Minutos mais tarde, as meninas foram dispensadas para o intervalo. Não levou muito tempo para que se espalhasse a notícia de que Cecília estava no colégio, para alegria das pequenas. Enquanto a jovem matava a saudade das ex-alunas, Gustavo chamou Dulce Maria para contar a surpresa que estava preparando para a namorada.

— Quer dizer que você e a Ceci vão se casar? IUUUUPI! - comemorou a carinha de anjo.

— Se ela aceitar é claro que vamos, filha. Agora, você tem que guardar segredo - lembrou o empresário.

— Pode deixar, papi. Prometo que juro - garantiu a menina, o abraçando.

— Agora, eu preciso conversar a sós com a Madre, pra ver se ela autoriza e aceita o convite pra festa. Você consegue distrair a Ceci, minha princesa?

A pequena sorriu.

— Deixa comigo.

[...]

Meia-hora depois, Cecília se viu sozinha no jardim e percebeu que Gustavo havia sumido. Que estranho, sair sem avisar. Vou aproveitar e ligar pra Clarissa, pensou, retirando o celular da bolsa e discando animada para a irmã mais velha.

— Alô, Clarissa?

Uma voz estridente rompeu do outro lado da linha.

— Ainda bem que alguém lembrou que tem irmã, né dona Cecília? Quer me matar de preocupação? - ralhou a loira.

— Desculpa, mãe - brincou a caçula - só agora que tive um tempinho pra te ligar.

— Então, me conte. Você e o meu cunhado se acertaram? - perguntou a sub chefe, esperançosa.

— Sim! Nós estamos juntos! Estou no colégio e por isso não pude ligar antes! - exclamou a ex-noviça, radiante.

— Mas que maravilha, sister! Depois dessa, até perdoo o seu atraso em me ligar - ironizou - E agora, como vai ser?

— Ah, não sei - disse Cecília pensativa - é tudo muito cedo ainda. Por enquanto, eu vou ficar no hotel até encontrar um trabalho e uma casa pra alugar. Espero que não demore muito - completou, roendo as unhas ao se situar no mundo real.

— Vai dar tudo certo. Eu tenho umas economias, eu posso transferir pra sua conta e...

— NEM PENSAR! - esbravejou a morena - eu estou recebendo o seguro desemprego e também tenho algum dinheiro guardado. Pare de pensar só em mim. Eu vou ficar bem, prometo.

A mais velha suspirou.

— Está certo. Mas lembre que sempre vai poder contar comigo.

— Eu sei disso e te digo o mesmo - respondeu a morena carinhosamente.

— Agora eu preciso desligar. Essa cozinha está uma loucura hoje! - explicou Clarissa - Se cuida, minha irmã. Te amo!

— Eu também. Um beijo - finalizou Cecília, encerrando a chamada.

Subitamente alguém tocou seus ombros.

— Quer dizer que agora você descumpre as regras? Vou contar tudo pra Madre - zombou Gustavo.

— Foi por uma boa causa. Liguei pra Clarissa antes que ela pegasse o próximo ônibus para Doce Horizonte - Ela sorriu, marota.

— Vocês são muito unidas, não é?

— Muito. Apesar de sermos muito diferentes, Clarissa é a melhor irmã que eu poderia ter - completou Cecília, saudosa.

— Uma pena que ela não more aqui... - comentou ele, pensativo - Espere... Mas como eu não pensei nisso antes! - exclamou Gustavo.

— O que foi? - questionou a morena, curiosa.

— O Vitor está precisando de uma nova funcionária no Food Truck. Será que a Clarissa não se interessaria?

O olhar de Cecília ganhou brilho.

— Ela adoraria! Seria incrível!

— Então, não se fala mais nisso. Eu vou conversar com o Vitor e você com a Clarissa.

Cecília abraçou o empresário com força.

— Obrigada por se importar tanto comigo.

— Eu quero te ver e te fazer feliz. São uma das minhas maiores obrigações a partir de agora. E pro resto de nossas vidas.

[...]

