O Mago das Espadas Aqueles que Buscam seus Sonhos escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 3
O Lobo e a Rosa – Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Boa noite magos e magas! Estamos de volta com mais um capitulo de O Mago das Espadas! Pessoal desculpem a demora para postar, estava adiantando minha outra fic, Castlevania Requiem of the Dragon, que estava a muito tempo parada.

Mudando de assunto continuamos de onde paramos, algumas coisas novas e inesperadas acontecem neste capitulo, curioso? Leiam e descubram! Desde já uma boa noite e ótimo final de semana para todos e vamos ao capitulo da semana!!!



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Na floresta de Arendelle eles farejavam o ar, caminhavam em bando. Sentiam um aroma diferente na mata, um aroma doce e suculento de sua pequena presa. Um deles parou sentando-se, rosnou e uivou e então outros olhos amarelos surgiram a sua volta. O líder apontou com sua pata e simultaneamente os outros seguiram na direção apontada.

Hoje à noite eles teriam um banquete!

Mais adiante...

— Anna espera!!! – Grita Ruby voando atrás da amiga que ainda cantava.

— Lá, lá, lá... Oh! O que foi Ruby, não vê que estou animada!

A gatinha alada fica parada voando a frente da princesa.

— Eu percebi! O problema é... Ainda faltam... Dois meses para começar as aulas na tal escola. – Demonstra erguendo dois dedinhos. – E outra seu pai queimou sua carta de admissão... Como você vai entrar na escola sem ela?

E para a surpresa da gatinha a princesa sorri confiante.

— Fica tranquila minha amiguinha cor de rosa... A Anna aqui tem tudo planejado!

Ruby ouviu aquilo e serrou os olhos meio descrente.

— Serio?

— Seríssimo!!! – Exclama a princesa pulando. – Estamos indo para a estação da luz, não só porque é ponto de partida para Draconia, mas também para vários lugares do mundo todo!

Ao ouvir aquilo a gatinha arregala os olhos.

— Nossa! Eu não sabia disso!

— He, he, he, não te culpo você fica no meu quarto sem poder sair e não sabe muito sobre o mundo de fora, mas euzinha sei!

— Convencidaaaaaa! – Sussurra a gatinha.

— Disse alguma coisa Ruby?

— Nada não! Mas continue sua explicação, por favor?

A princesa olha desconfiada para sua amiguinha, mas resolve ignorar e continua:

— Então... A estação fica dentro de uma cidade e não é qualquer uma! Mais sim a maior cidade do reino da magia a cidade de Magicite!!! – Exclama Anna agitando os braços.

— Magicite? – Questiona Ruby sem entender.

— É a cidade onde se situa o Ministério da Magia Ruby. – Explica a princesa. – É uma cidade independente onde quem governa é o ministro da magia, ou seja... Uma cidade governada e regida pela magia... Não é legal?!

Os olhinhos da gatinha se arregalam.

— C-A-R-A-M-B-A!!!

— Isso ai! – Responde Anna dando pulinhos. – Sendo a Cidade da Magia, lá serve de ponto de encontro entre magos, professores e todo o tipo de coisa, eu já fui lá uma vez quando era bem pequena... Foi quando mamãe ainda estava viva. – A princesa se cala ao lembrar-se de sua mãe.

— Anna?

— Desculpa, tive uma boa lembrança... Só isso. – Mente a princesa que enxuga uma lágrima. – Mas voltando ao assunto, fui lá quando um pequeno acidente aconteceu com a carta da minha irmã.

— Acidente?

— Pois é até hoje não entendi a carta dela congelou, acredita?!

— NOSSA!!! – Exclama a gatinha surpresa. – Ela já conseguia usar magia mesmo tão nova?

— Pra você ver como minha maninha é incrível! – Responde Anna toda orgulhosa. – Aí depois fomos ao ministério, mostramos a carta dela congelada e pedimos uma segunda via da carta para ela... Alguns minutos depois uma carta novinha já estava disponibilizada para ela, parece que sempre fazem copias sobressalentes para caso a primeira seja extraviada, ou roubada. Então o aluno só precisa ir lá e pedir sua segunda via entendeu?

Ruby prestava total atenção na explicação de sua amiga e diz:

— Entendo... Então você vai mostra os pedacinhos da carta queimada pro pessoal da magia para você receber uma cartinha nova em folha é isso?

