Photoshoots escrita por Yusagi


Capítulo 2
Doce Vingança


Notas iniciais do capítulo

Aí vem mais um! E dessa vez espero conseguir reviews, dá um trabalho danado traduzir esse negócio >.< E depois eu ainda tenho que escrever o capítulo 9 mastocompreguiçaentãovodeixarprasemanaquevem, oi.



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Ikki riu malévolo, chamando a atenção de seus amigos. Olharam uns aos outros por algum tempo, não sabendo realmente o que aconteceu para fazê-lo rir a cada dois minutos. Lucy já não podia se conter e cutucou o ombro do loiro. “Ei ei, Ikki, o que é tão engraçado?” Ele olhou, confuso, por alguns segundos antes de deixar escapar um sorriso um pouco cruel. “Nada. Só fazendo uns planinhos do mal. Não precisa se preocupar, não envolve sangue.” Infelizmente preciso dele vivo. Não posso fazer uma pessoa morta enlouquecer, posso? Ele imediatamente empurrou o pensamento para fora de sua mente – se pensasse demais, ele com certeza encontraria uma forma de fazê-lo. Tornou-se a fitar a porta ao passo que seu mais novo rival entrou na sala. O garoto não pareceu perceber os olhares violentos que recebia e andou calmamente até sua mesa, no lado oposto ao que Ikki estava. O loiro sorriu suspeito novamente – ele teria sua diversão hoje. Até fez uma lista de coisas para irritar Miguel – e, pensou ele, que lista boa.

O professor entrou na classe não muito depois. Não que Ikki se importasse – estava ocupado demais jogando adagas na direção do jovem de cabelo de bumbum de pato usando os olhos. Eventualmente Miguel percebeu que alguém o fitava e tornou-se a olhar o dito cujo. Assim que viu Ikki, seus olhos se afinaram e olhou de volta para o professor, sussurrando um leve ‘perdedor’. Ikki sorriu. Item um da lista: olhar até ele ficar de saco cheio... checado. Ele achou o item bem clichê e tosco, mas funcionou como um começo devagar – deixaria o pior pra depois. Alguns minutos depois, era hora de agir de novo.

Item Dois: Bolas de Papel da Morte

Ikki tinha várias bolas de papel preparadas em sua mochila – ele as fez na noite anterior, decidindo que se perdesse tempo com elas na aula não teria o mesmo impacto, e Miguel imediatamente perceberia que algo estava errado. O loiro gostava de estar preparado, e já tinha um plano em mente se o professor o repreendesse – ele cairia, mas levaria Miguel com ele. Deu uma leve risada malvada pela milésima vez naquele dia e pegou a primeira bola. Mirando o topo da cabeça de Miguel, Ikki jogou a coisa branca. Acertou na mosca e o garoto dos cabelos morenos olhou em volta, tentando encontrar a causa da insolência. Seu olhar finalmente caiu sobre Ikki, mas o jovem já não o fitava. Miguel soltou um suspiro irritado e voltou a seu trabalho. Não muito depois, outra bola veio voando e acertou sua cabeça de lado. Ele quase quebrou seu lápis em dois, mas manteve o nível e ignorou. Na terceira bola, ele realmente quebrou o pobre lápis. Olhou feio para o perdedor loiro que estava obviamente fingindo prestar atenção a aula. O ‘Uchiha’ voltou sua cabeça de modo a ler seu livro, pegando outro lápis para terminar seu trabalho. Outra bola o acertou e ele respirou fundo, soltando o ar e repetindo o processo. Estava perdendo a paciência.

Quinta bola – e essa o acertou especialmente forte. Pulou de sua cadeira gritando “mas que inferno!”, enquanto fitava Ikki. O loiro, em retorno, deixou sua cabeça cair de lado, fingindo confusão. “Pode se sentar, por favor? Preciso continuar com a aula.”, disse o professor a Miguel enquanto uma veia apareceu em sua testa. Miguel olhou feio para Ikki novamente antes de se sentar e se recompor. Item dois... checado!

