Inocência que se vai escrita por Mary


Capítulo 11
Lagarta de tênis vermelho




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Que belo dia de céu azul foi hoje. As nuvens decidiram tirar uma folga. O sol brilha sem impedimento. Os olhos não perdem nenhum detalhe dessa primorosa obra que é a existência. Eu faço parte disso e quero apenas viver este momento.

Deixo a dor do lado de trás da porta, o mundo lá fora vai conhecer apenas o meu sorriso. Não tenho noção do que a vida me reserva, estou vivendo para saber. Versejo e mastigo as palavras, excedo nas lágrimas, são versos úmidos, mas ainda assim é um dia feliz.

As minhas tristezas são antigas, apenas fragmentos de um passado mal contado, uma versão sem contestação. A espera na prática é trabalhosa. Não sei o que se passa, apesar de esbanjar palavras, deve ser o vício que traz o alívio, brincar com a solidão é minha especialidade. Se a sinceridade se desviar da coloquialidade, vou precisar freá-la. O caminho se faz com os meus passos e então as linhas se preenchem da minha confusão.

Parece-me que algo bom vai acontecer. A vida continuou. Aos dias mais tortuosos da tempestade eu sobrevivi, ainda que sem forças para dobrar os joelhos. As borboletas me encontram onde quer que eu vá. Adoro ver essas garotinhas tão lindas bailando por aí. Meninas de coragem, como eu gostaria de seguir o bom exemplo. O casulo ainda é tentador por ser seguro.


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