Capítulo 28 - Primeiro porre.

Acordei e logo percebi uma certa diferença. Eu estava em uma cama macia, com um cobertor de seda e travesseiros macios demais ao meu redor. Ou seja, eu definitivamente não estava na minha casa.

Ah sim, é. Eu estava na casa do Edward. Na cama do Edward. Com os travesseiros do Edward. Com a coberta do Edward.

Logo após o jogo, Edward, eu, Alice e Jasper -e o resto da escola, devo dizer- fomos direto para a festa de comemoração da vitória. Bebidas, cheiro de fumaça, sexo quase explícito, drogas sendo consumidas no fundo da casa. Isso definia a festa organizada por Mandie Murphy, uma garota que para tentar entrar para o seleto grupo de populares de Forks High, cedeu sua casa para um monte de bêbados imbecis.

Esse tipo de festa não era do meu agrado, e Edward sabia disso. Só que, Edward sendo capitão do time e maior pontuador do jogo, tinha que ir. Não era uma opção irmos para um barzinho e comemorarmos com nossos amigos mais próximos, ele mesmo falara isso.

Bom, então nós fomos. Tentei realmente fazer a linha fina, que cumprimentava a todos -fingindo saber quem são- e permaneci ao lado de Edward o tempo todo - não por ciúme, ou algo do tipo, mas para não me perder no meio daquele bando de trogloditas que pareciam não ter comida em casa (Emmett sendo um deles, devo ressaltar)- ou as vezes ficando com Alice, quando Edward ia conversar com seus amigos.

Mas francamente? Era... Chato. Muito, muito chato. Não estava na minha zona de conforto e sabia que por Edward, teria que aguentar firmemente. Estava sentada em um puff, tomando algo que Edward trouxera pra mim a minutos -acho ( tenho quase certeza na verdade) que devia ter álcool. O garoto sabia que eu precisava me soltar pelo menos um pouco, quando o próprio chegou.

Vi Edward se encaminhar para onde eu estava e com um sorriso me levantou do puff, para sentar-se e colocar-me em seu colo. Suspirei em seu pescoço antes de começar a beijar a linha do seu maxilar.

–Quero ir embora. - falei agarrando os cabelos de sua nuca e olhando manhosa para seus olhos.

–Mas já? - perguntou ajustando-se melhor ao puff e movendo-me junto. -Faz tão pouco tempo que chegamos, Bella. - Edward gostava de festas, eu deveria me lembrar. Antes de mim, sua vida era ir a toda e qualquer festa da redondeza.

–Eu seeeeeeeeeei. - pedi. - Mas não quero ficar aqui, Edward. - Eu meio que devia estar pagando uma de namorada chata e melosa, mais no momento pouco me importava. Tudo o que eu queria era sumir (com Edward) daquele lugar claustrofóbico. - Quero ir pra casa... Quero você. - falei sussurrando, espero que sedutoramente, em seu ouvido. Vi seu corpo arrepiar levemente.

–Baby, por mais que eu realmente queira sair daqui e te foder até o amanhecer, nós vamos ficar só mais um pouco. - gemi brava, desviando meus olhos e ameaçando me levantar. - Bella. - falou firme. - Pára.

–Eu vou embora. - disse irritada. - Poxa Edward, a gente tá a mais de um mês sem ficar junto. Eu mal te encontro, só te vejo quando aquela porra de treino começa mais tarde, ou no intervalo de uma aula e outra. Você sempre tá cansado ou ocupado com esses idiotas e nunca tem tempo pra mim. Isso tá me dando nos nervos!

–Jura que você quer discutir a relação agora? - falou debochado. - Sério Bella, parou. Agora. - falou autoritário.

–E se eu quiser? - desafiei arqueando uma sobrancelha.

– Bella, eu não vou discutir aqui. Se você quiser conversar mais tarde, ótimo. Mas fazer ceninha aqui não é uma opção. - falou com a feição severa.

–Agora eu faço ceninha? - falei tirando minhas mãos de seus ombros. - Quer dizer que reivindicar um tempo com meu namorado é fazer ceninha? Nossa Bella, como você nunca pensou nisso antes?

