Peixinhos, e outras criaturas marinhas estavam na escola, nas sextas feiras o tio Raia contava histórias para que as crianças soltassem suas imaginações, hoje ele preparou uma história especial:

— Nas profundezas dos oceanos, existe uma lenda antiga sobre um fenômeno que ocorre a cada duzentos anos, quando a lua se torna azul. A lenda diz que quando a luz bate na gruta que fica no meio do mar, a meia noite, qualquer criatura que estiver dentro da gruta, e for atingida pelos raios de luzes azuis, pode se transformar em qualquer criatura que disser, o único modo de desfazer a mutação, seria encontrar a fruta outside, dizem que ela cresce somente dentro de uma floresta de corais coloridos no fundo do oceano, em um local isolado... (Tio Raia estava contando a história com toda emoção que podia expressar, quando uma peixinha dentuça o interrompeu)

— Isso é realmente verdade? (Pergunta ela empolgada)

— Não... (Fala a arraia que perdeu completamente a emoção)

Todos que estavam entretidos, acabaram perdendo o clima da história:

— Enfim... (Suspirou) de fato a lua se tornará azul por alguns minutos, na meia noite, e esse fenômeno acontece realmente a cada duzentos anos, e isso acontecerá em dois dias, então vamos fazer uma excursão, existe um ponto no oceano que conseguimos ter uma visão privilegiada, perto de uma gruta, por isso criaram essa lenda, e várias outras. Vai ser uma experiência maravilhosa... (Ele novamente é interrompido)

—Tipo uma festa? (Pergunta Dory)

— Han... Sim... Iremos presenciar esse acontecimento histórico! E pretendemos fazer uma festa para comemorar este privilégio. Todos estão convidados a ir conosco. Garanto que vai ser algo incrível e seguro. (Finalmente tio Raia consegue concluir)

— Acho que vai ser legal! Vamos galera? (Diz Dory animada)

Dory referia a pergunta para Jane, Charlie, Hank, Marlim, Nemo, Bailey, Destiny, que estavam presentes:

— Bom, já que vai ser seguro... (Diz Marlim olhando para Nemo)

— DEMAIS! (Grita o peixinho, muito animado)

— Ouviu Hank? Ouviu tudinho? Seguro! E se o Marlim diz que é seguro pode crê que é seguro, ele é bem medroso. (Diz Dory sorrindo)

— Não sou medroso! Sou responsável. (Diz Marlim)

— Aham! Porque não né? (Responde Hank)

— Pode conta comigo! (Diz Destiny sorrindo)

— E comigo! (Diz Bailey)

— Pelo jeito todos vamos, minha pérola! (Diz Charlie)

— Onde? (Pergunta Dory)

— Ver a lua azul... (Diz Marlim)

— A lua não era branca? (Pergunta Dory)

— Ela vai ficar azul por alguns minutos e nós vamos vê-la! (Diz Nemo sorrindo)

— Ai acho que vai ser legal! (Diz Dory animada)

Dory estava entretida conversando, então Hank se afastou um pouco, não gostava muito que ficassem encostando nele, mas então Pearl o cutuca:

— Que foi garota? (Pergunta Hank, mal humorado como sempre)

— Você é o namorado da Dory? (Pergunta ela inocentemente)

Essa simples pergunta, teve grande efeito para Hank, que ficou pasmo:

— Que mané namorado cê tá falando? (Diz Hank alterado)

— Quando eu perguntei para minha mãe o que era amor, ela respondeu que é quando você coloca os desejos do outro acima dos seus, e quando você larga tudo para estar com o outro. Tipo quando você deixou seu objetivo de viver em um aquário, e veio para o mar, onde perdeu um tentáculo, sem conhecer ninguém além dela. (Explica Pearl inocentemente)

Hank ficou pensativo, tentando achar uma saída, aquela definição apresentada pela pequena Pearl era difícil de contestar:

— Eu não gosto dela dessa forma! Apenas uma amiga nada mais. Para de falar besteira criança! (Diz Hank alterado)

— Tem medo de seus sentimentos? (Pergunta Pearl, com toda inocência de uma criança)

Mais uma vez, a pergunta teve um grande efeito sobre Hank, mas então o pai dela a chamou, e ela o deixou lá sem resposta, e foi com seu pai para casa, então Dory nada até ele:

— Ei Hank, tá tudo bem? (Pergunta Dory estanhando a expressão confusa dele)

— Aham! (Responde Hank)

— Eu estava animada com alguma coisa... O que era, o que era, o que era? (Diz Dory tentando se lembrar, sem sucesso)