Após se despedirem dos amigos do Colégio e de sua amada Dulce Maria, Gustavo levou Cecília para o hotel onde estava hospedada.

— Você bem que podia ficar lá em casa. Quartos é o que não faltam - lembrou o Rei do Café.

A jovem sorriu, sem jeito.

— Sei disso, meu amor. Mas prefiro ficar no hotel. Ainda mais com essa possibilidade da Clarissa vir pra Doce Horizonte, então... Podemos voltar a morar juntas - respondeu ela, sonhadora.

Ele pigarreou e tentou conter a risada. Se depender de mim, você irá morar na cobertura mais rápido do que imagina.

— Ah, é claro, amor. Esqueci desse detalhe - disfarçou, estacionando o Chrysler na frente do hotel - Eu amei nosso dia juntos - continuou, brincando com uma mecha de cabelo de Cecília.

— Eu também. Obrigada, Gustavo.

— Eu que agradeço por me amar, me perdoar, por trazer de volta a paz que eu tanto precisava. Te amo, Cecília - declarou ele, beijando-a delicadamente.

E em momentos como aquele que ambos se desligavam do mundo e voltavam sua atenção unicamente para eles.

Gustavo ainda se perguntava como havia conseguido ficar tanto tempo longe daquela mulher que sempre esteve em seus pensamentos desde que a conheceu. E como aqueles lábios conseguiam ser tão doces, tão irresistíveis? Embora tímida, a ex-noviça retribuía as carícias em imediato, em total entrega a ele e ao sentimento que os unia. Ele sabia que precisava ser prudente com a jovem, afinal, ela não era como as outras. E talvez justamente por isso que estar com Cecília era totalmente diferente de tudo que o Rei do Café já experimentara na vida.

Cecília, por sua vez, ainda se assustava com o poder que o pai de Dulce Maria exercia sobre ela. A ternura e ao mesmo tempo a paixão com que Gustavo a beijava era capaz de fazê-la perder o controle sobre si mesma, o que jamais havia acontecido com André no curto espaço de tempo que estiveram juntos. E ela sabia o quanto aquele jogo era perigoso. Embora não sendo mais uma noviça, a morena tinha suas convicções e aquilo jamais mudaria. E por essa razão que a morena se afastou delicadamente do namorado.

— Eu preciso subir - disse ela, ofegante e sem graça.

— Está bem. Se cuida - Gustavo sorriu, satisfeito em perceber que as sensações que o beijo causou eram nitidamente recíprocas.

— Você também - limitou-se a dizer, abrindo a porta do carro.

— Que tal uma volta pelo parque amanhã? - indagou ele, animado.

— Claro. As nove?

— Perfeito. Até amanhã, meu amor.

— Até.

Ao adentrar no elevador, ela percebeu que Gustavo ainda a observava, dando-lhe aquele sorriso que sempre a deixava sem graça. Em seguida, as portas do elevador se fecharam e naqueles poucos segundos, a gratidão lhe invadiu o peito e gargalhou, embora estivesse sozinha. Obrigada Deus, por permitir que eu viva tudo isso. É muito mais do que sonhei. Muito obrigada.

[...]

Ao chegar na cobertura, Gustavo se assustou ao perceber que toda a família, incluindo Silvestre, Franciely e Solange, o aguardavam ansiosos.

— Até que enfim você chegou, primo! - exclamou Tia Perucas, o abraçando.

— Eu não sabia que estavam me esperando - respondeu o empresário, se acomodando no sofá - Então, posso saber qual é o tema da reunião de família?

— E você ainda pergunta? Oras, queremos saber de tudo! - pediu Estefânia.

— É isso ai titia! Conta tudinho pra gente papi e não enrola! - exigiu Dulce Maria, arrancando risadas dos presentes.

— Está bem - respondeu Gustavo, rendido - Bom, eu estava trabalhando e a Cecília apareceu no meu escritório. Conversamos e eu... bom, eu fui meio rude com ela - ele pigarreou - mas em seguida, nos entendemos. Almoçamos juntos e eu tive a ideia do noivado enquanto ela foi buscar o blazer que havia esquecido no restaurante. Em seguida, fomos até o colégio contar a novidade para a nossa princesa - disse ele, pegando a menina no colo - e depois a deixei no hotel. Satisfeitos, seus curiosos? - zombou o empresário.

