurgitam enormes trovoes negros na forma de dragões atacando a dupla.

“Maldito!”

— Ele ainda está usando o poder de Arauto do Soluço contra nós! – Brada Hiro vendo as betas sendo repelidas pelo escudo de seu amigo penudo.

“Não... isso não é o poder do Arauto!”

— Não?

“Não... é o medo dele!!!”

— O QUÊ?!

As bestas mordiam e se chocavam contra a barreira de Kazedori com violência, outras surgiram das nuvens, mas essas eram diferentes, tinham formato humanoide, trajavam roupas diferentes da que o menino conhecia, além de armaduras incompletas, elmos com chifres, armados com enormes machados e espadas.

— FRACO!!!

Bradavam as criaturas humanoides atacando a barreira fazendo Kaze fechar um dos olhos.

— Kaze, você tá bem?!

“É muito medo... muitas dúvidas... o quanto esse menino carrega é inacreditável!!!”

— Como assim medo, duvidas, o que são essas coisas afinal?! – O menino não conseguia compreender, como medo e duvida podiam os atingi-los.

“Hiro... todos nós carregamos, duvidas, inseguranças e medo, faz parte da nossa natureza e da nossa psique. Sem esses sentimentos não poderia existir coragem, perseverança e esperança, tudo precisa ter um equilibro para existir.”

Explica o lendário pássaro.

— Eu sei disso, mais como Hagamoto está usando isso contra nós!

“Por que... “

O espírito do vento tinha dificuldades até para falar.

“... os medos dele são mais fortes por que são disparados por seu próprio povo! Veja!”

— Ah?

Hiro olhou com mais atenção para as imagens de homens e mulheres que os atacam sem parar, suas formas ficam nítidas assim como suas origens.

— São... berkianos!!!

“Sim... o próprio povo do Soluço!”

Hiro ficou perplexo com aquilo, o medo e duvidas de Soluço assumiram a forma de seu próprio povo.

Mas...

— Por quê?!

“Parece... que ele não era bem visto pelo próprio povo”

Era verdade, Hiro começou a ouvir inúmeros insultos proferidos pelas figuras; o chamavam de FRACO, IMPURO, COVARDE, INAPTO e outras ofensas que o menino nem conseguia traduzir.  

Isso é horrível! Perece o que aconteceu com...

“Daigoro e Hagamoto!”

Responde o espirito no lugar do cavaleiro.

“Ambos também foram considerados traidores e renegados por seu próprio povo... assim como Soluço!”

— Como?!

“É provável que não aceitaram que alguém que supostamente dito como fraco e indigno conseguiu um poder que era reservados a poucos... devem tê-lo pressionado para abdicar de seu posto ou o forçá-lo a usar seu poder para engrandecimento de sua nação... o que sabemos que ele não aceitou.”

De fato, quando Hiro descobriu que Soluço foi deserdado de Berk, as informações diziam apenas que ele atacou o próprio pai e outros membros do conselho e fugiu com seu wyvern Fúria da Noite. Pelas leis do condado alguém que comete tal ato é visto como traidor, é deserdado de todos os seus bens e considerado alguém “morto” para aquele povo.

Por Gaia... por isso Hagamoto o dominou com tanta facilidade!

“Sim... um receptáculo odiado e invejado por muitos, um involucro carregado de mágoa e ódio por aqueles que deveriam lhe ouvir e proteger... sinto pena desse menino.”

— Eu também... – Hiro aperta com força as penas do pássaro. – Kaze... abra sua barreira.

“O quê?!”

— Não vamos conseguir avançar com toda essa multidão nos bloqueando, abra sua barreira e me jogue o mais longe que puder!

“Mais Hiro isso é...”

— Confie em mim! – Brada o erudito. – Temos que mostra para ele que a união entre um humano e uma entidade não é uma maldição e sim uma benção! – Aperta com mais forças as penas do seu amigo. – Temos que mostra que mesmo longe um do outro... somo um só!

Os olhos de Kaze se arregalam com as palavras de seu Regente, causando um misto de alegria e orgulho em seu peito por ter aquele menino como seu escolhido, alguém que confia nele de olhos fechados, sem vacilar ou duvidar... como sua menina.

“E eu achando que nunca mais encontraria alguém como você Sakura... como eu estava enganado... que bom!”

O pássaro sorri por dentro, se encolhe, desfaz sua barreira permitindo que os dragões e as imagens dos inimigos chegassem mais perto, apenas para serem destroçados pelas espadas do Filho de Gaia que os cortavam em pedaços!

Desapareçam daqui seus malditos! Deixem esse garoto em paz!!!— Brada Hiro com toda a sua força.

“Eles vão voltar Hiro, agora é sua chance!”

— Eu sei! Te vejo depois amigão! – Entoa o menino que salta das costas do grande pássaro mergulhando no vazio que parecia não ter fim, a luz de Kaze ficava mais e mais distante, mas ele não se sentia aflito nem preocupado, tinha uma missão a cumprir e ele não voltaria até cumpri-la!  

Longe do deserto no memorial dedicado aos monges...

“O número chamado encontra-se fora de operação, favor tentar mais tarde.”

— Droga!

Cass reclamava mais uma vez por não conseguir contato como o professor. Estava ligando a horas para o mestre e seus sobrinho, mas nenhum deles respondia. Em seu interior sabia que algo grave estava acontecendo, vinde a sensação que teve antes de desmaiar.

— Onde vocês estão?

