Fugimos das Regras, Okay? escrita por Su


Capítulo 4
Capítulo 4 - Essa cacheada aí, eu defendo!


Notas iniciais do capítulo

Olá, hey! Capítulo grande, por conta da minha demora ♥
Comentem por favor, incentivem-me a continuar.
Boa leitura!



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Ele realmente não parou, nem por um segundo, na possibilidade de gostar da Tati. Mas ele não podia sentir um sentimento daqueles novamente… “Eu apenas a admiro como pessoa maravilhosa que ela é. Só isso.”, pensou. Momentos atrás ele apenas queria que ela tivesse dito que o escolhia, e como isso não aconteceu, ele colocou na cabeça que ela escolheria o Thiago, e só não disse para não o magoar, isso incomodou-o. Mas por um lado ainda bem, pois assim – sendo que ela prefere o Thiago - ele esquiva-se de se apaixonar mais, ou melhor, de se apaixonar.

— Binho? — Ele reconheceu a voz, e olhou-a.

— Quê?

— Explica-me, o que aconteceu? — Perguntou, sentando-se ao lado dele.

— Nada demais.

— Como não? Saíste zangado do teu quarto… O que eu fiz?

“Nada”, pensou ele. Na verdade, ele é que tinha medo de gostar dela, mesmo sabendo que ela era bem diferente da rapariga que o magoou, ele não queria sentir nada daquilo novamente. Além de que, dentro daquele orfanato, não eram permitidos “namoricos”, como a diretora diria.

— … Eu é que agi mal, desculpa, tenho estado inseguro quanto às minhas amizades ultimamente. — Mentiu.

— Não faz mal, eu estou aqui, e sempre vou estar, conta comigo sempre! — Sorriu-lhe.

— Obrigada Tati. — Retribuiu o sorriso. — Então, respondendo à minha pergunta… — Foi dizendo a olhar para o outro lado. — Eu, ou o Thiago? — Perguntou novamente, mas não como da primeira vez. Dessa vez, ele sorria.

— Tu. — Mostrou um sorriso em que não apareciam os dentes, chegando mais perto e tocando com o cotovelo nele. — Só para não ficares enciumado. — Levantou-se e estendeu-lhe a mão. — Vamos?

Ele assentiu. Sorrindo, ele segurou a mão dela. Quando as suas mãos se tocaram, eles entreolharam-se, sem dizer nada. Depois, limitaram-se a entrar no orfanato, mas sem largar as mãos. Quando entraram, olharam-se e as largaram.

— Hmm, chegaram juntinhos… Contem-me, estão a namorar? — Falou a Ana.

— Não Ana, claro que não! — Respondeu Tati.

— Pausa tudo… onde estão todos? — Binho questiona, sem nenhuma resposta. Ana e Thiago entreolham-se com olhares suspeitos, mas limitam-se a olhar-se. — Então?

— Lá no pátio. — Disse o Thiago bem rápido, quase não deu para entender.

Binho fez uma expressão de pensador.

— Entendi. Vou até lá.

Ele foi em direção ao pátio. A Tati ficou a olhar para ele que se afastava, enquanto a Ana, o Neco, a Maria e o Thiago olhavam para ela, sorrindo minimamente.

— Descansa, ele vai voltar. — Disse o Neco.

Tati olhou-o com uma expressão confusa, e por sua vez a Maria disse:

— Tatiane, a gente conhece-te bem. Olhaste para ele de uma forma… Ah, amor.

A Tati riu, e sem dizer nada subiu as escadas, vendo que o jogo não ia dar em nada.

Lá no pátio…

— Ketchup…

— Oi? — Questionaram todos a Mosca.

— Pessoal… A gente vai fazer o seguinte. Vamos chegar à sala e perguntar à Ana e ao Thiago se eles fizeram a consequência. Tudo isto aqui é armado, tenho a certeza de que foram eles.

Eles foram em direção à sala. Ao chegar lá, sentaram-se, como se nada fosse.

— Ana, Thiago… E então, como foi o beijo? — Perguntou o Rafa, tentando disfarçar.

— Ah, a Ana não sabe beijar bem, parece que ela perdeu alguma coisa na boca do outro.

— Ei! — Resmungou Ana, ofendida.

— É a verdade.

— Sabem o que me apetece agora? Batata com bastante ketchup… — Disse o Binho, pensador.

— Pronto, admito! A gente não fez a consequência e armou aquilo no pátio. Não nos obriguem a fazer a maldita consequência! — Pediu Ana quase a chorar, ajoelhando-se.

— Ana! — Repreendeu o Thiago. Ele já esperava que ela não fosse ficar calada durante muito tempo. Não foi preciso muito para ela admitir. Na verdade, quase nada.