— Mas por quê ele não trouxe a dona Cecília pra cá? Essa casa é tão grande, poxa - divagou Franciely, ganhando uma cotovelada nada discreta de Silvestre.

Gustavo gargalhou.

— Eu concordo com você, Fran. Mas a Cecília optou por ficar no hotel. Falando nisso, preciso falar com você, Vitor. Acho que encontramos a funcionária perfeita para o Le PF!

— Quem, a Cecília? - questionou o chef, animado.

— Não, a irmã dela, Clarissa. Ela e a Cecília são muito unidas. Aí, eu lembrei que você precisava de alguém e ela ficou toda animada - explicou.

— Maravilha! Você vai adorar a Clarissa, amor - assegurou Tia Perucas, alegre.

— E agora, me contem: como estão os preparativos da festa? - perguntou o Rei do Café, ansioso.

— Olha, Gustavo... - o semblante de Vitor se fechou instantaneamente - A gente fez tudo o que pôde, cara, mas...

— Mas é muito pouco tempo, eu sei - lamentou - Eu entendo e agradeço o empenho de todos vocês e...

— MAS ESTÁ TUDO PRONTO! - gritou Dulce Maria, dando um abraço de urso no pai.

— Então, partiu salão de festas? - convidou Estefânia e todos se dirigiram animados ao térreo do Condomínio Horizonte.

Ao chegarem no local, Gustavo ficou completamente encantado com todo o empenho de seus familiares em um curto espaço de tempo. Ele tinha plena certeza de que a namorada adoraria cada detalhe.

— Vocês são incríveis. Muito obrigado por fazerem parte da minha vida. Vocês são a melhor família que eu poderia ter - falou Gustavo, emocionado.

— Nós também te amamos, primo - respondeu a estilista, abraçando-o.

— Mas e o Cristóvão, onde está? - perguntou o empresário a respeito do melhor amigo.

— Foi buscar a Clarissa em Catarina. O chefe dela não a dispensou e ela não conseguiria chegar em tempo, já que os horários da linha mudam nos finais de semana - informou Vitor.

— Menos mal. Tenho certeza de que a Cecília ficaria triste em não ter a irmã presente - lembrou Gustavo, aliviado.

— Fique tranquilo, meu irmão. Está tudo certo - completou Gabriel, sereno.

O Rei do Café suspirou e abriu um largo sorriso.

— Finalmente, está tudo dando certo.

[...]

No dia seguinte, Gustavo acordou mais cedo do que o habitual, tomou uma ducha rápida e desceu as escadas animado.

— Bom dia, Senhor - saudou Silvestre, servindo o café.

— Bom dia, Silvestre. E pelo visto, você adivinhou que eu cairia da cama, não é mesmo? - brincou o executivo.

O mordomo sorriu.

— Imaginei que o Senhor estaria ansioso para ver a Senhorita Cecília, então, acabei antecipando o preparo do café.

— Obrigado, meu amigo. E a Dulce, ainda está dormindo?

— Não, Senhor. A pequena também está ansiosa e está tomando banho.

— Uma pena que não vou poder esperá-la para o desejum. Preciso ir logo me encontrar com a Cecília - disse Gustavo ansioso, devorando uma torrada e partindo em seguida.

Ao chegar na portaria do hotel, Cecília estava saindo do elevador. Um sorriso genuíno brotou no rosto de ambos. Por alguns instantes, os dois permaneceram se entreolhando com as testas unidas.

— Bom dia, meu amor - cumprimentou ele.

— Bom dia - disse ela, ainda sorrindo.

— Como você consegue estar mais linda do que ontem? - questionou Gustavo, encantado.

— Seu bobo. Acho que tem alguém aqui muito apaixonado, deve ser isso - sugeriu ela, marota.

Ele a fitou seriamente.

