Meu destino é você. escrita por Drica Mason


Capítulo 17
Chapter #17


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente.
Boa leitura!!



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Eduardo. Bônus. 

Eu simplesmente não consigo tirar Alana da minha cabeça, e pra falar a verdade nem fiz tanto esforço. Gosto dela; gosto de olhar para ela, gosto da forma que me sinto atraído e gosto ainda mais da forma que trata meus filhos. E acabei tendo a prova de que ela os ama de verdade no momento em que entrou no meu escritório e jogou a realidade na minha cara. Enquanto ela falava eu só conseguia pensar no quanto aquela mulher era incrível e no quanto queria beija-la.

Juro que se eu não tivesse um problemão para resolver teria perdido o controle, totalmente. 

Mas eu tinha algo mais importante, meu filho. Eu precisava compensar Bruno por ter agido de forma babaca e covarde com ele. Precisava mostrar que ainda estava ali e era o pai que meus filhos sempre mereceram. Depois que Alana saiu acabei tendo uma ideia. Porém, eu faria uma viajem de quatro horas, não chegaria a tempo na festa. 

E como previ, era tarde demais quando cheguei, a festa havia acabando. Eu subi rapidamente as escadas e fui até meu quarto, coloquei a caixa com o presente de Bruno em baixo da minha cama e então segui para o quarto dos meninos. A cena que acabei presenciando me deixou ainda mais encantado pela babá dos meus filhos, ela estava limpando minha barra com Bruno dizendo que eu tive que enfrentar um exército Stormtrooper.

Meu lado nerd foi à loucura.

Acabei interrompendo a conversa dos dois e quando Bruno notou minha presença acabou me perguntando se eu havia conseguido derrotar os Stormtroopers enquanto conversava com Bruno, consegui notar a decepção que Alana estava sentindo em seus enormes olhos castanhos. Diabos, devia ter dito a ela onde ia, me explicado, assim não sentiria meu coração tão agitado ao vê-la me olhando dessa forma.

Decidi esquecer no momento aquele olhar, no momento tinha que me desculpar com Bruno, ele e Diego são as pessoas mais importantes do mundo, se eu magoá-lo nunca vou me perdoar. Caminhei até ele e o peguei no colo, lhe dei um abraço apertado, do tipo que lhe transmitisse todo amor e segurança do mundo. Desejei feliz aniversário e garanti que tinha derrotado todos os Stormtrooper.

Falei para Bruno ir chamar Diego para então eu dar o presente que havia escolhido. O pequeno saiu correndo atrás do irmão, deixando apenas eu e Alana sozinhos no quarto. Olhei para ela que estava parada de braços cruzados e pensativa, acabei me aproximando sem que notasse e com um tom de voz suave lhe pedi desculpas. Alana me encarou séria, fazendo meu coração ficar aflito dentro do peito. Acabei pedindo se estava brava comigo e sua resposta foi curta e grossa.

Sim, ela estava com raiva e deixou bem claro. Mas não foi só isso que me pegou de surpresa, e sim Alana mencionar a louca mimada da Beatriz. Aquela desgraçada esteve na minha casa depois de eu praticamente colocar uma ordem judicial contra ela. Deixei bem claro que não a queria perto dos meus filhos e ela aparece na minha casa. Aquela mulher me paga.

Depois de acabar deixando escapar que sabia sobre Beatriz estar na cidade os meninos entraram correndo no quarto. Conversaria com Alana depois, agora queria saber se Bruno ia gostar do presente. Deixei os três no quarto e fui atrás da caixa, a peguei em meu quarto e voltei rápido para o dos meninos.

Quando Bruno retirou o filhote da caixa seus olhinhos brilharam e transbordaram lágrimas, ele estava feliz e emocionado ao mesmo tempo. Sempre soube que tanto Bruno quanto Diego queria um cachorro, Bruno passou grande parte dos seus cinco anos me pedindo até que eu fiz a burrice de gritar com ele, então nunca mais pediu. Achei que um cachorro ia arrumar toda a bagunça que fiz durante o dia, e ver meu filho abraçado ao cachorrinho me fez feliz.

