Uma Nova Gorota No Labirinto escrita por Kaori Mitsukami


Capítulo 4
Capitulo 4 Isso Não Pode Estar Acontecendo Comigo


Notas iniciais do capítulo

Criticas e sugestões são bem vindas.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~Boa leitura !!! ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

E até as notas finais...



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No capitolo anterior...

 Mary on

 

—Natalie... Eu vou perguntar só uma vez...Por que você rabiscou o meu livro? E o pior. Quase todas as folhas tem rabisco! O que você tem a dizer em sua defesa?

— Haaaa maninha é só um livro relaxa.

—Como assim relaxa?! Você rabisca o meu livro  e ainda me pede para relaxar?  Natalie não é só um livro. É o MEU livro favorito e só por que você já leu não quer dizer que outros também não possam ler .

— Mais com certeza  você já leu e com certeza já sabe ele decorado assim como eu. É apenas um livro velho. o que tem demais?

— O QUE TEM DEMAIS? POR CAUSA DISSO VOCÊ FICARÁ DE CASTIGO POR UMA SEMANA, OU MELHOR... UM MÊS SEM SAIR PARA NENHUM LUGAR LUGAR A NÃO SER A ESCOLA E AINDA A DEIXAREI SEM CELULAR.

Depois de ter dito isso pego o celular da minha irmã ( a mesma estava já com lágrimas nos olhos) saio do quarto dela e vou para o meu. Mas antes de entrar em meu quarto. A ouço gritar um "TE ODEIO" e fechar a porta com força.

 Mery off

—____________________________________________________

 

 Mery on

 

Comecei a chorar. Sabia que havia pegado pesado com ela. sai do meu quarto e fui falar com ela. Mas a porta estava trancada.

Pedi para que ela a abrisse mas ela não me respondia, a única coisa que eu ouvia era o seu choro abafado.

Chamei ela novamente. Ela tornou a ficar calada. Agora eu não a ouvia mais chorar.

Tornei chama-la novamente mas a única coisa que ouvi  foi... Palavras.

 

Mery off/ Natalie on

 

Dentro do meu quarto trancada comecei a chorar de raiva. Mery não devia ter gritado assim comigo.

Ouço ela me chamar e me pedir para abrir a porta. Porem eu a ignoro e volto a chorar novamente. Ela torna a me chamar novamente mas uma vez. eu a ignoro novamente só que dessa vez  paro de chorar e me levanto lembrando da história do livro. Ela me chama pela terceira vez e mais uma vez eu não respondo. Então começo a recitar as frases finais do livro.

—Através de perigos indivisíveis e inúmeras dificuldades, eu lutei para chegar aqui, o castelo atrás da cidade dos Goblins, para recuperar a criança que você roubou... Porquê a minha vontade é tão forte quanto a sua e meu reino é tão poderoso quanto o seu!

Ouço o som de um trovão e o vento que por sinal estava forte mas isso não me assustou. Penas ignorei.

 Foi ai então que tive uma ideia. Mas eu precisava saber se daria certo. Se Sarah conseguiu eu também consigo. É só eu contar a Historia de um modo que funcione.

—Vamos lá Natalie... Você consegui. Pense.  Peguei o livro que minha irmã deixou no meu quarto na pressa de pegar meu celular, e comecei a ler, adaptando um pouco as palavras para o que eu planejava fazer.- Não acontecerá nada. É só um livro idiota- Mas eu não contava com uma coisa.

Que funcionasse.

Ainda com raiva e sem raciocinar direito, comecei a falar em voz alta...

