I Will Survive escrita por Iphegenia


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Boa madrugada!

Este é o último capítulo. Eu vou deixar para falar tudo nas notas finais, então leiam, please.

Até lá, boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/717482/chapter/30

Sentada sobre os calcanhares enquanto organizava um arranjo de flores coloridas, Regina observava uma Júlia de quatro anos retirar as partes secas do gramado que se estendia pelo túmulo de Luna. As duas o visitavam com alguma regularidade para mantê-lo em ordem e substituir as flores secas. Era uma forma de respeito pela ruiva, mas mais do que isso, elas gostavam de estar ali, onde seus pensamentos eram unicamente destinados à mulher e conseguiam sentir sua energia envolvê-las. Não era o único momento ou lugar onde isso acontecia, claro. Quando Júlia tropeçou nos últimos degraus da escada e passou uma noite em observação, elas sentiram Luna. Quando a menina, na última semana, fez sua primeira leitura em uma embalagem de sorvete de uva, Regina assegurou para a filha que Luna estava orgulhosa. Quando Regina entrou em uma cafeteria em Boston, próxima a pontos turísticos, e observou as diferenças entre os visitantes, ela também observou que um deles depositou um livro sobre o balcão antes de fazer o pedido e não podia ser de outro autor a não ser Alvares de Azevedo. A morena sorriu e roubou o livro quando o garoto se distraiu, pois ela ainda era uma garota má, afinal, e era apenas um dos poetas favoritos de sua ex-esposa.

Luna estaria sempre presente em seu pensamento. Não era um desejo ou uma negociação, era um fato. Mas esta não era a grande questão daquele momento, mas sim o amadurecimento dos sentimentos de Júlia. Na primeira vez em que estiveram ali após o sepultamento, a menina chorou e se agarrou à lápide recusando-se a ir embora. Na segunda vez, ela tentou cavar a terra com seus pequenos dedos para conversar com a mãe. Na seguinte, apenas deitou a cabeça no gramado tentando ouvi-la. Assim por diante, entendendo, aceitando, lidando com a morte do corpo, mas nunca da memória.

— Regina, precisamos ir.

A morena virou-se lentamente para encontrar Emma parada alguns metros longe. Com um sorriso de canto, a morena concordou com a cabeça e entregou o arranjo de flores novas para Júlia depositá-lo junto à lápide, para logo depois despedirem-se como sempre faziam: um beijo no ar, um aceno com a mão, “eu amo você”. Era o combinado entre elas, era o ritual de despedida. Até a próxima.

Regina pegou as flores secas que havia retirado do túmulo e caminhou na direção de Emma, logo atrás de Júlia que já havia corrido até a loira e se jogado em seu colo. Swan sabia que após estas visitas Júlia ficava sensível e quieta, por isso, sempre levava algum tipo de doce diferente. Regina, sempre tão regrada com a alimentação dos filhos, apenas aceitava. Aquele não era um combinado que a incluía. Era entre Júlia e Emma e ela não estava prestes a se intrometer.

Henry, geralmente, esperava no carro. Especialmente desta vez ele não estava presente. Regina acomodou Júlia na cadeirinha no banco de trás e assumiu o volante, com Emma ao seu lado, acelerando quando conferiu o relógio e percebeu que haviam demorado mais do que o previsto. Quando chegaram ao destino, Emma correu para o porta-malas e tirou a pequena bagagem onde estava o vestido de cada uma delas, enquanto Regina libertava Júlia, que apressou-se em pular no chão.

— Hey, vocês demoraram. – Henry correu na direção delas e recebeu a bagagem das mãos de Emma, como o cavalheiro que ele estava se tornando. – James está como um louco perguntando por vocês.

— Regina! – James acenou correndo na direção delas. – Céus, Regina, qual parte do “não se atrase” você não entendeu.

— Acho que não preciso perguntar se você está nervoso. – A morena segurou a mão de Júlia de um lado, de Henry do outro, e caminhou na direção da única casa localizada no raio de cinco quilômetros, com paredes brancas e telhado de cerâmica escura.

— Eu estava prestes a me casar sem as minhas madrinhas e a daminha que levará as alianças. Claro que estou nervoso. – O homem passava as mãos pelos cabelos, ajeitando-os enquanto o vento teimava em desordená-lo.

— Ainda faltam duas horas para o horário marcado e mais uma contando com o atraso da noiva. Tente relaxar. – Emma riu passando o braço pelo ombro de James e percebeu sua cintura ser envolvida por ele enquanto caminhavam.

