A gaiola e o pássaro escrita por 6023X1023ina


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Ahhh galera, mais um capítulo ai. Estamos no 3 já e esse é bem grande até, 2k de palavritas, uoou! skaopsasa
Espero que gostem =)



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Corri para casa o mais rápido que conseguia, a noite dominava o céu acima de de mim e as luzes altas dos faróis dos carros me cegavam, mas segui em frente. Um sentimento ardido deitava-se sobre meu peito, fui tomado por uma ansiedade que nunca havia sentido antes. Vontade de chorar, vontade de gritar, vontade de sorrir para sempre.

Mas o por que disso tudo? Como posso me sentir assim tão de repente, Asahi… Asahi você causa isso em mim, você me faz sentir tantas coisas que nunca senti na vida, desde o dia em que nos beijamos. Como consegue isso? Eu...eu estou amando tanto você?

Sim estou.

Instantaneamente, abro a porta de casa com o maior sorriso estampado na minha cara. Retiro meus sapatos e no canto, junto com minha mala. Procuro avidamente pela minha mãe, até que a encontro na cozinha.

— Mãe! Eu preciso de conselhos amoroso — Bato na mesa com a mão fechada, determinado, sem perder tempo vou direto à ela que, a pessoa que mais confio na vida, minha mãe obviamente.

— Conselhos amorosos? — questionou arregalando os olhos para mim, fungando em seguida e continuando a cortar os vegetais na pia.— quem é a sortuda?

— Essa é a informação que menos importa — reflito, deslizo no chão com minhas meias até ela.

— Hm Hm, como está se sentindo com tudo isso?

— Eu sinto um enorme ‘’ AH! ‘’, e depois um ‘’ GWA! ‘’ e às vezes um ‘’HMMM! ‘’, parece que dentro de mim algo vai explodir mas o meu corpo não deixa e… e também me sinto quente, eufórico, quero abraçar e… — quando eu percebi, eu apertava com força minha camiseta. Falar em voz alta tudo isso, ah, quando foi que me deixou assim Asahi?

— Oh! Parece que você foi picado pelo mosquito do amor meu passarinho. — ela se vira para mim e acaricia minha cabeça carinhosamente. — Você é tão emotivo, e é tão bonitinho falando dos seus sentimentos, tenho certeza que assim conquistará essa pessoa facilmente.

— Tem certeza mãe?

— Sim, sou uma mãe orgulhosa, sei do seu potencial sedutor. — Ela bagunça meus cabelos em um enorme sorriso.

— Bem… reparei nisso recentemente, e não sei  o que fazer…

— Você precisa ser você mesmo, mas também, se importar com ela sempre que der, mas seja discreto também. Não quer assusta-la né?

— Hm, verdade… obrigado. — Sorrio e a abraço bem forte, logo em seguida saindo da cozinha, mas antes que eu fizesse isso ela me alerta.

— Nishi, e o Asahi, como ele está? — preocupada, ela perguntou.

— Asahi...oh… ele está melhorando, mas não se com isso pois eu estou ao lado dele para dar qualquer suporte que precisar. — Sorri, indo para meu quarto enfim .

Me jogo na minha cama, quicando em cima dela como em um trampolim. Hm. Estou me sentindo nas nuvens, esse sentimento, tão bom, tão devastador, tão imenso, tão doce… como algodão-doce.

Nunca me senti assim, nem mesmo durante o vôlei. Se bem que… agora, amo vôlei e amo ele também. Ah, que vergonha pensar nisso! Hahaha…De repente, sinto algo vibrar em meu bolso, coloco a mão ali dentro e retiro o meu celular. Ponho a senha e vejo que Asahi havia me mandado uma mensagem, ansiosamente, abri o chat.

Chat online

Asahi online

Conversem!

(º □ º l | l) / Nishi Nishi! Chegou em casa em segurança?

— Cheguei sim por quê?

Vi minha mãe comentando sobre assaltos recorrentes atrás das casas da estação, fiquei preocupado com você.

