Secrets escrita por Pequena Bruxinha


Capítulo 12
Capítulo 12 - É bom ver você de novo, mademoiselle


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, lembram quando eu disse que voltei?! Pois é, eu não brinco em serviço heuheuheu.

Fiquem com a leitura e pelos deuses olhem as notas finais. Um beijão.



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Marinette ainda estava em estado de choque. Todos os seus pesadelos estavam ali, na sua frente. Seus olhos estavam marejados e ela sentia que podia cair a qualquer instante. Flashbacks passavam em sua mente e ela cerrava os olhos para afastar aquelas lembranças. Ele não podia estar ali, não queria a presença dele, não queria vê-lo nem pintado de ouro. A mestiça nem esperou que seus amigos entendessem, tampouco deu espaço para eles perguntarem. Mari largou a mão de Alya bruscamente e fugiu.

— Ela estava suando frio e tremendo muito, meninos. Eu... eu vou ir atrás dela. - Alya saiu correndo atrás de sua amiga, que estava desnorteada.

— Vamos entrar Nino. - balbuciou Adrien sem olhar para frente. Seu olhar ainda estava onde ele vira Marinette sair correndo com os olhos marejados. Ele nunca vira a azulada naquele estado.

Seu amigo Nino estava estranho, com o pronunciamento de Marinette, ele apurou a sua visão para enxergar melhor, fazia caras e bocas e murmurou um "não pode ser ele." então, concordou em ir, e juntos, foram à caminho da sala de aula.

Nathanaël estava já dentro da sala de aula, desenhando. Ele havia conversado no dia anterior com Marinette e perguntara se ela iria para a escola, a morena disse que sim. O ruivo estava muito feliz em estar retomando a amizade com a azulada, ele se sentia muito mais feliz desde que voltara a falar com ela.

A porta se abriu, Nathan estava todo esperançoso por ver sua amiga ali, mas não era sua amiga, eram Nino e Adrien. Espere, Nino e Adrien? Alguma coisa estava errada. Há algumas semanas sempre entravam Nino, Adrien e Alya - Marinette na maioria das vezes estava atrasada - juntos. Alya quase nunca faltava. Algo não estava cheirando bem. Então, eis que chega a professora Fluvier, o diretor e um garoto que o ruivo conhecia e muito bem.

Por favor que ele não seja da nossa sala, por favor, suplicou o jovem.

— Senhores e Senhoritas, gostaria de lhes apresentar um velho-novo aluno: Scott Cooper. Ele ficará nesta sala a partir de agora.

Nathanaël e Marinette eram amigos desde o primário. No dia em que se conheceram ambos estavam chorando porque suas mães o haviam deixado na escola. Era o primeiro dia de aula, estavam aterrorizados. Ele estava em uma árvore, chorando, ela se aproximou com os olhos inchados e perguntou se podia ficar com ele. E foi assim, simplesmente assim que uma das amizade mais bonitas do mundo nasceu, mas infelizmente como toda a amizade, o tempo fez com que eles se distanciassem, mas ele sempre soube que ela ainda estava com ele e vice-versa.

Marinette sempre foi uma garota doce, meiga e feliz. Ela era totalmente maluca, sempre fazendo gracinhas na aula, interagia com todos na sala, todos os alunos a adoravam justamente pelo seu jeito maroto de ser, por ser caridosa, amorosa, além disso era muito prestativa e amiga. Ela sempre dava conselhos maravilhosos e tentava ajudar à todos. Seu semblante era suave, como se nada a pudesse abalar, ela era serena e completamente alegre. Até que, em meados da sétima série algo aconteceu, na verdade não algo e sim alguém.

A Marinette que antes era toda alegre, sorridente e feliz, deu lugar a uma menina sem vida, vazia. Ela começara a usar moletons e se esconder debaixo de um capuz, andando sempre com fones de ouvido como se estivesse cansada demais para ouvir as palavras das pessoas. Agora, seus olhos eram vazios e a garota que antes era serena e sorridente, dera lugar a uma garota escura e solitária. Nathanaël vendo o estado de sua amiga, fora falar com ela e no calor do momento ela lhe contara absolutamente tudo.

— Já sei porque Marinette não está aqui. - pensou alto.

— Ele já foi aluno dessa escola, está retornando para terminar o ensino médio. - continuou o diretor - Espero que sejam complacentes com o novo colega de vocês, quer se apresentar? - então dirigiu-se ao garoto ao seu lado.

— Bem, como o diretor já disse, meu nome é Scott Cooper, já estudei aqui, tenho 17 anos e pelo que eu vejo, grande parte de vocês já estudou comigo. - terminou dando uma piscadela na direção dela. Chloé Bourgeois.

