MacLaren’s é o pub mais famoso da comunidade bruxa de Nova Iorque, recebendo pouco mais de uma centena de bruxos e seres mágicos por dia, colocando-a como um ponto turístico na cidade para bruxos.

                A entrada para o MacLaren’s é descer as escadas de um pequeno edifício acima de um pub visivelmente abandonado escrito “MacLaren’s”, ir até a porta do lugar e bater três vezes com o dedo do meio; nisso, um segurança do pub olhará pelo olho mágico e julgará se a pessoa é bruxa ou não. Sim, para os no-maj, o MacLaren’s é apenas um pub abandonado. Mas ao entrar, os bruxos poderão ver o grande pub verde com seus acentos vermelhos e diversos quadros da seleção de quadribol e de Ilvermorny pregados nas paredes.

                É no MacLaren’s que Ted Mosby foi assim que desceu do avião vindo da Inglaterra. Ted foi até o balcão, sentou num dos banquinhos e colocou sua mala no colo. O bartender foi até ele e perguntou o que ele queria. Ted pediu uma jarra de cerveja e tomou olhando todos ao seu redor. Sentado ele vê duendes, elfos domésticos e alguns bruxos bebendo e jogando, mas um deles chama sua atenção, acenando para ele, pedindo que ele vá até sua mesa.

                Um homem alto com um rosto largo esperava por Ted em sua mesa. Ele estava acompanhado de uma mulher baixa, com cabelos ruivos, grandes olhos e de grande sorriso.

                - Ted Mosby? Eu sou Marshall Eriksen e essa é a minha noiva Lily Aldrin – disse com ambos sorrindo.

                - Seja bem vindo a América, Ted. Essas são suas coisas?

                - Sim. E olha, obrigado por me receberem e me deixarem morar com vocês. Eu prometo que será por pouco tempo – disse Ted, sentando-se junto a eles.

                - Não se preocupe. O Marshall e eu teremos o prazer de ter você morando conosco.

                - O Ministério foi bem conciso nos elogios que fez a você quando pediu que nós o recebêssemos. Mas, conte-nos de sua viagem.

                - Ah, bem. Ela foi tranquila. A não ser o caminho pra cá; Nova Iorque é bem mais movimentada que Londres e com mais prédios e táxis.

                - Eu sempre quis conhecer Londres – disse Lily. – Nós já fomos à França, é bem bonito lá.

                - Conheceram Beauxbatons? É uma das escolas mais bonitas da Europa, claro que não mais bonita que Hogwarts, mas arquitetura do palácio é de uma beleza até nos mínimos detalhes.

                - Sim, fomos. Como eu sou professora de Ilvermorny, eu quis conhecer Beauxbatons. Agora nos falta conhecer Hogwarts

                - Lily e eu pretendemos ir a Londres algum dia.

                - Faço questão de que fiquem na minha casa quando forem.

                Os três ficaram um bom tempo conversando sobre MacLaren’s, sobre o emprego do Marshall na jurisprudência na Macusa, de Lily como professora na Ilvermorny e o trabalho do Ted na sessão de artefatos mágicos no Ministério da Magia do Reino Unido e o motivo dele ter vindo para Nova Iorque para tratar de assuntos escusos no Congresso Estadunidense; até saírem do pub e subirem as escadas do prédio e abrirem a porta com uma chave encantada que os levava para um prédio aos fundos daquele.

Lá, eles subiram até o segundo andar e entraram num apartamento. Era um apartamento que parecia servir bem para duas pessoas e bem organizado. Marshall sentou-se no sofá e trouxe a poltrona e a mesinha para mais próximo dele com a varinha. Quando Ted se sentou na poltrona, Lily vinha trazendo vinho para eles e os servindo com a varinha. Os três continuaram conversando, contando sobre seus tempos de escola.

                - Corvinal? Qual o símbolo da casa, um corvo? – e Marshall começou a rir.

                - Na verdade é uma águia e temos orgulho disso.

                Quando os três terminaram de conversar, Lily e Marshall levaram o Ted até o quarto no lado esquerdo do apartamento.

                No dia seguinte, no café da manhã, Ted resolveu contar a verdade de estar em Nova Iorque.

                - O que exatamente o Ministério contou para vocês sobre mim?

                - Nos contaram que você tinha algo importante para tratar no Macusa. Só isso.

                - O que está havendo, Ted? – perguntou Lily.

