The Dawn is Your Enemy escrita por StephanFS


Capítulo 3
End of the World




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Primeiro, Roxanne. E agora, Cornelius. Dois humanos. Na mesma semana. Finn ficou sem palavras. Ele não se sentia mais sozinho no mundo. Há humanos vivos neste mundo.

— Você parece surpreso. A princesa ficou tão chocada só de me ver que ela desmaiou na hora. – falou Cornelius.

— Você… você é mesmo humano? – perguntou Finn.

— Sim, eu sou humano. Sunny e meus outros dois aprendizes também são humanos.

— O-o-o-o QUÊ?!? – gritou Finn.

Ele ouviu isso direito. Cinco humanos, excluindo Betty. Quantos mais existem mundo afora? Centenas? Milhares?

— Espera um pouco, de onde vocês vieram? – perguntou o cachorro.

— Viemos de um continente muito distante, repleto de humanos. Quando nós quatro chegamos aqui, várias pessoas ficaram surpresas. Parece que elas nunca viram um humano na vida.

— Na verdade, só tem eu e uma mulher chamada Betty que veio do passado. Tem um homem que era humano também, mas ele é um robô agora. Além disso, não sei se vocês conhecem, mas uma humana apareceu ontem. Ela tinha poderes mágicos e tal. – disse Finn.

— Poderes mágicos? – perguntou Cornelius.

Antes de Finn responder a pergunta, três pessoas entraram no quarto da Jujuba. A primeira era alguém usando uma máscara de coelho. Ela era um pouco alta que o garoto e usava a mesma armadura de couro. A segunda era outra pessoa usando uma máscara de Lua sorridente com óculos escuros. Ela tinha a mesma altura que a pessoa usando a máscara de coelho. A terceira era Sunny.

— Oh meu Glob, mais máscaras medonhas… – reclamou Jake.

— Mestre Cornelius, aqui estão eles. – disse Sunny.

— Muito bem. Finn, quero que conheça meus dois aprendizes.

Assim que ela viu o garoto, a pessoa usando a máscara de coelho foi correndo abraçar Finn.

— …err, prazer? – disse Finn, confuso por causa do abraço.

— Oh, não se preocupe com ela. Ela estava esperando te ver faz meses. Até a Sunny queria te ver também. – disse a pessoa com a máscara de Lua.

— Bem, ela foi me ver, mas não me abraçou. Ela esfregou as mãos na minha cara para saber se eu sou… eu. – disse o garoto.

A pessoa com máscara de Lua começou a rir depois que o garoto contou o que aconteceu minutos atrás. Sunny ficou irritada.

— Eu vou quebrar a tua cara e as suas bolas, Moonman! – gritou Sunny, irritada.

— É que eu nunca vi alguém esfregar a mão na cara de alguém para saber se é a pessoa certa. – disse a pessoa com a máscara de Lua, ainda rindo do ocorrido.

— … é agora que eu te quebro, seu –

— Ok, os dois parem com isso. E Usagi, acho que Finn precisa de um pouco de espaço. – disse Cornelius.

— Oh, me desculpe. – disse a garota com a máscara de coelho.

Assim que terminou de abraçar o garoto, Cornelius introduziu os seus dois aprendizes ao garoto.

— Finn, o cara com a máscara de Lua se chama Moonman. Ele é meio preguiçoso, mas é responsável.

— Ei! – gritou Moonman.

— E a garota com máscara de coelho se chama Usagi. Ela é igual a você: corajosa, heroica e nunca deixa alguém na mão. No entanto, ela é meio infantil.

— Não sou infantil. – disse Usagi.

— E você já deve ter conhecido a Sunny. Ela é carinhosa, gentil, mas se irrita facilmente.

— Mestre! – gritou Sunny.

Finn chegou a rir da reação dos três aprendizes. Jake, no entanto, ficou incomodado por causa das máscaras.

— Ok, mas qual é a das máscaras? – perguntou Jake. – Porque eu me recuso ficar aqui por mais de um minuto com essa gente usando essas máscaras medonhas.

— Essas máscaras são parte de um rito de passagem. Assim que meus aprendizes se formarem, eles poderão remover as máscaras. – explicou Cornelius.

— …esse deve ser o rito de passagem mais medonho que eu já vi. – disse Jake.

— Mas chega de papo. Finn, precisamos falar com você imediatamente. No entanto, precisamos de um lugar mais adequado. O quarto de uma princesa não é lugar para discutir esse tipo de coisa. – disse Cornelius.

