Forças do Destino I, Romeu e Julieta escrita por Luuh


Capítulo 7
A (Falsa) Ajuda de Pansy e O Caça-Talento, parte I


Notas iniciais do capítulo

assim como no capítulo anterior, eu tive que dividir o capítulo 6 em dois; assim sendo, originalmente, os capítulos que aqui são 7 e 8 são apenas o capítulo 6;



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Forças do Destino I
Capítulo 07 - A (Falsa) Ajuda de Pansy e O Caça-Talento
Parte I

Hermione acordou no dia seguinte sonolenta, cansada, triste e devagar. Vagarosamente, a garota esfregou os olhos com a mão esquerda e depois se sentou na cama, ainda enrolada nas cobertas. Ela olhou para sua mão direita: estava suja de tinta.
Suspirando, a garota se descobriu e levantou-se da cama. Colocou um chinelo, desceu as escadas e foi para o banheiro do dormitório numa lerdeza que só vendo. Lá, tomou banho e depois trocou de roupa. Um pouco mais acorda, a garota voltou para o dormitório um pouco mais rápido do que na ida ao banheiro. Chegando ao dormitório, foi até seu criado-mudo, pegou sua escova que estava em cima dele e penteou o cabelo molhado. Com o cabelo penteado, colocou a escova de volta ao seu lugar e passou o perfume que costumava usar. Deixou o chinelo do lado da cama, pegou um par de meias em sua mala e seus sapatos, sentou-se em sua cama, colocou nos pés as meias, calçou os sapatos e depois se levantou. Desceu as escadas do dormitório novamente e saiu do salão comunal.
Vendo o rostinho de tristeza de Hermione, a Mulher Gorda disse, carinhosamente: “Não fique triste, Srta. Ontem foi ontem. Hoje é um novo dia. E que dia lindo é esse! Não amargure seu dia com as tristezas passadas”. Nada conseguiu então, continuou: “Levante esse rosto. Olhe para frente. Pois, assim você vai longe!” Ainda assim, nada conseguiu, mas, não desistiu: “Não deixe que eles te abalem. Mostre quem você é, mostre que você é forte! Mostre que você é um leão! Mostre que você é uma grifinória!”.
Ao ouvir as últimas quatro frases que a Mulher Gorda falava com grande entonação, Hermione abriu um sorriso tímido, depois deu tchau à ‘porteira’, desceu as escadas e foi para o salão principal tomar café da manhã. Sentou-se na mesa de sua casa e se viu feliz por não ter visto Draco nem Jenny durante café e por ter tomado o seu café da manhã com Harry e Rony, que haviam voltado a se falar.
Nas aulas que teve durante a manhã, Hermione não encontrou muito interesse, mas mesmo assim, prestou atenção nas aulas, fazendo suas normais anotações. Viu Draco e Jenny sentados um longe do outro durante duas aulas, Transfiguração e Feitiços, mas fingiu que não os viu.
Durante o almoço, também não viu Draco e Jenny juntos, o que a animou um pouco mais, fazendo-a encontrar um pouco mais de interesse nas aulas da parte da tarde. A cada minuto que se passava, ela ficava mais animada. Mesmo que a aula fosse com a Sonserina e ela tivesse que ver o casal de pombinhos, ela ficava cada vez mais animada. Tanto é que na hora do jantar, ela era a aluna mais animada da Grifinória e de toda a escola, mesmo com toda aquela tristeza dos dias anteriores, o que surpreendeu a muitos alunos. O mais surpreso de todos foi Draco Malfoy.
Hermione estava sentada a frente de Harry e Rony, conversando alegremente, como se ela fosse uma menininha feliz de cinco anos que acabara de ganhar o pônei que tanto queria desde que vira o brinquedo na televisão. Cada movimento de seus lábios, cada movimento de seus braços, cada movimento de sua cabeça, enfim, cada movimento da garota estava sendo observado por um ser loiro, de olhos claros, que sorria fingidamente para Jenny Granger, enquanto olhava, pelo cantinho do olho, a garota que ele havia ferido.