— (★^O^★) Ah! Como você é fofo Asa!

Hm, eu apenas estou sendo preocupado

— Mas então, você já decidiu se vai vir pra cá no final de semana??????

Cheguei agora, não tive tempo para isso… ando pensando muito, em mts coisas.

— Tipo oq?

Hm, não seja curioso Yu.

— Não estou sendo curioso, quero saber msm.

Hm, minha mãe chegou, vou conversar com ela e decidir se vou dormir ai. Até.

—Asahi Offline-

 

— AHHHH!!!! — grito frustrado. Ele saiu me dando o maior gelo. Deixei o celular deslizar da palma da minha mão e minha cabeça com todo seu peso afunda no travesseiro.

Seria tão legal se ele dormisse aqui, o veria o dia todo, conversariamos o dia todo, treinávamos vôlei e eu poderia fazer ele se esquecer dos problemas...ahhh, meu peito se aquece quando penso nessas coisas.

 

Ei, minha mãe deixou sem problemas. Espero que tenha algo legal pra fazer ai. Vou estudar agora, até.

Senti o celular vibrar e instantaneamente o peguei e desbloqueei.

— AHHHHH! AHAHAHA! — jogo o celular para o teto e vou correndo para a cozinha dizer a minha mãe que Asahi iria dormir em casa neste final de semana.

— Yu! Pare de correr, o chão vai cair desse jeito! — Escuto ela reclamar, e assim que chego na cozinha a abraço com vontade.

— Asahi virá dormir aqui mãe. Neste sábado. — falo.

— Hm? Oh, que legal. — disse ela, sem muito interesse, o que de imediato me deixa desanimado. Uf. Voltei para o quarto e peguei o celular, tratei de respondê-lo alegremente com vários emojis.

Decidi tomar um banho refrescante para pôr fim a esse dia. Já no dia seguinte, segui normalmente o período escolar porém na hora do clube de vôlei, comentei o quão divertido será Asahi em casa.

— Asahi! Em casa você se esquecerá dos problemas, prometo para você! — disse a ele, radiante.

— Ei Ei! Não estou tão para baixo assim. Hahaha — Ele riu, graciosamente.

— É. — Apenas concordei, sorrindo.

Já no outro dia, eu o esperava na rua em que nos separavam, combinei de encontrá-lo. Usava meias na brancas esportivas na canela com meu vans junto com um shorts e um moletom. O dia estava nublado e frio, mas meu coração batia tão rápido que eu jurava que ele por si só me esquentava.

Sintomas de ansiedade, como nos jogos do vôlei, só que desta vez é diferente. Ajeito meu cabelo olhando pelo celular e de canto, noto que o mesmo chegou.

— Ohayou. — Comprimentou ele.

— Ohayou, Asahi. — Sorri. Foi então que começamos a andar em direção a minha casa, digo a ele que minha mãe queria muito vê-lo, mesmo sabendo que ela estava apenas indiferente na questão.

Ao chegarmos em casa, um bilhete em cima da mesinha foi deixado, nele, estava escrito que minha mãe foi fazer compras no mercado e ainda passaria nas ruas onde se tinha as feiras, e que voltaria depois de um tempo.

A casa por enquanto, era só nossa. Depois de ajeitar as coisas de Asahi, fomos até a sala para jogar video-game. A regra é clara, morre e passa para o próximo jogar. Havia se passado muito tempo, minha mãe tinha já voltado para casa e preparava o jantar para nós todos comermos.

— Ei Asahi, está afim de subir? Podemos ficar mais à vontade lá, tenho uma tv onde podemos ligar o game, aproveito e faço chá para nós.

— Hm — Concordou ele — Vou subindo enquanto você faz o chão então! — Riu ele.

— Ahh! Não ia fazer agora, mas que rude. — me jogo no sofá com a preguiça, ofereci por pura educação, ele correu para a escada dando risada.