— Pode deixar diretor, porque se depender de mim, ele vai se sentir em casa. - disse a loura maliciosamente.

— Ave Maria, é o Scott! - exclamou Nino. - Sabia que aquele rosto era familiar.

— Que Scott é esse de quem vocês tanto falam? - perguntou Adrien já irritado. Não queria saber de Scott nenhum, ele estava preocupado com Marinette e queria saber como ela estava.

— Digamos assim que ele é modelo, assim como você, mas ele é bem... babacão, sabe... nem dá bola. - disse Nino com um dar de ombros. Não seria ele quem iria contar a história completa para o garoto. Isso somente se dizia respeito a Chloé e Marinette.

— Hum. - disse Adrien bravo, ele estava com um pressentimento que esse garoto iria ser um verdadeiro pé no saco. Já estava começando a odiá-lo. Como alguém poderia odiar uma pessoa sem nem mesmo conhecê-la?

— Tudo bem garotos, vá se sentar Scott e bem-vindo de volta. - finalizou o diretor sorrindo gloriosamente.

Scott fora cumprimentar Chloé, como se ela fosse uma princesa, se ajoelhou, pegou em sua mão direita e a beijou.

Il est bon de vous revoir, mademoiselle¹. - dissera ele com sua melhor cara de galanteador. Chloé deu uma risadinha.

— Vá sentar seu bobo. - disse dando um soco de leve no braço de seu... amigo?! Ainda rindo.

Scott saiu da mesa e se dirigiu ao único local vago da sala de aula, ao lado de ninguém menos que Nathanaël.

— E aí ruivinho? Como vai? Quanto tempo hein, vejo que ainda não deixa ninguém ver seus olhos. - debochou ele com um cutucão de leve no braço do ruivo.

— Cala essa maldita boca, seu imbecil. - replicou Nathanaël.

— Ui, o ruivinho se irritou. - continuou ele, no mesmo tom debochado. - Mas e aí, o que aconteceu enquanto eu estive fora? Me deixe a par das notícias. Como está a-a Marinette? - gaguejou ele.

Sentia falta da azulada, ele se arrependera de tudo o que tinha feito para ela. Nunca pôde pedir desculpas como deveria por tudo aquilo.

— Não é porque você está de volta, que eu vou ficar de falsidade. Tu sabe que não somos nada, nunca fomos, porque eu jamais seria amigo de um cara canalha e safado, que tudo o que fez foi acabar com a vida das pessoas. E não ouse citar o nome dela seu desgraçado, filho da puta. - Nathanaël sibilou, vermelho, enquanto seu corpo tremia com a raiva que sentia.

— Tudo bem, tudo bem. - disse ele na defensiva. - Mas agora é sério, ela ainda estuda aqui?

— EU VOU MATAR VOCÊ DESGRAÇADO! - gritou ele se levantando da cadeira.

Os olhares da classe toda sobrecairam sobre o ruivo. Ele odiava receber atenção e todos sabiam, então foi um choque e tanto quando Nathanaël avançou para cima do garoto que acabara de voltar para a escola.

O ruivo não estava se importando se estavam olhando para ele ou o que estava acontecendo com o resto da sala. Tudo o que ele queria era acabar com aquele maldito que deixou sua melhor amiga em um estado depressivo.

Ele desferiu alguns socos na boca de Scott, o moreno limpou a boca para afastar o sangue e disparou para cima do ruivo. Scott o pegou e desferiu chutes contra sua costela, Nathan já vira em vários filmes que continham luta o que deveria fazer: então no momento em que Scott avançou o braço para dar um soco nele, ele pegou o braço e com um movimento rápido girou-o e o colocou nas costas de seu adversário. Deu um chute entre as dobras trazeiras do joelho e Scott caiu ajoelhado, Nathanaël o prensou no chão e ao levantar a mão para desferir mais socos no garoto. Uma mão o impediu.

— Nathanaël, não! Não vale a pena. - disse Nino, pegando no braço do ruivo e o segurando com força, para que ele não agrida mais o Scott.

— Nino, você sabe o que aconteceu... e... e ele disse o nome dela. Ele disse o nome dela sem um pingo de vergonha na cara. - Nathanaël disse entre dentes. - Ele... - o ruivo tentou se desvincilhar de Nino, sua raiva o estava deixando cego.

— Ei, Nathanaël, olha pra mim. - pediu Nino. Como não obteve resposta, o ruivo continuara se debatendo em seus braços para ir de encontro à Scott... o moreno não viu outra alternativa e desceu lhe um tapa no rosto. - NATHAN, OLHA PARA MIM. - chamou ele com mais urgência. - sorte a sua que a professora não está aqui, porque senão...

