Saint Seiya - Águia Dourada escrita por rafaelnewk


Capítulo 11
Divindade


Notas iniciais do capítulo

Mayura parte em direção à sua terra natal, o Tibet. No caminho, encontra uma simpática criança que a segue. Enquanto isso, na vila, uma entidade poderosa se auto-intitula como a reencarnação de Atena.



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"É aqui... é aqui que você está, Eurídice?"

Capítulo 10. Divindade.

Localizado no topo da gigantesca Cordilheira de Cáucaso, o castelo de Prometeu é uma imensa construção de pedra, onde respousa o corpo adormecido do Titã Prometeu, que fora selado por Zeus nas eras mitológicas. Um estranho ser encapuzado se aproxima do corpo de Prometeu, acompanhado de um outro homem:
— Ora como Prometeu não mudou nada! Fico feliz que em breve poderei vê-lo vivo novamente. - Diz o ser encapuzado.
— Com o perdão da palavra, senhora Strella. O que a senhora poderá fazer para acordar nosso amo? - Diz o homem.
— Eu sou Strella, a bruxa das estrelas. - Disse a velha mulher, revelando seu apavorante rosto por detrás do capuz. - Enquanto Prometeu desperta completamente utilizando os riscos dos deuses, eu iniciarei um gigantesco apagão solar que durará apenas algumas horas.
— Um apagão? - Espantou-se o homem.
— Meu jovem, como se chama? - Desconversou Strella.
— Eu sou o líder da tropa de Prometeu, e um dos cinco Réquiens Maiores. Sou aquele que protege o salão da montanha da neblina. Deucalin de Elbrus!
— Interessante. Prometeu reuniu ótimos soldados. Deucalin, deixe-me te explicar o que acontecerá daqui por diante...
Strella deu um leve sorriso para Deucalin, enquanto os dois caminham pelo castelo conversando sobre os eventos futuros, quando uma mulher adentra abruptamente o salão.
— Deucalin! Aquela garota... Ela levou o primeiro Risco!
— Esta é a guardiã do salão da montanha herbácea, Goethe de Uipata. - Disse Deucalin, apresentando a mulher que chegara ao salão à velha bruxa.
A velha deu um riso resmungado e desapareceu.
— Goethe, o que aconteceu? Pergunta Deucalin.
— Havia um cosmo... talvez seja de um daqueles ditos como os cavaleiros de ouro... Eu não pude fazer nada...
— Não se preocupe, Goethe. Os cavaleiros de Ouro não irão interferir nos nossos planos. Mesmo assim...
— Mesmo assim o quê?
— Goethe, o poder que essas Notas nos dão... Com elas nós podemos enfrentar até mesmo cavaleiros de ouro. Então fique tranquila...
— Falando nisso, Deucalin, onde estão os outros Réquiens maiores? Será que só nós dois fomos contemplados com as Notas, as armaduras sagradas do Monte Cáucaso?
— Não. Fiz uma busca pelo monte, e todas as Notas sagradas não estão mais lá. Em breve os outros três Réquiens Maiores nos ajudarão nesta batalha. Por ora, preciso dos seus serviços e dos Réquiens menores para reunirem os Riscos dos Deuses.
— Como quiser, Deucalin. Irei agora mesmo atrás de outro Risco.

...

Longe dali, no Tibet, Mayura caminha por alguns desfiladeiros, e é seguida por uma estranha garotinha.
— O que você quer agora, garota?
— Moça, por quê você usa essas faixas no seu corpo? E essa máscara?
— Você vai ficar mesmo me seguindo?
— Eu não tenho casa. Me perdi do meu grupo e agora procuro alguém para andar junto, pois ainda sou muito criança!
— Venha comigo. Vou te levar a um vilarejo onde poderá encontrar um lar.
— Obrigada, moça!! Eu me chamo Alma. Qual seu nome?
— Mayura.