Normalmente Hermione sentiria o olhar e se irritaria, mas, naquele momento, estava tão alegre, tão feliz, que nem ligou para se alguém a estava olhando e observando o que ela estava fazendo. Problema da pessoa que estivesse perdendo o tempo olhando para a garota, pois ela estava ocupada demais sendo feliz.
Quando acabou o jantar, Hermione levantou-se do banco onde estava sentada, despediu-se de Harry e Rony com um beijo na bochecha de cada um, que coraram, saiu do salão, subiu as escadas do saguão e, quando estava indo para a escadaria, algo, ou melhor, alguém, chamou-a carinhosamente. Mas, não era qualquer pessoa, era Pansy, uma sonserina que sempre a zoava por ela não ser inteiramente bruxa.
-Mione – chamou Pansy
-Siiim. – disse Hermione, em voz de deboche.
-Eu precisava falar com você!
-E já está falando... Hahahah
-É sério!
-Sério? O que você tem para falar sério comigo? A gente nem conversa amigavelmente... Que assunto nós vamos conversar sério? Vamos, diga!
-Draco Malfoy.
-Eu não tenho nada a ver com esse ser desprezível. – disse Hermione, mais do que rápido.
-Você diz isso da boca para fora! Mas eu sinto que o que você diz é mentira. Você pode manipular a todos, dizendo que o odeia. Mas não a mim. Eu sei que você o ama.
-OLHA AQUI, PARKINSON!
-Pansy...
-OLHA AQUI, PANSY! QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA CHEGAR AQUI E DIZER COISAS QUE NÃO FAZEM O MENOR SENTIDO! Ou melhor, coisas que nunca serão verdadeiras.
-Eu só vim aqui para te ajudar, Hermione...
-Você? Ajudar-me? Até parece! Hahahah.
-Eu descobri uma coisa sobre você. E, quando descobri, vi que devo desculpas. Mas, só desculpas não vão apagar meus erros, então decidi te ajudar com Draco.
-O QUÊ? O-O QUE VOCÊ DESCOBRIU?
-Para começar, eu não gosto da Jenny. Ela tem um jeito meio que... Não tenho palavras. Ela é muito chata e ignorante. Eu não consigo mais aturar ela.
-E onde eu entro nisso?
-O Draco é namorado dela.
-E o que eu tenho a ver com isso?
-Se ele estivesse com você, eu não teria mais que andar com ela.
-E?
-E O QUE?
-O QUE VOCÊ QUER QUE EU FAÇA? QUE EU DÊ EM CIMA DELE? QUE EU CORRA ATRÁS DELE? NUNCA! ELE JÁ DISSE QUE ME AMAVA, MAS AGORA ESTÁ COM A JENNY! EU O AMO, MAS EU TENHO MEU ORGULHO! – percebendo o que disse, Hermione engoliu seco e levou as mãos na boca, como se quisesse abafar o que dissera.
-Eu posso juntar vocês dois.
-Ele não me ama mais! Ele ama a Jenny. Nunca ficaremos juntos... Nada que qualquer pessoa fizer inclusive você, vai me ajudar.
-Isso é o que ele diz, é o que você pensa, é o que os dois acham que é verdade... Mas, eu sei que ele ainda te ama. Ele passou o jantar todo te observando!
-Grande coisa.
-Ai, Hermione, me escuta...
-Estou te escutando!
-Se você me ajudar, nós duas vamos sair ganhando! Você com o Draco e eu sem a Jenny. Imagine isso...
Hermione ficou em silêncio por um tempo e depois, medindo as palavras, perguntou:
-Você-Pode-Mesmo... Ajudar-me... A ficar com Draco?
Pansy nem respondeu. Só balançou a cabeça afirmativamente. Por impulso, sorrindo, Hermione abraçou Pansy, coisa que ela nunca pensou que faria.
-Ei, ei... Calma, Hermione. – disse Pansy, afastando-se do abraço da garota.
-Desculpa... Foi por impulso.
-Tudo bem... Sem problema. – Pansy esticou o dedo mindinho da mão direita e, olhando nos olhos de Hermione, perguntou – Amigas?
Hermione sorriu, esticou seu dedo mindinho da mão direita, entrelaçou-o no dedo de Pansy e, depois disse, ainda sorrindo:
-Amigas...