Os meninos acabaram chamando o cachorro de Amendoim e brincaram com ele até pegarem no sono no chão do quarto. Alana me ajudou colocar os meninos na cama, deu um beijo de boa noite em cada um deles, me deixando ainda mais derretido. Céus, essa mulher acaba comigo. Fiquei encarando-a por longos segundos, então ela disse que tinha que ir e já foi saindo do quarto. Mas não podia simplesmente deixá-la ir sem me explicar. Saí atrás dela e a chamei, Alana ficou de costas para mim.

Acabei dizendo que precisávamos conversar, e nada, ela continuou me dando as costas. Implorei e nada, ela continuava irredutível, mas eu notava o quanto seu corpo estava tenso e também podia escutar o ritmo acelerado da sua respiração. Me aproximei dela e abaixei o rosto sentindo o seu cheiro e admirei a pele do seu pescoço, como queria prova-la e deixar marcas ali, mas apenas balancei a cabeça afastando tais pensamentos, disse baixo que precisava me explicar, Alana continuou parada, então eu comecei a me explicar. Disse tudo e fiquei frustrado ao vê-la ainda de costas para mim.

Respirei fundo e pedi para que olhasse para mim. Seus olhos encontraram os meus, ela respirou e soltou os lábios levemente umedecidos. Deus, aquilo mexeu tanto comigo que senti meu membro pulsar dentro da calça. Mantive o foco enquanto ela dizia que não devia explicações, porém rebati dizendo que precisava sim.

Alana soltou a respiração e cuspiu tudo na minha cara, disse que estava sim irritada e que ter dado um cachorro para os meninos funcionou para eles, mas ela continuava irritado comigo, depois saiu pisando duro, como se fosse a dona da verdade, aquilo me deixou extremamente irritado e muito, muito bravo pela sua ousadia.

— Eu não terminei. — rosnei, saindo atrás dela.

— Mas eu sim. — rebateu apertando o passo.

Sai atrás dela e a alcancei quase no topo da escada, segurei seu pulso e a puxei, sentindo seu corpo estremecer sob meu toque. Implorei seu perdão, disse que tinha sido um babaca, tudo isso enquanto olhava em seus olhos e percebi quando ela olhou para meus lábios e manteve seu foco ali. Eu podia tê-la beijado naquele instante, todos os meus sentidos e vontades me direcionavam para aquilo, mas acabei sentindo que devia mais do que um pedido de desculpas para Alana.

Disse enquanto acariciava sua bochecha macia o quanto ela ter entrado na vida dos meus filhos acabou sendo a melhor coisa que aconteceu nos últimos anos, Alana estava gostado, Alana havia fechado os olhos, Alana estava totalmente entregue e vê-la tão perto de mim mexeu com cada parte minha e tirou completamente meu raciocínio fazendo todo meu autocontrole se evaporar por inteiro.

Completamente guiado por meu desejo incontrolável pressionei meus lábios sobre os dela, aquilo pareceu pegar Alana de surpresa, mas ela não resistiu, deixou que minha língua invadisse sua boca explorando cada canto enquanto sua mão agarrava a gola da minha blusa e me puxava para mais perto. Pude sentir o quanto ela queria, o quanto ela estava faminta assim como eu. Ela agarrou minha nuca e tornou o beijo que era suave em algo mais intenso e urgente.

Se ainda existia algum pensamento de me afastar dela naquele momento foi totalmente para os ares, eu agarrei sua cintura e a coloquei contra a parede, pressionei meu corpo sobre o dela e perdi todo o controle das minhas mãos, elas deslizavam pelas coxas de Alana e pela a barriga eu queria sentir cada parte dela, porém, tudo acabou quando ela me empurrou.

De olhos fechados, totalmente embriagado acabei murmurando algo que nem me lembro e quando abri os olhos novamente Alana estava saindo correndo. Sim, queria segurá-la, beijar cada milímetro do seu corpo, sentir o gosto da sua pele, mas eu estava sorrindo como um bobo e em estado de letargia.

O que essa mulher está fazendo comigo?

Acabei tomando um banho gelado e deitando, dormi pensando em Alana.     

[...]

