Saint Seiya - Águia Dourada escrita por rafaelnewk


Capítulo 10
Escolha


Notas iniciais do capítulo

Um estranho corpo celeste cai próximo ao castelo de Prometeu. Orfeu segue uma angustiante brisa que o lembra do sopro de sua amada Eurídice, até que encontra um local com poços de águas termais, onde um monge o espera.



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"Este homem... ele parece ser muito forte e gentil..."


Capítulo 9. Escolha.

Uma intrigada Marin caminha por algumas ruínas na saída do Santuário, cabisbaixa e pensativa: Quem seria aquele homem que a salvou? Como tal pessoa poderia ser tão gentil? Seria ele um dos doze cavaleiros de ouro?...
Enquanto isso, um corpo celeste cai no topo do Monte Cáucaso, onde um belíssimo castelo é avistado. Alguém vai em recepção do estranho cometa que cai repentinamente em um dos jardins do castelo:
— Então você chegou, Strella. - Disse o homem.
— É muito bom voltar a este local novamente. Como está nosso senhor Prometeu? - Indaga o ser encapuzado que aparece no local da queda do astro celeste.
— Em sono profundo. Nossos Réquiens já estão em busca dos riscos para despertá-lo completamente.
— Ótimo. Então começarei os preparativos para que tudo ocorra bem. Responde a figura encapuzada.

...

Orfeu caminha por entre um bosque de flores. Ele se recorda de sua amada Eurídice, com quem caminhava por aqueles bosques antes desta perder sua vida. Como ela gostava de ouvir sua melodia!
Orfeu era tão apaixonado por Eurídice que enfrentara todo o santuário por ela. Dizia a lei que um cavaleiro deveria abandonar sua vida pessoal e lutar apenas por Atena. Besteira! - Dizia o jovem cavaleiro. Talvez por isso, desde a morte da bela Eurídice, Orfeu tenha abandonado o santuário por completo, em busca de um motivo... ou uma solução.
Um vento passa por entre as flores e Orfeu sente uma estranha sensação:

— Talvez.. Talvez seja o que procuro...

O cavaleiro de Lira segue em direção ao vento, que parecia um sopro emanado por sua doce amada. Com uma sensação estranha porém excitante, ele começa a correr em velocidade da luz, sem perceber, até chegar a uma construção de pedras, à beira de uma tranquila montanha que parecia um vulcão em repouso.
— É aqui. É aqui que você está, Eurídice?
Orfeu adentra o local e percebe uma silenciosa presença ao seu lado.
— Entre! - Diz uma voz, vinda de um sério e centrado homem, que se parecia com um monge.
— O que é este lugar? - Questiona Orfeu.
O monge não diz uma palavra, apenas guia Orfeu por entre os corredores feitos de pedra. Orfeu sente uma paz inquietante e uma sensação de renovação. Ele percebe que o local é dotado de piscinas naturais, exalando um delicioso e quente vapor por toda a construção. Era um local de paz e repouso.
— Pode ficar à vontade, meu bom homem. - Diz o monge, que segue outra direção, deixando Orfeu sozinho.
O cavaleiro retira sua armadura, parte por parte. Quanto tempo fazia que ele não simplesmente relaxava? Retirou suas vestimentas e entrou em uma das fontes naturais. Como era quente a água!
Orfeu continou relaxando dentro da fonte, quando chega novamente o monge:
— Meu bom homem, o que está achando de nossas fontes naturais?
— Aqui é o paraíso. Como pode existir um lugar assim?
— Este é o Portão de Plutão, um paraíso de águas naturais. É também considerado uma das entradas para o mundo dos mortos.
Orfeu não se assusta com a resposta do monge. Ele já imaginava que estava em um local assim. De olhos fechados e continuando seu banho, ele pergunta ao monge:
— Você é um dos réquiens de Prometeu, correto?
— Sim. Sou Mitzir de Koura. Estou encarregado de enviá-lo para o inferno e procurar um dos riscos dos deuses neste local. - Se revela o Réquien, fazendo dissolver calmamente suas vestimentas de monge e se revelando como um homem careca, usando uma armadura vermelha arredondada.
— Eu já imaginava tudo isso. Vamos! Eu não vou resistir. Me mande ao inferno. - Diz Orfeu, se levantando vagarosamente, nu e sem reação alguma.
— Como quiser, meu bom homem. Raios de Tempestade!
O Réquiem ataca Orfeu com diversos raios lançados de suas mãos. O cavaleiro não reage e é arremessado para dentro de um dos poços de água. - Este é Kyouko, o poço que leva direto ao inferno, onde gases mortais são expelidos. Tenha uma agradável morte, cavaleiro. - Diz Mitzir, se afastando.
Dentro do poço, Orfeu sente novamente a brisa que o conduziu até ali.
— Eurídice... Estou indo até você... Iremos nos encontrar novamente...
Alguns segundos passam e Orfeu, mergulhado dentro do poço sombrio, percebe que sua pele começa a queimar pelo efeito dos gases mortais. Ele se prepara para expelir seu último suspiro e deixa-se afogar pelas águas que o levará até o mundo dos mortos, até que algo brilha no fundo do poço, e começa a emergir.

— Isso é... é um cordão... não foi Eurídice que me trouxe até aqui... A brisa vinha deste cordão! É o Risco de Hades! - Exclama Orfeu, se sentindo maravilhado. - Meus amigos... Meu mestre, Asaho! Me desculpem... eu sou um cavaleiro de Atena e ajudarei meus amigos a destruírem Prometeu!

Uma grande rajada de poder sai do poço Kyouko. A armadura de Lira rapidamente vai em direção ao seu mestre, cobrindo o corpo nu de Orfeu, e revelando um poderoso cosmo azul que se mostra vivo e furioso. O réquiem se surpreende:

— Ora, então você não queria morrer? Vou ter que te matar com minhas próprias mãos!

— Isso nunca vai acontecer, maldito! ACORDE NOTURNO! - Ataca Orfeu, tocando acordes em sua lira.
O ataque de Orfeu acerta o inimigo, mas este revida imediatamente:
— Raios de Partição! - Lança Mitzir, invocando um grande número de raios em direção de Orfeu, que cai ferido pelo ataque.
— Maldito! Me atraiu até aqui para que eu buscasse o Risco de Hades no fundo daquele poço, se aproveitando da minha vontade de ir atrás de Eurídice! - Diz um Orfeu enfurecido, se levantando. - Você merece morrer! ACORDE PERFEITO!

Orfeu lança seu último acorde em direção a Mitzir, que cai estrangulado e morto, antes que pudesse revidar o ataque. O cavaleiro de Lira se recompõe, pega sua bagagem e suas roupas e observa o corpo de Mitzir se decompor em gases, como um fantasma sendo queimado.

— Então é assim que funciona. Seremos todos guiados até os riscos dos Deuses? - Diz Orfeu, deixando o local, segurando em sua mão o colar de Hades, e deixando uma lágrima escapar de seus olhos. - Eurídice...

Muito longe dali, Mayura escala algumas montanhas, em busca de chegar a seu vilarejo de origem, no Tibet.
— Ei moça... você teria algumas moedas para me dar? - Diz uma criancinha.
— Ora, o que uma criança está fazendo aqui? Qual o seu nome? - Pergunta Mayura.
— Eu sou Alma.. Eu não tenho uma família... - responde a tímida criança.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, Mayura volta à sua terra natal e descobre uma entidade maligna que assola o local.



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