— Lua azul! (Diz Hank friamente)

— É isso mesmo! Tá animado também? (Pergunta Dori)

— Normal! Nem sei se eu vou mais... Quem sabe. (Diz ele se afastando, queria ficar sozinho)

— O que? Por que? (Pergunta Dory euforicamente, nadando para perto dele, perto de seus olhos)

— Só não tô afim de ir! Vai você com eles. (Responde ele alterado)

— Não vai ser a mesma coisa sem você Hank! (Diz Dory, com um olhar sincero)

— Por que não seria? É a mesma lua. (Diz Hank)

— Eu não sei... As coisas ficam melhores quando temos nossos amigos ao nosso lado. (Diz Dory)

— Tem seus amigos laranjas, a baleia, a beluga e seus pais com você. (Argumenta ele)

— Mas você vai fazer falta! Por favor Hank, vamos? (Pede ela)

Ele suspira:

— Tá bom menina! (Cede ele)

— VIVA! (Grita ela animada)

Ela o abraça forte, e ele retribui, de repente...:

— Que isso? (Pergunta Dory)

— Isso o que? (Pergunta Hank confuso, a soltando)

— Eu senti algo estranho... (Diz Dory)

— O que? (Pergunta Hank, com medo da resposta)

— Quando nos abraçamos eu senti algo estranho, algo que eu nunca senti... O que será? (Diz Dory pensativa)

Hank fica pasmo com essa pergunta que Dory fez, desse seu comentário, ela fica pensativa por alguns segundos, e olha novamente nos olhos dele, Hank sente seu rosto queimar:

— Oi pois não? (Diz Dory, havia esquecido novamente)

Hank revira os olhos e respira fundo e inspira, então Marlim se aproxima rapidamente para falar com eles:

— Vamos lá, estão decidindo os preparativos para a festa após o espetáculo! Vamos ajudar o tio Raia. (Chama Marlim)

— Demorô! Vamos nessa Hank. (Diz Dory nadando até os outros)

Hank foi junto com eles, aceitando o convite de Marlim, afinal queria espairecer, e esquecer aquele momento extremamente esquisito.
Marlim e Hank iriam garantir que as crianças ficassem seguras, Dory iria brincar com elas, e as distraí até a hora do fenômeno, alguns peixes foram convidados para fornecer as músicas, Bailey e Destiny iriam ajudar com os alimentos necessários.

No final do dia...

Dory estava conversando com sua mãe, Jane estava ajudando ela a exercitar sua memória:

— Vamos filha, me diga o que você fez hoje, você vai conseguir se lembrar! Mas... sem pressão, tudo bem se não conseguir. (Diz Jane tranquilamente)

— Ok... (Ela fecha os olhos e força a sua mente ao máximo) Eu ouvi uma história da burca azul... (Dory)

— Lua azul! (Diz Jane)

— Isso! Depois eu... (Fecha novamente os olhos e força sua mente ao máximo) hoje eu abracei alguém... Não consigo lembrar quem, mas eu lembro perfeitamente da sensação quando nos abraçamos eu... Senti algo estranho, muito forte em meu coração, era um sentimento gostoso, que eu nunca senti antes! (Diz Dory pensativa)

Jane ficou pasma, a primeira coisa que passou por sua cabeça era uma possível atração, talvez ela estivesse gostando de alguém, era algo preocupante para uma mãe, se não fosse recíproco, ela sofreria.

— Quem você abraçou filha? (Pergunta ela curiosa)

— Não me lembro! Mas o que foi isso? (Pergunta Dori)

— Ainda é cedo para definir, mas pode ser... Sabe... Talvez, você poderia... Estar apaixonada! (Diz Jane, um pouco sem jeito)

— Apaixonada! (Diz pasmada) isso é bom, aí eu acho o amor lindo! (Diz Dory sorrindo

— O amor recíproco é lindo, estar apaixonada nesse contexto é maravilhoso! (Diz Jane sorrindo delicadamente)

— Quem tá apaixonada? (Pergunta Dory, que esqueceu novamente)

— Você filha! (Diz Jane sorrindo)

—Eu estou apaixonada! (Diz Dory euforicamente)

— Meu amor, vamos com calma, e analisar, quando lembrar quem é ele me diga. Precisamos saber se é recíproco, e se realmente está apaixonada por ele ou não. Só não quero que você sofra filha! (Diz Jane preocupada)

— Sofre pelo que? (Diz Dory, esquecida como sempre)

— Nada não pérola! (Diz Jane gentilmente, sorrindo)