— Não. Sei bem o que é estar apaixonado e, definitivamente, não estou.

Cecília permaneceu imóvel, sem entender o que o namorado queria dizer. Em seguida, Gustavo segurou sua mão.

— O que eu sinto por você é muito maior do que paixão, Cecília. Embora eu me sinta um adolescente me declarando em plena portaria de um hotel e costumo ser muito impulsivo - disse ele, arrancando uma risada de Cecília - Nunca duvide do meu amor.

Para sua surpresa, Cecília o beijou apaixonadamente. Em seguida, o abraçou fortemente.

— Eu te amo, Gustavo. Para sempre.

— Que tal a gente iniciar nosso passeio? - Ele depositou um beijo suave na testa da amada.

— Vamos, antes que nos expulsem daqui - completou a morena e ambos saíram do hotel de mãos dadas.

Gustavo e Cecília tiveram uma manhã animada, com direito a caminhada pelo parque, passeio no shopping e buquê de flores, para alegria da jovem.

— Acho que alguém não esqueceu que eu amo flores - disse ela, sentindo o perfume das rosas.

— Meio difícil de esquecer, né? - brincou ele - Bom, acho que agora essas flores precisam de água - disse ele, aproveitando a deixa para levá-la para casa.

— É verdade. Mas nós vamos pra sua casa? Agora é hora do almoço, ninguém merece chegar sem avisar - lembrou a professora, envergonhada.

— Aposto que a Fran já pôs mais um prato à mesa. E nada de vergonha. Além disso, a Dulce deve estar ansiosa pra te ver - alertou Gustavo, tentando convencê-la.

— Bom, eu também estou morrendo de saudade dela... está bem, você me convenceu! - rendeu-se Cecília.

— Então, vamos!

O casal adentrou no Chrysler e antes de partirem rumo à Cobertura dos Lários, Gustavo ligou para casa.

— Silvestre? Sou eu, Gustavo. Então, é que nós teremos uma convidada para o almoço. Tudo bem? - disfarçou ele, afinal, era um mero sinal para que o pessoal se preparasse.

— Sem problemas, Senhor. Podem vir - a voz do fiel mordomo ecoou pelo viva-voz.

— Muito bem. Em dez minutos estaremos aí. Obrigado - disse Gustavo, finalizando a chamada - Mais tranquila agora? - zombou ele.

— Agora sim - respondeu ela, sorrindo.

O trânsito em Doce Horizonte estava tranquilo, o que fez com que o casal chegasse ao Condomínio Horizonte antes do previsto. Ao adentrarem no elevador, Cecília estranhou ao constatar que eles estavam indo em direção ao salão de festas.

— Amor, você pressionou o botão errado!? O que vamos fazer no salão de festas?

Gustavo se surpreendeu com a perspicácia da namorada. Porém, manteve-se tranquilo e logo emendou:

— Preciso assinar a ata da última reunião de condomínio. Mera burocracia. Vivo esquecendo disso e vou fazer isso de uma vez antes que eu esqueça outra vez.

— Ah, claro - respondeu ela, um pouco hesitante.

Quando o elevador chegou ao seu destino, Gustavo permitiu que ela passasse.

— Gustavo, como você vai entrar no salão de festas sem a chave? - indagou novamente a morena.

— Mas pra que tantas perguntas, amor? Você parece a Dulce Maria- disse Gustavo abrindo rapidamente a porta do salão.

Cecília caminhou alguns passos, ressabiada, ao constatar uma decoração rústica no hall de entrada.

— Gustavo, o que está acontecendo? - perguntou a professora novamente, ainda mais desconfiada.

— Calma. Vou responder suas perguntas agora mesmo. Vem comigo? - convidou Gustavo, estendendo-lhe a mão.

O casal caminhou mais alguns passos e se depararam com o salão totalmente decorado e ao centro, uma bela mesa de doces e com um lindo naked cake de frutas vermelhas.

— O que é isso, Gustavo... - gaguejou Cecília, emocionada.