A amazona de prata observa a criança enquanto caminham juntas. As madeixas loiras e grandes da pequena a faz lembrar de sua irmã... De sua infância... De sua casa. E era para lá que estavam se dirigindo: a vila onde Mayura havia crescido. Elas andam por mais alguns quilômetros num denso deserto montanhoso, até chegarem à entrada de uma pacífica vila.
— Alma, não é? Vê este vilarejo? Foi aqui que cresci. Saí daqui muito jovem, talvez apenas um pouco maior que você.
— E para onde você foi, senhorita Mayura?
— Eu fui para o santuário de Atena, na Grécia.
A garotinha fica surpresa, como se já tivesse ouvido falar nesse local antes. Enquanto isso, Mayura caminha pela entrada do vilarejo, sentindo bastante nostalgia. As casas, as ruas... tudo parecia tão igual, mas ao mesmo tempo tão mudado... Aquele lugar ainda a causava dor. Por um instante ela se lembra de sua pequena irmã, que morrera de uma doença rara naquele mesmo vilarejo.
— Alma... vamos achar um lar para você.
— Sim, senhora Mayura. Você conhece muita gente daqui?
— Quando uma mulher se torna amazona e coloca sua máscara, parte de sua memória é perdida. Mas eu consegui manter boa parte da minha. Tenho certeza que encontrarei alguém conhecido.
Mayura sente uma estranha sensação, algo como um magnetismo que a puxava para algum lugar, e reflete:
"Então esse é o tal poder do Risco de Atena... Uma espécie de magnetismo que me levará imediatamente até o próximo Risco..."
De repente, as duas interrompem sua caminhada. Uma multidão se reunia no centro da cidade, envolta de uma pequena tenda montada com panos transparentes. Curiosas, as duas passam pelas pessoas, ansiosas para ver o que havia na tenda. Uma surpresa: Havia uma garota no centro, uma espécie de guru. De cabelos curtos e loiros, sentada em posição de meditação, com largas roupas vermelhas e uma jóia no centro da testa. De olhos fechados, a garota diz:
— Sinto duas grandes presenças próximas a mim. O que será que o destino guarda para vocês duas?
A multidão abre espaço para Mayura e Alma, surpresos pela aparência de Mayura e ansiosos para ouvir o que a garota-guru tinha para falar. Mayura, inquieta pelo cosmo desconcertante da guru pergunta:
— Que cosmo... quem é você?
— Eu me chamo Devi, a deusa mulher.
— Você é uma deusa? - Pergunta uma assustada Alma.
— Sim, criança. Sou a que veio para libertar o povo do sofrimento. Sou a reencarnação de Atena, a deusa mitológica e forma da feminilidade. Sou Devi.
O espanto de Mayura é automaticamente convertido em raiva. Mayura nunca tinha visto Atena antes, mas algo maligno emanava do cosmo da guru.
— Você não é a reencarnação de Atena. Essas jóias e esse tecido, você pediu para essas pobres pessoas do vilarejo, não é mesmo? Atena nunca deixaria esses humildes humanos se sacrificarem por ela!
— Cale-se, insolente! Você não sabe do que está falando, então precisa ser castigada. Como ousa falar assim com Devi, a deusa suprema? Escravos, coloquem-nas naquela sela com os outros!
A raiva de Mayura aumenta quando percebe que Devi chama os cidadãos de sua vila de escravos. Porém, ao avistar a cela na qual a guru apontava, a amazona fica horrorizada: Várias pessoas mutiladas e agonizando, apertadas umas às outras, como num sofrimento eterno. Ao ver essa cena, Mayura emana um cosmo gigantesco, chamando Devi a combate.
— Como ousa se chamar Atena e causar esse sofrimento todo a essa vila? Você não pode sequer ser chamada de uma deusa!
Devi dá um sorriso de canto e se levanta, esvoaçando sua fina vestimenta transparente e revelando seu corpo totalmente enfaixado, como o de Mayura.
— Ma..Mayura... ela também tem o corpo enfaixado... como o seu... - Gagueja a assustada Alma.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, Marin continua a sua busca pelo próximo Risco. No caminho, encontra duas garotas que escondem um estranho segredo.



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