Devaneios de um(A)lma cansada escrita por Thaís
Notas iniciais do capítulo
Por que deixamos a vida pra depois?
Por que deixamos pra ser feliz no futuro?
Por que não vivemos o agora feliz?
Desde que nasci,
Enxerguei essa vasta imensidão,
com os olhos da vida e do coração.
Desde que nasci,
Sentimentos e emoções foram criados,
do útero da vida, onde cresci.
Nasci com a luz do amor
Transmitida no olhar,
de uma maneira bem singular.
A cada dia, a vasta solidão,
Tomava conta da minha alma,
um pequeno monstro,
do qual eu alimentava.
Desde que nasci,
procurei o sentido da vida,
na minha vida sem sentido.
E esta longa temporada,
me ensinou que dessa vida não levaremos nada.
Desde que nasci,
Tentei construir minha base,
Escalar meu pilar,
E durante o percurso, percebi,
Que, não adiantaria me ausentar,
Pois, sozinho, não chegaria a nenhum lugar.
Desde que nasci, carrego a solidão,
Onde se faz moradia a minha introspecção.
E por um período, por não falar a minha vida toda,
Andei fugindo da verdade,
Buscando somente a irrealidade
Vivendo em sonhos
para me acomodar,
e dessa maneira, eu fui deixando de sonhar.
Com isso, só não percebi
Que a vida passou como um lampejo de um raio.
O que eu farei agora¿
Nessa lastimável senilidade¿
O que farei com essa tal fragilidade,
que me abate sobre a idade?
Com os olhos de um velho eu enxergo este mundo,
Seco e quebradiço.
Ah, se eu pudesse voltar atrás,
que tamanho foi meu desperdício.
No leito eu me despeço,
De tudo aquilo que não fiz,
e de tudo aquilo que desfiz.
Hoje romperei as barreiras do tempo e espaço,
Levarei da vida apenas vontades e desejos
que deixei de conquistar pelo cansaço.
Desejos resguardados e vontade de viver,
uma vida que eu não pude ter.
Covardia a minha,
como eu me arrependo.
Pois, daria tudo
Pra voltar no tempo
e viver cada momento.
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