Item três: Primeira Série do Mal

Ikki sabia de uma coisa – os alunos da primeira série de sua escola (que tinha tanto o ensino fundamental quanto médio) eram um inferno. Esteve com eles uma vez e aprendeu a não mexer com eles. Nunca. E ele tinha o plano perfeito para mandar ‘Sasuke’ até esse inferno.

Em sua escola, sempre em algum dia da primeira semana do ano letivo, os alunos da primeira série iriam em todas as classes do ensino médio levar pirulitos e outros doces (tradição estranha) e ficar por lá algum tempo. Hoje seria o dia que eles iriam ate sua sala, e, se Miguel era mesmo um ‘clone’ de Sasuke ele odiaria ficar perto de crianças barulhentas e hiper-ativas grudando nele como se precisassem daquilo para sobreviver – o loiro sabia que quando isso acontecesse, o pequeno Sasuke iria morrer.

Dito e feito. Os alunos da primeira série marcharam pra dentro de sua sala empurrando sua professora fora do caminho. Um deles gritou, “Feliz Nataaaal!” Ikki suspirou. Aquelas crianças eram dementes – era fevereiro, pelo amor de Deus! Sua pobre professora conseguiu passar pela pequena multidão e parou na frente da sala. “Desculpem interromper, mas as crianças vão dar alguns docinhos pra vocês.” Assim que ela terminou, as crianças gritaram algo sem sentido e pularam por aí. Ikki usou esse pouco tempo para ir envolta da classe e quietamente se sentar atrás de Miguel. Uniu todo seu fôlego e gritou para as crianças enquanto apontava o ‘Uchiha’, “QUEM VAI DAR DOCES PRO MIGUEL AQUI PRIMEIRO?” Ah, aquilo sempre funcionava. As crianças gritaram felizes em união e correram rapidamente até o agora mais que pálido jovem de cabelos morenos. Ikki correu pra sua mesa antes que a multidão de demoniozinhos o alcançasse, e logo todas as crianças estavam pulando no colo de Miguel, enfiando doces em sua mochila, em seus bolsos e alguns até em sua boca enquanto gritavam “eu dei os doces primeiro!” ou “não, fui eu!”. Brincaram com seu cabelo e amassaram suas roupas até que finalmente o deixaram, para calmamente dar os doces aos outros estudantes.

Miguel permaneceu estático, olhos esbugalhados e parecia ter visto um fantasma, tanta era a palidez de sua pele, até finalmente entender o que havia acontecido e virou sua cabeça pra encarar Ikki, que estava rindo sem parar. Item três... checado!

Item quatro: Bananas Infernais

Pensou nessa enquanto assistia ao Pica-Pau. Não sabia mesmo porque assistiu a coisa esquisita, mas ao menos conseguiu outra idéia – mas essa era perigosa. Vale a pena tentar., pensou o jovem. Ele já tinha uma casca de banana numa sacola plástica dentro de sua mochila (ah, estava preparado mesmo)... só precisava da oportunidade certa e sabia que a hora chegaria no intervalo.

Quando o horário encerrou e chegou o intervalo, Ikki teve certeza de sair da sala antes de Miguel, tomando cuidado para que o outro não visse a casca em sua mão. Encostou suas costas numa parece e deixou a casca de banana por perto – agora era esperar pelo grande show. Miguel saiu da sala, olhando envolta loucamente procurando por alguém para matar. Encontrou a pessoa perfeita – a mesma pessoa que tentou tanto deixá-lo irritado. Marchou pesadamente até dita pessoa, não tirando seus olhos do loiro que sorria triunfante para ele. Seus passos estavam cheios com raiva enquanto ele se aproximava do loiro, quando o pior cenário aconteceu.

Ah, Miguel escorregou sim na casca – mas acabou caindo sobre Ikki, mandando ambos para o chão, boca sobre boca. Esbugalharam os olhos, lábios ainda conectados, e se empurraram um ao outro, tossindo forte e limpando suas bocas com as costas de suas mãos. Ouviram uma voz fina gritando ‘Kyaa!’ e olharam pra cima, vendo a irmã de Ikki parecendo bem feliz com o acontecimento. “Ah... ah meu Deus! Eu sabia que isso ia acontecer!” Ela fez uma pequena dança da vitória e checou sua câmera, soltando seu ‘kyaa’ novamente. “Argh! Não me diz que tirou foto disso aqui!”

