Lembranças ou Amor? escrita por Julieta Negra


Capítulo 8
Uma luz da lua


Notas iniciais do capítulo

Aiiiiin!!!! Tem coisa boa nesse capítulo, gente! Lê e depois me diz o que achou *0*



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Harry acordou com um pulo naquela noite. Tudo não tinha passado de um sonho.

Seus colegas de quarto dormiam profundamente. Tantas noites, uma após a outra, tendo tantos sonhos quentes com o seu professor. Nenhum colega deveria saber disso, muito menos Rony e Hermione. Estava triste por não entender o gelo que estava levando de Lupin. Depois de tanto se revirar na cama, sentou-se nela e colocou seus óculos redondos. Seu corpo estava suado. Esses sonhos realmente o tirava da realidade.

Já fizera um tempo que não via Professor Lupin. Ele evitava Harry. Na verdade, Harry queria encará-lo e dizer que tudo que passaram naquela noite tinha sido verdadeiro. Seu coração parecia que iria se irromper quando se cruzavam em momentos inesperados nos corredores de Hogwarts.

Olhara estupefato para o seu criado-mudo e intrigou-se com pequenos passos apressados no Mapa do Maroto com um nome um tanto... peculiar: Peter Pettigrew! Ouvira esse nome antes: era o nome de alguém que já estava morto e que tinha sido assassinado por Sirius Black! Sem nem pensar, pegou o pergaminho, sua varinha e desceu sem fazer um ruído, mas apressadamente. Não sabia se o mapa mentia ou se… Pettigrew estaria vivo?

Todo o castelo estava dormindo e o breu tomara conta de todos os cantos de lá, mas aqueles pequenos passos ainda apareciam pelo mapa, no mesmo corredor em que ele se encontrava. O Lumus estava ativado, mas isso não o fazia ver muito além do alcance de seus olhos. Foi quando se deparou com um perigo maior: Professor Snape se aproximava rapidamente do outro lado do corredor.

— Malfeito, feito! - Harry disse baixinho antes de desligar a luz que sua varinha soltava e guardar o Mapa do Maroto.

Sem nem demorar, Snape criou uma luz entre eles, pronto para mandar Harry Potter para a detenção, ou pior: expulsão. Parecia que sentia gosto por isso.

— Potter, - disse o professor com sua fala mansa e desconfiada. - o que está fazendo perambulando pelos corredores à noite?

— Sou sonâmbulo - Harry falara firme, mas engolindo em seco o seu pavor pelo seu professor que odiava.

Snape deu um sorriso totalmente amargo e deu o troco na mesma moeda.

— Você é exatamente igual ao seu pai, arrogante.

— Meu pai não era arrogante. - Harry fugira da armadilha de Snape. - Então, se o senhor me permite, preciso voltar ao meu quarto...

Antes que Harry pudesse virar-se.

— O que você leva em seu bolso? - Snape estava ainda mais seco.

— Nad…

— Deixe-me ver.

Snape esticou a sua mão branca e envelhecida. Harry olhou para ela e se sentiu encurralado. Totalmente contrariado, tirou o papel do bolso e entregou a Snape. O professor cerrou os olhos e a boca para Harry e começou a abrir aquele papel quase mofado.

— Professor Snape. - disse uma voz bem conhecida para Harry. O coração do menino pulou, mas não sabia se de felicidade ou se de mais nervosismo.

— Professor Lupin, vejo que está dando um passeio a luz da lua, não é mesmo?

Snape se portou de um jeito ainda mais desconfiado, mas Lupin praticamente o ignora.

— Harry, você está bem? - Harry apenas conseguira sacudir a cabeça levemente em afirmação.

— Harry estava andando pelos corredores com esse artefato um tanto curioso. - continuou Snape com a razão em volta de si - Talvez seja a sua área, professor. Me parece que isto está cheio de magia negra.

Lupin pegou o pergaminho entreaberto. Ele se mostra um tanto surpreso ao ver aquilo, mas tentou mudar sua expressão sem mostrar sua alegria.

— Duvido muito, Severus. É apenas um pergaminho que insulta quem tenta lê-lo. Mas, eu vou ficar com ele. Examiná-lo, afinal de contas, é a minha especialidade, não é mesmo? - Lupin dobrou o papel e voltou a seguir o seu caminho pelo corredor - Harry, pode vir comigo até a minha sala?

Sem nem discutir, Harry o seguiu e Snape ficou parado no meio do corredor, ainda desconfiado de que tudo poderia ter sido um plano bolado com algum fundamento pelos dois.

 

O caminho até a sala do Professor Lupin fora silencioso e eterno, ouvia-se apenas os roncos dos quadros e seus passos retumbando nas paredes. Quando chegaram à sala, Lupin não parecia nada amigável.

— Harry, você sabe o que é isto? Você sabe o que pode acontecer se isso cair em mãos erradas? Não achou que se esse mapa caísse nas mãos de Sirius Black seria um mapa até você?

— Não, senhor.

Nem de perto essas coisas passaram pela cabeça de Harry e por isso acabou sentindo-se culpado. Ele apenas estava curioso com tudo e até a última pessoa que gostaria de ter encontrado hoje era o Professor Lupin. Depois do sonho que tivera.