—Era uma vez uma menina que vivia trancada em casa com uma irmã mais velha ridícula e chata! A irmã mais velha era uma idiota e uma sem noção, e só pensava em si mesma! E a mais nova coitada, que sempre estava na sua, quieta em seu canto ouvindo suas musicas em seu quarto! Sempre teve que aturar as gritarias da irmã mais velha todas as vezes que fazia alguma coisa que não a agradasse... Mas o que ninguém sabia é que o Rei dos Goblins podia escutar seus desejos e em uma noite... Quando a mais velha foi cruel e gritou com a menina. Ela desejou ser levada dali por ele, para jamais voltar! Para que a maldita irmã fosse obrigada a enfrentar o labirinto e acha-la e em apenas 13 horas. Ou ela se tornaria um deles para sempre! -Ela falava em um tom de voz  firme, como se realmente desejasse que aquilo fosse realmente real, com todo seu coração. Ela estava triste, as lágrimas começaram a descer novamente sobre seu pequeno rosto. Seu coração doía... Se sentia magoada. Ela então continuou...

Eu desejo que os Goblins venham e me levem daqui!  Falou ainda mais auto e firme, apesar de ainda estar chorando. Suas lágrimas agora desciam sem parar pelo seu rosto.

Nesse momento escutei outro trovão mais uma vez e o vento mais forte chegando a abrir as portas de vidro que davam para a varanda do meu quarto. Depois disso vi tudo escurecer.

 

Natalie off/ Mary on

 

Ouvi claramente ela recitar as frases finais do livro, e em seguida recitar sua própria versão das palavras que Sarah havia pronunciado com firmeza, para que os Goblins levassem seu irmãozinho Toby. Pedindo que a levassem. Depois ouvi o som de um trovão ensurdecedor e em seguida o som do vento forte acompanhados por raios que clareavam o céu quando caiam . Depois disso só ouvi um silêncio perturbador.

Na mesma hora minha alma estremeceu. Desesperada, arrombei a porta e entrei. Tudo estava escuro, as portas da varanda escancaradas. O vento soprava por entre as cortinas e os pingos de chuva adentravam o quarto molhando-o.

O que eu mais temia havia acontecido. Ela não estava mais lá.

— Não.

Foi só o que eu consegui sussurrar antes de desabar no chão de joelhos e deixar deslizar lágrimas de desespero e culpa descerem livremente pelo meu rosto.

De repente uma linda coruja branca entra voando pelo quarto e para em minha frente (um pouco distante). Levantei meu rosto já parando de chorar mais ainda com lágrimas no rosto. Andei tremula, para mais perto da varanda e quando fui tocar na coruja... ela voou para trás e começo a se metamorfosear em um homem alto de longos cabelos loiros, bagunçados. Seus olhos eram diferentes um do outro, ambos tinham cores diferentes. Vestia roupas feitas de coro, com gola alta e uma capa. Parecia um verdadeiro personagem de um livro de conto de fadas.

O conhecia de algum lugar mas de onde? O único que tinha tais características é ... Não.. Não pode ser ... Dei dois passos para trás  o encarando  sentindo um arrepio na espinha e em seguida senti meus olhos se encherem de lágrimas novamente. O homem em minha frente apenas deu um sorriso de canto(muito sexi ,mas se eu não tivesse tão preocupada com minha irmã eu repararia mais naquele lindo sorriso e quem sabe dava uns pega naquele loiro gostoso... Que é isso Mery? Foca na Natalie que é o que mais importa agora), e em seguida cruzou os braços.

— Quem é você?

—Apenas aquele que sua irmãzinha chamou...

Arregalei meus olhos levemente. Senti um aperto no coração... Não acreditei que realmente estava passando por isso. Só podia ser brincadeira.

—O Rei dos Duendes? Perguntei com a voz baixa e um pouco tremula, já temendo sua resposta.

Ele apenas acenou com a cabeça afirmando sua pergunta.

—Onde está minha irmã? Me entregue ela de volta, por favor!

—O que está, dito está dito... Dizia calmamente.

—Sei que ela disse por querer! Ela é só uma criança... Não tem noção do que diz!

— Ohh é mesmo? Dizia irônico.

— Por favor! Onde ela está? Traga-a de volta!

