Por que nos preocupamos tanto com a maneira que as coisas irão acabar, e quando irão acabar, se de qualquer forma, tudo acabará¿ 

Por que queremos evitar o inevitável¿

Por que damos tanta importância para problemas pequenos e até mesmo insignificantes¿

Por que não direcionamos a nossa energia para as "coisas" que nos fazem bem¿

Por que precisamos de mais e mais tempo? Sendo que, o tempo é algo abstrato, imutável, e não se pode controlá-lo.

Por que queremos estar no controle de toda situação¿

 Por que queremos tempo para, "ser" mais, "ter" mais, "fazer" mais?! Sendo que, não aproveitamos o tempo presente?

O passado insiste em nos perturbar. Mas, já não se pode ser passado, quando se torna presente. E por conseguinte, já se faz presente, as lembranças trazidas pelas sinapses do passado.

Mas, por que queremos evitar o desgaste inevitável das coisas¿

Por que, por que, por que?

Por que queremos tantas respostas¿

Por que almejamos somente "o alto", sendo que, a vida é um ciclo com altos e baixos?

Por que somos tão inflexíveis?

Por que, ao nos tornarmos adultos, nos transformamos em um grande poço de melancolia e medo?

Por que a linha é tênue, quando se trata de vida e morte?

Por que queremos apenas seguir e seguir?

Por que não nos desprendemos dos laços atemporais?

Por que não colocamos eternidade naquilo que fazemos?

Por que não damos valor aos pequenos gestos de amor?

Por que não damos valor a simplicidade da vida?

Por que evitamos tanto a mudança?

Por que nos tornamos tão apáticos e alheios ao mundo?

Por que procuramos tanto por garantias? Se, na nossa vida, nada é garantido.

Por que deixamos a vida passar, sem vivenciá-la de fato?

Por que fazemos promessas, que na maioria das vezes, não podemos cumprir?

Tais questionamentos se faz necessário para a nossa mudança.

Ah, a mudança. Essa dói.

Mudar dói, literalmente e fisicamente

Então, mude, mude sempre, pois só o que está vivo, pode ser mudado.