— Yuu largue a mão de ser preguiçoso e sirva seu Senpai! — Disse minha mãe na cozinha.

— Isso mesmo Kouhai! AHAHAHA! — Asahi ri da minha cara. Pois então, fui fazer o chá.

— Hm Hm, está bem alegre hoje Yuu, achei que quem deveria ficar feliz era Asahi mas parece que temos um efeito reverso aqui. — disse ela, claramente me zoando.

— Se Asahi está feliz, estou também. — Disse de forma séria, sem na hora ter me tocado. Terminado o chá, fui para meu quarto.

Ao entrar, me deparo com Asahi se deparando com fotos minhas na minha estante. ele observava com cautela e inicialmente não tinha nem notado minha presença. O mesmo quando notou, envergonhado ficou e largou a foto no mesmo instante.

— Desculpa! Eu te vi tão pequenininho na foto, achei tão gracinha que acabei pegando sem permissão — ele ri constrangido, me fazendo corar também.

Coloquei a bandeja na pequena mesa do quarto, e apenas disse:

— Veja o quanto quiser.

— Hm — concordou ele.

— Então Asahi, como anda as coisas em casa?

— Yuu, não conhecia esse seu lado preocupado, só nessa semana perguntou umas 4 vezes como estão as coisas lá. — Bufou o mesmo, pegando a xícara e assoprando a densa fumaça que o líquido soltava.

— Não é só eu que está preocupado Asahi! Os nossos colegas de vôlei também estão, me perguntam sempre como está pois você anda tão triste e desanimado. É claro que vou me preocupar. — faço cara feia, me irrito facilmente com tanto deboche em uma frase só! Estamos preocupados, eu estou preocupado, Asahi é do tipo que esconde sua tristeza e na frente dela, coloca sentimentos falsos como ‘’ Ah, não me importo, relaxa ‘’, quando na verdade está se importando muito!

— D-Desculpa.

— Hm, está tudo bem. — pego a xícara e desvio o olhar. Acabei dando uma dura nele, agora o mesmo está todo encolhido no canto da minha cama.

Asahi tomando chá, parece tão calmo e sereno, mas dúvido que esteja assim internamente, ou talvez eu esteja sendo precipitado, ah, ele é tão difícil de ler.

— O chá está bom Nishi.

— Oh, você gostou? Hehehe, minhas habilidades são vastas.

— Novamente se gabando. — ele coça a nuca, tomando mais um gole de chá em seguida.

— Claro que estou me gabando, não é sempre que recebo elogios, e quando são seus, me sinto muito feliz. — instantaneamente sorrio meigamente.

— Yuu você sorrindo assim é tão bonitinho. — o mesmo ri, me deixando corado.

— Você também é Asahi, principalmente quando está jogando na quadra, a atmosfera de ACE te faz brilhar no ar enquanto dá cortadas na bola de forma feroz.

— Não é pra tanto! Ahhh — ele fica sem graça, rindo em seguida.

— É claro que ééé!!! — insisto, vendo ele sorrir mais ainda, acabo por sorrir junto.

— Ultimamente nos treinos estou sendo deixado no banco, sorte sua ser o único líbero do time.

— São estratégias novas Asahi. — me aproximei dele — é normal que haja substituições as vezes, eu mesmo substituo o Sugawara na posição de torre. — comento, entrelaçando os dedos devido ao nervosismo repentino.

— É, mas sei lá, ando tão negativo ultimamente, você é o que mais deve ter notado isso, afinal, não me larga de jeito nenhum. — ele colocou um braço na mesinha e se deitou nele, olhando para mim, parecia um ursinho de pelúcia, seu rosto amassadinho.

— Bem, já te disse o por quê.

— Sim eu sei, e estou feliz como todos estão querendo que eu melhore, porém, devo elogios principalmente a você, desde o dia do funeral, você sempre me consolou. Obrigado novamente.

— De nada Asahi, apenas quero o melhor para você. — o respondo de forma sincera.