Rapidamente desentrelaçaram os dedos e seguiram juntas para a aula de teatro. Durante o caminho, Pansy foi contando o seu plano para Hermione. Ela disse também para Hermione que, na próxima vez que conversasse com Draco, teria que dizer os seus verdadeiros sentimentos para o rapaz.
Chegando na sala de teatro, a professora Trelawney avisou a Hermione que ela faria um papel pequeno.
-UMA CIDADÃ DA CIDADE QUE NÃO FALA NADA?
-Você é uma boa atriz, Srta. Granger.
-SE EU SOU UMA BOA ATRIZ POR QUE EU VOU FICAR COM UM PAPEL TÃO... TÃO... TÃO... PEQUENO! Ou melhor, MINÚSCULO.
-Calma, Hermione.
-CALMA NADA, PANSY! EU QUERO SABER O PORQUÊ DE EU TER QUE FICAR COM ESSE PAPEL MINÚSCULO.
-Por que todos os papéis estão definidos. Eu não vou mudar todo mundo de papel porque VOCÊ não conseguiu se concentrar no papel principal.
-Hunf!
-Fica calma, Hermione.
-Srta. Granger, você é uma grande atriz. Vai conseguir fazer do seu papel a grande atração da peça. Eu tenho total e completa confiança nisso.
-Está bem!
Hermione, por mais que estivesse irritada com a troca de papel, não pode contestar mais, pois a decisão, a professora já havia tomado, e não parecia que ela iria mudar de idéia.
Apesar de tudo, Hermione conseguiu enxergar uma coisa boa: pelo menos, durante os ensaios, poderia papear com Pansy. E, como ninguém mais sabia as falas de cor da Julieta, se acontecesse alguma coisa com Jenny, provavelmente, ela teria que fazer o papel. Até porque ela era a única personagem que não falava nada, sendo assim, ter ou não ter o personagem dela não faria a menor diferença.
A aula de teatro, para Hermione, aquele dia, por um lado, até que foi legal, pois ela ficou a aula toda conversando com Pansy, já que a cena que ela entrava não fora ensaiado naquele dia. Por outro, ela praticamente chorou quando viu Draco beijando Jenny de leve na cena do primeiro beijo de Romeu e Julieta, que estava sendo passada para “a outra” aquele dia.
Terminando a aula, Hermione se despediu de Pansy e saiu andando da sala. Draco, vendo a garota sair da sala, despediu-se de Jenny com um selinho e saiu atrás da garota.
Hermione estava longe demais e andando rápido demais. Draco teve que correr um pouco para conseguir alcançar a garota.
-Granger. – disse Draco, segurando o braço de Hermione, quando a alcançou – Não me esperou por quê?
Hermione soltou-se de Draco e, olhando furiosamente para o garoto, disse:
-Por que eu deveria te esperar?
-Porque devemos monitorar o castelo JUNTOS, coisa que não temos feito a um bom tempo.
-POR QUE SERÁ?
-É? POR QUE SERÁ?
-A CULPA É TODA SUA!
-MINHA?
-É! VOCÊ É QUE ESTÁ COM A JENNY E NÃO EU!
Draco engoliu seco. De fato, um pouco da culpa era dele. Ele abaixou a cabeça e, com lágrimas nos olhos, olhando para chão, falou baixo, de forma que Hermione teve que se abaixar um pouco para ouvir o que ele dizia.
-Agora a culpa é minha, mas foi você quem estragou tudo. Você estragou tudo. Você que matou nosso amor.
-AMOR? – Hermione levantou a cabeça de Draco com raiva e viu lágrimas escorrerem pelo rosto do loiro. – AQUILO NÃO ERA AMOR!
-SE NÃO ERA AMOR ERA O QUE?
-ERA... ERa... Era... Era... ERA SÓ UMA ATRAÇÃO PASSAGEIRA, NADA MAIS!
-ATRAÇÃO PASSAGEIRA?
-É... TANTO ERA UMA ATRAÇÃO PASSAGEIRA, QUE EU JÁ NEM SINTO MAIS NADA POR VOCÊ! MAIS NADA! – ao terminar de falar, a garota percebeu o que havia dito por impulso e viu mais lágrimas escorrerem pelo rosto do garoto. – E você também... Não sente... Mais nada por mim. E essa é a verdade.
