Capitulo 1

— Edward, seu filho de uma puta! Eu juro que eu vou te matar quando sair daqui! - eu gritava em plenos pulmões. Podia sentir meu rosto arder em fúria e esforço, meu corpo suava e doía em pontos que nem sabia existir e meu marido tremia igual a vara verde.

— Se acalma - ele dizia em voz baixa e tentando disfarçar o nervosismo - Amor, isso não vai te fazer bem.

— Não vai?! Ahhhhhh! - joguei minha cabeça no travesseiro e cai em exaustão. Estava sem forças e quase sem voz.

— Vai senhora! Mais um e vai nascer! - O médico encorajou.

Mais um? Esse filho da puta deve ta com a cara no meio das minhas pernas tem mais de cinco horas e ainda tem a cara de pau de dizer que vai nascer? SÃO CINCO HORAS DE PARTO! CINCO HORAS COM A CARA NO MEIO DAS MINHAS PERNAS, nem Edward ficou esse tempo todo ai.

— Por Deus Bella! Faça mais um pouco de força e ela nasce! - Edward começou a gritar. Posso jurar que ele quer que esse bebê nasça tanto quanto eu quero. Ou na verdade ele só está com medo de que eu arranque as bolas dele quando isso acabar.

— Edward eu juro que se eu fizer mais força eu levanto e te mato de porrada! - dei um grito final e um choro forte de bebê invadiu a sala. Finalmente!

— Essa vai ser escandalosa igual a mãe - ouvi o médico dizer depois que a enfermeira tomou minha bebê de seus braços. Para a minha sorte ele ainda se encontrava no mesmo lugar de antes, então "sem querer" chutei sua cara. Depois, só ouvi o baque do corpo dele caindo no chão.

Ninguém mandou chamar minha filha e eu de escandalosas.

*****

Meu ruivinho e eu estamos casados há 3 anos. Sim, conseguimos nos segurar até eu terminar a faculdade para termos um bebê. Bom, quer dizer. Eu fiquei grávida por nove meses, então, de fato, não conseguimos nos segurar até quase o fim, por outro lado treinamos muito. Muito mesmo.

Edward ainda está no sexto período de medicina e eu, graças ao bom Deus, me formo em dois meses. Quem diria que eu, Isabella Marie Swan-Cullen, além de ser casada com o gostosão da faculdade, tenho uma filha dele e sou quase uma psicóloga. Ai, Deus! É quase impossível de acreditar em tal fato. Quem diria, hein?!

Chupa quem achou que Charlie um dia me colocaria no reformatório!

Desviei meus pensamentos para Edward e o observei. Ele estava ao meu lado no quarto de hospital enquanto eu amamentava Carlie. Ele nos olhava com admiração e amor, praticamente sem piscar.

— Ela é linda - disse com um suspiro enquanto fazia carinho no meu ombro - Valeu a pena.

— Valeu sim - concordei - Foram as horas mais dificeis da minha vida, mas que terminou maravilhosamente bem.

— E com um médico com o nariz fraturado.

Bufei e revirei os olhos.

— Ele nos chamou de escandalosas - olhei para a minha bebê e passei meu dedo suavemente pela sua bochecha - ninguém nunca falará nada de ruim sobre você, meu anjo.

Edward se inclinou e sussurrou para a neném.

— Também, com uma mãe doida que nem a sua, vão pensar duas vezes antes de ousar fazer ou falar mal de você.

— Vou defender ela com unhas e dentes - dei um beijo na bochecha de Edward e voltamos a ficar em nossa bolha particular de amor a nossa filha. Nosso pacotinho de amor.