Agora não consigo parar de pensar nela e naquele beijo. Juro que queria mais, meu corpo queria mais. No entanto, Alana fugiu de mim e fiquei sorrindo como um otário ao invés de correr atrás dela novamente. Ao menos eu sabia que meu beijo tinha afetando-a da mesma forma que me afetou. 

Tenho a intuição de que agora ela vai ficar fugindo de mim como fez pela manhã quando disse que precisávamos conversar. Eu só queria dizer como estou me sentido, e saber como ela se sente depois do que aconteceu. 

— Senhor, Jorge Duarte Está na sala de reuniões aguardando o senhor. 

— Okay. Já estou indo. — falei, levantando-me. — Obrigada Babel. 

Minha secretária sorriu e saiu da minha sala. Peguei meu celular e segui Babel. Nos dirigimos até a sala de reunião onde Jorge Duarte, grande empresário no ramo hoteleiro, sua secretaria e Henrique nos aguardavam. 

Discutimos sobre a campanha do novo hotel que vai inaugurar em Curitiba, apresentei meu projeto de publicidade deixando o velho contente e ansioso. Era um grande contrato, então depois que fechamos e Jorge foi embora, pedi que Babel trouxesse uma garrafa de whisky que tinha na minha sala, pode ser inapropriado, mas realmente preciso comemorar.

— Então, como foi à festa do Bruno? — Henrique aproveitou para perguntar.

Apenas abaixei a cabeça e respondi: 

— Eu não estava lá. 

— O quê? – ele franziu o cenho. — Seu bastardo! — grunhiu. — Sua mãe que me perdoe. Mas que grande filho da puta você é. — acrescentou.

Bom, é para isso que serve um amigo às vezes, um puxão de orelha aqui, outro acolá. Muitos xingamentos. Henrique sempre está pronto para me dar uma bronca quando faço algo errado, é por isso que gosto tanto dele.

— Covarde, é isso que você é, seu idiota. Não foi a festa do próprio filho. 

— Fiquei no meu escritório bebendo. — Henrique suspirou e passou a mão no rosto. — Acabei lembrando da Nanda e não consegui, Henrique.

— Cara, você é um cretino. 

— Eu sei. – concordei. – Alana acabou me mostrando isso também. Além de jogar toda a realidade na minha cara. Se eu pudesse tinha me dado uma surra. 

— A Alana? 

— Sim. — sorri. — Ela é incrível. 

Henrique arqueou uma sobrancelha e me encarou. Estava pronto para falar algo, mas então Babel adentrou a sala com uma bandeja. Ela colocou os copos e a garrafa de whisky sobre a mesa e então saiu. 

— Eu acabei fazendo uma viajem de quatro horas para comprar um presente para o Bruno.

— E que presente é esse? 

— Um cachorro. – respondi. – Cara, Alana foi tão incrível que eu dei um cachorro para o Bruno.

— E ele gostou? 

— Adorou. 

Henrique assentiu e bebeu um gole do seu whisky. Fiquei encarando meu amigo, pensando no quanto ele já me ajudou desde que nos conhecemos, sempre me aconselhou e me apoiou em qualquer decisão, ele não é apenas meu sócio, é como um irmão para mim e sei que posso contar com ele, desabafar, e é isso que quero fazer, dizer o que sinto em relação a Alana, por mais que ele já tenha a beijado.

— Acha que sou capaz de me apaixonar novamente? 

— Está falando sério? 

Fiz que sim com a cabeça e meu amigo começou a rir. 

— Quer mesmo falar comigo sobre se apaixonar? Logo eu? — apontou para seu peito. — Sabe como sou conhecido pelas mulheres. 

— Predador? Galinha? Babaca? Cretino?

— Só esses? Já escutei coisa pior. — rebateu. — então você quer mesmo falar sobre isso comigo?

É, ele é um completo cretino, um baita galinha que nunca se apaixonou por ninguém, mas ele me ajudou quando disse que estava apaixonado por Nanda, me apoiou mesmo sabendo que perderia um amigo de farra. Ele é sim a pessoa certa.

— Sim, você é meu amigo. E tem um coração ai, não uma pedra de gelo, embora nunca tenha amado ninguém. 