–Bella. - falou com a mandíbula travada. - Eu vou sair, pegar uma bebida, e voltar. Eu realmente, realmente espero que até lá você tenha colocado a cabeça no lugar e que veja que essa droga de festa foi meu único divertimento em quase um mês, e pare de encher meu saco. - Edward saiu abruptamente do puff, de modo que eu cai sem jeito neste. Lágrimas encheram meus olhos e eu tiver vontade de ir embora. Peguei o primeiro copo de qualquer coisa que estava na minha frente e bebi. E bebi outra vez. E outra. Quantas eu tinha bebido, a final? Não importa, eu iria embora. Sai a procura de Alice e a encontrei sentada em um sofá, provavelmente esperando por Jasper. Joguei-me ao seu lado e cruzei os braços.

–Que foi dessa vez? - falou com a voz levemente carregada de álcool.

–Alice, o Edward não quer ir embora! - falei a beira de um ataque. - Alice, a gente já tá aqui a uma hora e ele prefere ficar aqui a ir ficar comigo! To muito triste Alice, preciso de você. Ou você me ajuda, ou troco de melhor amiga.

–Bella, o quanto você bebeu? - Alice perguntou tirando um copo, que eu havia recém pegado, da minha mão.

–Só alguns desses... Mas Alice! Me ouve, caramba! - falei quase chorando. - Ele não quer ir embora!

–Bella, você tá bêbada. - Alice falou rindo. - Vem, vamos lá fora tomar um ar, beber uma água... Espairecer um pouco, vamos.

–Quero espairecer porra nenhuma! - falei me desvinculando dela. - Quero ir embora... - falei manhosa. É, eu acho que eu devia estar meio bêbada. Ou talvez um pouco mais do que meio bêbada. Mas a culpa era toda do Edward. Ele que trazia aqueles liquidozinhos rosinhas que eram suuuuuuper doçinhos. E gostosos. E divertidos.

–Bella.. - Alice falou paciente. - Vamos lá fora? Um pouquinho só? Eu juro que se daqui a meia hora você ainda quiser embora, eu te levo. Pode ser?

–Hmmm... Deixa eu pensar um momentinho. - falei colocando o dedo nos lábios, fingindo pensar. Alice bufou e puxou um dos meus braços, nos encaminhando para o lado externo da casa, ao lado da piscina. O porque da menina ter uma piscina em Forks estava além de mim. Alice me fez sentar numa cadeira grande... Como era o nome dela mesmo? Ah é, espreguiçadeira. Alice me fez sentar numa espreguiçadeira.

–Agora fica um pouco quietinha, vai melhorar...

–Sabe o que vai me melhorar? Sexo. Só sexo, Alice. Chama o Edward, eu quero transar. Quero transar aqui nessa piscina. Não serve pra nada mesmo, né? Então, eu quero transar aqui. Até por que, eu e o Edward já transamos numa piscina... Mas isso você já sabe, dãrr. Foi bom Alice, eu recomendo. Sabe, dói um pouquinho... Acho que pela pressão da água e tudo mais, mas depois que entra, fica uma delí...

–Bella, pára! - Alice meio que gritou, meio que estourou em uma crise de riso. - Você tá bêbada, Bella. Se tá falando demais!

–Falando demais? Não, eu tô legal Alice! Só tô te contando do sexo na piscina, pra se um dia você quiser, você me consultar. Pode perguntar, Lice, tem problema não! Sou sua amiga!

–Amiga, presta atenção em mim um minutinho. - falou sorrindo, segurando ambos os lados do meu rosto. - Deita um pouquinho aqui na espreguiçadeira, fica só um pouquinho calada, tá?

–Mas eu quero conversaaaaar. - falei manhosa.

–Mas é um jogo, Bella. Um jogo do silêncio. Quem ficar mais tempo em silêncio, ganha. Que tal?

–SIM! - falei empolgada. EU SUPER AMAVA JOGOS.

–Então tá, começou. - Alice falou levantando e deitando meu corpo na espreguiçadeira. Fiquei um tempinho calada, super achando que tava ganhando. Eu sabia que a Alice ia perder, ela sempre perdia. Ela não calava a boca. Ela era ridícula. A matraca em pessoa. Eu dou dois minutos até que eu tenha ganhado. Eu sou uma vencedora. Eu sempre venço... Eu só perco no guitar hero, mas é por que eu deixo o Emmett ganhar. O Emmett é um irmão bem legal, por isso eu deixo né, tadinho. Ia ser humilhante pra ele perder de mim. Mas falando no Emmett, ele tá aqui? Será que a Rosalie tá aqui? Oh meu Deus, será que eles estão fazendo bubiça aqui? Ah não, se eles estiverem na piscina eu vou ficar puta! A piscina é minha! Eu tenho que tran...

–BELLA, PELO AMOR DE DEUS, CALA A BOCA! - Alice gritou.