— Vocês acham que ela pode desistir?

— Céus, James. É a Stef. Vocês estão juntos há uns seis anos e são insuportavelmente apaixonados um pelo outro. É claro que ela não vai desistir. – Regina soltou-se dos filhos e envolveu o rosto do amigo entre as mãos. – Siga o conselho da sua outra madrinha aqui e tente relaxar. Nós vamos nos trocar e te encontraremos mais tarde. Henry, por favor, tire-o de perto de mim.

Regina sorriu do bico emburrado do homem e caminhou em direção à casa, com a bagagem em mãos, entregue por Henry, enquanto Emma levava uma Júlia preguiçosa nas costas.

Emma nunca pensou que algum dia estaria vestida exatamente como Regina, mas uma vez que Stef decidiu que madrinhas e padrinhos com trajes iguais era moda, era assim que elas se encontravam naquele momento. O vestido era rosa pálido, cor reprovada por ambas, e o decote era no estilo rainha, o que fez Regina resmungar por horas todas as vezes em que precisavam prová-lo, pois acreditava que ela deveria ser a única a usá-lo no casamento já que não haveria outra rainha ali, desde que os noivos não haviam convidado Elizabeth II. Emma sorria para a lembrança enquanto calçava os saltos e ouvia a namorada explicar novamente para Júlia como ela deveria fazer ao entrar com as alianças.

— Agora, querida, vá ficar com seu irmão, ele trouxe papel e lápis. E, por favor, não se suje. – Regina acompanhou a filha do quarto em que usavam até a porta de saída da casa, observando-a caminhar até Henry.

— Você está tão linda que eu poderia despi-la. – Emma abraçou a rainha pelas costas, beijando a nuca da morena e lhe provocando um arrepio.

— Não posso dizer o quanto estou ansiosa para que isso aconteça. – Regina girou nos braços de Emma e plantou um beijo em seus lábios. – Após a cerimônia, claro.

— Então eu espero que não seja longa.

— Não será. – Regina passou os braços pelo pescoço da salvadora. – James está tão ansioso para despir Stef quanto você está para fazer isso comigo. – A morena prendeu os lábios de Emma entre os dentes antes de chupá-los e afastar-se relutante. – Não manche o meu batom, Srta. Swan.

— Eu. Claro. – Emma sorriu para o tratamento formal que Regina usava de modo tão sexy quanto era capaz. – Para evitar que eu destrua seu rosto perfeitamente maquiado, venha aqui, trouxe algo para nós. – A loira caminhou até a bagagem e tirou de lá duas garrafas. Regina franziu a testa até reconhecê-las e, então, sorriu. – Um ano atrás você me disse que, na data de hoje, deveríamos quebrar as garrafas e ler os nossos desejos.

— Para saber se foram realizados. – Regina completou caminhando até a loira e conferindo na rolha qual era a sua antes de tomá-la. – Vamos quebrá-las.

Caminharam até a parte de trás da casa, afastadas de onde a festa aconteceria para que ninguém se machucasse com os cacos que resultariam daquela tradição. Mantiveram os dedos entrelaçados, o calor das mãos transmitido de uma para a outra, as fazendo sorrir enquanto se olhavam, sem prestar muita atenção ao caminho que faziam.

— Então hoje eu vou, finalmente, descobrir o que você desejou? – Emma soltou-se da rainha e apertou a própria garrafa com as duas mãos.

— Mais importante do que isso, você vai descobrir se realizou-se.

Regina contou, com os dedos, até três e, juntas, atiraram as garrafas no chão a uma distância segura. Caminharam sobre os saltos até os respectivos papéis. Emma abriu o seu imediatamente exibindo o “Nós” do qual Regina já tinha conhecimento.

— Não poderia ter se realizado de forma melhor. – Swan abraçou Regina pela cintura, beijando os lábios da morena de forma casta. – Vamos, Regina, me mostre o seu. – A loira sorriu nervosamente, falhando em disfarçar sua curiosidade.

Regina afastou-se e abriu o papel longe dos olhos de Emma, criando um suspense proposital, apenas para deliciar-se com o quão adorável sua namorada era. Quando o girou para que Emma pudesse ler, o sorriso que se formou nos lábios rosados chegou até os olhos esmeraldas, embaçando-os com lágrimas emocionadas.

— Eu anotei primeiro, então, sabe, eu acho que você me copiou. – Regina provocou vendo a loira capturar o papel de seus dedos e lê-lo mais uma vez, como que certificando-se de que seus olhos não estavam enganados.

