FLASHBACK

Numa noite tão estrelada. Fabinho tinha feito sua melhor supresa para o amor de sua vida. Estava tudo tão escuro quando Fabinho estava guiando Giane por um corredor.

— Chegamos! – Disse ele tão sorridente e em seguida ligou a luz de uma sala.

— O que você está aprontando fraldinha? – Perguntou Giane, mas logo se licenciou quando viu o espaço.

A sala era tão bonita. Uma TV gigante com o sofá alaranjado na frente. O lustre com a luz branca em cima com vários detalhes, a cor das paredes eram marrons e outras cinzas claro.

Era lindo!

— Bem-vinda a nossa casa! – Fabinho disse por trás e agarrando Giane na cintura com seu rosto em seu ombro.

— Você é doido! – Falou Giane com a mão na boca, sem acreditar.

— Sim, por você – Fabinho colocou-se em sua frente e se ajoelhou, em seguida sem cerimônias tirou um anel tão simples e sem caixa!

— Oh meu deus – Exclamou ela.

— Por tudo que passamos e com certeza vamos passar, eu não quero dizer que amo você por que já disse e vou dizer todos os dias da minha vida... se você aceitar. Eu imploro, é um pedido. Que casar comigo?

No mesmo gesto Giane também se ajoelhou em sua frente e levou suas duas mãos em seu rosto e disse.

— Fabio Campana, adoraria tentar ser sua mulherzinha, mas sem ser docinha ou melosa e também querer fazer pequenos pestes com você... e é acei... – Giane foi interrompida com a boca do seu futuro esposo na sua que foi profundamente. Quando se afastaram Fabinho colocou o anel no dedo de sua noiva e trocaram grandes sorrisos.

DOIS ANOS DEPOIS

— Oh meu deus Giane! Além de casados agora chegou os filhos! – Disse a sorridente Malu

— Parabéns! – Disse Mauricio em seu lado.

— Sim! Finalmente vamos ter nossos pivetes e maluquinhas por todo lado – Ambos riram.

— Vai ser pior se um deles pegarem sua personalidade. Então eu estou ferrada – Falou Giane entrando na conversa e sentando no sofá da casa de Malu.

— Que bom que fui a primeira saber, não sabe o quanto quero ter filhos

—Você vai conseguir irmã – Disse Fabinho pegando sua mão e ela sorriu fraco, mas com a cara triste.

TRÊS MESES DEPOIS

— Cara, não acredito que ainda não confia em mim! QUE SACO – Gritou Giane para o seu esposo em sua frente.

— Não é culpa minha. Você sabe que só tem um homem pra vida toda! – A casa estava só com a gritaria dos dois.

— Então eu não posso ter nenhuma amizade com nenhum cara?

— Seu esposo tem que ser seu melhor amigo! – Giane levou a mão na testa de tão estressada que estava.

— SABE NÃO ACREDITO QUE ME CASEI MESMO COM VOCÊ!

— O que está insinuando? – Perguntou Fabinho.

— EU ME ARREPENDO DE TER CASADO COM VOCÊ!! – Gritou tão alto que talvez todos do bairro escutem mas dentro da casa ficou tudo silêncio. Giane se arrependeu de ter falado isso, mas estava contida pela raiva.

—Não acredito que falou isso – Falou baixo o homem em sua frente. Antes que Giane falasse algo Bento interrompeu.

— O que está acontecendo aqui? – Exclamou.

— Quer saber Fabinho, acho que é verdade. Pega suas coisas cretino, grosso e vai embora AGORA! – Giane sentiu seu anel em seu dedo – E leve isso também – Jogou nele.

— Vou indo em embora, mas vou voltar. – Disse atravessando a porta deixando Giane nos prantos.

Ela se sentou no sofá vermelha pelo choro

— Giane, vai ficar tudo bem! – Disse Bento botando seu braço em seu ombro.

ONZE ANOS DEPOIS

Giane estava mais madura, evoluiu bastante. Era modelo de sucesso, internacional até. Seu cabelo cresceu e chegou até o seu ombro. E o mais importante uma filha linda.

A mãe estava fazendo o café da manhã radiante, feliz. Os problemas sumiram de sua cabeça.

— Anallu! Café está pronto, vamos você vai se atrasar – Disse alto Giane botando os ovos na mesa e as torradas.

Anallu veio com os cabelos endolados e curtos, olhos castanhos, com certeza com o sorriso da mãe e características do pai. A mesma sentou-se à mesa sorridente.

— Mãe, por favor, compra os ingressos do jogo do Corinthians que vai ser no próximo sábado.

— No seu caso vou pensar... ei seu tio Bento está convidando a gente pro flashmoob hoje a noite. Quer ir?

— Claro, posso levar minha bola de futebol?

— Pode, mas não vai perdê-la... é um objeto muito especial – Disse Giane com uma expressão triste mas balançou a cabeça quando viu seu anjo e voltou a sorrir.

Quando ficou noite as duas chegaram já dançando e Anallu sempre brincando com a bola, sempre como profissional. Quando chutou forte demais ela foi quase pra rua.

— O que eu disse sobre a bola Ana? Eu pego – Falou Giane correndo atrás da bola – Fique aí e procure o Bento – Anallu assentiu

Longe dali Fabinho com pensamentos corretos sabia que Giane estaria lá. Ele saiu do carro confiante até que viu uma bola indo pra sua direção.

Quando Giane reconheceu quem era, ficou paralisada.

— Fabinho? – Foi tudo que conseguiu falou.

Os dois prenderam os olhares um no outro. Lembranças, brigas, felicidade, tristeza tudo voltará só naquele olhar.