Partner escrita por Ragnar


Capítulo 2
Are my business, partner




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Agora quem não sabia como agir era Sebastian, não sabia abordar ou responder as mesmas perguntas que uma vez já fez para Joseph e isso o fazia parecer um tolo, por tudo que acreditava, parecia que nem pensar na possibilidade ou negar ajudava alguma coisa, era como um beco sem saída e o Castellanos estava preso a isso. 

Do cantil de prata bebeu mais um gole de whisky com rum, sentindo a garganta queimar e ignorando, olhando a tela em branco do último relatório que teria de fazer aquela semana, o último e sentia a preguiça lhe dominar com a dormência de cada parte do corpo e mole pelo álcool em seu corpo, a responsabilidade tinha passado longe daquela vez.  

Se Joseph estivesse ali, lhe daria a costumeira bronca em uma frase e iria rir do estado deplorável de Sebastian, com aquele sorriso de canto e olhar de quem sempre tinha razão, o mesmo que deu no bar a dois dias atrás e virou-se para Sebastian, sendo pego por observar a expressão descontraída do parceiro e amigo.  

Não levou o trabalho para casa apenas por não aguentar ficar na mesma sala que o Oda, conseguiria lidar com a situação melhor do que esperava e agora o mesmo comportamento que notou lendo Joseph conseguia ler em si mesmo, chegava a ser idiota e o Castellanos não suportava aquilo, não ter noção e pensamentos claros sobre a situação. Lembrava quando estava namorando Ruvik e esse adorava zombar e brincar com cada defeito de Sebastian, essas que Joseph lhe contou serem suas melhores qualidades encontradas em uma pessoa.  

Mas o problema era que o mesmo ciúmes irritante que Ruvik teve com ele, Sebastian estava começando a sentir pelo Oda, um sentimento mesquinho e que ignorava ao mesmo tempo que ficava se negando ao dizer a si mesmo que Sebastian e Joseph eram apenas amigos, parceiros de trabalho e que essa linha de pensamentos apenas atrapalhariam. 

O celular tocou novamente aquela tarde e Sebastian desligou a chamada, vendo o breve recado de quatro chamadas não atendidas e sete mensagens não lidas, seis de Joseph e uma de Kidman, mas quem insistia em conversar era o Oda depois do recado que deixou na caixa postal de que não iria para o departamento de policia e teria uma pequena folga em casa. 

O caso ainda se mantinha incompleto e aquele relatório colocaria as deduções de Sebastian e falando das pistas como os resultados de DNA e as digitais a que saíram logo cedo daquele dia, conseguiu passar pouco do esperado, mas era o suficiente e enviou por e-mail a central e a Joseph caso quisesse ler. 

Novamente o toque soou e Sebastian suspirou cansado, fechando o notebook e olhando para a tela do celular, outra chamada de Joseph, essa que nem precisou ser desligada ao ouvir a porta do apartamento ser batida com força. Massageando a têmpora e olhando a sala, não estava uma bagunça além da pilha de papeis e algumas capinhas de seus jogos sobre a mesinha, o sofá tinha um cobertor e algumas almofadas estavam no chão, era uma bagunça pequena. 

Levantando-se e se espreguiçando, andou até a porta e a abriu, notando um Joseph Oda furioso e usando uma jaqueta familiar, era a jaqueta preta que Sebastian deixou com o Oda a meses atrás por ter dormido até tarde no trabalho. 

— Pelo parceiro você que não atende minhas ligações — Vociferou, Joseph — 'Pra que serve se não lê nem as mensagens que eu e Kidman deixamos? — Reclamou, adentrando o apartamento. 

— Pensei que estivesse com Kidman e não quisesse que eu atrapalhasse — Fez descaso, nem se importando como Joseph o olhou. 

— Você 'tá brincando, né? — Com o cenho franzido e braços cruzados, Sebastian se virou para Joseph assim que fechou a porta, vendo incredulidade — Se é por conta do que aconteceu no bar...  

— Não é aquilo, você apenas me omitiu alguns detalhes como ela trabalhar conosco além do caso — Falou sério, cortando Joseph. 

— Sinceramente eu não entendo para que criar tanto caso em cima da Kidman — Falou, a cabeça inclinada para o lado — Sebastian, eu não sou o Ruvik — Falou e Sebastian gelou ao ouvir esse nome — Eu ia lhe contar, não vou deixar de contar as coisas para você e deixa-lo, somos parceiros. 

— Não se compare com ele... — Pediu, olhando para o chão e negando com a cabeça. 