“Aw, Naru-chan, eu tirei sim. He-he-he.” Com um largo sorriso e – aquilo era sangue em seu nariz? – ela correu de volta para sua sala, deixando os meninos ainda no chão. Item quatro... falho. E to começando a pensar que isso ta ficando parecido demais com a serie do Naruto. Até o beijo acidental?! Me diz que não tem um Orochimaru chegando! O jovem suspirou e se levantou, virando seu corpo na direção de sua sala de aula, mas encontrou um Miguel muito furioso o encarando. “Como você ousa.”, disse numa voz fria, mas não foi o suficiente pra mexer com o loiro. “Seu perdedor, idiota!”

“Que foi agora? De TPM por causa de um selinho?” Se encararam por algum tempo; dentes rangendo. Talvez estivesse mesmo ficando como a série.

No dia seguinte não trocaram palavras, como normalmente, mas nem se olharam – claro que se xingavam em silencio e matavam um ao outro em mente, mas nada muito sério. Ikki estava aos poucos ficando assustado com os olhares que recebia de sua irmã – ele sabia que ela planejava algo. Ela era assim, sempre fazendo planinhos pra deixar Ikki louco. E sempre conseguia. Os medos de Ikki aumentaram no dia seguinte àquele, novamente no intervalo, quando sua irmã andou até ele e o puxou pelo pulso ate estarem frente a frente com Miguel. “OK, meninos! Eu tenho a idéia perfeita pra um novo projeto, mas preciso da ajuda dos dois.” O olho do loiro fez uma contração; estava certo de odiar a idéia. “Vocês vão fazer uma sessão de fotos comigo!” Tanto o rosto de Ikki quanto o de Miguel caíram enquanto olhavam Victoria. “O que?! Fez um rolo tão grande por causa de uma porcaria de sessão de fotos?!”, disse Ikki. Sua irmã sorriu malévola e ele tremeu um pouco. “Não é uma simples sessão de fotos, meus queridos.” Para que entendessem o que ela queria dizer, a garota pegou a foto que tirou no dia anterior e colocou na cara dos dois. “É uma sessão de fotos yaoi.”

Tudo ficou quieto, quieto demais. Os dois garotos estilo anime olharam Victoria esperando pela coisa real, enquanto ela simplesmente sorriu. “Não tão me levando a serio, né?” Eles balançaram suas cabeças em negativo. “Que pena. Queria tanto postar umas fotos legais de cosplay de Naruto... meu DeviantArt ta decadente, e eu queria colocar um pouco de yaoi lá.”

“Não vou perder meu tempo com isso.”, disse Miguel enquanto se virava para ir embora. Ikki cerrou os olhos e grudou no fino pulso, puxando Miguel de volta. “Não fala com ela assim, só eu posso! Vick, eu aceito!” Ah, mas Victoria já esperava por aquilo. Só tinha que apertar os botões certos e sua sessão especial estava na mão. “M- Mesmo? Valeu Naru-chan!” Olhou para o jovem estilo Sasuke; seus olhos brilhavam enquanto pedia silenciosamente. Miguel olhou Ikki, que também o pedia com os olhos, mas numa maneira muito diferente – é óbvio que ele não queria a coisa yaoi. Miguel suspirou. “OK. Mas não me leve mal. Só aceito por que não quero parecer um covarde.” Victoria soltou seu tão querido ‘kyaa’; seu eu interior pulando e mandando beijos pro nada. “Obrigadaaaa! A sessão vai ser esse sábado. Ikki, passa o nosso endereço pra ele, eu levo vocês pro lugar certo de lá!” Ela imediatamente desapareceu, correndo de volta para sua classe. Uma gota de suor fez seu caminho pela bochecha de Ikki; coisas e coisas que fazia por sua irmã. Miguel cruzou os braços em frente ao peito, assim chamando a atenção de Ikki. “Ei, eu não te forcei a aceitar! Não faz esse drama agora, a gente sobrevive o inferno!”

