Ontario, Toronto

O avião aterrou e eu já estava acordada. Nunca tinha visto tanta gente bonita e diferente junta. Estava cansada, mas com um sorriso de orelha a orelha. O aeroporto era enooooooooooooorme! Estava um pouco perdida mas lá me consegui orientar. Fui buscar as minhas malas e assim que saí da terminal vi uma menina a segurar um cartaz que dizia: WELCOME EMMA GOMES! Reconheci logo a Carol, já tinha visto fotografias dela. Era muito mais bonita ao vivo! Também já tinha falado muito com ela por skype, e gostava imenso dela! Assim que me cheguei ao pé dela abraçou-me. Os pais não tinham vindo, então aproveitamos para por a conversa em dia num café no centro daquela cidade maravilhosa. Contei-lhe do porquê querer mudar de ares, falei-lhe dos meus planos futuros e do facto de estar um pouco assustada com a mudança. Ela tranquilizou-me imenso, e prometeu-me ajudar em tudo o que precisasse.

— Temos de aproveitar o verão ao máximo para conhecer Canadá inteiro e ainda melhorares o teu inglês, a escola começa dia 10 de setembro, a tua inscrição já está feita. No fim de agosto dão-nos as informações.
— Obrigada por toda a ajuda que tu e a tua família me estão a dar. Estou muito ansiosa para ter uma vida canadiana!
— E eu fico muito feliz por te receber aqui. Bora dar uma volta à avenida.
— Minha mãe! Que avenida era aquela?

Avenue Road, acho que era assim o nome! Estava deslumbrada! Era linda e tranquila, com casas acolhedoras, aquelas casas de filme!

— Olha estás a ver aquele café? Vamos pedir qualquer coisa para comer e trazemos para esse jardim ali ao fundo, vai arranjando mesa.

Então lá fui para o jardim. Estava um sol incandescente que batia sobre a relva limpíssima e verde. Haviam mesas mas também existiam pessoas que preferiam estender uma toalha no chão. Sentei-me numa mesa vaga ao pé de um quiosque. A Carol mandou-me uma sms a dizer que ia demorar mais um pouco porque estava uma fila enorme e perguntou-me o que queria. Eu pedi uma baggete, estava a morrer de fome!
Liguei para os meus pais a dizer que tinha chegado bem e contei-lhes que o pouquíssimo que tinha visto de Ontario era maravilhoso. Fui à casa de banho ao pé do quiosque. Tinha de empurrar as pessoas que estavam na fia para passar. O parque estava calmo, mas o quiosque era à saída do jardim e havia imensa gente que estava a chegar e ia-se embora com a comida que comprava na mão. Finalmente entrei na casa de banho e a Carol ligou-me a dizer que tinha chegado. Eu despachei-me e sai rapidamente daquele cubículo porque estava faminta. Abri a porta e só via uma multidão de gente à espera de ser atendida.

— Com licença, escuse me, sorry.

Afastava os amáveis canadianos, e fui conseguindo passar. De repente notei que algo frío caía em cima de mim, e virei-me para trás assustada. Os meus olhos naquele momento saltaram-me da cara. Não estava a acreditar. Isto não era possível. Ele estava mesmo atrás de mim, isto era bom demais para ser verdade. Petrifiquei naquele momento. Era ele, o Shawn Mendes, o meu ídolo estava a três centímetros da minha cara.