-É! EU TAMBÉM NÃO SINTO MAIS NADA POR VOCÊ! – agora foi pelo rosto de Hermione que escorreram lágrimas.
-IDIOTA! – Hermione juntou toda a sua força na mão direita e ia bater no rosto de Draco. Mas, daquela vez, o garoto fora mais rápido. Quando ela levantou o braço direito, ele o segurou com a mão esquerda e, rapidamente, deu um giro e começou a torcer o braço e o ombro de Hermione. – AI! PÁRA!
-POR QUE EU DEVERIA?
-POR QUE VOCÊ ESTÁ ME MACHUCANDO!
Draco olhou para os olhos de Hermione e soltou a mão do braço da garota. Mais lágrimas escorreram pelo rosto de Hermione.
-VOCÊ É UM IDIOTA! – ela disse, passando a mão esquerda no ombro machucado.
-VOCÊ FOI QUEM ESTRAGOU TUDO QUE HAVIA ENTRE NÓS E EU É QUE SOU UM IDIOTA?
-VOCÊ É QUEM ESTÁ NAMORANDO E NÃO EU!
-MAS VOCÊ COMEÇOU A NAMORAR O WEASLEY ANTES QUE EU COMESSACE A NAMORAR A SUA IRMÃ!
-ELA NÃO É MINHA IRMÃ!
-É SIM! E, POR SINAL, SABE MAIS DA SUA FAMÍLIA DO QUE VOCÊ MESMA!
-MENTIRA! VOCÊ ESTÁ MENTINDO DE NOVO!
-EU NÃO MINTO!
-CALA A BOCA!
-CALA A BOCA VOCÊ, SUA SANGUE-RUIM...
Hermione respirou alto e começou a chorar. Ela colocou a mão no rosto e abaixou a cabeça.
-Me... Me... Me desculpe, Hermione.
-Me deixa em paz, Malfoy! – falou a garota, ainda de cabeça baixa.
-Eu... Eu... Eu... Não pretendia te ofender!
Ao ouvir a frase que Draco havia acabado de falar, Hermione levantou a cabeça devagar e olhando nos olhos do garoto, perguntou:
-É... É verdade?
-O-O que?
-O que você disse...
-O que eu disse?
-Que você não quis me ofender!...
-Ah! Lógico que eu não quis...
-E por que não?
-Porquê... Er... Porquê... Er... Er... Sei lá! Tudo tem que ter uma explicação lógica? Eu não quis te ofender e ponto!
-Mas tem que ter um motivo!
-Mas não tem... Cabo!
Os dois abaixaram a cabeça e ficaram em silêncio por uns dois minutos.
Depois de um tempo, Hermione levantou a cabeça e, olhando para Draco, disse:
-E-Eu... Nã... – começou ela, gaguejando. Ouvindo a garota, Draco também levantou a cabeça e olhou nos olhos dela, que olhava nos olhos dele. – Eu não falava sério.
-Quando?
-Quando disse que não sentia mais nada por você... Fo-Foi por impulso.
-Eu também disse da boca para fora quando disse que não te amava mais.
-Mas não podemos ficar juntos.
-Por que não?
-Porque você está com a Jenny.
-Por você, eu largo tudo. Basta você dizer que me ama que eu deixo a Jenny.
-NÃO! – a garota gritou, virando o rosto.
Draco olhou furioso para Hermione e apertou o braço dela, como sempre fazia.
-Ninguém nunca me diz não!
-Agora as coisas mudaram Malfoy.
Draco soltou a garota, que esfregou o lugar machucado.
-É... Que maravilha! Eu aqui, me declarando para você e você diz que não!
-Como posso ter certeza que você vai mesmo terminar com a Jenny? Como posso ter certeza que você não está brincando comigo? Como posso ter certeza que você realmente me ama? Como posso ter certeza de que depois que você terminar com a Jenny você vai ficar comigo? Como pos...