— Órfãos! — Gritou alguém com um ar bem furioso, e após isso subiram todos para os seus quartos.

No dia seguinte…

Ernestina entrou no quarto das raparigas igualando-se a um trovão. Pegou no apito e soprou com vontade. Eram 7h22 em pleno sábado.

— Deixa-me dormir Ana. — Disse Bia sonolenta, voltando a dormir.

Uma vez que a Ernestina estava com raiva, ela fez questão de tirar os cobertores de todas.

— Vá, acordem já, ou vou ser obrigada a despejar água fria em todas.

— A gente já vai se levantar. — Disse a Mili, saindo da cama.

— Fala por ti. — Disse a Bia. — Eu cá vou dormir. — Afirmou, repondo os cobertores sobre si.

— Não, não vais, é contigo, principalmente, que quero falar! Sê rápida. — Dito isso, saiu do quarto das raparigas para ir até o dos rapazes.

A Vivi foi até à porta para verificar se a zeladora já se tinha ido embora. Uma vez que ela já não se encontrava ao alcance da sua vista, voltou para o quarto, fechando a porta.

— Bia, diz-me… O que tu e o Mosca armaram ontem com a Ernestina? — A patricinha perguntou à dona das mechas coloridas que limitou-se a olhá-la. — Responde, nós somos as tuas amigas, não te vamos dedurar!

— Por mim, está bem seguro, eu nunca denunciaria o meu irmão. — Disse Pata.

Bia não disse nada. Vestiu o uniforme do orfanato, calçou os sapatos, e saiu do quarto, descendo as escadas em seguida. Chegando à sala, encontrou Mosca e os outros rapazes, inocentes. O irmão de Patrícia olhou para Beatriz com ar de preocupação, enquanto os outros possuíam expressões confusas.

— Onde está a Ernestina? — Perguntou a rapariga, que não obteve resposta. — Já estou a ver, levaram um sermão daqueles. — Disse cruzando os braços e sorrindo minimamente.

— Se eu fosse tu não riria. — Disse o Mosca.

— É, mas eu não ri. A Ernestina disse que queria falar comigo.

Mosca chegou-se para onde a rapariga estava.

— Será que foi por ontem? — Ele sussurrou-lhe.

— Quase a certeza. — Respondeu sussurrando também.

— Vocês… — Ficou a contar o número de órfãos presentes na sala — ah, esquece. Enfim, é de vocês que eu desconfio.

— Quanto a quê? — Perguntou o Rafa, realmente confuso.

— Shiu, cala-te gordão. — Ordenou Binho, sussurrando. — Deixa a velha falar. — Falou bem baixo, temendo que a audição de Ernestina fosse apurada.

Para sua infelicidade, é apurada sim.

— Oh Rubens, eu ouvi, ok? — Disse a zeladora, com um tom de voz ameaçador, aproximando-se dele. — Foste tu, não foste?

— Ernes-… — Foi interrompido.

— Nem mais um “piu”. — Disse empurrando o Binho, fazendo ele se sentar.

Uma das raparigas – que estavam escondidas a ouvir tudo -, mais especificamente, a Pata, emitiu o som que acabara de ser “proibido” por Ernestina, provocando alguns risos. A zeladora do Raio de Luz olhou em volta, como se procurasse a origem dos sons.

— Quem está aí?! — Perguntou, a gritar.

— Ernê, talvez seja boa ideia procurar saber de onde vêm esses sons, não acha? — Disse Mosca, tentando escapar do interrogatório, que ele sabia que Ernestina faria.

— É, eu acho sim. — Disse Ernestina olhando em volta com os olhos semi-fechados, expressando um ar desconfiado e curioso.

— Ernestina? — Era a voz de Chico, que a chamara da cozinha.

Ela olhou para os órfãos presentes na sala. Apontou o dedo do meio e o indicador da mão direita para os seus olhos, e em seguida para eles. Depois saiu andando até à cozinha.

As raparigas – até agora escondidas – desceram as escadas a correr.

— Agora vocês devem-nos explicações, Mosca, Bia… — Disse a Ana, num tom autoritário.

— Okay, okay. Nós colocámos fita-cola em volta da porta do quarto dela para tapar todos os buracos, inclusive no buraco da fechadura. — Começou Mosca.

— Mas antes, entupimos os ouvidos dela com algodão, e para certificarmo-nos de que ela não ia ouvir nada, colocamos mel em cima do algodão. — Disse Beatriz, a sorrir satisfeita.

— Essa parte do mel foi ideia dela.

— E foi genial. Oh, meus parabéns. — Disse o Thiago, a bater palmas.

De repente a campainha tocou. Todos se sentaram rapidamente, acreditando que podia ser a dona Carmen, apesar de ela nunca tocar à campainha, antes de adentrar o orfanato.

