Two Crowns, One Winner — Interativa escrita por Lady Twice


Capítulo 2
Chapter One — House of Gold


Notas iniciais do capítulo

Hey, all'a y'all! Então, recebi só duas novas moças, mas vamos continuar fortes né. Por favor, leitoras antigas, deem sinal de vida por aqui, e divulguem como puderem! Pls!! É muito importante pra fic conseguir ir pra frente, lindas ♥

Espero que gostem do cap. Beijo grande ♥



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CHAPTER ONE – HOUSE OF GOLD

“She asked me, ‘Son when I grow old

Will you buy me a house of gold?

And when your father turns to stone

Will you take care of me?’”

♕♕♕

02 de outubro, domingo. Palácio de Angeles, Illéa.

Max saiu do Palácio durante a tarde, na intenção de pegar um ar do lado de fora. Desde sua renúncia e a decisão sobre A Seleção, no dia anterior, sua casa havia se tornado um inferno. Pessoas corriam de um lado para o outro, no intuito de deixar tudo pronto a tempo, e nem mesmo em seu quarto podia ter paz. Depois de descobrir que a única mulher com quem ele quereria um filho era, na realidade, estéril, toda aquela agitação era muito para ele.

Sem realmente ver aonde ia, acabou em um pequeno playground no qual ele e os irmãos costumavam brincar juntos quando pequenos. Ele sorriu, nostálgico, para o lugar, tocando a corrente quase enferrujada dos balanços. Sentou-se em um deles e começou a se impulsionar para frente e para trás, fracamente, como fazia com Eadlyn e Ahren quando eles eram menores. Olhava para o nada quando ouviu a aproximação de alguém, que o fez virar a cabeça de imediato.

Ele não sabia o que esperava, já que ninguém lhe procurava por estes dias além de Katrina, que no momento decidia coisas com sua mãe, e conselheiros que queriam que ele assinasse coisas ou desse entrevistas. Ver seu irmão mais novo não foi a parte que lhe surpreendeu, em todos os casos, mas sim o ukulelê na mão de Ahren. O garoto lhe ofereceu um sorriso.

— Hey, Max — chamou-lhe, para então andar até os balanços e sentar no que estava vago ao lado do irmão. — Aqui é um bom lugar para pensar, não é mesmo?

Max soltou uma risada pelo nariz.

— Só quando eu quero me sentir nostálgico — admitiu.

— Eu gosto daqui — Ahren disse, e começou a afinar as quatro cordas do pequeno instrumento. — Ninguém nunca vem aqui além de mim. Só Eadlyn, mas ela gosta do lugar à noite, então eu estou bem.

— Você costuma vir tocar? — Max lhe perguntou, meneando a cabeça para o ukulelê, e Ahren sorriu.

— Só o ukulelê. Esse lugar combina com o som dele — o mais novo disse, tirando um som da quarta corda.

— Como um lugar combina com um som? — seu irmão lhe indagou, curioso e confuso.

— Da mesma maneira que um rosto combina com uma voz — Ahren explicou, e Max compreendeu. Ou, pelo menos, pareceu compreender. — É algo meio estereotipado, em todos os casos.

— De fato — o mais velho concordou, e, depois de alguns segundos de silêncio, perguntou: — Tem alguma coisa preparada aí?

Ahren assentiu freneticamente, tirando três notas de todas as cordas para testar a afinação do instrumento. Percebendo que estava tudo nos conformes, então, abafou as duas primeiras casas com dois dedos e repousou o anelar na terceira casa. Max sentiu-se um bom irmão ao reconhecer que era de uma das bandas favoritas de Ahren, twenty one pilots ou algo do gênero, embora não tivesse identificado a música propriamente. Ele achou a letra peculiar e sentiu algo como relaxamento, um sentimento de família, ao ouví-la.

“She asked me, ‘Son when I grow old

Will you buy me a house of gold?

And when your father turns to stone

Will you take care of me?’”

[ Ela me perguntou, ‘Filho, quando eu envelhecer

Você vai comprar para mim uma casa de ouro?

E quando seu pai se transformar em pedra

Você vai tomar conta de mim?’ ]

♕♕♕

Eadlyn ouviu as vozes dentro do quarto de Caroline assim que viraram o corredor. Uma voz masculina contava uma história que devia ser engraçada em um tom de espanto e deboche, enquanto Caroline ria bem alto. Outra voz, num timbre digitalizado, mas ainda masculino, fazia rápidos comentários sobre a mesma história. A gêmea fez uma careta de dúvida antes de se deter em frente à porta do quarto e apurarou seus ouvidos. As vozes, fora a de sua irmã, tinham um sotaque diferente. Falavam os t’s de maneira mais evidente, e as vogais no geral de maneira fechada.