“Não to fazendo drama nenhum. Para de tirar conclusões estúpidas, perdedor.” Os olhos de Ikki se cerraram e ele e se virou, andando pelo corredor para limpar sua mente.

Ah, como precisava matar alguém.

-

Miguel se virou novamente em sua cama. Já tentava dormir a algumas horas, mas a tarefa se provava quase impossível. Ele então lembrou – naquela coisa de pegar o endereço, ele conseguira o número do celular de Ikki. Um sorriso malvado cruzou seus lábios ao passo que pegava seu celular, clicando os números. Duas da manhã, vejamos se eu consigo acordar algum perdedor. E se dito perdedor atendesse, Miguel o atormentaria até que o celular fosse atirado na parede. “Hmm... alô?”, veio uma voz sonolenta, ‘groggy’. “Acordado, é?”

“M- Miguel? Então é você, seu bastar- yaaawn~” Miguel resistiu a vontade de gargalhar pelo bocejo – então o loiro estava mesmo dormindo. “Que é que você quer?”, perguntou numa voz assoprada, ainda se recuperando do profundo bocejo. “Nada.” Houve uma pausa por algum tempo antes de Ikki falar de novo. “Só pode tá brincando. São duas da manhã! Ninguém faz ligações essa hora sem nada pra dizer!”

“Eu faço.”

“Seu Uchiha podre! Eu te mato!”

“Queria te ver tentar.” Ikki rugiu do outro lado da linha. O sorriso de Miguel aumentou; realmente era divertido ‘brincar’ com o loiro. “Então, que ta fazendo?” Um suspiro veio de Ikki. “Tava dormindo.

“Voce sonhou?”

“Hã? Ah, sonhei. Eu tava num campo de girassóis e apareceu uma garota que me trouxe uma torta.” Ikki fez som de ‘hm’ enquanto pensava. Então de repente pareceu muito surpreso. “Espera, num era uma garota! Que diabos você tava fazendo no meu sonho?! Envenenou aquela torta?!” Os olhos de Miguel se esbugalharam. “O que? Primeiro você me faz te beijar, aí força a sua irmã a juntar nós dois numa sessão de fotos yaoi e daí você sonha comigo?” Podia imaginar Ikki corando em vários tons diferentes de vermelho. É, é mesmo muito divertido brincar com ele. Ikki se desesperou. “Até parece! Não foi de propósito! Aq- Aquilo- Eu- Ah, vá se ferrar você e seus joguinhos mentais!” Miguel deixou escapar uma breve risada, e Ikki estava mais do que contente com aquilo – até deu um leve sorriso. “Então... bela risada.” O sorriso se tornou malévolo quando Miguel gaguejou um pouco. O ‘Uchiha’ é que corou dessa vez. “I- Idiota!”

“Que foi agora, Sasu-chan? Frustrado? Foi você que me ligou, pra começar.”

“É, mas não era pra você me encher o saco.”

“Ah, vamo lá! Nós dois sabemos que você gostou da idéia. Nem adianta negar.” Miguel fez bico; estava começando a ficar frustrado mesmo. “A gente tem aula amanhã e eu tenho que dormir. Volta pros seus girassóis e pra torta, só não me leva junto dessa vez.”

“É, ta bom... acho que é tchau então.” Com um breve ‘hn’, Miguel desligou seu celular, colocando-o no criado-mudo ao lado de sua cama e fitou o teto com um braço preguiçosamente posto sobre sua testa. Talvez agora conseguisse dormir um pouco – sábado estava chegando e ele precisaria estar em bons termos consigo mesmo antes de confrontar o inferno yaoi.


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Notas finais do capítulo

Muito bem, esse foi capítulo dois! No próximo finalmente vai ter um pouco de yaoi. Não posso fazer os dois se apaixonarem assim de repente, senão fica chato
Me diz o que achou =D



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