— Sim. Eu também quero o melhor para você. — ele sorri para mim, me olhando diretamente nos olhos.

— Obrigado… por sempre estar comigo. — ele pega em minhas mãos e as acaricia com o polegar, gentilmente, me fazendo corar. — Está nervoso Yu?

— Hm? Eu bem, não. — menti.

— Está sim, suas mãos tremem, e não me venha dizer que é frio pois acabamos de tomar chá. — ele entrelaça os seus dedos com os meus da mão esquerda. Passamos a olhar nossas mãos daquela forma.

A minha mão comparada a dele é pequena, e a dele comparada a minha, é grande. A sua mão está quente e me faz derreter apenas com seu toque, começo a pensar que tudo isso são delírios da minha cabeça devido a minha paixonite recente mas turbulenta por ele, porém, era mais real do que minha própria imaginação.

Permanecemos em um silêncio grande, eu acabei-me esquecendo de respondê-lo e apenas ficamos ali, nos acariciando pelas mãos.

— Então, sem respostas? — disse ele em um tom baixinho de voz.

— Eu, não sei o que responder. — mordo os lábios, ele se levanta da mesa e senta muito próximo a mim. Escuto ambas respirações, aflitas.

Mal consigo pensar, sinto que meu coração sairá pela minha boca a qualquer instante. Meus pés suam frio e minha barriga com inúmeras borboletas. Ele está assim também? Ele tem consciência da nossa aproximação? Me sinto ficar corado, quero desviar dos seus olhos mas eles só me fazem querer olhar mais para ele.

Belos pares de olhos, mesmo com os olhos puxados, posso dizer que eles são grandes. Busco inconscientemente sua outra mão para que a minha mão direita se aqueça com o calor que o mesmo emitia. Assim, ficamos de mãos dadas.

— Yu. — ele me chama, assim em seguida, repousando sua cabeça no meu pescoço e ombro. — Não sou o único que se sente apreensivo, nesses momentos com você, me sinto tão acolhido e amado. Você também se sente assim?

Me surpreendo com a sua pergunta, ele dizia sem olhar para mim mas tenho certeza que estava corado, e eu não estava diferente. Sinto minha pressão aumenta e a aceleração do meu coração disparar, o que respondo? Devo me declarar agora?!?!

— Sim. — respondo por instinto.

— Ahhh, ainda bem. — ele desencosta do meu ombro e pescoço e deixa seus olhos na mira dos meus, na mesma altura nossas cabeças estavam e ele não diz mais nada. Apenas observa meu rosto boquiaberto e olhos arregalados de surpresa. De repente, ele se move para minha direção novamente, bobo eu, achei que ele apenas se deitaria em mim mas desta vez não foi assim. Seus lábios tocaram os meus de forma tão cálido e terna. Fechei meus olhos, sentindo tudo dentro de mim florescer. Nem parecia que tinha nos beijado antes, porém, o gosto continua o mesmo. Nada mudou desde a última vez que experimentei.

Fomos movendo nossas cabeças e eu sutilmente aproveitei e encostei na cama, onde o mesmo, me puxou e me pôs para sentar em suas pernas flexionadas em formação de índio. Ele pegou em minha mão de novo, e a com a outra puxou minha cabeça para mais próximo dele pelo pescoço.

Sinto como suas mãos são grandes e me fazem arrepiar com a ponta de suas unhas roçando na minha nuca e fios de cabelo soltos. Essa sensação, de pura adrenalina e perversão, senti a mesma coisa quando beijei uma menina pela primeira vez.

Aliás, para os meus conhecimentos de beijo que não são muitos, Asahi beija até que bem. Eu ao menos, estou gostando muito.


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Notas finais do capítulo

Uaaaau 2k e pouco de palavras!!! Não acredito que escrevi tanto.
Apesar de ser pouco, comparado aos capítulos que eu normalmente faço, é bastante até. KSOPASAKSA
Até o próximo capítulo +)