— EXATAMENTE!!!

— Incrível! E eu achando que você era burrinha. – Diz Ruby sorrindo.

— Pois é né eu também achavam! – Responde Anna.

Cinco segundos depois...

— Peraí... Você me chamou de burruinha?

— HI, HI, HI!!!

Anna infla as bochechas zangada e grita:

— BOBA!!!

— Você é que! – Responde a gatinha dando língua.

— Você é mais ainda!!! – Devolve Anna dando língua também.

Quando as duas percebem que estão com suas línguas para foram, não se contem e riem uma da outra.

— Bom então vamos indo! Agora fiquei curiosa para conhecer essa cidade! – Gesticula a gatinha empolgada.

— VAMOS!!! – Grita Anna animada, foi nesse momento que ela ouviu o som de algo se quebrando. – Hum?

A princesa se vira e olha para trás, não havia nada só o vento frio passando e balançando as folhas das arvores e dos arbustos.

— Estranho... – Sussurra a princesa.

— Quê foi?

— Não... Nada não... Vamos continuar... Tá ficando frio. – Responde a princesa se abraçando.

Ao ouvir isso Ruby pousa no ombro da amiga.

— Vou ficar juntinha de você, assim nenhuma de nós passa frio, tá?

A pequena princesa não conseguiu conter um sorriso, depois de ouvir aquilo, fecha os olhos e pensa:

Obrigada Deusa Althena... Por me dar uma amiga tão pequena, mas ao mesmo tempo tão boa.

Então Anna suspira confiante, aperta a fivela de sua mochila com força e continua sua caminha, sem perceber que os olhos amarelos a seguiam.

Em quanto isso em outro lugar, longe de qualquer outro, um jovem rapaz caminhava descalço pela grama. Estava sem camisa e só usava uma calça de moletom cinza. Seus olhos azuis olhavam a paisagem diferente, seus cabelos brancos tremulavam ao vento.

Onde estou?

­Se pergunta.

Mãe, mia?

Chama pelas suas pessoas amadas.

Caralho! Será que sou sonambulo e sai andando sem perceber?

Questiona coçando sua cabeça.

Não... Espera um pouco... Eu não conheço esse lugar.

Olha em volta, estava em uma clareira aberta, cercado por varias arvores, a sua volta e fincada na grama varias espadas destruídas formavam um circulo que rodeava uma grande pedra.

Mas o que é...

Mas a frente o jovem tem a visão de um enorme monumento e uma velha espada maior que ele fincada na grama.

Puta merda que espada foda!!!

E caminha até a espada ergue sua mão para toca-la quando de súbito sente uma sombra o encobrir.

Ah?

Quando olha para o alto seus olhos azuis se arregalam ao se deparar com um enorme lobo sobre o monumento que o encarava.

Minha... Nossa!!!

A enorme besta o encarava com seus olhos azuis, seus pelo branco reluzia com a luz da lua, então salta da pedra em direção ao garoto que pula para trás caindo logo em seguida. A enorme besta para diante dele, seu focinho se aproxima do menino que não conseguia se mexer. Aquela criatura não era igual aos ursos que ele e sua família aviam mataram, era diferente, era...

Magica...

O grande lobo o rodeia para depois ficar a sua frente novamente se sentando. O menino então se levanta, ergue sua mão direita se aproximando do focinho do enorme animal que faz o mesmo. Logo ambos se tocaram e Gládius pode sentir uma torrente de Aura se conectando a sua.

Quem é você?

E resposta foi.

Seria você aquele a herdar meu legado?

E abre os olhos acordando, sua testa suada e sua mão erguida para o alto encarando o teto.

— Foi um sonho? – Se pergunta o menino, no entanto ele sente algo em sua mão direita. – Mas o que?

O jovem guardião se senta na cama, encara seu punho que o abre lentamente e seus olhos contemplam um anel de bronze sobre a palma de sua mão.

— Mas... O que, que isso tá fazendo aqui?

O anel era gasto com vários arranhados, não era uma joia rara, e havia o desenho de um lobo lapidado em seu topo. Rapidamente o menino pega uma vela e coloca o anel diante a luz para tentar encontra mais alguma coisa, nome ou algo que diga a quem pertenceu, mas nada.

