- escrita por Blue Butterfly


Capítulo 18
Dezoito


Notas iniciais do capítulo

Não me aguentei e tive que postar hoje. Acho que vocês vão gostar ohohoho Cris, espero que tenha sido o que você esperava!



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Duas semanas tinham se passado desde o dia em que Jane e Maura dormiram juntas no quarto da morena. Na manhã seguinte nenhuma delas comentou o acontecido; Maura não se lembrava de Jane abraçando-a durante o pesadelo, não havia absolutamente nenhum constrangimento entre elas. Se alguma coisa tinha mudado, se Jane fosse calcular, era para melhor.

Maura estava mostrando o seu lado espontâneo mais do que nunca. Fisicamente, também, Jane notara que ela recuperara uma parte do peso - não o suficiente, mas era um bom começo. A pele estava mais corada, os movimentos mais ágeis. Além da terapia ela também começara a se exercitar na academia e durante o final da tarde ela e Jane andariam por pelo menos uma hora. Isso considerado, a detetive não ficava nenhum pouco surpresa quando Maura adormecia na sua cama, ou no sofá, no meio do filme ou seriado que elas assistiam todas as noites.

Jane não poderia executar seu plano da melhor forma. Era isso que dera à Maura: algo positivo para esperar no próximo dia. Algo sempre novo. Na maioria das vezes ela não dizia o que era, apenas deixava claro que iriam fazer algo diferente no dia seguinte e a loira geralmente não recusava. Ás vezes não passava de algo casual. Uma caminhada nos jardins de Cambridge. Uma visita ao Mapparium - um globo gigante de vidro. Uma vez elas visitaram o Observatório a noite, e passaram umas boas horas estudando as estrelas. A última e mais arriscada tinha sido Rock Climbing. Jane estava realmente empolgada para escalar as paredes de rocha falsa, mas ela tinha que esperar até que Maura recuperasse parte de sua força. O dia anterior tinha sido perfeito, e Maura concordara em pelo menos tentar escalar alguns metros. Ela estava mais forte e a malhação estava ajudando definidamente seu corpo a recuperar o desempenho que tinha antes.

Todos esse dias também tinham trazido aquela sensação de ordem para Jane. Na verdade, aquela sensação rotineira. Ela também ficava empolgada com cada dia novo. Ela sabia o que esperar, o que fazer, como lidar com as crises de ansiedade de Maura quando elas aconteciam. Se perguntassem, ela diria que estava tirando de letra. Então era isso, ela também não se sentia sozinha como antes da vinda de Maura. Ela tinha até mesmo um motivo para acordar feliz, e não mal humorada.

Agora elas estavam ali, sentadas na bancada da cozinha - depois de rechearem um frango juntas, esperando enquanto ele assava - jogando xadrez. Elas tinham decidido não sair aquele dia, culpando os músculos dolorido que a escalada no dia anterior deixou como lembrança.

'Xeque.' Jane disse, lançando um sorriso maligno para Maura.

A loira abriu um sorriso semelhante e ergueu uma sobrancelha. 'Xeque-mate.' Ela disse, segurou a dama com as mãos e delicadamente derrubou o rei de Jane. A morena abriu a boca, inconformada.

'Ei, isso não tá certo.' Ela disse e cruzou os braços na frente do peito.

'Oh, parece que você encontrou uma adversário tão boa quanto a si mesma.' Maura brincou, Jane apertou os olhos.

'Eu estava apenas sendo gentil.' Ela disse e depois acrescentou. 'Eu não acredito que não notei a dama!'

'Ora, Jane. É só um jogo. Ás vezes nós ganhamos, ás vezes perdemos.' Maura devolveu.

'Ham.' A detetive resmungou.

Maura riu consigo mesma e se levantou ao ouvir o bip do forno avisando que o tempo tinha acabado. 'Certo, vamos ver como esse frango está.' Ela colocou uma luva térmica preta e segurou na outra mão um guardanapo. Abriu o forno e colocou a forma em cima do fogão.

'Eu quero revanche.' Jane resmungou, ainda brava.

Maura suspirou e revirou os olhos. Ela ergeu a mão vestida com a luva para sinalizar sua indignação. Em vez de seguir em frente e verbalizá-la, ela utilizou-se da luva como fantoche. 'Oi, eu sou a Jane.' Ela disse mexendo os dedos de forma que parecessem uma boca. 'Eu não aceito perder, oh, espera. Na verdade eu só aceito perder quando doses de tequila são punição para os perdedores, mas só porque nesse caso eu as vejo como vantagem.'

