Make a Memory escrita por Paula Freitas


Capítulo 7
Capítulo VI – Pai


Notas iniciais do capítulo

“Acho que você iria se surpreender se parasse para ver o verdadeiro Félix”.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/718798/chapter/7

Depois de visitar o meu Félix fiquei um pouco mais tranquilo, mas só me sentiria totalmente bem de novo ao tê-lo em meus braços, acordado e feliz.

Ao voltar para casa, me deparei com os olhinhos questionadores do Jayminho que foi logo, com sua inocência, me matando de saudade.

— Papai, o tio Félix vai vir hoje?

Senti uma pontada no peito com a pergunta. Já era hora de eu explicar o que estava acontecendo.

— Filho, vem cá... – Levei-o até o sofá e o sentei no meu colo. – Você gosta muito do Félix?

— Gosto. Eu queria que ele viesse hoje pra me ajudar na atividade de matemática.

— Ah... O Félix é muito inteligente, né?

— É! Lembra que ele me ensinou tudo que ia cair na prova?

— Lembro, filho, claro que lembro. E você tirou dez.

— Foi! E aí? Ele vem?

— Olha, Jayminho... O Félix não vai poder vir... E eu acho que ainda vai demorar um pouquinho para ele voltar.

— Por quê? Ele viajou?

Eu titubeei na hora de contar a verdade, mas eu não queria mentir para ele.

— Não, filho, ele não viajou. A verdade é que... – Enquanto eu procurava as melhores palavras para contar aquilo a uma criança, não pude evitar a vontade de chorar que tomou conta de mim.

— Papai... Você tá triste?

— É... Estou. Mas, não fica preocupado com isso, tá bom? Eu não quero ver você triste também. Nem o seu irmãozinho. Eu preciso de vocês sorrindo, eu preciso muito.

— Por que você tá triste?

— É... É por causa do Félix, meu filho.

— Por quê? Vocês brigaram?

Eu acabei soltando uma risada sem querer. É impressionante como o Jayminho é esperto.

— Não, meu amor, a gente não brigou. O que aconteceu foi que... – Respirei fundo e finalmente contei. – O Félix... Ele sofreu um acidente.

— Um acidente? Ele morreu? – Vi que o Jayminho se assustou. Fiquei preocupado se tinha dado a notícia de forma muito brusca para uma criança.

— N-Não, não, filho, não, ele não morreu! Calma! Por que perguntou isso?

Ele estava com carinha de assustado e parecia que ia chorar.

— E-Ele morreu, papai?

— Calma, calma!... Respira... Olha, o Félix está bem. Ele não morreu, ele está no hospital agora e vai melhorar, entendeu? Mas, me conta, por que esse susto todo?

— É que... Uma vez, um dos casais que ia me adotar, um deles teve um acidente.

— Sério? Eu não sabia disso, Jayminho!

— Eles eram legais, só que acabaram me levando de volta pra o abrigo. Disseram que tinham que viajar e quando voltassem é que iam me ver de novo e decidir se iam me adotar. Eu fiquei esperando, esperando... Só que, um dia, só a mulher que ia ser minha mãe estava lá conversando com a diretora. Eu fiquei ouvindo atrás da porta. Ela disse que o marido dela tinha muita vontade de me adotar porque ele queria muito ser pai... Mas, ele acabou morrendo num acidente.

— Oh, meu amor... – Abracei-o forte. – É por isso que você se assustou! Calma, meu filho, eu não sabia, desculpa... Desculpa eu ter dito isso assim, me desculpa.

— O Félix não vai morrer não, né?

— Não. – Não aguentei mais as lágrimas vendo a carinha de tristeza do meu filho. – N-Não, Jayminho. Eu tenho certeza que o Félix logo vai estar com a gente de novo.

— Tem certeza?

— Tenho. Tenho certeza do fundo do coração.

Ele ficou com os olhinhos distantes, como se pensasse muito em algo.

— O que foi, hein? – Peguei em seu rostinho para ele olhar para mim e não chorar.