— Como essa coisinha veio parar aqui? – E olhou para o lobo lapidado no anel. – O lobo... No sonho. – Passa seu dedo indicador pelo desenho em seguida olhou para seu dedo médio, sentiu de súbito uma vontade de coloca-lo e pouco a pouco foi direcionando o anel para seu dedo já erguido, quando estava preste a coloca-lo...

— KKKKKAAAAAHHHHHHHHHHH!!!!

— Ah?!

Um grito ecoa no meio da noite e vários uivos são ouvidos logo em seguida.

Seguindo seus instintos o menino abre sua janela, a noite estava fria, caia uma fraca neve lá fora, fechou os olhos e tentou medir a direção dos uivos.

— Um... Dois...

Ouve os uivos.

— Estão a vinte metros daqui! MÃE, MIA ACORDEM!!! – Grita o menino.

Lá fora na floresta a pequena princesa corria usando todas as suas forças.

— Por que isso tinha que acontecer?! – Exclama a princesa em lágrimas.

— Não faz pergunta difícil apenas corre!!! – Grita Ruby.

As duas amigas estavam caminhando quando Anna ouviu um barulho na mata, achou que não tinha sido nada, mas logo em seguida vários pares de olhos dourados surgiram pela mata e vários lobos surgiram, rosnando para ela e babando. A princesa não perdeu temo e sai em disparada pela mata sendo seguida por sua pequena companheira.

As duas correm floresta adentro, a princesa corria em meio a arbustos com espinhos que cortavam sua pele e suas roupas. Tropeça em uma pedra a fazendo cair e rolando uma encosta.

— KKKAAAAAAHHHH!!!

— ANNNAAAAA!!! – Ruby grita por sua amiga que rola na neve, a princesa no desespero tenta se segurar em alguma coisa, mas não consegue e rola ate perto de um riacho, suas costas se chocam com uma pedra a fazendo gemer de dor.

— AAAAÍÍÍÍÍ!!!

— ANNA, ANNA!!! – Ruby voa até sua amiga que sangrava. – Aí minha nossa você tá sangrando!!!

— Eu... Eu vou ficar bem... – Diz a princesa sem folego. – Seu supercilio havia se abrido e sangue escorria pela ferida a obrigando fechar o olho esquerdo. – Temos... Que fugir. – Exclama a princesa se reerguendo.

— Mas você tá toda machucada! – Exclama Ruby chorando e sua amiga sorri mesmo ferida.

— Esses ferimentos... Não são nada... Comparados à alegria que eu vou ter... Ao rever a minha... Maninha... – Diz a princesa sem forças, sua vista fica turva e seu pequeno corpo desaba no meio do riacho.

— ANNAAA!!!!! – Ruby voa, usa suas patinhas para tentar ergue sua amiga. – VAMOS, VAMOS!!! – Grita batendo suas asinhas com toda a sua força, mas só consegue ergue o corpo de Anna alguns centímetros. – Eu tenho que salva-la, eu preciso! – Em sua mente passava o momento em que se conheceram, ela toda suja de lama e assustada foi encontrada pela princesa que cuidou dela, no início desconfiou da menina, pois os humanos sempre foram maus para ela, mas Anna não, ela era diferente. – Você me salvou quando ninguém mais ligava pra mim... Eu não vou deixar você morrer!

A pequenina usa todas as suas forças e superando todas as adversidades consegue ergue e levar o corpo da princesa até a outra beirada do riacho, para logo em seguida cair exausta no chão branco.

— Puf... Puf... Eu... Consegui... – E olha para sua amiga desacordada. – Eu vou cuidar de você Anna... Assim como você cuidou de mim. – Sorri exausta a gatinha até ouvir os uivos dos lobos. – Ah não! – Olha para trás e vê a matilha descendo a ribanceira e correndo até elas. – Não, não, não!!!

Os lobos correm com suas bocas abertas e babando, Ruby sem opção se coloca a frente de sua amiga.

— Vocês não vão machuca-la!!! – Berra a pequenina que fecha os olhos quando o primeiro lobo se aproximava e um estampido é ouvido e um grito de dor ecoar pelo. – Hein?

A pequenina abre os olhos e vê o lobo que ia ataca-la caindo e sangrando, os outros lobos pararam não entendendo o que aconteceu e mais dois deles são alvejados.