'Ha ha. Muito engraçado, Maura. Você poderia ser comediante.' A morena devolveu, mas agora ela já não estava irritada.

'E eu sou mal humorada de manhã, exceto quando Maura faz café para mim.' A loira continuou e riu delicadamente. Ela andou de volta até Jane, colocando o fantoche bem perto do rosto dela. 'E eu sou muito durona, exceto quando assisto filmes românticos e choro.'

'Ei, qualquer pessoa com coração que assista Diário de uma paixão se acaba de chorar, ok?' Ela rebateu e tentou empurrar a mão de Maura com a sua.

'Tá vendo? Eu não admito que tenho um coração. Apenas para Maura, oh, ela sabe que meu coração é imenso, e sabe também que eu sou muito gentil com as pessoas quando quero.' A loira riu, aproximou o fantoche do rosto de Jane e plantou um beijo com ele ali.

A morena revirou os olhos mas acabou rindo também. 'Você é tão boba, Maura.'

A loira não respondeu, apenas tirou a luva, dispensou-a em cima do balcão da cozinha e depois com a ajuda de Jane arrumaram a mesa. Elas comeram relativamente em silêncio, sendo que as ocasiões quando falaram foram para elogiarem o sucesso da receita de frango assado, e Maura que perguntou para Jane se ela sempre colocava sal no suco de laranja.

'Droga!' Foi o que ela respondeu antes de se levantar, jogar o conteúdo fora e se servir de novo.

Maura riu, divertida. Quando terminaram, arrumaram juntas a cozinha, Jane guardou o jogo de xadrez, e ambas acabaram se sentando no sofá.

'Um filme romântico?' Maura provocou, Jane jogou a almofada nela.

'Ok, eu ofereço qualquer coisa para você, desde que você pare de tirar sarro de mim.' Ela se rendeu.

'Não preciso de nada no momento.' Maura disse educadamente e riu em seguida.

'Vai ter volta.' Jane murmurou.

'Que tal um documentário?' Ela sugeriu.

'Eu não vou assistir um documentários de... lesmas marinhas comedoras de... outras lesmas.'

Maura franziu o cenho. 'Eu não estou certa se tal coisa existe.'

'Exato, não vamos descobrir. Vamos procurar um clássico, então.' Ela pegou o controle e começou a mudar de canal compulsivamente.

Dez minutos depois e elas não conseguiram entrar num acordo. Acontece que no fim elas estavam mais interessadas em conversar uma com a outra do que perderem o tempo restante da noite assistindo TV. Naquela altura dos acontecimentos Maura já tinha contado para Jane sobre a relação difícil com os país. Eles nunca aceitaram o fato de que Maura tinha decidido não se casar com Edward-alguma-coisa, alguém tão rico que nem se Jane juntasse todo o dinheiro de sua família inteira, das últimas dez gerações, poderia se dizer tão rica quanto. Dois dias atrás, a loira também contara que era médica e trabalhava para o hospital geral. Jane a provocou dizendo que sabia que ela era uma nerd, e que estava muito próxima de descobrir a profissão dela se ela tivesse chutado. Ela disse que apostaria em antropologista - o que era uma mentira, porque a detetive soubera de antemão que ela era médica e nunca nem sequer tentou imaginá-la exercendo outra profissão. De qualquer forma, agora Jane se sentia aliviada por não ter mais nenhum segredo, principalmente um que envolvia a vida particular de Maura.

Naquela noite, então, Jane decidira lhe contar sobre a própria família. Maura já tinha conhecido Frankie, então ela contou sobre a mãe, seu pai e Tommy, o irmão mais novo. Ela lhe contou como Angela lhe sufocava por muitas vezes, como Tommy era problemático, principalmente por ser ingênuo e ter um coração grande, e contou também como Frank, seu pai, estava se separando da mãe.

'Sinto muito.' Maura murmurou.

Jane deu de ombros. 'Acontece nas melhores famílias. Quer dizer, não nas melhores, porque daí não faria sentido, mas você entendeu.' Ela sorriu tristemente e de repente se lembrou de algo. 'Oh, meu Deus, Maura!' Ela se levantou, correu até o balcão e pegou a carteira. Tirou um cartão de lá e entregou para a loira.