— Bem, eu conheço uma sala aqui no castelo aonde a gente pode conversar. Eu mostro aond-

— HUMANOS! HUMANOS! HUMANOS!

Todos no quarto pularam de susto quando ouviram alguém gritando. Eles olharam para trás e viram a Princesa Jujuba, acordada e ainda chocada com o que aconteceu horas atrás.

— …o que foi que eu perdi? – perguntou Jujuba.

—--

Uma hora depois, Finn, Jake, Jujuba e os recém-chegados humanos foram ao laboratório do castelo. Cornelius achou que esse seria o local ideal para a reunião.

— Vamos começar… – pronunciou Cornelius.

Ele pegou um mapa e várias fotos que estavam dentro de seu bolso. O homem abriu o mapa e mostrou dois locais em Ooo que estão circulados nele: a floresta e a praia. Por algum motivo, vários pontos de interrogação foram marcados no mapa.

Do lado do mapa, ele colocou duas fotos na mesa. O garoto, o cachorro e a princesa reconheceram os locais das fotos, e são os mesmos locais marcados no mapa. No entanto, havia algo estranho nas fotos: um pequeno poste azul saindo do chão. O topo do poste tem um formato parecido com uma mão.

— Vocês por acaso já viram esses painéis antes? – perguntou Cornelius.

Finn, Jake e Jujuba balançaram a cabeça para os lados.

— Nós viemos para este continente para investigar algo. Algo que decidirá o futuro deste mundo.

— Espera, como assim? – perguntou Jujuba.

— O que direi agora não poderá sair deste laboratório, vocês entenderam? Não quero que todos os habitantes deste continente percam a cabeça. – disse Cornelius.

Os três fizeram um sinal de positivo com a cabeça. Cornelius prosseguiu com a explicação.

— Muito bem. Alguns de vocês conhecem Prismo? – perguntou Cornelius

— Sim. A gente conhecia ele, mas infelizmente ele morreu. – disse Jake.

— Oh. Eu entendo…

Cornelius se virou, andou dos lados e ficou quieto por um minuto. O garoto, o cachorro e a princesa ficaram confusos. Um minuto depois, ele parou e voltou a sua atenção para os três.

— Vocês sabiam do segredo dele? – perguntou Cornelius.

— Que ele era a manifestação de um velhinho? – perguntou Finn

— Exatamente. Sabem as consequências que isso trouxe a este mundo? Vocês o mataram? – perguntou Cornelius.

— Não. Foi o Lich. Nós íamos acordá-lo para entrarmos na Cidadela de Cristal para salvar o pai do Finn, mas o Lich acordou ele e o matou logo em seguida. – disse Jake.

— ...isso é pior do que eu pensei. Ele chegou a falar o que aconteceria caso esse morresse?

— Não, porque? – perguntou Finn.

— Por causa da morte dele, este mundo está fadado a desaparecer da existência.

Finn, Jake e Jujuba ficaram chocados, mas Finn e Jake ficaram mais chocados do que a princesa. Porque Prismo nunca avisou isso para eles? Havia algum motivo? Ou ele não sabia disso?

— Espera um pouco. Prismo era um mestre dos desejos. Como a morte dele pode ter causado tudo isso? – perguntou Jujuba.

— A existência dele mantinha este mundo de pé. Agora que ele está morto, este mundo desaparecerá para sempre.

— E tem algum jeito de evitar que isso aconteça? – perguntou Finn.

— Felizmente sim.

Cornelius pegou as duas fotos com os painéis em formas de mão e mostrou para os três.

— Esses painéis nas fotos apareceram dias atrás. Eles estão desativados no momento, mas podem ser ativados a qualquer momento. No entanto, por algum motivo, eles só podem ser ativados com a sua assinatura genética, Finn. – disse Cornelius.

— Espera, como assim? – perguntou Finn.

— Não pergunte. Já tentamos ativar estes painéis, mas não funcionou. Uma voz saiu deles e disse que apenas você pode ativá-los. – disse Moonman.

— Mas para que servem esses painéis? – perguntou Jujuba.

— Eles estabilizarão a existência deste mundo. Quando um painel for ativado, o outro será ativado 24 horas depois. Durante este período de tempo, a linha da existência deste mundo irá se estabilizar lentamente.

— E assim que eles forem ativados, este mundo estará a salvo? – perguntou Jake.

