Katie Rowell - Estudante de Hogwarts escrita por Emiko


Capítulo 55
Capítulo 55 – Emoções e reflexões


Notas iniciais do capítulo

Um pouco mais sobre as amizades de Katie...
Boa leitura ;)



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Saindo da sala da diretora da Grifinória, Katie e Gui, acompanhados de Minerva, desceram a escadaria de mármore para o Salão Principal. Ao se aproximarem do corredor do Salão, se depararam com o poltergeist Pirraça, que flautava de costas no ar, fazendo malabarismo com alguns gizes enquanto cantarolava:

Ah, Weasley e Rowell, não fizeram nada cortês.

Não se pode enfeitiçar os coleguinhas de uma vez.

Muitos acham a princesinha Rowell certinha,

Mal sabem, que fora o Weasley que passou pela linha...

— Já chega, Pirraça! – vociferou a Profª Mcgonagall e Pirraça saiu voando de costas, deixando cair vários gizes sobre Katie e Gui. – Oh! Terei que conversar depois sobre isso com Alvo, estas brincadeiras podem um dia passar dos limites.

Já na porta do Salão, podiam ver um mar de chapéus cônicos e pretos; cada mesa das casas estava lotada de estudantes, os rostos iluminados por milhares de velas que flutuavam no ar acima deles. A Profº McGonagall dirigiu-se ao seu lugar ao lado do diretor, que não era o único lugar que estava vazio à mesa dos professores e funcionários, havia uma cadeira desocupada na ponta da mesa, que deveria ser do rígido professor de Poções.

Katie e Gui seguiram na direção da mesa da Grifinória, o mais silenciosamente possível para se sentarem ao lado de Rose. No entanto, vários estudantes viraram a cabeça para olhá-los passar pelo fundo do salão, e alguns Sonserinos apontaram para Katie, principalmente Raven Oris, com uma expressão de deboche e glória. Seria possível que desta vez, Raven sairia ilesa do que fez?, perguntou Katie para si mesma quando encarou a Sonserina.

Os dois amigos não demoraram a sentar, um de cada lado de Rose, que havia guardado seus lugares e se mostrava preocupada.

— Onde vocês estavam? – Perguntou a loira quando seus amigos se sentaram.

— Estávamos conversando com a Profª McGonagall. – Respondeu o ruivo, que começou a servir de costelas de porco.

— Sobre o quê? – Tornou a perguntar a loira.

— Você...- Dizia Katie enquanto se servia com bolinhos de carne. – você não viu a confusão quando chegamos aqui?

— É claro que vi, algum idiota jogou uma bomba de bosta do meu lado! – Exaltou-se Rose.

— Psiu, não precisa gritar. – Disse prontamente Gui quando observou vários alunos pararem de comer e observar a mesa da Grifinória.

— Desculpa... e o que vocês estão olhando, perderam alguma coisa aqui? – Disse Rose para os alunos curiosos da Sonserina.

— Rose, não começa. – Disse Katie.

— Tá bom...mas voltando ao assunto, depois que um idiota jogou aquela bomba, tive de sair correndo e tentar me limpar, ainda bem que a Marissa Skeeter estava lá para me ajudar, ela é uma ótima bruxa, deixou as minhas roupas novinhas em folha. – Disse a loira sorridente.

— É mesmo? Porque para nós ela não é flor que se cheira. – Respondeu Gui.

— Como assim?

— Pode deixar que eu explico. – Disse Katie ao observar que Gui estava ansioso para comer.

A castanha começou a lhe explicar aos cochichos a confusão feita por Raven na estação em Hogsmade, e comentando a estranha azaração feita pela mesma, a qual Katie nunca havia lido em um livro de Hogwarts.

— Oras, ela deve ter lido algum livro da sessão reservada. – Conclui Rose.

— Não, certeza que não. Se não eu saberia, afinal, já li todos os livros de feitiço da biblioteca. – Respondeu a castanha após bebericar seu suco de abóbora.

— Até os da sessão reservada? – Perguntou, espantada, a loira.

— Sim, fiz isso ano passado quando... – Dizia Katie, quando percebeu que ainda não havia contado a Rose sobre suas pesquisas de Oclumência.

— Quando? – Tornou a perguntar a amiga.

— Quando eu e Gui estávamos pesquisando sobre... – Katie não pôde concluir sua fala quando o diretor se ergueu para falar. – depois eu te conto.

Todas as conversas cessaram e várias cabeças viraram para o diretor, que estava com um sorriso radiante para os estudantes.