— Mas o quê tá...

— UUUAAAAHHHHH!!!! – Um brado é ouvido atrás da pequenina que vira seu rosto a tempo de ver um rapaz saltar com uma tocha na mão esquerda e uma faca na direita. O menino se posiciona na frente delas com a tocha à frente. – Venham seus patifes, lutem com alguém do seu tamanho!!!

Os lobos rosnam e avançam o menino rapidamente se agacha e passa sua faca pela barrida do lobo a abrindo, fazendo o sangue respingar em seu corpo, o segundo foi acertado pela tocha queimando seus olhos se afastando para logo em seguida ser acertado por uma pedra bem na nunca.

Ruby olhava para aquilo e não acreditava, estavam sendo defendidas, mas por quem? 

O ultimo lobo avançou contra o menino que salta, o lobo olha para o alto a tempo de ver o jovem descer com sua faca perfurando sua cabeça. Mas sangue explode de dentro do animal que cai sem vida no riacho.

A neve para de cair, as nuvens se abrem e a lua volta a iluminar o ambiente e a pequena gatinha olha para seu salvador, coberto de sangue, mas seus olhos azuis reluzindo pela luz do luar.

Parecia um lobo, porém mais forte e valente.

— Vocês estão bem? – pergunta o menino.

A gatinha ainda em choque não se mexe, o menino por sua vez se aproxima finca sua tocha no chão faz um carinho na cabeça da gatinha e olha para a menina no chão.

— Caramba!

Com cuidado vira o corpo da menina, arregala os olhos ao ver o corpo da menina, estava cheio de arranhões e sangue escorrendo de uma ferida na cabeça.

— Mãe, Mia!!! – Brada o garoto e uma mulher com uma espingarda e uma menina com uma atiradeira em mãos surgem saindo do meio do mato.

— Estamos aqui filho! – Exclama a mulher

— Você tá machucado? – Pergunta a menina.

— Estou bem essa menina é que não! – Explica o rapaz.

A mulher se agacha e observa a menina.

— O que acha mãe?

A mulher faz uma cara seria.

— Os aranhões são os de menos o que me preocupa é o sangramento na cabeça e... – Coloca um dedo sobre o lado da menina e ao tira-lo estava com sangue. – Essa não... – Com cuidado a mulher vira o corpo da princesa e suas suspeitas se confirmam, havia a ponta de um galho fincado no lado direito da menina.

— Puta merda!!! – Xinga o garoto.

— Pela Deusa! – Exclama a menina.

— Temos que remover isso o quanto antes se não ela vai sangrar até...

— Mãe? – O menino teme a resposta.

— Morrer.

As crianças arregalam os olhos em choque, mas o que os deixou mais chocados foi ouvirem...

— Por favor...

— Hum?

— Salvem ela, por favor? – A gatinha falar.

O menino arregala os olhos e aponta o dedo tremulo.

— Ela, ela, ela...

— FALOU!!! – Exclama Mia.

— POR FAVOR!!! – Grita a pequenina pulando sobre Gládius o derrubando no chão. – Salvem a minha amiga, salvem a Anna, por favor!!!

E o menino segura a gatinha em mãos e diz:

— Uma gata falante... Agora eu já vi de tudo!

— Não temos tempo pra isso, precisamos leva-la para a cabana e rápido! Filho!

O garoto sai do transe momentâneo e responde.

— T-Tudo bem! – Larga a gatinha que abre as asas e voa. – Você também voa!

— GLÁDIUS!!! – Grita a mãe do menino.

— Desculpa é que é muita coisa pra assimilar de uma vez só!

— Idem, mas precisamos ajudar a menina, depois fazemos um questionário completo! – Exclama a mãe das crianças que afirmam com a cabeça.

— Combinado! – Respondem ambos.

Então Gládius retira seu sobretudo e envolve a menina, levanta-a com cuidado em seus braços e anda a passos rápidos junto com sua mãe, Mia e a gatinha que os seguia voando.

O tempo era curto para salvar a princesa!


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Notas finais do capítulo

Será que Gládius e sua família conseguiram salvar Anna? Quem será o lobo que apareceu no sonho do menino e o significado do anel?

Essas e outras perguntas você confere no próximo capitulo de O Mago das Espadas!

Até a próxima e boa semana!!!



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