— Você deve saber onde ela está. Ela mesmo disse, me pediu... Implorou...

—Me entregue ela de volta! Por favor! O desespero se notava em minha voz conforme eu falava , eu a amava mais que a mim mesma pois ela foi tudo o que restou da minha família. Tudo.

—Por favor! Traga ela de volta. Suplicava aflita e chorosa.

Ele se aproximou de mim tocou meu rosto limpando os últimos resíduos de lágrimas que continham..

— Oh minha querida Mery... Volte para seu quarto e continue a ler seus livros. Esqueça essa criança e continue sua vida a sua vida calma de antes...

— Não posso... Não quero... Não sem minha irmãzinha. Ela é tudo o que eu tenho.Tudo...

—Calma minha querida... Tenho um presente para você. Ele mostrou uma bola de vidro, começou a fazer malabares com ela, enquanto ela refletindo diversas imagens distorcidas dentro dela. Imagens que eu não consegui saber o que era. - É um cristal. Se olhar bem mais de perto você poderá ver seus sonhos refletidos dentro dele. Mas não é um simples presente para uma garota que não sabe  nem cuidar de si mesma! -Em seguida ele para de brincar com o cristal e o aproximou de mim o suficiente para que eu visse eu próprio reflexo nele. -O darei a você... mais somente com a condição  de que você esqueça Natalie.

Não posso! Ela é minha irmã.Tudo que me restou depois que meus pais morreram. Ela é tudo para mim... Por favor! Traga-a de volta!

—Não me desafie, Mery... -Ele aumentou ainda mais o tom de sua voz, raivoso.Tremi na hora. O cristal desapareceu em um piscar de olhos. Ele deu mais um passo para mais perto de mim -Você não é pária para mim Mery...

— Sim eu sou. Disse o interrompendo.- O que eu quero é apenas a minha irmãzinha de volta. Falo corajosa.

— Se insiste... Ela esta lá. - apontava para a sacada.- No meu castelo.

Caminhei um pouco para frente e olhei pela varanda. A paisagem realmente não era mais a mesma. Eu conseguia ver um enorme e assustador labirinto. E em seu centro, um enorme, belo e grandioso castelo. O céu estava alaranjado e morto. Tudo em volta tinha esta mesma aparência. Andei para mais perto, sentindo a grama morta nos meus pés descalços. 

—Você ainda irá procurar por ela Mery? Não tem medo de que algo aconteça com você se entrar lá? -Disse apontando para o labirinto. - É melhor você voltar enquanto ainda tem chance...

— Não posso! Não quero! Você não entende. Ela é minha irmãzinha... ela é tudo o que eu tenho nessa vida! Não posso desistir dela assim!

— Tem certeza? Não é tão fácil quanto parece.

—Não me parece difícil. Não deve ser tão grande assim. Sussurrei olhando para o labirinto. Eu havia lido o livro várias vezes e sabia o que estaria por vir. Enfrentar o labirinto não poderia ser tão difícil... Ou seria?

Ele caminhou para meu lado e apontou para uma árvore morta, na qual havia um relógio que parecia velho e acabado.

— Você tem apenas 13 horas para encontrar Natalie, ou ela se tornará uma de nós para sempre... - Sua imagem e a do relógio sumiam lentamente.

 Comecei a descer correndo pelo pequeno monte onde eu estava e só parei quando cheguei a entrada daquele labirinto.

Fiquei parada na entrada do labirinto. Precisava me apressar mas sabia que precisava de ajuda. Mas a questão é: Quem poderia me ajudar?

Ali não havia ninguem. Dessa vez eu estaria só.

 Olhei para o caminho á minha frente e sem pensar duas vezes entrei.

 

 

Mery off

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.


Comentem. Criticas e sugestões são bem vindas.

Quero muito saber a opinião de vocês. Quero também saber se está bom ou se preciso melhorar em alguma coisa.

Beijinhos açucarados! E até a próxima...



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