— Bem, agora que estamos devidamente alimentados com este magnífico banquete, tenho algumas considerações para este novo trimestre. – Os olhos do diretor começaram a faiscar. – Primeiro, bem-vindos de volta e espero que tenham tido um devido descanso nesta pequena pausa. Segundo, pela milésima vez, o Senhor Filch lhes adverte que não é permitido praticar magias nos corredores, muito menos andar por eles durante a madrugada, assim como é proibido andar pela propriedade, principalmente a floresta proibida, se não quiser sair ganhar dolorosas cicatrizes. - O diretor pigarreou levemente. – Terceiro, devido aos atuais acontecimentos, quero que saibam que estamos procurando o real culpado do desaparecimento de pertences pessoais, tanto do corpo docente, quanto do corpo discente, e sugiro que se alguém notar qualquer coisa estranha, comunique imediatamente a algum funcionário. E por último, desejo a todos um excelente início de trimestre, e também, que os alunos de NOM’S e NIEM’s  se esforcem para esta nova etapa da vida acadêmica, pois dela vocês irão colher vários frutos.

Os olhos extremamente azuis de Dumbledore percorreram os rostos dos estudantes e, por fim, tornou a sorrir. Katie percebera que ele, por algum motivo, esquecera de pronunciar sobre a falta do professor de Poções.

— Mesmo falando que o longo discurso havia acabado, tenho mais um comunicado, a todos que perceberam, e aqueles que não notaram, esta semana teremos a falta do Professor Snape, no entanto, ele os deixou alguns afazeres, que deverão ser entregues na sua semana de regresso. – Os alunos, zangados, começaram a cochichar, e o diretor tornou a pigarrear. – Assim, finalmente, suas camas estão à sua espera, quentes e confortáveis, e sei que a sua maior prioridade é descansar para as aulas de manhã. E agora, hora de dormir.

Com um estardalhaço de bancos afastados e centenas de estudantes foram parra a saída do Salão Principal, Katie e o restantes dos monitores seguiram a frente para diminuir a algazarra e confusão de centenas de alunos saindo ao mesmo tempo pela porta.

— Oh, olhem para mim, como sou importante. – Disse Raven quando se aproximou de Katie.

— Eh, olhem, como eu ajudo a escola, sou tão útil, porém tão frágil. – Disse Laren ao lado de Raven, ambas com os rostos felizes e travessos.

Katie fingiu não as ouvir e continuou com o seu trabalho, mas elas continuaram a implicar e empurrar os demais alunos da Grifinória.

— Será que vocês podem parar? – Disse Katie, impaciente.

— Olha Raven, parece que a nossa realeza finalmente pode conversar com pessoas como nós.

— Definitivamente Laren, a coroa de Rowell está aos poucos se desfazendo. – Disse Raven, que por fim, saiu empurrando Katie e seguindo para junto dos alunos da Sonserina.

Alguns alunos da Grifinória encaravam Katie, e outros começavam a cochichar, até que apareceu no meio deles, Robert King, encarando a menina e verificando se nada de mais havia lhe acontecido.

— Elas são muito infantis. – Disse o menino para a castanha, e depois voltou a atenção para os outros alunos. – O que vocês estão fazendo parados aí? Direto para seus dormitórios.

— Eh...obrigada pela ajuda, mas acho que eu devia fazer isso. – Disse Katie, sem jeito.

— Ah, foi mal...mas não precisa ser assim, eu sei que você é uma pessoa forte. – Respondeu o loiro, dando um sorriso charmoso que fez Katie corar.

— Ah...o-obrigada. – Respondeu a castanha, atônita.

— Não há de que. E se precisar de alguém que te ajude, pode me chamar. Eu posso até falar com o Profº Snape sobre a Raven.

— Nossa, isso ia ser de grande ajuda, King...

— Robert.

— O quê?

— Me chame de Robert, King é muito formal. Será que eu posso te chamar só de Katie, Rowell? – Perguntou o menino, corado.

— É...Ok, sem problemas. – Respondeu a menina, sem jeito.

— Ei Katie! Será que dá para vir logo? Ainda temos que pegar a senha com a mulher gorda! – Disse Gui, fazendo com que Katie despedisse de Robert e fosse para junto dos demais alunos da Grifinória. – Então, o que você estava fazendo lá atrás com o King? – Perguntou o amigo.

— Nada, ele só estava querendo ajudar. – Disse a menina, ainda um pouco confusa.

— Sei...cuidado com ele viu Katie, para mim ele ainda é suspeito, pode até estar querendo brincar com você como a Oris. – Sugeriu o ruivo.

— Já sei, vou tomar cuidado.

Passaram pelos corredores, e ao longo destes ouviam os murmúrios das pessoas nos retratos, pareciam bastantes animados em fofocar sobre os últimos acontecimentos em Hogwarts. Subiram as diversas escadas até pararem no fim do corredor, onde estava a mulher gorda.