— É que aquele homem que também queria ser meu pai teve um acidente, e agora foi o Félix...

— Espera, Jayminho... Como assim também queria ser seu pai?...

— É que o Félix disse pra não te contar. Que era um segredo nosso.

— Segredo?

— É. Mas, será que eu posso contar agora?

— Conta.

— O Félix me disse que queria ser meu pai.

Fiquei pasmo quando o Jayminho me disse isso. Perdi completamente as palavras.

— Ele disse que queria ser meu pai igual a você. Que vocês dois iam ser meus pais.

— E-Ele... O F-Félix... Disse isso?...

— Foi! Foi naquele dia que ele ficou me ensinando matemática pra a prova. Lembra que você foi trabalhar e ele ficou aqui?

— Lembro...

— Então, ele falou assim...

... ...

— Eu gosto de te ensinar essas coisas, sabe, Jayminho? Eu só tirava dez nas provas de matemática.

— Verdade?

— Claro! Acha que eu vou mentir pra você?

— Não, você não é mentiroso.

— É...

— E você é meu amigo.

— E o que tem isso a ver?

— Amigos sempre dizem a verdade um pra o outro.

Félix sorriu com a simplicidade e beleza do que Jayminho disse.

—... Você é muito inteligente, sabia?

— Eu acho que não. Eu não tiro só dez em matemática como você.

— Ah, mas é porque eu sou inteligentíssimo! Sou um gênio!

— Tipo o do Aladim?

— Ah, ah, espertinho! Não é esse tipo de gênio. Eu não saio de uma lâmpada, nem realizo três desejos.

— Eu queria ter o poder de realizar desejos. Você queria?

Félix pensou rapidamente na resposta. Ela já estava na sua mente e no seu coração.

— Quer saber?... Eu queria. Nesse momento mesmo eu queria realizar o desejo de uma pessoa muito especial, que você conhece muito bem.

— Eu conheço?

— Sim. Adivinha quem é?

— Hum... Meu papai Niko.

— Oh! Será que eu roubei os carneirinhos da Arca pra você adivinhar tão rápido?! Como sabia que eu estava falando do seu pai?

— É que sempre que você fala dele você faz essa cara.

— Que cara?

— Essa cara igual as dos homens nas novelas quando estão apaixonados.

Félix ficou boquiaberto e até ruborizou sem querer.

—... Eu faço é?... Ai, ai, garoto... Quem te deixou ver novelas, hein?

— Eu vejo um pouquinho quando o papai tá assistindo.

— Não acredito que o carneirinho vê novelas. É o apocalipse!... – Ele riu.

— Félix!

— Oi?

— Se você fosse um gênio da lâmpada, qual o primeiro desejo que você gostaria de realizar?

— Ah... Eu... Não sei, fala você primeiro.

— Mas, eu perguntei primeiro.

— Ora! E eu sou mais velho. Vai, fala primeiro, depois eu falo o meu.

— Bom... O desejo que eu tinha antes eu já realizei.

— Ah é? E qual era?

— Ter um pai.

Aquela resposta fez Félix sentir uma emoção diferente e boa.

—... É um belo desejo. ...Você ainda conseguiu realizar com o melhor pai que poderia querer.

— É. Eu gosto muito do papai Niko.

— Eu também gosto. ...Ei! Sabe qual é o meu desejo?

— Qual?

— É uma coisa que eu queria muito já há um bom tempo e talvez eu possa realizar em breve.

— O que é?

— Eu queria ser seu pai.

O garoto o olhou surpreso e sem entender.

—... Mesmo?

— Mesmo.

— Mas... Eu já tenho o papai Niko.

— Eu sei, Jayminho, mas eu seria seu outro pai, junto com o Niko, entendeu? Nós dois seríamos seus pais. E, claro, do Fabrício também. O que você acha?

Félix não precisou de uma resposta para isso no instante seguinte em que Jayminho o abraçou forte, emocionado.

