Onze Anos Depois - REPOSTAGEM escrita por ClaraStory


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI



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Giane ainda estava perplexa, era seu ex-marido, bem na sua frente, depois de anos. No primeiro minutos pensou que era um fantasma, no primeiro segundo do minuto pensou que estava sonhando. Ela podia pensar em tudo menos ele próprio em carne e osso.

— Eu sei. Não foi assim que imaginei, me reencontrando com você — Disse, sua primeira frase, ela não tinha mais desculpas, era ele mesmo.

Ela ainda paralisada, sentou no banco ao leu, olhando ao chão, ela se recusava a olhar pra ele. Ela sentiu ele sentando o seu lado, mas não olhava para seu rosto.

— Por que? Porque você voltou? Por que...eu.. — ela não tinha palavras e botou a mão no rosto.

— Eu voltei mas..

— NÃO! nada de "mas"! Chega de mas. Sempre tem um mas — ela levantou e olhou pra ele — Olha você chegou, bem vindo mas agora tchau.

— Eu tenho meus motivos e eu ainda.. — ele começou a falar.

— Não! Você nada! Você não esteve aqui pelos últimos 10 anos! Então você chega acha que simplesmente num passe de mágica vamos ficar juntos? — ela suspirou antes de falar de novo — Então você perdeu seu grande tempo vindo aqui, voltando. Agora dá licença. Adeus Fabinho.

Ela foi andando de volta para sua filha , com raiva, remorso, tudo menos felicidade. Anallu aparece correndo na direção de Giane.

— Mãe? Tudo bem? Achou a bola! — ela pegou nas mãos com um sorriso no rosto.

— Querida, podemos ir pra casa? Mamãe não está se sentindo bem.

— Sério? Ok então..

— GIANE! — Era a voz do Fabinho outra vez, deixando a fúria de Giane crescer.

— Vamos! Vamos!

Elas entraram no carro apressada, mas principalmente por causa da Giane, ela começou a dirigir mais rápido que pode.

— Mãe! Calma! — Disse Anallu

— Desculpe, olha vamos pra casa, mas vamos ligar pro seu tio Bento te buscar, você não se divertiu hoje. Tudo bem? — Perguntou Giane enquanto dirigia

— Sim, tudo bem.

Chegando em casa, Giane já tinha ligado o Bento e depois ficou esperando na frente de casa, até que ele chegou.

— Anallu, já foi ao banheiro, por quê lá tem banheiro mas é nojento.

— Não, verdade, volto rapidinho — Disse correndo.

— Oi Giane! E a Anallu? — Perguntou Bento entrando no jardim da frente.

— Ela foi ao banheiro. Bento você não viu ninguém no Mob, certo?

— Tem várias pessoas Gi, como assim...

— É que o Fabinho voltou — Disse Giane quase susurrando.

— Fabi...Fabinho? No limoeiro?

— Sim, e ele me achou, me encontrou, quase conheceu a Anallu, quase.

— E você quer que eu volte pra lá com ela?

— Pro Fabinho não desconfiar! Se ele por acaso ver você com ela, ele não vai falar nada. Não posso ariscar.

— Você sabe que não pode esconder isso por muito tempo, né Giane ?

— Eu sei! Eu sei é só que... — alguém interrompeu a Giane

— Pronto, estou pronta. Oi tio Bento! — Falou Anallu com sorriso no rosto quase pulando nele.

— Oi girassol! Vamos? — perguntou Bento.

— Sim, tchau mãe — disse Ana dando um beijo na bochecha de Giane quando ela se abaixou.

— Tchau flor, se divirta!

Giane entrou em casa, ainda pensando em Fabinho, e praticamente tudo! Percebeu que não só ele voltou mas lembranças, beijos, abraços, momentos voltaram para seu corpo como um tiro, e ela desejou que o tiro fosse mais real que as lembranças. Ela se jogou no sofá, de repente tão cansada, ela percebeu como essas memórias pesam seu consciente.

Ela levanta e vai até seu quarto, ela se abaixa para pegar uma caixa debaixo da cama, ela abre e tem tudo que sua mente nunca apagaram,mesmo que elas fossem felizes, também tem as mais tristes. Tem fotos do dia do casamento de Giane e Fabinho, onde não era vestido branco ou terno, Giane se recusou a fazer isso, então eles foram no cartório, a Malu foi e tirou uma foto do beijo e na hora da assinatura.

Outros tem quando Giane tirou foto da reação do Fabinho quando ela contou que estava grávida, outros quando ela tirou fotos de toda a casa nova, e seu anel que acabará de ficar noiva. Momentos felizes, Giane não se recusaria a tirar foto, ela sentia a fotos e via como conforto, que foi bom o que passou e está no passado agora. E ela olhava para ver o seu futuro.

E ela tinha... Fabinho outra vez, destruiu a sua paz.

(...)

No dia seguinte, Giane estava indo para o trabalho, ela avistou Fabinho falando com a atual gerente de seu antigo trabalho, a casa de flores. Ela deu meia volta o mais rápido possível, era tarde de mais quando viu Jean

— Giane! — Ela sorriu involuntariamente, como fosse normal.

— Querido, oi.. eu estava indo pro trabalho — Explicou-se.

— E eu estava indo te fazer uma surpresa mas você virou! Aqui essa rosa é pra você — Ele entregou uma rosa vermelha e ela deixou seu sorriso mais aberto.

— São lindas — Disse Giane — Obrigada.

— São espetaculares, eu daria mais — Giane rolou os olhos e olhou na direção daquela voz.

Fabinho estava com as mãos no bolso com um sorriso tão falso, ela pensou como já amou ele uma vez.

— Sério? Encher meu saco parece sua nova profissão.

— Algo que levamos pro resto da vida Giane — Fabinho provocou.

Giane sentiu a mão de Jean nas suas costas.

— Oi, vocês se conhecem? — Jean perguntou.

— Ele morava aqui no bairro ou cidade — Giane explicou sem dar muitos detalhes.

— Sim! Por muito tempo eu fiquei aqui — Indagou Fabinho com um sorrisinho — estão juntos?

— Na verdade.. — Jean ia falar mas Giane imterropeu.

— Estamos noivos — ela mostrou o anel — ele é grande, não percebeu no meu dedo?

Era a vez dela provocar. Mas Fabinho que tinha um sorriso desapareceu olhando pra mão da Giane, ela mostrou tão alto que parecia que ia dar um tapa em Fabinho, mas ela não precisava.

Ele só queria que doesse menos do fato do que ele teve mais medo. Ela seguiu em frente.

 


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