— Senha? – Perguntou ela.

— Pelúcio saltitante. – Respondeu Gwen, que estava na frente da comitiva de alunos.

O retrato se inclinou para frente e todos passaram pelo buraco, exceto Gwen, que ficou fazendo perguntas para a mulher gorda.

“Então, ela chegou aqui chorando?”, foi a única pergunta que Katie pôde ouvir antes de chegar na sala comunal. Seria de Eliza que elas estavam conversando? A castanha não havia visto sua prima na hora do jantar, muito menos pôde ver ela no trem. Estava preocupada com a situação de sua prima, queria conversar com ela, saber como estava se sentido, porém considerava falar com ela outro dia, para que pudesse descansar.

— Katie, pode deixar que hoje eu fico de vigia. – Disse Gui, tirando a menina de suas reflexões.

— Ah...está bem...se quiser eu posso. – Respondeu a menina, decidida.

— Não, pode deixar, você está cansada e precisa dormir. – Respondeu o ruivo. – Vejo vocês duas amanhã, boa noite. – Disse Gui, se despedindo delas, sendo encarado por Rose, que aparentava estar esperançosa por algo.

— Noite. – Disse Rose, mal-humorada.

— Boa noite para você também. – Respondeu Katie, que depois encarou a amiga. – O que você tem?

— Ah? Nada...por quê? – Disfarçou a loira.

— Que estranho, você parecia distante agora, não sei...deixa para lá.

— O Gui está certo, você precisa descansar. – Disse Rose, começando a subir a escada para o dormitório feminino. – Mas antes, vamos continuar o que estávamos falando na hora do jantar.

 Juntas, elas foram para o dormitório, colocaram seus pijamas e ficaram sentadas na cama de Katie, que começou a contar sobre a época em que ela e Gui estavam pesquisando sobre Oclumência, como eles treinaram e quando Katie foi pega pelo Prof. Snape na biblioteca no final do quarto ano letivo.

— Eu não acredito. Vocês dois fazendo isso, escondidos...e ainda mais, não me falaram nada. – Disse a menina, contrariada.

— Calma, eu sei que foi uma falta de consideração o que a gente fez, mas procura entender Rose...se não tivéssemos feito isso o Prof. Snape iria descobrir bem mais rápido o que eu e Gui estávamos fazendo. Você não concorda?

— Vocês acham mesmo que eu iria contar para ele o que estavam fazendo? – Perguntou Rose, ofendida.

— Não, é claro que não. Você está entendo errado. – Respondeu a castanha tentando controlar a situação. - Se tivéssemos contado isso para você, seria mais fácil dele descobrir. Você não tem ideia de como foi difícil para mim e o Gui esconder os nossos pensamentos dele, seria muito difícil para você também concentrar e controlar suas emoções e pensamentos.

— Oras, e vocês acham que eu não conseguiria fazer isso? A própria Carolyn disse que sou bastante capaz de aprender inúmeros feitiços e azarações avançadas.

— Não duvidamos do seu potencial, Rose. Só que naquela época, você...você não era tão confiante como agora é em DCAT. Lembra do combate contra o Gui? Você nem conseguiu se defender...

— É, mas agora é diferente. Estou tão boa quanto ele.

— É claro que está. Você é uma ótima bruxa, só faltava você despertar confiança no seu potencial. E foi tudo graças a Carolyn. – Disse a castanha bondosamente.

— Sim...ela é um anjo. Acho que nunca vamos ter uma professora melhor que ela. Torço para que seja ela que substitua o Snape essa semana. – Disse a loira com os olhos castanhos brilhando.

— Por quê?

— Porque as aulas serão mais divertidas do que as do morcegão. – Respondeu a loira, tendo a confirmação de Katie. – Falando nele, estive pensando numa coisa.

— O quê?

— E se foi ele quem ensinou aquele feitiço para a Raven. Afinal, não é ele que é fissurado em Artes das Trevas e faz de tudo para querer o cargo de professor de DCAT?

— Lá vem você de novo com essas especulações...

— Não Katie, não fale assim. Pense, tudo se encaixa. O Snape, a Raven, e esse tal feitiço.

— Acho que você está delirando. Eu me lembro bem que, na época que a Oris enfeitiçou o balaço, o Prof. Snape foi bastante severo com ela.

— Mas Katie, agora os tempos são outros! Você não acabou de me contar que ele ficou furioso em saber que você sabia do passado dele?

— Sim, mas...

— Então! Do jeito que ele é, deve estar querendo vingança. E juntando uma cobra venenosa com outra, o resultado dessa combinação é clara: não sairá nada de bom.