— O que é isso?! - perguntou a senhorita Fluvier enquanto olhava a sala, que por sinal estava uma bagunça. Todos os alunos estavam de fora das suas cadeiras, alguns até meio assustados. Ela olhou para o aluno novo e viu ele com a boca sangrando, ela seguiu os olhos em todos os alunos até parar em Nathanaël, que estava vermelho como seus cabelos, tremia de raiva e estava com sangue em suas mãos. Isso foi o suficiente. - EU DEIXO VOCÊS POR DOIS SEGUNDOS SOZINHOS. EU ESTAVA BEBENDO ÁGUA SEUS FEDELHOS. QUANDO EU CHEGO EU ME DEPARO COM ISSO: COOPER, KURTZBERG, PARA A SALA DO DIRETOR. AGORA!

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Nesse meio tempo em que ocorria toda aquela confusão no colégio, Marinette continuava correndo. As lágrimas que continham em sua face começaram a cair furiosamente.

Ela sabia que não poderia ir muito mais longe. Vira a praça, na frente da escola e sabia para onde ir. Finalmente ao chegar lá, ela sentou em um banquinho e deixou as lágrimas que tanto reprimira saírem, seu corpo sacudia furiosamente com seu choro desesperado.

— Marinette? - chamou uma voz fina que logo reconheceu quem era.

— Sai daqui, Alya. - pediu a jovem, empurrando a ruiva. - Eu preciso ficar sozinha.

— Não! - afirmou Alya, a morena olhou para cima para encará-la e ao fazer isso, a ruiva reparou que os olhos da morena estavam derramando mais lágrimas do que ela achava que tinha. - Olha o seu estado Marinette! Eu não arredo o pé daqui enquanto você não me contar.

— Mas Alya... a aula... e...

— A escola pode esperar, você é o que mais importa no momento Mari! Anda... conta... quem é esse Scott que você sibilou... e nem adianta mentir dizendo que não foi isso que disse porque sou especialista em ler lábios, por isso vou ser a maior jornalista que Paris já viu! - terminou.

A ruiva notou um pequeno sorriso surgir no rosto da azulada. O sorriso era fraco, mas de qualquer forma era um sorriso. Alya pegou Marinette em um abraço, a jovem não se segurou e chorou mais ainda em seus braços, ela tremia e balbuciava um "Alya, eu quero acordar desse pesadelo" e "Eu quero morrer... não vou conseguir...", até que se recuperou o suficiente para dizer algumas palavras.

— Lembra daquele dia que tu foi na minha casa e conversamos sobre o Adrien e que eu fui super grossa contigo e disse que a história era longa e que um dia eu contaria pra você? - ela assentiu com calma. - Chegou a hora de contar toda a verdade.


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Notas finais do capítulo

¹ - "É bom ver você de novo, mademoiselle", eu decidi colocar em Francês porque achei mais bonitinho e porque eu preciso contar para vocês que estou começando francês no Duolingo e recomendo demais ♥

Pessoas do meu coração, deixa a tia dar uns avisinhos básicos... olha pra tia... OLHA PRA TIA, OLHOU? BELEZURA

Gente, então os próximos capítulos, a partir de agora, serão postados a cada duas semanas, ou seja, a cada quinze dias eu postarei um capítulo novo. E vocês podem me perguntar: por quê? E mais precisamente estarem me tacando pedras agora, e o porquê minhas gracinhas é que a tia com a correria de faculdade, se escreveu 50 palavras foi muito... em 6 fucking meses eu escrevi só 50 linhas... isso é bem complicado para uma jovem como eu. E por isso, eu preciso estar a frente da minha escrita porque as vezes eu preciso mudar algo no capítulo anterior para que este faça sentido, entendem?

Eu de verdade, espero que gostem e que apreciem este capítulo. COMENTEM também, porque eu realmente quero ver seus comentários... e bem-vindos aos seres que começaram a acompanhar a fic faz pouco tempo... GENTE MESMO ELA EM HIATUS, AS PESSOAS COMEÇARAM A ACOMPANHAR E EU ESTOU TIPO AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA OBRIGADAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. Na real gente, muito obrigada, vocês fazem a fanfic dar certo e me dão estímulo para continuar. Qualquer erro de português por cristo, me avisem...

No mais (Renie, a culpa é dele, eu peguei o "no mais" dele) é isso... não esqueçam de comentar por favor e me dizerem o que pode ser melhorado, ou só um "gostei" ou "curti" seria muito bem-vindo. Não esqueçam também de seguirem meu twitter @acciobaby porque eu posto as vezes alguma coisa sobre a fic lá... entããããããão é isso... um beijo miraculoso pra vocês e até daqui a 15 dias ♥



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