-Confiando em mim. – Draco cortou a frase de Hermione colocando o dedo indicador da mão esquerda nos lábios da garota – Se você confiar em mim, tudo ficará bem! – ele tirou o dedo de cima dos lábios de Hermione.
-Confiar em você é uma coisa que, infelizmente, eu não posso fazer.
-Tente confiar em mim, Granger!
-PÁRA! – ao falar isso, Hermione virou o rosto para o lado esquerdo e colocou a mão esquerda para cima, como se fosse para manter distância de Draco.
Draco, que até aquele momento estava longe, abaixou a mão da garota, agarrou os dois braços de Hermione com as mãos e, olhando nos olhos da garota que estavam cheios de lágrimas, disse:
-Pára você, Hermione! Pára com isso! Deixa esse orgulho de lado.
-EU SOU ORGULHOSA SIM E NÃO VAI SER VOCÊ QUE VAI MUDAR ISSO!
-Se for preciso, mudarei o universo para poder te mudar.
-Então, pode começar com você mesmo! Mude seu jeito de ser e depois venha falar comigo.
-Desde o nosso primeiro beijo, eu já mudei.
Hermione olhou nos olhos de Draco, que também estavam cheios de lágrimas e olhavam fundo nos olhos dela.
-É! Você mudou! Está mais idiota do que antes.
Draco soltou Hermione, empurrando-a contra a parede.
-AI – berrou a garota quando bateu a cabeça na parede. Ela escorregou pela parede com a mão na cabeça, chorando de dor.
Draco correu em direção da garota e agachou-se perto dela.
-De-Desculpa.
-IDIOTA – ela disse, olhando para Draco com raiva – Você consegue estragar qualquer momento romântico. Se bem que aquilo nem era um momento romântico. – ela começou a se levantar, meio tonta. Draco levantou-se e se ofereceu para ajudá-la, mas Hermione o empurrou para longe dela. – Me deixa em paz. – Hermione falou quando Draco veio para perto dela novamente.
-Promete que vai confiar em mim?
-Ta, eu confio em você! Mas, me deixa em paz. – ela respondeu, andando em direção da escadaria, ainda com a mão na cabeça. Na escadaria, viu que estava com Draco no quinto andar. Rapidamente, começou a descer as escadas e parou no primeiro andar. Andou pelo corredor até o final e lá, abriu a porta da Ala Hospitalar. – Olá! – ela falou ao empurrar a porta e colocar a cabeça dentro da Ala. Ela ouviu o eco de sua voz, mas não ouviu nenhuma resposta. Abobalhada pela batida da cabeça, ela olhou para o teto, e como não ouviu nada, balançou os ombros, entrou na sala e encostou a porta. Caminhou devagar até uma sala que ficava em um dos lados da enfermaria. Chegando lá, bateu na porta de leve. Ela ouviu um som de algo caindo no chão vir detrás da porta e depois ouviu passos. Logo, alguém abriu a porta com cara de sono: Madame Pomfrey.
-Sim, minha querida. – disse a enfermeira, tonta de sono.
-Eu bati a cabeça e queria saber se tem algo que possa diminuir a dor.
-Oh! Sim, claro. – Madame Pomfrey indicou uma das camas para Hermione e pediu que a garota aguardasse lá. Ela entrou em seu dormitório novamente enquanto Hermione caminhava em direção da cama indicada.
O som dos passos de Hermione ecoaram pela Ala Hospitalar toda. Quem sabe, pelo castelo todo. Estava tudo muito silêncio. Dava até para ouvir as gotas de orvalho escorregando das folhas e caindo no chão dos jardins das terras de Hogwarts. Hermione nem ligou para o tamanho do silêncio. Continuou andando até a cama e quando chegou lá, sentou-se. Passou-se cinco minutos e nada da enfermeira. Dez minutos, quinze, vinte, trinta, cinqüenta... Madame Pomfrey estava demorando. Será que ela havia se esquecido da garota? Talvez. Quem sabe? Hermione não sabia. Tudo indicava que sim. Chateada, ela jogou-se na cama e ficou olhando para o teto. Seus olhos estavam tão cansados que Hermione acabou cedendo e dormindo na cama da Ala Hospitalar em que estava deita, mesmo com dor de cabeça e querendo sua cama


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