Diário de Isabela......parte 2 escrita por Wanda Barker


Capítulo 13
A festa...parte 2.


Notas iniciais do capítulo

leiam....



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— quando eu era cego, o que mais eu desejava era poder ver o seu rosto, nem que fosse por apenas um minuto, Isa........  – ele me disse, enquanto dançávamos.

— Téo....

— eu te amo, Isabela, nunca duvide disso........ a única coisa que você pode ter certeza, é o meu sentimento por você.

Paramos de dançar, e ficamos nos olhando, ele parecia sincero, mas a cena daquele beijo, estava nos meus pensamentos, ainda doía.

— eu não sei se eu consigo perdoar você.

— mas eu juro que eu não fiz nada.............. você me conhece, eu seria incapaz de fazer isso, e eu jamais mentiria pra você.

— eu quero acreditar em você, mas aquela cena.

— eu não sei como, mas eu vou provar pra você que foi a Camila que me agarrou, eu nunca tocaria nela, depois de tudo o que passamos juntos, me doí saber que você não confia em mim.

Eu olhei em volta, a sala toda arrumada, as rosas brancas que significavam tanto pra mim, ele teve tanto cuidado de preparar algo especial, que desconfiar dele me deixou sem graça. Ele me olhava, não desviava o olhar nem um segundo, eu não sabia o que dizer, mas tinha uma coisa que eu queria fazer, eu olhei pra ele, a ansiedade era visível no rosto dele.

Eu não suportei ver o jeito carinhoso que ele me olhava, mesmo depois de tudo, do tapa, de eu ter ido embora com o Omar, mesmo eu não acreditando nele, o olhar dele implorava por um perdão, talvez de algo que ele não tivesse culpa, implorava por carinho.

Eu não sei explicar, mas quando eu percebi, eu já tinha me jogado nos braços dele, abracei ele com tanta força, que eu acho que até devo ter machucado ele, ele passou a mão no meu cabelo.

— só Deus sabe o quanto eu te amo Isa, eu pensei em você cada segundo, ter você tão perto e ao mesmo tempo tão longe, me deixou triste, te ver e não poder encostar em você, foi a pior coisa que eu já senti.

Eu me afastei um pouco, mas continuávamos abraçados, eu olhei pra ele, e pra que resistir, se eu também sentia a falta dele, eu me aproximei, ele não teve reação, parecia uma estatua, eu senti as mãos dele tremer, a respiração mudar, eu acho que ele esperava tanto pelo beijo, que quando eu beijei ele, ele ficou sem saber o que fazer, ou ficou com medo que eu o afastasse, eu percebi que ele estava chorando, quando passei a minha mão pelo rosto dele, passei meus dedos pelo cabelo dele, trazendo ele mais perto de mim, fiquei na duvida, se ele não se mexia, por que estava preocupado que eu empurrasse ele, ou se ele estava magoado comigo, mas de repente senti seus braços, envolta da minha cintura, e ele correspondeu ao beijo. O beijo foi meio estranho, meio desesperado, ele me abraçava tão forte como se dependesse de mim pra viver.

Só percebi que tínhamos saído do lugar, quando senti a parede nas minhas costas, ele nunca tinha me beijado desta forma antes, ele sempre foi tão tímido,  as vezes eu é que tinha que roubar um beijo dele, se não ele passava o dia todo sem chegar perto de mim, e agora ele me prensava contra parede,  eu já estava ficando sem ar, mas eu gostei da atitude dele.

Senti a mão dele, deslizar pelo meu corpo, e então...... ouvimos um barulho, ele se afastou.

— Isa.... eu...  -  a Manu, parou e olhou pra mim encostada na parede, depois pro Téo no meio da sala, depois pra sala toda enfeitada..... -  atrapalhei alguma coisa.

— ah....não.... – eu disse.

— eu queria saber como você estava.

— bem.

— tem certeza.

— sim, eu até vou a festa.

Disse isso e sai, deixando os dois pra trás, fui a praça e me sentei junto com o Omar.

— oi....Isa....e.....o que aconteceu.

— nada não.

— sei.

A Manu e o Téo sentaram em uma mesa em frente, meu olhar se encontrou com o do Téo, e eu acabei sorrindo. Ele também sorriu, mas apesar do que aconteceu na sala, eu ainda tinha duvidas, na verdade eu tinha medo.

Medo de acreditar nele e me envolver de novo, e descobrir que ele não gostava de mim, é verdade que ele e a Camila não se falavam, mas era difícil pra mim, meu coração dizia pra acreditar nele, mas dai eu me lembrava de uma coisa que a Regina tinha me falado.

Ela disse que ninguém nunca me amaria de verdade, disse que as pessoas se aproximariam de mim por interesse ou por pena, nunca por amor, quem amaria alguém como eu, tendo a Manuela, que eu não era nada comparada a ela.

Será que não era só gratidão, e que ele confundia com amor, ou será que ele sentia pena, da garota mimada que cresceu sendo humilhada pela mulher que se dizia minha mãe.

— você tá linda.

— ah....obrigada.....Omar.  -  eu disse, estava tão distraída, que por um minuto esqueci onde estava.

— feliz aniversário, eu tenho um presente pra você.

Ele me entregou um buque de rosas vermelhas.

— obrigada....

Fiquei um pouco na festa, dancei com o Otávio, com o Raul, com o Omar, até com o Felipe eu dancei, foi divertido, mas depois de um tempo eu já estava cansada de toda aquela bagunça, e resolvi voltar pra casa, quando eu estava no portão, eu senti que estava sendo observada, percebi que a Camila me espiava pela janela.......já estava pronta pra gritar com ela, quando.

— Isa.....

Eu me virei, o Téo tinha vindo atrás de mim, ele segurava uma caixinha na mão.

— eu....... feliz aniversário.

Ele me entregou uma caixinha, dentro tinha uma pulseira, com vários pingentes estranhos.

— esse pingente em forma de uma rosa, é pra você se lembrar da primeira flor que eu te dei, esse em forma de um microfone, é pra você nunca desistir do seu sonho, esse em forma de duas meninas, é você e a  Manu, esse é em forma de uma bolinha de golfe, que representa o seu pai, esse I é de Isa, essa estrela, representa todos os momentos que passamos na praça juntos, esse outro é a letra T, mas em braile, pra você se lembrar de mim, e esse coração representa o meu, que já pertence a você a muito tempo.

Nem preciso dizer, que o presente dele me emocionou.

— você gostou.

— muito.....é perfeito.....obrigada.

Eu abracei ele, não sei dizer quanto tempo passamos abraçados, mas esse gesto, fez eu ter certeza, que o amor que eu sentia por ele, era mais forte que a duvida que eu sentia, eu não me importava mais se ele tinha ou não me traído, eu só queria era voltar a ser sua namorada, queria recomeçar, queria o Téo.

— Téo.......eu....

Ele ficou esperando, prestando atenção em cada palavra, dava pra ver a ansiedade, no rosto dele.

— você o que.

— você aceita namorar comigo de novo.


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Notas finais do capítulo

gostaram.....



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