Vendo que seu aluno estava desconfortável com a repreensão, o professor respirou fundo e mais uma vez viu aquele seu velho amigo nos olhos de Harry. Se aproximou dele e tocou-lhe em seu ombro direito.

— Sabe, Harry, seu pai também nunca se importou com regras, mas ele e a sua mãe deram as suas vida para salvar você e o jeito que está agradecendo não me parece nada apropriado.

Harry sentiu aquela mão sobre o seu corpo. Aquela mão que já havia tocado seu corpo antes. A chama de Harry havia sido alimentada. Não importava nada agora. Ele só queria, e estava preparado, para contar toda a verdade ao Lupin.

— Me desculpe, professor, mas preciso dizer uma coisa. - Harry não conseguia tirar os olhos do homem à sua frente. Tudo tinha que ser dito aqui e agora. Lupin franziu as sobrancelhas e sentiu seu coração acelerar  - Eu… estou apaixonado pelo senhor.

Foi um soco no estômago de Lupin, jamais imaginara essa confissão. O professor começou a rir de nervoso. Virou as costas para Harry e seguiu até a sua escrivaninha.

— Pelas barbas de Merlin, Harry! Você é apenas um garoto, nem sabe o que é paixão!

Harry enfurecera e mexeu-se em direção ao Lupin, com os punhos cerrados

— Como não sei? O que aconteceu naquele dia do bicho-papão? Nós estávamos envolvidos… nós estamos envolvidos. Não pode negar o que há entre nós, professor.

Harry atravessou-se na frente de Lupin, segurando-o pelos braços. Harry só queria que seu professor fosse honesto com ele, do mesmo jeito que estava sendo.

— Aquilo foi um impulso, Harry. Fui um grande amigo de seu pai e agora, acima de qualquer coisa, somos professor e aluno da Escola de Magia de Hogwarts.

Harry sabia a verdade por trás de suas palavras, mas também sabia que não era apenas isso.

— O senhor não responder a minha pergunta. - os dois se olhavam, tão profundos e… envolvidos  - O que aconteceu naquele dia?

Lupin não sabia o que responder ao garoto. Ele sabia que o grande amor de sua vida era James, mas agora, sentia que Harry era o único motivo de estar presente naquele castelo. Só que não podia se levar, já havia tomado uma decisão.

— Foi apenas um impulso que não voltará a acontecer.

Harry baixou os olhos e os braços. Ele começou a ir embora, apenas aceitando que perdera a luta. Lupin encostou-se em sua escrivaninha e fechou os olhos porque não queria vê-lo ir. Porque, mais uma vez, colocara qualquer outra coisa em prioridade do que seus sentimentos. Porque achava que James aprovaria sua decisão. Mas antes que pudesse impedir, seus lábios estavam sendo tocados por Harry.

Lupin havia decidido, não iria se deixar encantar por Harry, pelo filho do amor de sua vida, além dele ser apenas um garoto. Só que ele não conseguiu. Esse beijo era tudo que mais queria desde aquele outro dia.

Lupin envolveu Harry em seus braços. Seus corpos se grudaram perdidos em fogo. Não dava para negar que não havia nada entre eles. Todos esses beijos eram fortes o suficiente para mostrar que o antes não era um impulso, muito menos o agora.

Harry tomara a decisão certa: mostrar ao seu professor a verdade, mas o que ele não sabia era que seu desejo estava aumentando cada vez mais. A boca, a língua do homem que ama lhe consumia ainda mais. Quando Lupin atacou o seu pescoço, não conseguiu segurar seu gemido, nem seu volume.

Lupin viu o estado de Harry e se tornou ainda mais intenso, repleto de prazer excessivo. Voltou a boca de Harry e ainda aos beijos, levantou o menino e o fez deitar em sua escrivaninha. Lupin inclinou-se sedento por mais um pouco de Harry e levou sua mão para dentro da calça do garoto que tremeu ao sentir aquele toque. Era tão quente e grande a mão do seu professor que não se importaria de tê-la ali por sua eternidade. Harry gemia e se contorcia naquela mesa. Lupin agora observava as reações dele e ansiava que Harry pedisse por mais. Lupin estava entrando em um incontrolável prazer, ele desejava ter Harry naquele exato momento.

— Professor…

Harry proferiu essa simples palavra em meio aos seus suspiros. Ele estava vermelho, tão cheio de ternura e agarrava com as unhas as roupas de Lupin. O professor retirou seu blusão de lã o mais rápido possível. Precisava sentir mais e mais do corpo de Harry, onde este se agarrou com vontade, passando as mãos por aquele corpo enorme em cima do seu. Percebera grandes e pequenas elevações no corpo dele: muitas e muitas cicatrizes.

Foi então que repentinamente a sala foi clareando. Lupin afastou-se apavorado de Harry e voltou-se para a janela. A lua cheia estava tentando mostrar o seu rosto. Eles se olharam e o Lupin estava visivelmente triste.

— Desculpe, Harry. Nós não podemos fazer isso. Sinto muito.

Lupin apenas pegou seu blusão do chão e saiu correndo da sala. E Harry ficou lá, sem entender nada e com a claridade da lua batendo sem seu rosto.


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Notas finais do capítulo

Como sempre tem alguma coisa entres eles!
Essa paixão toda precisa ser saciada logo, vocês não acham?
Comentem aí o que acharam!

Ai, tô louca conferir o próximo capítulo! Bora, bora!



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