— Eu nunca tive um pai antes! E agora vou ter dois!

Félix tentou segurar, mas uma lágrima teimosa escorreu em sua face. Pensava consigo: - Eu também nunca tive um pai. Mas, juro que farei tudo para ser um pai de verdade para vocês. Eu juro.

Quando Jayminho o soltou ele falou: - Então, você gosta tanto assim da ideia de eu ser seu pai número dois?

— Gosto! Gosto muito, Félix! Vai ser muito legal! Eu vou ter dois pais! E eu vou chamar um de papai Niko e você de papai Félix!

— Papai Félix!... – Tais palavras bateram fundo em seu coração. – Eu vou adorar que me chame assim, Jayminho. Pode ser também papi Félix, que tal? Papi Félix e papi carneirinho.

— Papi? É, pode ser.

— Depois você decide. – Riu. – Mas, olha, isso é nosso segredo, tá? Não vai contar para o seu papi carneirinho.

— Por quê? Ele não pode saber?

— Não, por enquanto não. Vou fazer uma surpresa para contar para ele, quando for a hora certa. Enquanto isso, não fala nada, ok?

— Ok. – Eles deram os dedinhos para selar o acordo.

— Pronto. Agora nós temos um segredo.

— Quando você vai fazer a surpresa pra o papai Niko?

— Só quando eu tiver a nova casa pronta.

— Você vai morar em outra casa? A sua é tão grandona!

— Aquela casa grandona é da minha mami, Jayminho. E não sou só eu que vou morar em outra casa... Nós vamos.

— Nós?

— Me fala... Você não gostaria de morar numa casa maior, bonita, na praia?...

— Na praia? Dá pra ver o mar dessa casa?

— Se dá? Ela fica de frente para o mar!

— Nossa! E o que mais tem?

— Ah, tem vários quartos, uma sala enorme pra brincar muito, uma cozinha toda arrumadinha que o carneirinho vai adorar, uma piscina...

— Félix?

— Oi?

— Se é de frente pra o mar, por que é que tem piscina?

Félix ficou em dúvida do que responder e deu uma gargalhada.

— Ai, Jayminho... Tá aí uma coisa que eu não sei. Tem razão, não tem lógica né? Se tem todo o mar, o oceano, pra quê ter piscina?

— É.

— Se bem que o mar pode ser perigoso pra nadar em certas épocas, então é bom ter uma piscina no jardim.

— É.

Félix estava sonhando tão alto que nem percebeu que Jayminho já havia voltado aos seus deveres enquanto ele continuava falando.

— Eu nunca tinha parado pra pensar em como o mar é bonito. Agora sempre quando eu penso no mar eu penso no Niko e me lembro daqueles olhos lindos que ele tem olhando pra mim...

— Por quê?

— Hã? Ah... É que o mar é da cor dos olhos dele.

— Da cor do olho do papai?

— É!

— Não, Félix. O olho do papai é verde e o mar é azul.

Félix riu. – Eu sei, criaturinha, mas em alguns lugares o mar é mais verde, principalmente mais perto da praia. Você vai ver quando for pra lá.

— Eu quero muito ir!

— Eu também. E quero levar vocês. – Félix suspirou e parou de falar sobre isso antes que se distraísse mais. – Bom, vamos voltar a matéria para a prova, Jayminho. Você tem que tirar um dez para impressionar seu papi.

— O papi Niko? Ou você?

Félix parou, olhou para ele e abriu um lindo sorriso. – Os dois. ...Mas, lembre-se, não conta pra ninguém...

... ...

— Foi isso que o Félix disse?

— Foi.

Niko estava chocado com a revelação. Mas, era um choque bom, um choque de felicidade.

— Papai, será que o Félix vai ficar zangado porque eu te contei o segredo?

— Não vai não, filho. Acho que ele vai até gostar de saber que eu já sei que ele também quer ser seu pai, porque isso me deixa muito feliz.

— Eu também fiquei feliz porque eu nunca tive nem um pai e agora vou ter dois. – Jayminho se encostou no ombro de Niko que o abraçou.

