Inocência que se vai escrita por Mary
Não fenece aquilo que não foi sonho.
Ilusão não tem outro nome, é sempre ilusão.
Nem em pesadelo se configura.
O lamento se faz libertação.
Nada paga o preço de um sorriso,
O céu azul é apenas o início.
Uma chance pra me reencontrar,
Deixar ir o que não pode ficar.
Pelas linhas tortas me redescubro,
As cores sempre estiveram ali,
Não pode ser amor se não acrescentou,
Se a fé de mim a dor roubou.
As cinzas reaqueceram o ânimo,
Fui mulher, guerreira, poesia.
Minha fraqueza não mais te alimentará.
Sou outra, não sei se melhor,
Mas aquela que você machucou, não mais.
Quando te ofereci todo o meu amor,
Em retribuição amarguei dor e ausência.
Pior que a ferida da rejeição, só a incerteza.
Vírgulas desconexas, antes um ponto final.
Descobri, no entanto, que não foi amor,
Joguei versos ao vento, perdi o brio,
Jurei ter enlouquecido de tanto gritar,
Na rouquidão de um coração partido.
As memórias ilusórias impediam o progresso.
Sentir não necessita de interpretação.
Coragem não se finge nem se compra.
Amar é um dom com o qual todos nascem,
Mas muitos tratam por conveniência,
Falando sem sentir, saciando o fisiológico.
A crença no amor jamais morrerá.
Nasci com ela, um amanhã sempre haverá.
Embora você nunca tenha feito questão,
Alguém digno de mim virá para ficar.
Com vontade e verdade, sempre meu.
Livre para ser parte da minha vida,
Disposto a correr o mundo ao meu lado,
Para me ensinar com muita bondade
O que vale a pena chamar de amor.
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