— Eu vou. — Samuca tomou a iniciativa. Assim que ele abriu a porta, não havia ninguém à vista do seu alcance, mas todos presentes na sala conseguiram ouvir umas correrias e umas risadas. — Era brincadeira. — Assim, decidiu fechar a porta.

— Estranho, isso nunca aconteceu com a gente. — Disse a Mili.

A campainha tocou novamente. O Samuca que já estava de pé, correu para abrir a porta. Quando abriu, viu cinco pessoas a correr para fora do orfanato.

— Ei, vocês 5! — Gritou. Dito isso, todos do orfanato foram até à porta para ver.

— Vamos atrás! — Tati gritou, fazendo todos correrem.

As cinco pessoas avistadas por Samuca, eram, mais especificamente, duas raparigas de 16 anos, dois rapazes da mesma idade e um de 14. Quando se cansaram, pararam de correr, dando chance às Chiquititas e aos Chiquititos de os apanharem.

— Samuca, eu estou muito suada? O meu cabelo está muito oleoso? — Vivi perguntou ao amigo, desesperada.

— Não Vivi, estás perfeita.

— Obrigada.

— Ouçam lá, porque nos perseguiram? Vão nos bater é? — Um rapaz de estatura média, moreno, falou com sarcasmo, fazendo a turma dele rir.

— Só queríamos saber quem vocês são, e porque estavam a tocar à campainha do orfanato. — Disse Rafa.

— Não te interessa. — Disse um rapaz loiro e alto que direcionava o seu olhar a Cris direto.

— André. — Chamou, o mais baixinho. — Já que eles estão curiosos, a gente fala. — Redirecionou o seu olhar aos órfãos. — Eu sou o Tatu.

— Eu, a Janu. — Disse a loira alta, sem vontade alguma.

— O meu nome é Bel. — A outra rapariga, morena, disse.

— O meu é André. — Disse o que respondeu malcriadamente a Rafa.

— E o meu, Janjão. — Disse o outro, com um olhar superior.

Os integrantes do Raio de Luz entreolharam-se. Eles resolveram apresentar-se também.

Posto isto, Janjão aproximou-se de mosca, ficando frente a frente com o outro moreno.

— E agora, já vão nos deixar em paz? — Disse olhando-o, com uma certa raiva no olhar.

— Depende.

Janjão revirou os olhos.

— Vão para casa.

— Não é uma casa Janjão, é um orfanato. — Disse a Janu a rir, provocando risos nos amigos.

— O que for, saiam da nossa frente! — Disse o André.

Os órfãos entreolharam-se, dando a Bia, a oportunidade de falar:

— A gente vai voltar. — Dito isso, toda a turma foi andando, até que adentrou o orfanato.

Os vizinhos ficaram onde estavam, a conversar.

— Então André? — Questionou Tatu, chamando a atenção dos restantes amigos.

— Então o quê? — Perguntou, olhando para o amigo.

— Eu vi que olhaste o tempo todo para aquela morena de franjas, a… — Esforçou-se para lembrar o nome da rapariga — a… a Cris.

— Impressão tua, olhei mais para a cacheada do que para ela.

— O quê, para a Tati?!

— Oh Tatu… Se fosse a pequena, que problema havia nisso? — Bel perguntou, sorrindo.

— Nenhum.

— Aww, que cute, estás apaixonado pela pirralhinha! — Colocando as mãos na cara, Janjão disse com uma voz fina fazendo troça, provocando risos.

— Estávamos a falar do André e não de mim. — Disse o Tatu, querendo mudar de assunto. — Então, afinal foi na Pata que ficaste de olho?

— Hã? — Olhou-o confuso, só depois lembrando do que havia dito antes. — Ah… É, foi sim. — Ele sabia bem que estava a mentir para os amigos, e que isso não era uma atitude correta com aqueles que ele sempre disse serem de extrema confiança.

— Que bonitinhos vocês… Vocês dois apaixonadinhos aí, sejam homens, pô! — Disse Janjão, revelando algum estresse.

— Oh Janjão, apaixonar-se não é coisa de mulher só. — Disse Bel.

— Imagina se fosse, assim todas as mulheres namorariam umas com as outras e as pessoas no mundo acabavam, ninguém reproduzia. — Janu defendeu.

— Ah, que seja.

— André… Se é mesmo a Pata, prova. Tu vais conquistá-la, não vais? — Disse Tatu.

— Vou?

— Se foi nela que puseste o olho… É que eu não acredito, a Carol e a Pata não estavam perto uma da outra, e eu nunca te vi a olhares para a Pata.

— Tatu… É Cris, não Carol. — André corrigiu, bufando.

— Espera, Tatu, viste o tempo todo para ele quem estava a olhar? — Bel perguntou.