— Vai sim. E assim o Félix, você e seu irmão vão realizar o meu maior desejo.

— Vamos? Qual é o seu desejo?

— Ter uma família completa. Completa de amor.

...

...

...

Já na casa de Pilar...

César ouviu batidas na porta do seu quarto e mandou quem batesse entrar.

— Está tudo bem, vô?

— Estou como sempre, Jonathan.

— Você não vai nem querer saber como o meu pai está?

—... Não.

— Eu não entendo.

— O quê?

— Por que desprezar tanto o próprio filho?

César também não entendia a si próprio e seu irracional desprezo.

— Tenho meus motivos.

— Quais, vô? Quais motivos seriam tão grandes para justificar o desprezo ao próprio filho? Você não quer nem saber se ele está melhor, se vai acordar, se, ao menos, ele está vivo ou vegetando!

— Eu não quero, prefiro não saber de nada.

Jonathan deu um longo suspiro de impaciência.

— O que é? É por causa de tudo que ele fez no passado? É isso? Todos já perdoaram ele, vô. Até a tia Paloma já o perdoou, a Paulinha também. Por que o senhor não o perdoa?

César permaneceu calado. Jonathan continuou argumentando.

— Se não é isso, o que é, então?... É o fato de ele ser gay? É só por isso que o senhor o despreza tanto? Se for só por causa disso, já vi que o senhor é a pessoa de mente mais insignificante que eu já conheci! Vô, o meu pai é um homem fantástico, porque não se deixa de ser homem só por gostar de outros homens. Além do mais, o namorado dele, o Niko, é um cara incrível. Tá pra nascer alguém tão legal, tão generoso. Você deveria conhecê-lo! Aliás, deveria conhecer um pouco mais o meu pai também. Acho que você iria se surpreender se parasse para ver o verdadeiro Félix.

O verdadeiro Félix. ... César ficou pensando nisso a partir daquele instante. Félix havia mudado tanto... Afinal, como era o verdadeiro Félix? César percebeu que nunca teve a chance de descobrir.

— Afinal... Como ele está? – César finalmente perguntou curioso sobre a saúde de Félix, mesmo sem querer admitir tampouco demonstrar.

— Estamos esperando que ele acorde.

— Foi muito grave o acidente?

— Foi mais ou menos. Ele sofreu traumatismo craniano. Estava na UTI ontem, mas hoje já foi para um quarto, só que ainda não recobrou a consciência.

— Traumatismo craniano, você disse?... – César sabia a gravidade e as implicações que tal problema poderia acarretar. – Então, ele pode até...

— Pode o quê, vô?

— Pode ter sequelas.

— Pelo menos está se preocupando com ele agora?

— Só estou dizendo o que sei pela minha experiência.

— Bem, ele não tem nenhuma sequela visível...

— As piores são as que não se pode ver.

— O senhor acha que ele pode ficar com algum problema invisível?

— Eu não posso afirmar, teria que vê-lo para saber.

— Se quiser eu levo o senhor para visitá-lo...

— Não! Só fiquei pensando que... As sequelas podem ser variadas e, ás vezes, irreversíveis.

— Vô... – Jonathan decidiu falar algo para tentar arrancar um pouco de sentimento do avô. – Você sabia que meu pai queria morar lá na casa em Angra pra cuidar de você, não sabia?

— Sim.

— Você sabe que desde os problemas que você teve, você precisa de alguém para te ajudar, te acompanhar...

— Sei, vá direto ao assunto.

— Então... Se meu pai ficasse com um problema sério... Você o ajudaria também tanto quanto ele procura te ajudar?

César mais uma vez ficou calado. Jonathan continuou:

— E aí? Você faria por ele o mesmo que ele faz por você?

— Não vê que posso fazer mais nada por ninguém. – César respondeu frio.

— Supondo que você estivesse saudável, você ficaria ao lado dele? Sim ou não?

—... Não sei.

