A Study in Words escrita por Raura


Capítulo 6
Nosso problema final


Notas iniciais do capítulo

Ai gente, esse season finale que mexeu com meus feels...
Esse capítulo surgiu com a sugestão de Armadageddon ♥
Sua escolha não foi uma palavra e sim uma localização: capela de São Jorge - Windsor Castle; juntei sua sugestão com um post que vi no pinterest.

Lembrando que: os capítulos não são cronologicamente relacionados entre si.

Espero que apreciem, boa leitura!



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O alerta de mensagens do seu celular a despertou, emitindo um resmungo olhou no relógio de cabeceira para se certificar de que era tarde da noite – mandou quem quer que fosse para um lugar bem desagradável, as pessoas deviam estar em um sono profundo as duas da madrugada!

Pegou seu celular e olhou o remetente, aquilo ia levar tempo, conferiu a mensagem para respondê-la antes que sua caixa de mensagens fosse bombardeada.

SH: Preciso que me encontre em um lugar.

MH: Eu estou dormindo.

SH: Não no momento.

MH: Estava.

SH: Não está mais, por isso adoraria que fizesse o que estou pedindo.

SH: Por favor!

MH: Não pode esperar até de manhã?

SH: Não.

SH: Um carro irá buscá-la daqui 15 minutos, portanto vá trocar de roupa.

MH: É mesmo necessário?

SH: Você não vai querer estar usando uma camisola aonde estará em breve.

Molly ponderou se iria sair de cama, Sherlock e suas ideias loucas fora de hora, inspirou lentamente, se tivesse que sair naquele horário da cama que fosse vestindo uma roupa bem aconchegante, algo como um...

SH: Nem pense em vir até aqui de moletom!

MH: É confortável!

SH: Você tem 13 minutos, Hooper.

MH: Me dê um bom motivo para eu sair de casa de madrugada sem estar vestindo algo confortável.

SH: 12 minutos.

MH: Holmes!

SH: Hooper!

MH: William Sherlock Scott Holmes!

MH: Motivo...?

SH: Troque-se logo, precisamos resolver nosso problema final.

Céus! Às vezes se perguntava de onde tirava a paciência que tinha com Sherlock. Uma vez que tinha despertado resolveu sair enfim sair da cama para atender ao pedido dele, agora queria saber eu problema era esse.

Levantou-se para lavar o rosto e escovar os dentes, não teria tempo para arrumar seu cabelo decentemente então optou por prendê-lo em um coque. Pegou uma calça e um sweater para vestir, decidiu permanecer com suas pantufas pé de Hobbit – se Sherlock Holmes a queria fora da cama aquela hora da madrugada, teria que lidar com ela usando pantufas.

Reconheceu o carro estacionado na frente de seu apartamento, um dos funcionários de Mycroft segurava a porta do jaguar preto – ele olhou sugestivamente para seus pés e ergueu uma sobrancelha.

Não tinha ideia para onde seria levada, pensou que talvez Sherlock pudesse estar em problemas e estavam a levando para encontrá-lo na delegacia, desejou não estar de pantufas – alguém poderia resolver prendê-la por algum atentado contra o código de vestimenta, pensou com humor.

Deve ter cochilado em algum momento durante o trajeto, "Senhorita Hooper" ouviu o motorista chamando, conferiu a hora em seu celular e já tinha se passado pouco mais de uma hora. Saiu do carro e olhou ao seu redor, quase engasgou.

Castelo de Windsor.

Em plena madrugada, Molly Hooper estava no Castelo de Windsor vestindo sweater e pantufas, seu olhar pousou em Sherlock impecável em suas roupas sociais: calça, terno e camisa feitos sob medida, o cabelo devidamente despenteado a encarando com total descrença – apesar da desaprovação pela sua escolha de roupas, havia humor em seu olhar.

— Belos sapatos, Hooper. - comentou em tom provocativo ao se aproximar.

— ​​​O que são minhas pantufas pés de Hobbit em Windsor, perto de quem esteve só de lençol em Buckingham, Holmes?

— Me acompanhe.

— O que estamos fazendo aqui, Sherlock? – perguntou passando seu braço no dele, notou que ele usava abotoaduras e... Gravata! Sherlock não usava gravatas, não sem um bom motivo. — Não me faça chama-lo pelo nome completo, o que está acontecendo?

— Eu já lhe disse, precisamos resolver nosso problema final, na verdade é mais seu problema que meu.

— William...

— Seu sobrenome é o problema Molly!

— Como?

— Seu sobrenome não é adequado para nossa situação, por isso precisamos mudá-lo.

— Eu não vejo problemas nele, sugira um mais adequado à situação então.

— Holmes.

Molly afastou-se de Sherlock para poder olhar em seus olhos. Aquilo era uma piada, não, aquilo era um sonho. Isso, Molly estava sonhando, só podia ser isso. Sherlock a encarava sério, colocou as mãos nos bolsos da calça e esperou até que ela digerisse os fatos e chegasse a conclusão óbvia.