— Rose, olha o que você está dizendo, desde quando um professor se junta com um aluno para algum mal? Por favor, pare com essa implicância toda.

— Pare você em defender as pessoas ruins, Katie. Você é a única que não quer perceber que o Snape é...e sempre será...um bruxo das trevas! – Exaltou-se Rose, acordando Mirella Wood, aluna do mesmo ano de Katie e Rose. – Ah, me desculpe.

— Sem problemas. – Disse Mirella. – Mas por favor, se querem discutir sobre se o Snape é bom ou mal, falem mais baixo. – Acabando de falar, a menina voltou a dormir.

— Viu o que você fez? Melhor parar com essas acusações antes que cheguem nos ouvidos de quem não precisa. – Disse Katie, esgotada.

— Então pelo menos me escute, antes que eu faça outros escutarem. – Replicou a loira, decidida.

— O que mais que você quer falar?

— Que antes da gente sair da casa do Gui, recebi uma carta da minha mãe.

— E?

— E que ela me informou que um antigo seguidor de Você-Sabe-Quem, será solto de Azkaban no início desse ano. – Quando ouviu isso, Katie ficou em silêncio, ora encarava a janela, onde repentinamente pode ver a chuva caindo, ora as luzes do quarto ficarem fracas.

— E quem era esse antigo seguidor? – Perguntou a castanha, aflita.

— Não sei, mamãe não pôde informar. Ela teve medo da carta ser extraviada. Mas, acho que você pode confiar em mim, que provavelmente, Snape foi se encontrar com ele.

Katie não soube o que falar, ficou parada, encarando a amiga e refletindo o que acabara de ouvir. Seria verdade, Snape ficaria de fora da escola por uma semana. E a própria Profª McGonagall havia afirmado, eram problemas pessoais.

— Então Katie, confia ou não em mim? – Perguntou a loira, tirando a castanha de seus pensamentos.

— Um...um pouco do que você falou é sensato. – Disse Katie, em um tom aflito de voz. – Acho que devemos tomar cuidado.

— Sim, era isso que eu queria que você e Gui percebessem. Mas acho que com ele vai ser mais fácil.

— Por quê?

— Digamos que...nossa amizade está mais firme que nunca. – Respondeu a loira feliz.

— Espera...isso explica por que você estava com aquela cara na sala comunal.

— Hum? Que cara?

— A de boba apaixonada. – Respondeu a castanha, recebendo como resposta um soco no ombro de Rose. - Ei!

— Você que pediu. – Replicou Rose, agora menos corada - E eu não tenho cara de apaixonada. Só...de felizarda.

— Hum, sei...mas me conta, vocês estão namorando agora? Quem que teve a coragem de se declarar?

— Calma...não é namoro ainda. Estamos começando a nos entender melhor. E para você saber, declaramos ao mesmo tempo.

— Quando?

— No dia de Natal. Você estava dormindo e eu decidi ir para sala, estava bastante frio e queria me esquentar na lareira. Quando cheguei lá, Gui havia pensado a mesma coisa. Ficamos juntos, conversamos e depois de algum tempo, aconteceu.

— O quê?

— Oras Katie, nos beijamos. – Respondeu Rose.

— Ah...tá...mas, do nada?

— Pombas! É claro que não foi do nada. Vou contar melhor. Estava com bastante frio, aí ele me ofereceu um abraço. E estávamos tão pertos que acabamos nos beijando. – Relatou a loira, rubra. - Fiquei tão feliz.

— É, dá para imaginar. – Disse a castanha. – Demorou mas chegou o dia em que vocês dois ficariam juntos.

— Sim...mas não fique triste.

— Oras, por quê? – Perguntou a castanha, confusa.

— Porque logo seu príncipe vai chegar, quero dizer, eu seu REI vai se mostrar. – Disse Rose sorridente fazendo a castanha ficar mais confusa.

— Eu, não sei o que você está falando.

— Depois sou eu que sou a obtusa. – Rose deu um longo suspiro. – Acho que você deve estar cansada, melhor dormirmos.

— É, acho bom mesmo. – Disse Mirella. – Vocês não sabem falar baixo heim.

— Desculpa. – Disse Katie. – Bem, boa noite.

— Noite. – Respondeu Mirella.

— Boa noite. – Respondeu Rose, apagando as luzes do quarto.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Façam uma autora feliz comentando pfv!!!
E também, se está querendo ler alguma coisa light, vejam a história que estou escrevendo para o desafio das Drabbles: https://fanfiction.com.br/historia/744249/A_Dama_do_Lago/

Abraços e até semana que vem o/



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