— É.

— Gente, acho que o Tatu apaixonou-se pelo André e não pela pirralha. — Janu disse, com o intuito de fazer os restantes rirem, exceto Tatu, que ela sabia que não acharia a menor graça.

No orfanato…

Eu não gostei nem um pouco desses novos vizinhos. — Disse Mosca ao adentrar o orfanato.

— Nem eu, aquele Tatu olhou de uma forma estranha para mim. — Disse Ana, sentando-se no sofá.

— Ana, não é por nada, mas era para a Tati que ele estava sempre a olhar. — Disse Maria, segurando a sua boneca.

— Era mesmo? Ufa. — Ana sentiu-se aliviada, achou o rapaz de certa forma… estranho.

— Ele olhou para mim? — Tati perguntou, arqueando uma sobrancelha.

— Até demais. — Disse Binho, olhando para outro lado.

Tati ia falar, mas antes que isso fosse possível, alguém falou, causando arrepios em todos.

— Com que então, os órfãos saíram do orfanato. — Disse Carmen, andando lentamente ao entrar na sala. Todos ficaram em silêncio. — Ninguém vai falar? Não precisam de ter medo, vocês podem sair quando quiserem. — Ela disse a sorrir, fazendo todos se entreolharem, admirados e desconfiados.

— Dona Carmen, a senhora está bem? — Ana questionou. — A gente pode sair quando nos der na telha?

— Claro ruivinha. Desde que não aprontem. — A diretora disse, retirando-se do local.

— Ela bebeu. — Vivi disse, com os olhos arregalados.

— E fumou pedra. — Neco disse, no mesmo estado que a patricinha.

— Ela está chapada por completo! — Disse Thiago, animando-se.

— E isso é bom? — Perguntou Mili, questionando-se sobre a felicidade de Thiago numa situação daquelas.

— Mas é claro, vocês viram como ela estava bem-humorada? — Falou Dani, tão animada quanto Thiago.

— É verdade, não são todos os dias que ela está assim. — Bia deixou-se levar pela felicidade de Thiago e Dani, e logo abriu um sorriso.

— Enfim gente. — Disse Mosca, sacudindo a cabeça. — Nós não gostámos dos vizinhos e claramente eles não gostaram de nós também.

— Tirando o Tatu que comeu a Tati com os olhos. — Disse Cris.

— Ainda bem que só com os olhos, não? Credo. — Tati sacudiu a cabeça fazendo uma careta.

— Não importa. A maioria dos vizinhos — Foi falando a olhar para Cris, elevando a voz ao dizer “maioria” — não gostou de nós.

— E nós temos que atacar antes que eles. — Completou Binho.

— Isso.

— Mas eles não fizeram nada demais. — Disse Maria.

— Foram estúpidos e nós somos inimigos. — Pata respondeu-lhe.

— Desde…? — Ana esperava que alguém completasse.

— Agora. — Completou Bia.

— Binho, podes ir ao quarto buscar um papel bem grande e um estojo para mim?

— Sim, capitão Mosca! — Dito isso, subiu as escadas a correr, voltando em cinco segundos com as coisas.

Mosca pegou no que Binho havia trazido e começou a escrever. Ele já tinha um plano para enfrentar a turma de Janjão.

Após 6 minutos a explicar tudo como era e como não era, todos se dividiram para fazer o que tinham que foi pedido.

Tati e Binho ficaram encarregues de levarem os balões de água, a água e o mel até à sala. E pode-se dizer… Não correu tão bem.

— Dona Carmen, a senhora está bem? — Perguntou Tati, após ter presenciado a queda da diretora do orfanato, causada por um deslize.

— O que significa esse mel no chão?! — Carmen gritou, ignorando a pergunta da Tati. — Tatiane, a menina está de castigo. Está proibida de sair do orfanato durante uma semana.

O Binho, que havia ido à rua buscar os balões de água, ouviu tudo, e resolveu meter-se.

— Dona Carmen… — Pensou numa mentira. — Fui eu quem deixou o mel no chão, a gente ia usar para fazer uma coisa, eu fui à rua e deixei o mel com ela.

— Estão os dois de castigo! E tenho dito. — Levantou-se, e foi em direção à sua sala.

— Eu fiquei com medo, a sério, obrigada. — Eles foram até à sala e levaram o pedido por Mosca.

— Mosca, está aí o mel, a água e os balões.

— Nós estamos fora. — O rapaz disse triste.

— Espera, porquê? — Mosca perguntou, confuso.

— Levámos castigo.

— Eu não devia ter levado, mas essa cacheada aí, eu defendo!


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Deixem um comentário abaixo! Quanto mais comentários, mais depressa eu continuo.
Beijorangos e beijerejas!:* ♥♥