— “Nós”? Isso foi o que desejou?

— Isso é o que eu preciso. De nós.

Ignorando completamente a regra de não borrar batons, as mulheres se beijaram. Um beijo que era mais do que um simples toque de lábios em demonstração de afeto. Sempre fora mais. Desde o primeiro, todos eles eram significativos, simbólicos e importantes para a construção do relacionamento e dos sentimentos que cresciam mais fortes a cada minuto. Suas almas se emaranhavam sempre que seus lábios se tocavam, seus corpos queimavam e Emma pressionava Regina contra seu corpo desejando fundi-las, pois a proximidade nunca era o suficiente. Elas poderiam explodir uma nos braços da outra.

Após longos minutos, encerraram o beijo com selinhos delicados e encararam-se com sorrisos fáceis deslizando por seus lábios ao visualizarem as manchas vermelhas por ambas as bochechas. Mergulhadas cada uma no olhar da outra, não notaram quando Júlia aproximou-se e as observou. Imitando perfeitamente a mãe, a menina coçou a garganta e, quando recebeu atenção das mulheres, sorriu amplamente e estendeu um bracinho indicando-lhes uma folha de papel.

— O que tem aí, querida? Um desenho? – Regina caminhou até a filha, a suspendendo pelos braços até estarem ainda mais distantes dos cacos de vidro e colocando-a novamente no chão.

— Sim. E Henry me ajudou a escrever. – A menina manteve o braço estendido na direção das mulheres, não escolhendo para qual delas entregá-lo.

— Oh! Deixe-me ver o que você preparou desta vez. – Emma sorriu terna e agarrou o papel das mãos da pequena.

Haviam cinco figuras. Emma identificou facilmente qual era ela. O único palitinho que tinha uma nuvem amarela em cima. Ao seu lado direito estava Regina, que ela identificou pelo vestido preto e as linhas da mesma cor no topo do palitinho, que seria, provavelmente, o cabelo sempre bem penteado da rainha. Ao lado de Regina estava Henry. Na outra extremidade, ao lado esquerdo dela, estava Júlia, o menor palitinho de todos, com outra confusão de riscos em sua cabeça. Todos de mãos dadas. No topo da página, outro palitinho, mas Emma notou que este era diferente, ele possuía asas e os fios de seu cabelo foram feitos com lápis vermelho. Era Luna. Iniciando no canto superior esquerdo, as letras se estendiam até pouco mais da metade da folha. Emma estreitou os olhos, forçando-se a identificar a palavra. Isso levou alguns segundos, mas quando o fez, as lágrimas que haviam embaçado seus olhos minutos antes, finalmente escorreram por seu rosto.

A loira abaixou-se para ficar da altura da menina e a envolveu em um abraço enquanto entregava a folha para Regina. A rainha esticou o papel para analisar o que havia nele. Acostumada com as tentativas de escrita da pequena, Regina facilmente decifrou o que as letras diziam: Família. Depois de analisar cada uma das figuras, a morena abaixou-se para participar do abraço. Henry, que observava tudo de certa distância, pois foi acompanhar a irmã até que encontrassem as mulheres, caminhou até elas e as envolveu em seus grandes braços adolescentes.

— Como é chorona! – O garoto debochou da mãe quando todos já estavam de pé, com Emma sustentando Júlia no colo e enchendo sua bochecha com beijos estalados, fazendo a menina gargalhar e contorcer-se.

— Não me provoque, garoto. – Emma interrompeu o que fazia apenas para recriminá-lo.

— Estou dizendo alguma mentira, mãe? – Henry encarou Regina com toda a superioridade de um príncipe, fazendo a morena sorrir.

— Nenhuma, querido.

Emma interrompeu novamente os beijos em Júlia para mostrar a língua para os dois e ser, logo em seguida, recriminada por Regina. Desculpando-se, a loira aproximou-se da morena e plantou um beijo em seu rosto esforçando-se para manter uma expressão angelical. No entanto, quando virou-se para Henry, o viu presenteá-la com um bico exagerado e o nariz franzido diminuindo o tamanho dos olhos, balançando levemente a cabeça de um lado para o outro, em um gesto que a loira viu dezenas de vezes entre os outros três, mas nunca, em momento algum, havia sido direcionado para ela. Recordou-se de quando o viu sendo compartilhado por Regina e Henry em sua cozinha, quando preparavam pizza, e seu entendimento de que aquela era uma implicância entre os membros da família. Regina, Henry e Júlia. Era “a coisa” da família Mills. Emocionada, Emma precisou de alguns segundos, mas finalmente fez a expressão. O bico. O nariz franzido. Os olhos pequenos. O balançar da cabeça. “A coisa” da família Swan Mills.