— Sim, mas tem mais.

Cornelius mostrou o mapa para os três e apontou para um dos pontos de interrogação marcados nele.

— Assim que os dois forem ativados, um santuário aparecerá neste continente. Dentro deste santuário, haverá um orbe. Precisamos deste orbe para estabilizar a existência deste mundo eternamente. – disse Cornelius.

— Mas e os pontos de interrogação no mapa? – perguntou Finn.

— Esse é o problema. Não há um local exato aonde o santuário aparecerá. É por isso que preciso da ajuda da princesa. – disse Cornelius.

— Minha ajuda? – perguntou Jujuba.

— Ouvi dizer que você é boa com tecnologia e ciência. Com o seu intelecto, você poderia nos ajudar a localizar aonde o santuário aparecerá. Você nos ajudaria? – perguntou Cornelius.

Jujuba pensou direito na decisão. Com o mundo em perigo, ela poderia aumentar a sua reputação. Vários moradores do reino estão acusando ela de espionagem e quebra de privacidade por causa das câmeras instaladas por todo o reino, e sua reputação como líder está correndo perigo por causa disso. Se ela ajudar, não só o mundo será salvo, mas sua péssima reputação desapareceria da mente do povo do Reino Doce.

No entanto, há o fato de que ela não poderia espalhar nada sobre o que está acontecendo com o mundo. Ela teria que dar um jeito de espalhar a notícia.

— Muito bem, eu ajudarei vocês. Vocês podem passar alguns dias na área para os hóspedes. – disse a princesa.

— Excelente. – disse Cornelius.

Finn chamou a atenção de Cornelius.

— Então, isso significa que eu tenho que ativar os painéis agora? – perguntou Finn.

— Sim, mas antes, eu tenho uma pergunta para você. – disse Cornelius.

— Pode perguntar. – disse Finn.

— Você falou sobre uma humana com poderes mágicos hoje mais cedo. Eu fiquei meio curioso em relação a isso. Quem é ela? – perguntou Cornelius.

— Bem, ela é meio… doida. Ela me disse para eu parar de ser um herói para não causar uma catástrofe. Ela também voa, se teleporta e pode conjurar bolas de fogo.

— Espere um pouco!

Sunny interrompeu a conversa e foi até o garoto.

— Você disse que ela voa e que pode conjurar bolas de fogo? – perguntou Sunny.

— Sim, eu disse. – respondeu Finn.

—…qual o nome dela? – perguntou Sunny, com um tom de medo em sua voz.

— Ela se chama Roxanne. – respondeu Finn.

— O QUÊ?!? – gritou Cornelius.

— ROXANNE?!? – gritaram Sunny, Usagi e Moonman.

Finn, Jake e Jujuba ficaram confusos com a reação de Cornelius e seus aprendizes. Sunny ficou repetindo a palavra “não” silenciosamente, com um tom de medo em sua voz. Cornelius se aproximou de Finn colocou as suas mãos nos ombros do garoto. Ele estava com uma expressão séria em seu rosto.

— Finn, ela não fez nada com você, certo?!? – perguntou Cornelius.

— N-não. Só pediu para eu parar de ser herói e mais nada. – respondeu Finn.

— Porque ficaram tão agitados por causa de uma doida? – perguntou Jake.

Ele voltou a sua atenção para Jake.

— Roxanne não é só doida. Ela é perigosa, destrutiva e manipuladora. Ela é uma ameaça que precisa ser detida.

— E já que ela está aqui em Ooo, ela já deve saber dos painéis. – disse Usagi.

— E eles apareceram dias atrás. Não deve ser coincidência. Se ela encontrou Finn, isso significa que ela sabe que os painéis só podem ser ativados por ele. – disse Cornelius.

Cornelius se virou e ficou frente a frente do garoto.

— Finn, eu quero que você ative o painel da floresta. Usagi, Moonman e Sunny irão te acompanhar. Se Roxanne aparecer, não tenha piedade. Lute!

— Mas e você? – perguntou Finn.

— Ficarei no castelo. Preciso fazer algo para ajudar na localização do santuário quando ele aparecer. Agora vão!

O garoto fez um sinal de positivo com a cabeça e saiu do laboratório junto de Jake e os três aprendizes de Cornelius.

O tempo é precioso. O mundo pode deixar de existir a qualquer momento. O garoto colocou isso em mente. É seu dever salvar o mundo.


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