— SURPRESA! - exclamaram os convidados, surgindo do outro lado do salão. Entre eles, estavam as famílias Lários, Oliveira e Almeida, além da presença da Madre Superiora e das Freiras do internato.

Cecília estava em choque e mal conseguia conter a emoção. Ao ver a irmã em sua direção, desabou em lágrimas em seus braços.

— Clarissa, que bom te ver, minha irmã! O que está acontecendo?

— Você já vai entender, sister - piscou a mais velha.

— Ceci, você chegou! - disse Dulce Maria, dando-lhe um abraço apertado.

— Olá, minha pequena! Você é uma danadinha! Aposto que sabia de tudo isso e não me contou nada - deduziu Cecília, acarinhando os cabelos loiros de sua carinha de anjo.

— Oras, era uma surpresa! Eu prometi pro meu papi que eu ia guardar segredo - admitiu a menina - Você não vai explicar pra Ceci, papi? Ela quer saber por quê está todo mundo aqui, né? - completou.

Gustavo deu um beijo na filha e se aproximou da namorada.

— Reuni aqui todas essas pessoas porque sei o quanto elas são importantes pra você e o quanto elas te amam. Todas elas são testemunhas do nosso amor e de como ele surgiu em nossos corações - ele suspirou e continuou segurando suas mãos frias - Você entrou na minha vida de uma forma totalmente inesperada e jamais imaginei que pudesse voltar a amar alguém com tanta intensidade depois que a Teresa partiu - uma lágrima teimosa brotou dos olhos verdes de Gustavo - Te admiro pela pessoa maravilhosa que você é, dona de um coração gigante e por ter o dom de amar quem cruza seu caminho. E é por isso que nós queríamos fazer duas perguntas.

Dulce Maria se afastou da morena e saiu correndo em direção a mesa central. Atrás, havia uma cortina cobrindo uma parede lousa, que continham as seguintes palavras:

Ceci,

aceita ser

minha mamãe?

#AceitaCeci #NoivadoGucília #Happilyeverafter #SayYes ♥

A jovem ficou literalmente boquiaberta. As lágrimas voltaram a inundar os olhos azuis. Em seguida, Gustavo retirou uma caixinha aveludada do bolso do jeans e se ajoelhou.

— Cecília Santos, você aceita se casar comigo?

Ela sorriu abertamente.

— Sim, eu aceito - respondeu ela, com a voz embargada.

Gustavo se levantou prontamente e com um belo sorriso no rosto, pôs um anel de brilhantes no dedo anelar de Cecília.

— Eu te amo - disse ela, recuperando a voz.

— Eu também te amo, meu amor - respondeu Gustavo e em seguida a beijou docemente.

— IUUUUUPI! - comemorou Dulce Maria, correndo em direção aos braços de Cecília, que a pegou no colo - Agora vou ter a família que eu sempre sonhei - completou a carinha de anjo, arrancando lágrimas de todos os presentes.

— Ser sua mamãe é meu maior desejo, minha menina - disse ela, dando um beijo em Dulce Maria.

— Bom, agora que finalmente a Ceci vai ser minha mamãe... a gente pode comer né? - indagou a pequena e aos risos, todos se dirigiram ao buffet preparado por Vitor.

No dia seguinte, a foto de Gustavo e um ponto de interrogação estampavam os tabloides de fofocas de toda a região, com a seguinte notícia:

O Rei do Café elege sua nova Rainha

Em uma íntima cerimônia realizada no salão de festas do Condomínio Horizonte, o empresário Gustavo Lários pediu oficialmente a mão da namorada em casamento. O curioso é que ninguém sabe efetivamente quem é a dona do coração do Rei do Café, embora algumas fontes afirmem que a sortuda é uma ex-noviça do internato onde a herdeira do executivo está matriculada #bafão! De toda a forma, o Conta Tudo deseja muitas felicidades aos pombinhos!

No entanto, uma velha conhecida da Família Rey Café não aprovou nem um pouco a notícia, arremessando o celular contra a parede.

— Ninguém brinca comigo, Gustavo Lários. E eu vou destruir aquilo que você mais ama. Eu juro.