– Mas eu tô calada!

–Não, você não tá. Você não parou de falar um minuto! Falou que eu sou ridícula, que deixa o Emmett ganhar em não sei qual jogo, falou da bubiça do Emmett...

–Ué, mas eu pensei que eu tivesse pensando! - nisso uma crise de riso me atingiu. - Olha que doido, Allie! Eu tava pensando falando!

–Bella, dorme. - falou deitando minha cabeça de novo. Dessa vez não discuti. Bufei e fechei meus olhinhos. Que custava? Eu ia tirar um cochilinho. Bom que ela me deixava em paz... - Mas antes toma esse remedinho aqui.

–Não. - falei forçando meus olhos fechados.

–Puta merda Isabella, eu juro que se você não tivesse cuidado tanto de mim nessas horas, eu largava de mão de você. O bêbada chata.

–Pára Alice, você me amaaaaaaa.– falei abraçando seu pescoço.

–Amo, amo sim. Agora bebe esse comprimidinho rapidinho, vai? Vai fazer você melhorar, Bella. - Peguei o comprimido de sua mão. Mas só por que a Alice tava pedindo. Por que se fosse outra pessoa, eu não pegava. Mas como era a Alice, eu tomei né. - Deita de novo um minutinho, vai.

(...)

Abri meus olhos para a escuridão que sucedeu-se. Ouvi meu nome sendo chamado, enquanto minha cabeça latejava. Uma risada preencheu o zumbido da minha cabeça.

–E aí, tá melhor? - Focalizei Alice na minha frente e sentei-me lentamente.

–O que aconteceu?

–Vai dizer que você não lembra?

–Eu lembro... Só não quero acreditar. - acho que ri. - Que horas são Alice? Há quanto tempo eu tô aqui?

–Hei, relaxa. - falou sorrindo. - Foi só meia horinha. Te deixei cochilar só pra um dar tempo da chatura passar. - dei língua pra ela. - Tá melhor?

–To... Aquele remédio deve ter feito algum tipo de milagre. Minha cabeça dói um pouco, mas eu não me sinto bêbada, o que é bom.

–Afinal Bella, o quanto você tomou, hein? Se não vomitou nem nada, mas tava bem alegrinha. - Riu.

–Ah, acho que nem foi muito. - bocejei. - Tenho baixa resistência a bebida, você sabe... Cadê o Edward? Oh meu Deus, ele me viu dormindo? Alguém...? Ai, que vergonha!- falei escondendo meu rosto nas minhas mãos.

–Calma amiga! - Alice falou. - Ninguém viu não! Te trouxe pro lugar mais afastado... Só o Jazz veio aqui, pra ficar comigo um tempo. Pelo que eu soube, o Edward tava te procurando até uns dez minutos atrás. O Jazzy inventou alguma coisa pra não precisar trazer ele aqui, até por que, eu sabia que você ia me matar se eu deixasse ele te ver assim.

–Ia mesmo. - eu ri. - Ai, desculpa o trabalho, Allie. Sério. Eu acho que ferrei com a sua noite né?

–Não, besta. - Ela riu. -Você só a fez mais divertida!

–Minha cabeça dói. - reclamei.

–Não era pra menos, Bella. Mas anda, para de exagerar. Se nem bebeu tanto assim... Tem é que ficar boa logo, por que acho que o Edward vai precisar dos seus cuidados.

–Ai, céus... Ele tá pior do que eu?? - perguntei preocupada, já me levantando da espreguiçadeira e me dirigindo com Alice para a festa.

–Bom... Digamos que... É. Ele tem bem ruim sim, amiga.

Cheguei ao interior da festa com um desespero mudo. Senhor, que Edward não tenha feito nenhuma besteira. Que não tenha ficado com nenhuma menina. Que não tenha feito nenhuma merda, ponto.

Não sei por se já estar pronta para o pior, eu me tranquilizei. Edward estava sentado em um sofá, esparramado e com alguns garotos a sua volta. Fui em sua direção, porém com um certo receio de como seu humor estaria logo após nossa pequena discussão.