Travis William, os príncipes da Inglaterra, ela concluiu rapidamente.

Eadlyn levantou a mão para bater na porta, mas então concluiu que não havia necessidade daquilo. Aquela era sua família. Logo, abriu a porta sem cerimônia alguma, o que fez com que duas cabeças e um imagem no computador se virassem quase rápido demais para eles.

Caroline estava sentada em sua cama com William, seu cunhado, logo ao seu lado. A morena tinha um laptop prateado e fino em seu colo, onde se podia ver a imagem de Travis, o marido da illeana. Os três pareciam divertidos ao vê-la.

— Poderia ter batido antes de entrar, não? — William perguntou à garota, que revirou os olhos.

— Ingleses. Sempre tão formais — a ruiva brincou.

Vocês, illeanos, é que não sabem diferenciar relações cordiais de relações amicais — Travis disse, de dentro da tela, o que fez com que Carol desse ao marido um olhar emburrado. O inglês meramente riu.

Eadlyn abraçou William com força.

— Sua peste. O quê está fazendo aqui?

Will riu da ruiva antes de soltá-la.

— Senti sua falta, pirralha.

— Você sabe que é só três anos mais velho, né? — ela replicou, provocativa.

— Quatro, Eady. Vocês ainda tem 19, não se esqueça — o inglês lhes lembrou.

— Como se alguém nos deixasse — Eadlyn murmurou.

Fiquem quietos. Vocês são todos pimpolhinhos — Travis disse, chamando a atenção de todos eles para o computador.

— Travis, querido, ninguém fala pimpolhinhos — Caroline zombou do marido.

Talvez não em Illéa — ele devolveu.

— Hm, estamos em Illéa — Eadlyn notou, sentando-se ao lado da irmã.

Vocês estão. Eu não — Travis respondeu, e Will deu de ombros, meneando a cabeça em semi-concordância.

— Como vão as coisas por aí? — a ruiva indagou ao príncipe no monitor, que correu a mão pelos seus cabelos antes de responder.

Tumultuadas, como sempre. Nada que vocês não tenham visto na TV — ele replicou, também dando de ombros. — Os dias têm sido ocupados, agora que tenho de arrumar o quarto novo sozinho. Mas falem-me de vocês, da Seleção.

Carol comprimiu os lábios com a fala do marido, e, antes que Eadlyn pudesse responder Travis, ela se interrompeu:

— O quarto novo? — perguntou, olhando primeiro para Caroline e depois para Travis. Um sorriso de confusão brincava em seus lábios, a testa franzida. — Por quê vocês precisam de um quarto novo?

Os olhos de Travis se arregalaram em espanto, as sobrancelhas do herdeiro de pé. Ele lentamente mudou seu foco de uma irmã para a outra, estando entre a descrença, o espanto e a dúvida.

— Você não contou para eles ainda? — perguntou, fazendo com que sua mulher suspirasse e coçasse a testa. Travis pareceu indignado com a reação. — Carol! Você me disse que falaria assim que chegasse em Illéa!

— Travis, você não entende. Max e Katrina acabaram de descobrir que ela é estéril — ela devolveu, na defensiva, colocando mais significado nas palavras do que deixava transparecer. Will coçou a cabeça, desconfortável, ciente de qual era a discussão entre os dois. Ele sentia, assim como Eadlyn, que não deveria estar ali. Que aquele era um momento pessoal demais para ser presenciado. — Como é que você quer que eu diga qualquer coisa?

Travis respirou fundo e esfregou as têmporas em uma tentativa de manter a calma. Eadlyn nunca havia visto ele de fato fora de si, e não tinha certeza se queria. Travis Windsor-Turner era uma das pessoas mais comedidas que ela conhecia, e ela conhecia muitas pessoas.

Você prefere não dizer, então? Porque isso não é exatamente uma coisa que você vai conseguir esconder. Eles vão reparar que só está usando roupas largas, além do que você tem de fazer ais um ultrassom em menos de uma semana — ele argumentou, balançando a cabeça como que em negação.

— Eu não sei — Carol respondeu, umedecendo os lábios. — Mas não posso falar agora. Katrina já está praticamente em depressão porque não vai conseguir ter um filho. Eu não vou ser a pessoa que vai jogar minha cunhada no fundo do poço.

