Dark Moon escrita por Pakalia


Capítulo 9
Investigando uma louca


Notas iniciais do capítulo

Perdoem a demora, estou louca com um novo blog e alguns projetos novos, espero que entendam.



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Logo na manhã seguinte, acordei e telefonei para o chefe, expliquei a situação com as empresas e disse que não tinha previsão de volta.

—Como assim não tem previsão de volta?

—Com todo respeito chefe, eu quero tanto sair daqui quanto o senhor querque eu saia, mas é uma negociação difícil, preciso melhorar meus argumentos.

—E isso levará quanto tempo?

—No mínimo mais duas semanas.

O chefe bufou, xingou baixinho e pude garantir que bateu o punho fechado na mesa – ele fazia isso as vezes – no final, apenas disse:

—Arrume esses negócios!

Sorri vitoriosa:

—Com certeza. E desliguei. Era um problema a menos.

Me vesti com calças jeans e uma blusa branca, descendo para o café da manhã, Shebly me esperava com panquecas e diversas coberturas:

—Tenho novidades. Anunciei comendo um pedaço de panqueca, Shelby ficou em silêncio me esperando:

—Ficarei por mais tempo!

Ela pulou de alegria e ver suas perninhas curtas se mexerem tão rápido para me abraçaram me gerou um misto de alegria e risadas:

—Por quanto tempo?

—Duas semanas, no mínimo, negociações complicadas.

—Eu disse que eles sabiam o que faziam.

—E estava certa como sempre.

Shelby me lançou aquele olhar materno de verdade, como se dissesse: E eu não sei?

—Termine suas panquecas – Me ordenou – O que fará hoje?

—Larissa e Priscila me ajudarão com palnejamentos empresariais.

Shelby ergueu uma sobrancelha:

—Acho bom que passe um tempo com suas amigas, mas o que elas entendem do mundo corporativo.

Touché Shelby.

—Não muito – Admiti – Mas Larissa tem acesso a muitos arquivos para o seu jornal e Priscila é técnica em tecnologia, pode ser útil.

—Me diga que não está tentando hackear um sistema. Shelby pôs a mão no coração.

—Não – Sorri – Só algumas informações convencionais, de websites e totalmente seguras.

Ela não acreditou. Seu olhar dizia que ela não tinha acreditado. Porém ela me deixou em paz e pude finalmente pensar no meu real objetivo, Lucas disse que me conseguiria o que eu precisava, informações mais específicas sobre o assassinato, mas que levaria algum tempo.

Eu precisava ser rápida.

Liguei para Priscila no mesmo minuto, combinamos de nos encontrar na sua casa em meia hora junto com Larissa. Peguei meu computador, alguns cadernos e canetas e fui para lá no mesmo instante.

A casa de Priscila era acolhedora, um apartamento parecido com um chalé de conto de fadas, era como se a qualquer instante um duende ou uma fada pudesse saltar de trás do puff e te conceder um desejo ou um pote de ouro.

Ela mandou que eu me sentasse no sofá e foi buscar alguma coisa no quarto, trouxe textos, o computador, e vários cadernos com anotações e manchetes de jornais. Despejou tudo no meu colo e foi para a cozinha para voltar minutos depois com bolinhos, biscoitos e leite.

—Isso é a casa da minha avó? - Larissa debochou comendo um dos biscoitos – Estão deliciosos a propósito.

—Obrigada, receita da minha mãe – Priscila sorriu pegando um bolinho – Preciso contar o que descobri sobre a bibliotecária.

Me atentei no instante que ela falou aquilo:

—É incrível tudo que a internet desvenda quando acontece um crime violento, o pai era um coitado, sabe, um zé ninguém, a mãe engravidou e ele nunca sequer soube da filha, ela foi criada em uma fazendo no interior do país, longe de tudo e de todos, alguns vizinhos diziam que ela era a garota mais perturbada das redondenzas.

—Perturbada como? Perguntei.

—Bem – Larissa respondeu na frente de Priscila – Perturbada no sentido de louca, praguejava, xingava e jogava maldições nas menininhas.

—Que horrível.

—E tem mais – Priscila disse – A mãe morreu de causas misteriosas quando ela completou dezoito anos, alguns dizem que ela matou a própria mãe pela herança.

Arrepiei inteira de ouvir isso.

—E como ela veio parar aqui?

—Dizem que quis se afastar da mãe ou do lugar onde ela morou a vida inteira, viajou por um tempo, depois chegou a Lambert.

—Ela não tinha amigos aqui?

Priscila negou:

—Foi contratada pela escola e ficou lá, durante três anos.

—Sem inimigos?

—Pesquisei sobre isso – Larissa disse – Tinha uma senhora, muito religiosa, que brigava muito com ela, sua vizinha, dona Castilho.

—Começamos por ela? Priscila perguntou.

Eu já estava na porta.

*

A senhora que nos atendeu tinha cabelos branquinhos como algodão, vestia um vestidinho rosa, o típico que você espera que uma senhora daquela idade use, nos serviu biscoitos e chá e se sentou para conversar conosco:

—O que moças tão bonitas vieram fazer por essas bandas?

—Queríamos conversar sobre a sua vizinha?

O tratamento mudou no mesmo instante e a voz da senhorinha bondosa saiu áspera:

—Eram amigas daquela sem vergonha?

—Não – Priscila esclareceu – Longe disso.

—Eu sou jornalista – Larissa disse – Preciso de uma reportagem para meu chefe e achei que a senhora poderia nos ajudar.

—Bem – A mulher ajeitou os cabelos vaidosa – Eu posso.

Aquela mulhr era uma sem vergonha, sem escrúpulos, recebia diversos homens na sua casa todas as noites, eles saíam tão cedo que nem eu os via sair, e olhem que acordo cinco e meia da manhã, acho até que recebia por isso, não tinha como comprar todas aquelas encomendas com salário de bibliotecária, ela sempre estava espionando tudo e todos, era horrível, eu me sentia ameaçada, era louca, gritava a noite toda, tinha luzes estranhas, ela murmurava coisas, e tinha uma parede lotada de papéis com nomes e pessoas.

A troca de olhares das meninas indicava tudo:

—Gostaríamos de entrar na casa dela. Anne disse.

—Façam o que desejam, tem um portão destrancado por trás, mas já aviso, seu próprio risco e suas próprias consequências.

As meninas voltaram a se entreolhar:

—Sem problemas. Disseram em uníssolo.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem do capítulo, ficou mais curto que o costume, mas ainda fiz o melhor que pude.
Gostaria de avisar que de agora em diante, com a escola e outros compromissos, vou demorar a postar, mas estou longe de desistir da fanfic. Fiquem tranquilos.



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