–Hm... - murmurei sem graça- Edward... Será que nós..?
–BELLA! - Gritou como se não me visse anos! - Baby, onde você estava? Eu estava te procurando, sabia? - Falou levantando do sofá e meio cambaleando/tropeçando, veio até mim
–Eu estava com a Alice. - sorri meio envergonhada pela platéia que nos olhava, depois do grito empolgado de Edward.
–Vem, vamos. - falou puxando-me pelo braço e me afastando da multidão. Seu rosto muito concentrado por um momento.
– Embora? - perguntei esperançosa.
– Não, foder. - falou me rebocando direto para a escada. Eu engasguei. Como?
– O que? - falei tentando me desvincular de seu aperto. - Edward, nem pense nisso!
– Bella... - falou sem deixar de andar. - To com saudades. Não vou sair da festa agora. Quero minha namorada. E quero agora. Podemos, por favor ter um momento a sós? - falou entrando em uma porta qualquer (que descobri ao adentrar ser um quarto), me imprensando na porta. Seus beijos começaram famintos na linha do meu maxilar e desceram lentamente para o meu pescoço. Eu estava sem ação, era isso. Minha mente estava nebulosa, meu corpo tinha vida própria. Meus braços automaticamente se enrolaram em seu pescoço e meus dedos enterraram-se em seu cabelo.

– Amor... - tentei raciocinar em meio a tanto prazer- Alguém pode nos ver... - falei arfando.
– Eu tranquei a porta. - falou desabotoando meu jeans. - Ninguém vai entrar.
– Edward, é arriscado de mais. - falei tirando sua camisa. Que porra tava estava acontecendo comigo? Falando uma coisa e fazendo outro. Ótimo Isabella, muito bom mesmo.
–Bella... - falou levemente frustrado. - Eu sempre quis te foder contra uma porta, e aqui está a nossa oportunidade. Baby, por favor, não estrague as coisas pra mim.

Certo, eu não iria estragar. Eu também estava excitada, não há por que mentir. Eu também estava necessitada ( afinal, faziam duas semanas desde nosso última noite juntos) e também queria meu namorado mais do que tudo. Era certo que em uma casa desconhecida, em um quarto onde sabe se lá quantos fizeram a mesma coisa que nós, não era um lugar o qual eu realmente desejava fazer sexo, mas era o que eu tinha no momento. E vamos combinar, com Edward excitando-me desse jeito era difícil se quer lembrar do lugar onde estávamos.

Por isso, concentrei-me no lugar, no momento e na pessoa com qual eu estava. Edward. Puxei sua camisa de seu corpo e arranhei com vontade suas costas. Deus do céu, o homem tinha músculos. E que músculos. Que maravilhosos músculos... Céus, eu ainda estou um pouco bêbado, posso sentir.

Edward terminava de tirar minha calça, quando eu decidi que era uma boa ideia beijar seu peitoral. Beijei cada pedaçinho de pele que eu via e comecei a subir lentamente por seu rosto. Beijei seu queixo, subi para a sua boca e beijei-o violentamente. Seu corpo empurrou o meu com brutalidade para em direção a porta e minhas costas chocaram-se violentamente com esta. Foda-se. Foda-se tudo, eu quero este homem.

Apressei-me em tirar sua calça, falhando miseravelmente. Edward teve separar-nos por um breve momento, para tirar suas calças e cueca (eu nunca me acostumaria a ver este homem nú), voltando-me a me beijar logo em seguida. Seus braços me abraçaram forte, descendo para minha bunda, me dando um aperto suficiente para saber que eu estava estável. Pulei em seu colo e fechei minhas pernas em sua cintura. Era isso. Edward teria-me aqui e agora.

Foi tardiamente que Edward percebeu que eu ainda estava de calcinha. Com um rosnado baixo, ele a rasgou (eu ficaria aborrecida se meu cérebro na hora registrasse corretamente sua ação, mas estava excitada demais para perceber algo ao meu redor) e a jogou em um canto qualquer. Seu membro escorregou para dentro com facilidade, com uma estocada longa e profunda.

Eu gemi. Eu gemia demais. Eu gemia igual a uma puta depravada. O sentimento era demais, o prazer era intenso demais. Edward não poupava esforço, seu quadril chocava-se com o meu a todo instante, não dando-me tempo para registrar o momento. Eu era gelatina em suas mãos.

–Baby... - falei mordendo levemente sua orelha. - Eu vou... Urghhh. - falei quando ele tocou um pontinho mágico. ÓH CEUS.
–Vem Bella. - Edward falou, antes de apertar seus dedos em minha carne e estocar uma última vez.

O mundo explodiu a minha volta e eu desabei em seus braços. Graças a Deus Edward tinha força suficiente para sustentar a nós dois, por que eu não tinha um pingo de força em meus braços. Fiquei com meu rosto encostado em seu ombro por um tempo, enquanto me recuperava. Lentamente, como se não quisesse fazer isso, Edward me recolocou no chão. Seus olhos encontraram os meus e um sorriso ligeiramente safado tomou seus lábios. Com calma, seus lábios encontraram os meus. Foi doce, foi amor. Um contraste muito grande com o que acabamos de fazer, devo dizer.