***

A renda branca comprida caminhou pelo tapete de veludo vermelho, unindo-se fisicamente ao terno cinza diante do altar para, enfim, unirem suas almas. O sol estava brando, a brisa balançava suavemente os fios dos cabelos dos noivos, a grama esverdeada fazia-se palco da celebração do amor e a vista das árvores que cercavam o local emocionava qualquer convidado que se atravesse a lhe admirar. No entanto, Emma mantinha os olhos presos na única pessoa com quem, um dia, pretendia unir-se de tal forma. Os olhos castanhos marejados, as mãos unidas a frente do corpo, os fios lisos enfeitados por um lírio branco preso por sua orelha e a pele oliva perfeitamente iluminada.

Só quando os convidados irromperam em palmas é que Emma percebeu que o ansiado “sim” havia sido dito pelos noivos. Libertando seus dedos do entrelaço que se formou durante a apreciação que fizera de sua namorada, a loira os acompanhou enquanto buscava focar o olhar nas duas figuras que protagonizam aquela tarde. O sorriso de Stef cortando o rosto e as lágrimas rasas que escapavam dos olhos de James levaram aqueles que acompanhavam a cerimônia do próprio altar a aproximarem-se em um abraço grupal, incluindo Emma e Regina. Durante aquele ano que já durava o namoro das duas, a salvadora aproximou-se do homem e descobriu, finalmente, o porquê de Regina ser tão apaixonada por ele e, inevitavelmente, haviam formado um quarteto quase inseparável. James, Regina, Stef e Emma. Dentre os outros integrantes daquele abraço, eles buscaram o olhar um do outro enquanto os sorrisos que se formavam em seus lábios cresciam cada vez mais até gargalharem da emoção que o outro estampava. A felicidade de um era a felicidade do outro.

Separaram-se para dar espaço aos recém-casados e eles logo tornaram-se alvo de flashs incansáveis. Dessa vez Emma conseguiu se manter concentrada neles, apesar de tentada a abraçar e beijar Regina que estava parada ao seu lado, com seus calores se misturando. Assistir a felicidade dos amigos causava-lhe felicidade imensa, mas também uma certa urgência. Urgência em interromper seus pensamentos e ponderações e deixar que a pergunta pulasse logo de sua boca nos braços da namorada. Urgência em dormir todos os dias com o corpo embalando a morena que tanto amava. Urgência em dar e receber o estimado beijo de bom dia em cada nova manhã. Urgência em tropeçar nos lençóis procurando as peças de roupa enquanto pedia aos filhos – sim, filhos, no plural – para esperarem até que entrem no quarto. Urgência em dividir a cama com as três pessoas que mais ama na vida. Urgência em prometer dedicar o resto de sua vida a Regina. Urgência para que o “resto da vida” começasse logo.

Cortando seu devaneio, Emma viu o buquê deixar as mãos de Stef e sobrevoar todos que saltavam, em vão, para agarrá-lo. As flores coloridas que compunham o ramalhete giravam de forma quase hipnótica, forçando-a a acompanhar o seu trajeto até que finalmente colidiu com um par de mãos. Mãos que Emma reconheceria em qualquer lugar, a qualquer distância. Subindo os olhos, a loira deparou-se com o semblante surpreso de Regina. Os olhos mais abertos, as sobrancelhas erguidas uniformemente, a boca levemente aberta, embora sorridente, e as bochechas rosadas a medida que recebia olhares de todos. Emma sabia que Regina sequer levantaria os braços na intenção de capturar o buquê, mas ainda assim, lá estava ele, em suas mãos.

Com um sorriso tímido e demasiado cativante para que as pernas da loira se mantivessem firmes, Regina girou o tronco em sua direção conectando suas írises brilhantes. Permaneceram assim, cativadas uma pela outra, olhando-se como se fosse a primeira vez, se apaixonando novamente, redescobrindo o amor.

Quando a música que iniciava a festa soou, Emma libertou a respiração que vinha prendendo e aproximou-se de Regina, tocando-lhe as mãos unidas que sustentavam o arranjo florido.

— Você diria sim?

— Todas as vezes. Todos os dias.