— Não estou comparando, mas esse seu pitaco com a Juli é ridículo, parece até que gosta de mim — Brincou, rindo e parando ao notar a face séria de Sebastian que o encarava — Seb? 

Ele gostava do seu melhor amigo? De inicio ele nem se importou, achava que Joseph apenas estava tendo uma queda, lendo a linguagem corporal do parceiro e vendo o mesmo durante os meses que se lembrava, até mesmo quando Kidman não entrou no departamento de policia, quando tentou ser mais intimo de Joseph quando Ruvik deixou Sebastian, parecia que ouvir da boca dele fazia sentido e o fazia parecer um idiota. 

— E se eu estiver gostando? — Arriscou, rindo de si mesmo — Pode só ter caído a ficha agora, mas vem de pequenos detalhes que só fazem sentido agora — Bagunçou o cabelo, nervoso com o que falava. 

— Então você estava com ciúmes da Kidman? — Perguntou incrédulo, mas dando uma risada — Não acredito... — Sussurrou. 

— Muito menos eu... — Confessou. 

— Então foi por isso que pediu uma folga? Ou foi porque queria estender sua preguiça ainda mais? — Indagou. 

— Os dois? — Brincou e os dois deram uma risada. 

Um silêncio estranho pairou sobre os dois, um pouco desconfortável para Sebastian, mas não ao ponto de incomoda-lo tanto, por pouco deixou escapar a linguagem corporal e ainda nem teve a conclusão de Joseph, se ele ignoraria aquilo e deixaria o Sebastian sozinho novamente até voltarem para o trabalho, isso se o trabalho também não fosse alvo do desconforto mutuo que acabaram de criar. 

— Então você não gosta da Kidman? — Voltou a perguntar e Joseph riu. 

— Digamos que peitos não é o meu gosto — Riu e Sebastian negou, sorrindo e por dentro toda e qualquer vestígio de duvida dos dois foi embora, talvez parcialmente — Digamos que meu parceiro de trabalho é um ótimo detetive e consegue pelo que li em sua ficha, ler as pessoas numa linguagem corporal — Falou inocente, o dedo indicador sobre o canto da boca para dar o ar de desentendido — Que ele pode ter por um acaso saber como reagi ao lado dele desde que começou a trabalhar como meu parceiro, que poderia ter dado em cima de mim, mas era um bobão que achou que eu gostava da novata. 

— Você releu a minha ficha... — Riu, massageando a têmpora. 

— Você me leu o tempo todo, não se ache no direito de resmungar — Repreendeu — Sabe, isso vai prejudicar como trabalhamos, podemos esquecer isso e seguir em frente, isso se eu não lhe recomendar para outra pessoa — Sugeriu e Sebastian negou, encarando Joseph. 

— Você também gosta de mim, não é? — Parecia mais uma afirmativa do que pergunta, viu as bochechas de Joseph corarem aos poucos. 

— Deve saber a resposta, não? — Sussurrou, aproximando-se e pousando uma mão no peito de Sebastian e a outra tocando o rosto — Mas você tem que saber bem o que estamos fazendo, Seb. 

— Já disse pra você que odeio essas luvas? — Soltou e Joseph deu uma risada. 

Afastando a mão que tocava o rosto de Sebastian, tirou a luva preta com a boca, essa que caiu e voltou a tocar o rosto do Castellanos, esse que envolveu Joseph pela cintura e o beijou. 

Poderia agradecer pelo que estavam tentando ter não atrapalhar o trabalho deles ou os casos que apareciam, com Kidman concluíram mais rápido e o papelada veio junto, uma que Sebastian pensou em deixar para mais tarde, teria tempo o suficiente, mas Joseph acabou por não deixar, usando alguma frase de duplo sentindo para motiva-lo e conseguindo na maior parte. 

Quando viravam a noite no trabalho, Sebastian insistia para que fossem para seu apartamento, que o caso que acabavam por ter e os relatórios poderiam esperar apenas mais um pouco e conseguia seduzir um Oda cansado, tirar o colete preto e a gravata, desabotoar a camisa branca e os óculos, apertando as coxas que enlaçavam sua cintura e beijando com avidez e desejo.  

Para quem conseguia sempre ser tão alinhado e certo, Joseph não era tão perfeito assim, mesmo quando o rosto estava corado por rebolar sobre Sebastian, suspirar com os olhos fechados e as mãos arranhando o peito do Castellanos, quando o chamava fracamente por conta do êxtase do toque que Sebastian lhe dava, a linguagem corporal mostrava por si só cada coisa que ambos estavam sentindo 


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Notas finais do capítulo

Fim *^* é, parece que ficou curto... e espero não ter fugido do tema... Obrigado por lerem.



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