Se pergunta a moça sentando-se novamente no banco que esteve dormindo por não se sabe por quanto tempo. Olhou para a memory box em suas mãos e não pode deixar de sentir-se mal ao lembrar do show nefasto que seu sobrinho demonstrou.

— Tadashi...

A doceira fecha os olhos sentindo uma enorme dor em seu coração.

— Onde erramos com você... – Murmura sentido as lágrimas escorrem por suas bochechas. – Será que poderíamos mudar alguma coisa? Ter evitado algo ou simplesmente... – Ela se cala já não sabendo o que dizer ou pensar, envolvida em seu próprios sentimentos de amargura e impotência, por isso nem percebeu o homem de manto negro bem atrás dela, sorrindo.

— É perigoso para uma senhora andar desacompanhada a essas horas da noite, não acha?

— Ah? – Um calafrio percorre a espinha da doceira que se levanta num pulo. – Quem...?

— Não se preocupe madame, não vou lhe fazer mal, só achei perigoso que aquela que criou meus conhecidos fique aqui sozinha e dormindo enquanto eles lutam para mudar o destino deste país. – Responde o home com um sorriso frio. Cass por sua vez se abraça sentindo um estranho incomodo ao olhar para aquele homem, como se sentisse uma cobra se envolvendo envolta de seu corpo.

— Quem... o que é você? – Pergunta tremula a moça. – Você disse que criei seus conhecidos? Por acaso está falando de...

— De Hiro e Tadashi? Sim estou! – Responde o homem se sentando no banco em que a moça dormia. – São dois sujeito impressionantes, não querendo iguala-los é claro, mas é incrível como ambos se comportam diante do poder.

Cass balança a cabeça sem entender o que o homem dizia. 

— É simples minha senhora... um ao conhecer o poder fica encantado por ele, podendo em fim realizar sua deturpada fantasia de ser achar um ser superior aos outros... o que na verdade ele não é? Se é que a senhora me entende.

Ao ouvir aquilo a cabeça de Cass dói, imagens começam a surgir em sua mente. Uma criança deitada sobre uma cama ligada a vários aparelhos, seu corpo magro, raquítico, pálido, boca semiaberta por onde escorria uma baba, transmita uma sensação de dor, solidão e desespero para qualquer um que olhasse. Ainda mais quando via duas crianças deitadas da mesma forma.

— Duas?

Os olhos de Cass se arregalam, estava de volta ao monumento.

— O que foi... isso?

— E o outro. – O estranho continuava chamando a atenção da moça. – Ao conhecer o poder tenta de todas as maneiras proteger aqueles que ama, sacrificando sua mente, corpo e espirito, por um mundo melhor. – Ele sorri. – E só par constar... não estou me referindo ao Hiro e sim... ao “outro”.

O coração de Cass parou, seus olhos perderam o brilho e sua mente vagou para longe daquele lugar onde ela presenciou um pequeno menino de cabelos negros segurando no braços um bebe, um bebe muito familiar, assim como menino que o segurava com todo zelo do mundo.

— Tadashi...

O menino ao ouvir aquele nome se voltou para ela, meneou a cabeça e depois sorriu, um sorriso de luz e verdade que ela não via há muito tempo, assim como seus belos olhos azuis.

— Mas Tadashi não tem olhos azuis!

— E quem disse que esse menino é o Tadashi? – Pergunta uma voz bem próximo a ela.

— Se ele não é o Tadashi, então quem...

— Você não se lembra mesmo não é?

Ela meneia a cabeça em negação.

— Tudo bem... eu ajudo.

A doceira sente um braço frio envolver se corpo lhe causando arrepios, tentou se mover, mas seu corpo nem respondia.

— Vou lhe devolver o que aquele pirralho lhe roubou, aquilo que você mais amava...

O homem ergue sua mão direita, apontando os dedos indicador e médio na testa da mulher sussurrando.

— ...as memorias do seu filho.

“Filho?”

Aquela palavra tão sublime, tão doce, que ela tanto sonhou em viver e segurar em seus braços, mas devido a sua deficiência nunca pode vivenciar.

Ou poderia?

— Dispell.

Declara o homem entoando sua técnica, que consiste em destruir qualquer magia usada contra ele, ou quem estiver ao seu lado. Uma corroa branca feita de glifos brancos surgem envolta da cabeça de Cass, corroa essa que aos poucos vai desaparecendo em fragmentos opacos e sem vida. O vazio imperava em sua mente que ao poucos é inundado por imagens de uma vida que ela nunca sonhos em ter, ou melhor esqueceu que um dia teve, mas agora estava livre e ela finamente pode derramar suas verdadeiras lágrimas.

— Não...

Ela cai de joelhos.

— Meus meninos... minhas crianças!

Ela cobre o rosto.

— Meus filhos

E ali Cass chorou como nunca antes, por finalmente recupera o que lhe tinha sido roubado, o nome de seus dois mais preciosos bens.

— Hiro... Daishi!!!

Com um sorriso Armatas se afasta, feliz por ter jogado mais uma pedra na engrenagens insanas que essas história se desenhava.


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Notas finais do capítulo

E assim enceramos mais um capitulo e como pudermos ver... Armatas esta de volta e já causando confusão! O que será as imagens que Cass viu e o menino igual a Tadaghi mais de olhos azuis, seria ele o tal Daishi?

A família Hamada ainda esconde segredos e uma tragédia sem igual que começa a ser revelada nos próximos e emocionantes capítulos. Uma boa semana para todos e até a próxima!



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