Que seja, então. Mas lembre-se, essa é a décima sexta semana. Você tem de it ao obstetra. — Travis suspirou, desistindo da discussão, e Eadlyn fraziu as sobrancelhas para a irmã mais velha. As peças lentamente se encaixavam em sua cabeça. “Obstetra, semana, esterelidade. Ter um filho.”

— Caroline — ela chamou, a incredulidade em seu olhar aumentando a cada milésimo de segundo. — Você está grávida?

A Schreave mais velha esfregou as têmporas. Aquilo, como tudo na vida de todos os Schreave, seria complicado.

♕♕♕

03 de outubro, segunda-feira. Palácio de Angeles, Illéa. Bem de manhã.

Antonella cutucou sua irmã mais quando o carro estacionou em frente às portas do Palácio, na tentativa de acordá-la. Kiara, porém, continuou mergulhada em um sono profundo, e a mais velha viu-se forçada a fazer algo do que sabia que se arrependeria mais tarde. Segurou a franzina forma loira de sua irmã pelos ombros e a sacudiu com bastante força, chamando-a insistentemente:

— Kiara! Acorde! — disse, alto o suficiente para que seus mirassem-na com olhares de repreensão. A morena, porém, os ignorou. Os três sabiam que aquele seria o único método que surtiria algum efeito na mais nova. — Kiaara!

A adolescente abriu os olhos e deu um tranco para o lado de supetão, batendo a cabeça no rosto da irmã, que gemeu. Depois de pedir grogues desculpas, esfregou os olhos.

— O quê aconteceu? É bom que Ella estivesse gritando comigo por um bom motivo — indagou, tentando ameaçar a morena, mas não surtindo efeito por ter bocejado no meio da frase.

— Idiota — Antonella xingou-a baixinho, o que fez com que Kiara suspirasse.

— Meninas — o pai das duas chamou, conseguindo atenção imediata. — Vocês duas já são adultas. Por favor, se comportem direito.

— Pai, esse seu papo de se comportem como adultas não cola nem se o senhor usar super bonder — Antonella falou, pressionando o local em sua bochecha onde Kiara acertara.

— É. Tio Arthur já nos contou que você era uma peste quando tinha minha idade — a mais nova completou, e a mãe levantou as sobrancelhas, tentando parecer despretensiosa.

— Pelo menos, ele já era casado quando tinha a sua idade — disse, abrindo a porta da limusine e levantando uma sobrancelha para a filha.

— Podemos mudar de assunto, por favor? — as duas disseram juntas, o que fez com que seu pai risse e passasse um braço pelos ombros de sua mulher. A família pôs-se a caminhar na direção das portas, e, quando as garotas estavam distantes o bastante, o homem sussurrou no ouvido da mulher:

— Vê? Eu sempre disse que, se Aurora Bocchi tivesse filhas, ela seriam exatamente assim.Aurora, a mulher, revirou seus olhos para o marido.

— Engraçado. Eu sempre achei que elas fossem mais a sua cara, senhor Anthony Schreave — implicou, fazendo um retângulo com as mãos e colocando suas filhas dentro deles. — Você não acha?

Anthony riu de sua esposa, mas então reparou que as duas lhes observavam. Kiara esfregava suas têmporas, um sorriso irônico em seu rosto, enquanto Antonella revirava os olhos.

— Fala sério, gente. Quantos anos vocês dois têm? — a loira perguntou, logo antes de as portas serem abertas.

— Ah, minha filha — Anthony disse, nostálgico, entrando no Palácio. — Eu me lembro de ter a sua idade. E, acredite, algumas pessoas só nunca mudam.

— Como, por exemplo, o seu pai — Aurora concordou, dando dois tapinhas no peito do marido. As garotas só rolaram os olhos e murmuraram débeis que seja antes de realmente adentrarem o Palácio, deixando os adultos para trás. Aqueles dois, elas sabiam, realmente nunca iriam perder a alma de adolescente. 


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Notas finais do capítulo

Opa opa. Então, primeiramente, (fora Temer) eu gostaria de dizer que, assim que o pessoal chegar mesmo (contando que vão chegar lol), vou começar com o rankeamento por comments, ok? Estejam avisadas.

Mas e aí? Que acharam? Gostaram, odiaram, amaram? E nosso lindo Will? E o Ahren sendo um bae com ukulele e twenty one pilots? E A CAROL ESCONDENDO UM SEGREDO??? Contem-me tudo nos comentários, suas lindas!

Aye ^.^