— Você... Sherlock, pelo amor de Deus! Por acaso isso é algum tipo de pedido de casamento?

— É exatamente isso! Com toda certeza seu sobrenome ficaria muito melhor se tivesse Holmes no final.

— Sherlock, eu...

— Se quiser eu posso ajoelhar... Eu sabia que seria difícil convencê-la a ir até Las Vegas no avião particular de Mycroft, e como um membro real me devia um favor...  Achei mais apropriado te trazer até a Capela de São Jorge para nos casarmos, tudo que for necessário está preparado, agora só falta sua resposta, apesar de eu já tê-la ouvido, então para o caso de não se recordar te pergunto: aceita ser Molly Hooper-Holmes?

— Isso é loucura.

— ‘Isso é loucura’ não é exatamente uma resposta, eu sinceramente espero que seu casamento ideal não esteja dentro dos padrões normais, casamentos normais são chatos! Felizmente eu pensei em tudo!

Aquilo ainda era surreal para Molly, quando​ em plena consciência ou em seus sonhos mais insanos, imaginou receber uma proposta de casamento dessa maneira?

​Nunca.

Talvez deveria ter pensado em algo parecido se levasse em consideração quem era seu namorado. Resolveu conferir se ele realmente​ pensou em tudo como havia dito.

— Independente do padrão imagino que usar pantufas não está incluso, então... Você tem um vestido para mim?

— Sim e eu não sei como ele é, Mary e Hudson não me deixaram espiar.

— Padrinhos?

— Ok.

— Chamou um padre?

— Yep.

— As alianças?

— Aqui. – bateu no bolso de seu terno. — Até meus votos estão prontos, a única coisa que falta é você aceitar ser Molly Holmes.

— Só mais uma pergunta.

— Estou ouvindo.

— E se eu não quiser me casar?

— Hm... Sinceramente não contei com esse detalhe, eu imaginei que fosse o que você queria desde quando pegou aquele buquê no casamento do Anderson, na verdade, lembro perfeitamente que na ocasião, perguntei se você se casaria com alguém como eu e sua resposta foi ‘sim’.

— Não, ou melhor, sim. Isso é muito de repente e eu não estava preparada para me casar em plena madrugada, é...

— Molly... – Sherlock aproximou-se dela e segurou suas mãos. — Nos conhecemos a mais de quatro anos e hoje faz sete meses que estamos juntos, sei que foi repentino, na verdade era para ser uma surpresa e se eu contasse o que pretendia obviamente deixaria de ser surpresa, vou entender se não aceitar, mas saiba que não desistirei dessa ideia, se não for nessa madrugada será em outra, então não vejo motivos para não prosseguirmos.

Para surpresa de Sherlock, Molly começou a gargalhar.

Ah, Sherlock! Pensou o encarando e controlando o riso. Sra hudson tinha completa razão! Todos consideravam Sherlock um homem puramente racional, John Watson até mesmo já o chamou de máquina, mas na verdade, Sherlock era muito emocional! Demais até! Ás vezes agindo sem pensar e a surpreendendo em todas ás vezes, como agora.

— Você sempre pensa exatamente em tudo não é, Sherlock? Pode ajoelhar quando quiser.

— Molly Elizabeth Hooper... – falou enquanto ajoelhava e segurava em sua mão, sem quebrar o contato visual.  — Aceita ser Molly Elizabeth Hooper Holmes?

— Ah Deus! – seus olhos já estavam marejados. – Sim!

Sherlock levantou-se e abraçou Molly a tirando do chão, beijou seus lábios calorosamente até que ambos ficassem sem fôlego, se afastaram quando ouviram alguém próximo a eles limpar a garganta.

— Não temos a madrugada toda. – Mycroft disse encarando o casal a sua frente apoiado em seu guarda-chuva.

— Pode ir andando que logo te alcançamos Mike! – Molly disse sorrindo para seu futuro cunhado enquanto ele se afastava.

— Posso te fazer mais um pedido? – Sherlock encarou-a com um sorriso diabólico, ela concordou com um aceno de cabeça. — Antes de descer do altar, jogue o buquê nas mãos de Lady Smallwood, sim? Estará me fazendo um enorme favor.

— Holmes... – sua voz tinha tom de alerta, certamente não seria apenas ‘um enorme favor’, claramente seria diretamente envolvida em alguma provocação entre Sherlock e Mycroft.

— Holmes...

— Ainda sou Hooper.

— Será Holmes quando amanhecer, você fará?

— Oh sim...  E perder a chance de entrar oficialmente para família com grande estilo?

Sherlock sorriu. Ao amanhecer, ela seria Hooper-Holmes. Molly entendia de química, balística, análises biológicas variadas, lhe fornecia materiais para estudo, a melhor parceira de laboratório que podia ter e claro, sua nova cúmplice nas implicâncias com o irmão... Sem dúvidas que passaria o resto de seus dias ao lado dela.


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Notas finais do capítulo

#sherlollyisreal #hooperholmesisreal

Opiniões?
Sugestões de palavras? :3



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