Regina envolveu o pescoço de Emma e colou seus corpos, balançando-os. A loira descansou as mãos na cintura de Regina, deslizando-a lentamente até as costas e colou seus rostos. Ao final da canção, permaneceram abraçadas sentindo o cheiro que vinha da outra até que a próxima música começasse. Quando a melodia chegou aos seus ouvidos, o sorriso de Emma cresceu até que a ponta de seus lábios tocasse a bochecha de Regina, que também sorria. Imediatamente imagens da primeira vez que compartilharam um momento como aquele invadiram suas mentes, como um filme clássico e inesquecível.

— É bom ter alguém para conversar enquanto cozinho. Geralmente eu canto e danço, mas... - Regina abandonou a frase ao vestir o avental e usou as luvas térmicas para tirar o bolo do forno e o colocou em cima da bancada.

— Mas o quê?

— Mas eu não vou cantar e dançar agora.

— E por quê?

— Como “por quê”?

Emma observou Regina habilmente retirar o bolo da forma e colocar em um suporte de vidro.

— O que você costuma ouvir? Me fala um cantor do qual gosta.

Hum... David Bowie?

— Sério? - Emma riu retirando o celular do bolso. - Vou pegar uma no YouTube.

— Swan, eu não vou fazer isso. - Regina mordeu os lábios quando ouviu a melodia conhecida. - Não vou mesmo.

Emma separou seus corpos apenas o suficiente para que conseguissem encontrar o ritmo da música.

I, I will be king

(Eu, eu serei rei)

 

And you, you will be queen

(E você, você será rainha)

 

Though nothing will drive them away

(Embora nada, nada vá nos afastar)

 

We can beat them, just for one day

(Nós podemos vencê-lo, apenas por um dia)

 

We can be heroes, just for one day

(Nós podemos ser heróis, apenas por um dia)

 

— Regina? – Emma interrompeu seus passos e levou uma mão ao queixo da namorada para erguê-lo.

— Sim, querida. – A morena assistiu a loira afastar mais seus corpos e abrir a mão mostrando dois pequenos pedaços de papéis que segurara durante toda a cerimônia, onde haviam o “Nós” de cada uma delas. Delicadamente, Emma os modelou.

— Regina, você aceita ser minha rainha?

Emma assistiu os olhos de Regina crescerem e inúmeros sentimentos passarem por eles. Atenta, ela viu quando o rosto de Regina suavizou, viu quando o sorriso se abriu tímido até compor boa parte de seu rosto, viu quando lágrimas brotaram em seus olhos castanhos, e, finalmente, viu quando seus lábios pronunciaram o “sim” emocionado. Lentamente, Regina tomou as alianças feitas de papéis e encaixou uma no próprio dedo antes de deslizar a outra pelo anelar da loira.

— Eu serei a sua rainha e você será a minha.

 

"O mundo está cheio de mágica, você só precisa acreditar nela. Então, faça seu pedido. Você o fez? Ótimo. Agora acredite nele, com todo o seu coração" — One Tree Hill.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Primeiramente eu agradeço a todos que chegaram até aqui. Vocês são incríveis, inspiradores e me fizeram muito feliz com o acompanhamento e o feedback. Foram 30 capítulos, 198 páginas de Word e 107.113 palavras. É muito mais do que eu estava planejando. Eu comecei esta fic em dezembro e planejava terminá-la naquele mesmo mês, mas ela se alongou, se alongou, se alongou e cá estamos, três meses depois. Mas eu não me arrependo, ao contrário, me orgulho deste trabalho, me orgulho de ter me dedicado a esta fic e ter compartilhado com vocês. Valeu a pena. Valeu muito a pena. Vocês são incríveis e eu desejo voltar a dividir ainda mais com vocês. Dividir não, multiplicar o meu amor por este ship com cada um de vocês por meio das amadas fics. Nós, Swens, somos mais do que um fandom, do que público, somos uma família. Lembrem-se sempre do que a Lana disse aqui, em solo brasileiro: "Às vezes não temos uma família para nos apoiar, mas nós criamos nossa família. Vocês todos têm um ao outro e quando vocês se sentirem sozinhos ou com medo, cheguem um no outro, porque como seres humanos, temos a capacidade de ajudar, amar e apoiar. E todos vocês têm feito isso com grande sucesso".

Eu espero que tenham gostado da fic como um todo, que não tenha sido uma perda de tempo completa acompanhá-la, que tenham apreciado passar este tempo comigo e que estejam dispostos a me acompanhar mais vezes. Por favor, favoritem e recomendem se acharem que esta Emma e esta Regina merecem, se acharem que este amor vale a pena.

Mais uma vez, muito obrigada a cada um de vocês. Beijooooos no coração ♥