–Isso foi incrível, querida. - falou antes de plantar um último beijo em meus lábios e subir suas calças. Balancei minha cabeça ligeiramente esperando clarear minhas ideias e lentamente, como ele, comecei a procurar pelas minhas calças. Eu e Edward transamos. Eu e Edward transamos em uma festa. Eu e Edward transamos em uma festa, contra a porta de um quarto. De um desconhecido. Sério, como no inferno eu concordei com isso?

– Eu não acredito que nós fizemos isso. - falei meio em choque.
– Bella, o que é a vida sem um pouco de riscos? - Edward falou vindo e me abraçando por trás.
– Amor... - falei suspirando. - Por que diabos você rasgou minha calcinha? - Edward riu. - Porra Edward, eu estou de calça jeans. Vai ser uma merda vestir isso se uma calcinha. - falei rabugenta.
– Foi mal, baby. Eu não me dei conta do que estava fazendo até estar feito. Sinto muito. - falou com uma risadinha, sem um pingo de arrependimento na voz. Eu ri, colocando a maldita calça.
–Certo. - Edward abriu a porta e puxou-me para fora do quarto. Sai olhando para todos os lados, com a impressão de que se alguém olhasse em meus rosto, saberia o que eu tinha acabado de fazer. - É minha impressão ou você já não está tão bêbado quanto antes? - falei tentando fazer minha mente parar de girar em torno do fato que alguém pode ter nos visto. Ou nos ouvido.
–É o efeito que sexo com você tem em mim, baby. -falou beijando o topo de minha cabeça. Eu ri. - Pronta para ir para casa?
–Para casa? Você não queria ficar mais? - falei abraçando sua cintura.
Isso foi antes de te foder, Bella. Agora eu não quero parar mais. Preciso de mais disso, - falou apontando para o seu peito e para o meu- para me satisfazer.
– Vamos. - falou me rebocando para porta.
– Mas... Mas... Alice..?
– Você manda uma mensagem pra ela do carro. Vamos.

E foi assim, que minha noite teve fim. Como mais e mais rodadas de um sexo maravilhoso com meu então namorado, depois de um longo período de abstinência. E agora, cá estava eu em sua casa, em toda minha glória de merda, enrolada em um lençol de seda. Como diabos eu aceitei vir para casa de Edward mesmo? Ah, é. Ele me chantageou.

Nós sempre íamos para a minha casa. Sempre mesmo. Edward já havia dormido lá diversas vezes, vezes essa quando meu pai dava plantão. Minha mãe não se importava, Emmett menos ainda. E depois do incidente com sua mãe, eu evitava ir na casa dos Cullen. Ia lá apenas a tarde (quando sabia que sua mãe trabalhava) e ficava o menos possível. Edward dizia que sua mãe estava arrependida, e que pedia insistentemente para ele me levar de novo lá. Eu, obviamente, estava protelando o máximo que podia.

Bom, mas depois de ontem, as coisas se complicaram um pouco. Edward dirigiu para sua casa sem notar (era a desculpa que ele usou quando eu me dei conta que não estávamos a caminho da minha casa) e disse que lá era melhor. Seus pais não estavam em casa, chegariam amanhã de manhã. Podemos fazer o quanto barulho quisermos, Bella., frase de Edward. Na hora, eu realmente não liguei muito, mas agora aqui, entre seus lençóis e ouvindo a voz de sua mãe lá de baixo, eu estava me arrependendo. Onde. Porra. Eu. Estava. Com. A. Cabeça?

–Bella? - Edward falou acordando sonolento, trazendo meu corpo para si.
–Hei, baby. - falei esquecendo as preocupações por um minuto e me aconchegando ao seu peito.
–Tá acordada faz tempo? - falou espreguiçando-se e exibindo seus belos músculos. Deus, o homem era lindo.
–Hmm, não. Acordei agorinha. - falei sentando-me e tentando arrumar o ninho que meu cabelo deveria estar. Edward bocejou.
–Vem, vamos nos arrumar. A gente toma um café da manhã rapidinho e eu te levo em casa, pode ser?
–Pode, claro. - sorri amarelo.

Café da manhã, na casa de Edward. Com Esme Cullen de sobremesa. Meu domingo não poderia ter começado melhor.