                - Eu acho que não há problema em contar para vocês o verdadeiro motivo para estar em Nova Iorque. Eu não trabalho na sessão de artefatos bruxos como disse. Eu sou um auror e estou aqui para levar a julgamento uma bruxa das trevas conhecida como Tracy McConnell.

                - Meu deus, o que ela fez? – perguntou Lily

                - Ela atacou dois trouxas, crime punível de Azkaban.

                - Azkaban, prisão na Grã-Bretanha para bruxos. Sua localização é totalmente desconhecida para no-majs. Sendo da Macusa, eu sei dessas coisas - disse Marshal.

                - Eu pretendo achá-la rapidamente e levá-la ao Ministério.

                - Ela deve ser bem perigosa. Não tem problema você caçá-la sozinho?

                - Na verdade eu posso usar algum auror da Macusa para me ajudar.

                - Por falar nisso, já está quase na hora de ir. Vamos Ted, eu te acompanho – disse Marshall.

                - Está quase na hora de ir dar aula também – disse Lily. – Mas a gente se vê.

                - Tchau amor. Vamos Ted.

                - Tchau querido. Tchau Ted.

                Os dois pegaram o taxi e foram até a Macusa. Chegando lá, Marshall quis ajudar Ted.

                - Eu te levo até a sala do presidente da Macusa, o Sr. Quahog – disse Marshall.

                Marshall deixou Ted na porta da sala do presidente Quahog e foi até sua sala. Quando o horário de serviço acabou, ele saiu do prédio da Macusa e viu Ted esperando ele no lado de fora.

                - Como foi lá com o presidente?

                - Muito bom. Usei a rede de flú daqui da cidade e posso dizer que é muito boa. E amanhã terei ajuda de um auror chamado Barney Stinson.

                - Barney Stinson? Ele é bastante conhecido no Congresso por dar em cima de quase todas as mulheres. Ele é bom, admito, mas Ted, tente ficar de olho nele. Ele arranja muita confusão.

                - Obrigado por me avisar, Marshall. Mas é hora de pedirmos um taxi, não?

                - Claro. Vou pedir.

                Os dois voltaram e foram direto para o MacLaren’s. Quando o taxi os deixou na esquina, os dois avistaram uma multidão em frente ao MacLaren’s.

                - O que está acontecendo? – perguntou Marshall.

                Quando se aproximaram, viram que eles estavam olhando para cima do prédio, onde havia dois bruxos duelando.

                - Marshall, nós temos que fazer algo.

                - Sim, temos.

                Os dois aparataram pra cima do prédio onde os dois bruxos duelavam. Um era uma bruxa de rosto fino, cabelo comprido e olhos azuis e o segundo era um bruxo baixo, com cabelo encaracolado e grandes olhos negros.

                - Impedimenta! – Marshall soltou um feitiço na bruxa que estava claramente vencendo, e antes que pudesse impedir o outro bruxo, foi surpreendido pela agilidade do mesmo.

                - Tchauzinho otários! – o pequeno bruxo mostrou o saquinho tilintando e correu por cima dos prédios, aparatando entre um e outro.

                - Eu pego ele! – disse Ted, correndo atrás do Bruxo enquanto Marshall ia até a bruxa, ajudá-la.

                Ted aparatava para perto do pequeno bruxo, mas ele era bastante rápido, tanto na corrida quanto na aparatagem. Ted começou a usar petrificus totalus para atingir o pequeno bruxo, mas ele defendia todos os ataques. Percebendo o quão longe já estavam nessa perseguição, Ted ficou com raiva e soltou um estupefaça de sua varinha. Quando o bruxo foi defender, não agüentou o poder e foi arremessado. Nessa hora, Ted soltou um petrificus totalus e prendeu o bruxo.

Ele foi direto pra Macusa prestar queixa e voltou ao MacLaren’s, sendo recebido com um salve de palmas por todos. Lá, Ted descobriu que aquele bruxo havia pego a bolsinha de dinheiro da bruxa na surdina, mas que a bruxa havia percebido quando ele ia embora.

                - Aliás, Ted, essa é a Robin Scherbatski – disse Lily, que já estava com eles na mesa do pub.

                - Aqui está o dinheiro – disse Ted com um sorrisinho.

                - Nossa. Muito obrigada mesmo! Eu estou numa maré de azar tão grande que achei que nunca mais veria esse dinheiro.

                - Fico feliz em ajudá-la.

                - Ted, ela é reporter do The New York Ghost.

                -A próxima rodada de cerveja é por minha conta – disse Robin, se levantando e indo ao balcão.

                E os quatro conversaram por um bom tempo naquela noite.