— Eu amo a Milu.

— É uma gata que você resgatou na rua, sei que a ama de verdade, mas não conta.

Ele acabou concordando.

— Okay. Você quer saber o que eu acho? — balancei a cabeça mais uma vez. — Acredito que sim. Você tem capacidade de se apaixonar novamente. 

— Mesmo depois da morte da Nanda? 

— Já passou bastante tempo, Eduardo. Sei que ela era espetacular e que você a amava de verdade. Afinal, ela arrancou você de mim. — acabei sorrindo e ele também. — Mas faz cinco anos. Já passou da hora de se apaixonar. É só achar a pessoa ideal.

— Ideal?

— Sim. — murmurou. — Tipo aquela pessoa que faz você sorrir, que te encanta em cada mínimo detalhe, aquela pessoa que faz teu coração bater e que tira cada pensamento racional da sua cabeça. Aquela que faça você cometer loucuras do tipo dar um cachorro para o seu filho.

— O quê?

— Eu demorei para perceber. Mas aquele seu ataque de ciúmes depois que confessei que beijei Alana foi intrigante. Então você acaba dizendo o quanto ela é incrível e seus olhos brilham do nada, assim como você sorri encantado ao falar dela. Acabei juntando as peças. — revelou, bebendo mais um gole de whisky. — Cara, você está de quatro pela babá? Isso é tão cliché.

— Cala a boca! — exclamei.

— Você gosta mesmo dela?

— Eu a beijei ontem e esqueci de Nanda pela primeira vez, eu não me senti culpado como me senti ao ficar com outras mulheres depois da morte da Nanda. Acabei sentindo meu coração aquecer de um jeito que só ela conseguia.

— Ah, meu Deus, você está mesmo maluco por Alana!

Henrique começou a rir, eu sabia que essa seria sua reação, mas no final ele me diria o que fazer. Esperei-o se acalmar.

— O que eu faço?

Henrique me encarou por um segundo inteiro. Ajeitou a gravata e sua postura na cadeira. Bebeu tudo que restava em seu corpo.

— O que você está esperando para viver isso que está sentindo por ela?

Comecei a me fazer essa mesma pergunta.

Afinal o que estou esperando?

— Senhor. — Babel entrou na sala e logo atrás dela estava Alana, com um olhar desesperado. — Precisa falar com Alana.

Levantei-me e Alana adentrou minha sala. Os meninos não estavam com ela, o que me fez ficar incomodado e preocupado. Alana andou até mim derrubando lágrimas.

— A Beatriz. — resmungou. — Ela pegou o Diego na escola.

— O quê?

— Não foi minha culpa. Juro que não foi. — disse chorando ainda mais. — Alguém ligou na escola se passando por você, disse para a diretora liberar o Diego que a babá ia pegá-lo para uma consulta. — Alana agarrou meu paletó. — Diz que foi você, diga que deixou Beatriz passar um tempo com Diego?

Então Alana caiu em desespero, eu a abracei com força e deixei que chorasse no meu peito. Eu estava desesperado e ela também. Beatriz está com Diego e só Deus sabe do que aquela louca é capaz.

— Henrique. — rosnei. — Liga para o Anderson e pede para ele vir até aqui.

Henrique se levantou e saiu correndo da minha sala. Alana apertou o tecido da minha camisa e ergueu o rosto, ver o pânico em seus olhos me deixou desolado. Porém, não podia me desesperar, ela já estava completamente em pânico. Precisava me manter firme. Anderson vai chegar logo e vai achar Beatriz, aquela cretina vai para a cadeia.

— Me desculpa.

— Não é sua culpa. — limpei seu rosto. — A gente vai achar ele, eu prometo. No final do dia ele vai estar em casa, prometo.

Dei um beijo em sua testa e a abracei apertado novamente, aninhando-a em meu peito.

Sim, estava morrendo de medo, não nego, mas não ia demonstrar isso perto dela. Alana precisa se acalmar e se eu demostrar minha aflição ela nunca vai ficar calma.


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Notas finais do capítulo

Aguardando para saber se gostaram do cap.
Beijooos e até segunda!



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