— Não sabe?

— Não posso responder algo por suposições. Eu não sou mais um homem saudável e não sabemos se o Félix terá sequelas, então é apenas isso que tenho a dizer. Vamos esperar que ele acorde e pronto.

— É, vamos. E eu espero mesmo que o senhor esteja esperando que ele acorde.

Jonathan ia saindo quando César o interrompeu.

— Acha que eu não quero que ele acorde, Jonathan?

— Desculpa se eu estiver sendo injusto, mas, às vezes, eu nem sei o que pensar do senhor. O senhor nunca gostou do meu pai, nunca quis o bem dele. Como vou acreditar que quer que ele melhore agora? Até parece que tanto faz!

Jonathan saiu do quarto deixando César mais uma vez sozinho. Ele, então, respondeu ao nada.

— Acredite ou não, eu quero que o Félix acorde. Quero que se salve.

...

...

...

No dia seguinte...

... ...

Cheguei bem perto dele e, ao olhar para seu rosto, tive a impressão de estar vendo um príncipe. Ele estava tão lindo, apesar de tudo. Ao contrário do que eu imaginei nas últimas vinte e quatro horas, Félix não tinha nenhum hematoma no rosto. Sequer arranhão. Na minha visão ele estava apenas dormindo. Era o meu belo adormecido esperando ser acordado com um beijo de amor.

Foi o que fiz.

Eu não tinha o que lhe dizer senão o quanto o amava, o quanto o queria vivo e comigo. Então, deixei que apenas os meus lábios dissessem tudo no silêncio de um beijo.

Eu ainda estava com os lábios colados nos dele, sentindo sua respiração leve, quando percebi o ritmo do aparelho que media seus batimentos cardíacos aumentar. Abri os olhos e olhei para o aparelho que mostrava a sua frequência cardíaca aumentando gradativamente. Me dei conta de algo especial naquela hora... Ele estava consciente.

Sim! Só podia ser isso! O Félix tinha consciência do que acontecia ao seu redor. Ele podia ouvir, podia sentir... E sentiu meu beijo. Sentiu o contato dos meus lábios com os dele. Ele me sentiu aqui!... E, com isso, o coração dele bateu mais forte.

Como eu não poderia ficar feliz com isso?!

Comecei a rir sozinho, pois estava feliz! Eu tinha certeza, de todo coração, que o meu Félix acordaria e voltaria para mim.

... ...

Eu estava acordado na minha cama recordando o beijo que dei em Félix e como o coração dele reagiu a mim quando foi o meu coração que deu um pulo quando ouvi meu telefone tocando. Pressenti que eram boas notícias.

— Alô?

— Niko!

— Oi, Paloma! Como vai? Alguma novidade?

— Tenho sim. Você não vai acreditar... – Ela estava com a voz emocionada, eu sabia que tinha algo importante para me dizer.

— O que foi? Tá me deixando ansioso!

— Niko... O Félix acordou.

Fiquei sem chão, pois me senti nas nuvens ao saber disso.

— Meu Félix... Meu Félix... E-Ele acordou?

— Acordou, Niko.

— E... C-Como ele está? Ah, não, deixa, eu vou aí agora...

— Não, Niko, espera.

— Por quê?

— Você precisa saber de uma coisa antes...

— De quê?

— Ele... Ele está bem, está consciente, está falando... Mas... Ele...

— O que ele tem, Paloma?

— Eu não sei como te dizer, Niko... Até porque nem  eu entendi ainda muito bem o que está havendo...

— Me fala a verdade, por favor, agora eu estou preocupado. O quê que ele tem?

—... O Félix... Apresentou uma sequela.

Aquela palavra me fez sentir uma sensação muito ruim.

— Sequela?

— É. Parece que o acidente teve consequências.

— Q-Que tipo de consequências?

Ouvi a Paloma respirar forte do outro lado da linha antes de me falar:

— É melhor você mesmo vir ver, Niko.

...

...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Continua...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Make a Memory" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.