Maura piscava os olhos rapidamente, confusa. 'O que é isso?'

Jane sorriu orgulhosa. 'Se lembra como você disse que queria visitar o senhor que lhe ajudou? Comentei com Kendra e ela me deu isso da última vez que a vi. Esse é o nome dele.' Jane apontou com o indicador. 'Melvin. E embaixo, o endereço.'

'Oh.' Ela murmurou simplesmente, apertando o papel nas mãos. Ela desviou os olhos para o lado e se fechou em pensamento.

'Maura?' Jane se inclinou para frente, preocupada. 'Eu achei que você fosse ficar feliz. Era algo que você disse que queria.'

'Eu quero.' Ela disse finalmente. 'É só que... Talvez... Eu não sei. Talvez ele nem se lembre de mim? Eu me sentiria uma idiota.' Ela murmurou.

Jane se sentou ainda mais perto e passou um braço na sua cintura. 'Ei, Maura. Sabe de algo que talvez você não saiba? Kendra me contou que ele ficou por horas no hospital para saber como você estava, e que só foi embora porque algum enfermeiro disse que você estava bem, mas que ele não tinha permissão para te ver ou saber mais sobre seu estado por não ser sua família.'

'Oh'. E aquilo era obviamente informação nova para ela.

'Eu tenho certeza que ele se lembra de você. E não importa quantas vezes seu nome e rosto apareça na TV, junto com a notícia de que você tá bem... Eu acho que nada o fará mais feliz se você aparecesse lá, pessoalmente.' Ela acariciou as costas da mulher e lhe sorriu gentilmente. Maura por vezes duvidava de si mesma, mas Jane sabia que aquilo poderia ser efeito colateral do trauma que passara. Mais um deles.

A loira concordou com a cabeça e sorriu. 'Você acha que podemos ir, digamos, semana que vem?'

'Se você prometer que vai guardar segredo que eu chorei naquele filme, eu te levo amanhã se quiser.' Jane ofereceu com um sorriso brincalhão.

Maura riu e encostou a cabeça em seu ombro. Ela passou os olhos pelo cartão mais uma vez. 'Seu segredo está seguro comigo, mas eu ainda prefiro esperar mais alguns dias.'

'Sem problema.' Jane disse e a campainha tocou logo em seguida. Certo, o que tinha acontecido com aquela coisa de avisar antes de subir? Ela revirou os olhos, levantou-se e foi abrir a porta.

Para sua surpresa, encontrou a pessoa que menos esperava do outro lado. Por falar em problema, ela pensou consigo mesma.

'Mãe, o que você tá fazendo aqui?' Ela suspirou, já cansada.

'Ora, Jane! Isso são modos? Eu não te vejo há quase um mês! Você nunca me atende no telefone e eu... ' Ela entrou no apartamento sem ser convidada, mas parou de imediato quando notou a presença de uma terceira pessoa ali. 'Oh.'

'Mãe, essa é Maura. Maura, minha mãe.' Ela fechou a porta atrás de si, suspirou e lançou um olhar carregado de um pedido de desculpas para Maura.

'Oh, Frakie me contou sobre você. Eu não sabia que você ainda estava por aqui. Essa aqui,' ela apontou para Jane 'nunca me conta nada!'

'Hm, me pergunto o por quê.' Jane murmurou consigo mesma.

'Como você está, Maura? É um prazer te conhecer.' Ela caminhou em direção á loira, mas Jane alertou antes mesmo que pudesse se aproximar mais.

'Sem tocá-la.' Jane mandou.

'Jane, tá tudo bem.' Maura reafirmou, deu um passo para frente e sorriu para Angela. 'É um prazer conhecê-la, senhora Rizzoli.'

'Ora! Apenas me chame de Angela, querida.' Ela riu divertida. 'Você é tão educada e delicada. Ah, como eu queria que Jane fosse assim.' Ela comentou com Maura, que riu.

Jane revirou os olhos e quando viu Angela tinha jogado os braços em torno da mulher mais baixa, mesmo sob as ordens para não fazê-lo. 'Mãe!' Ela repreendeu.

'Jane Clementine Rizzoli, dê um tempo. Eu sou uma mãe e sei do que essa menina precisa.' Ela dizia enquanto abraçava Maura, a loira rindo com as bochechas coradas, olhando para Jane e se divertindo com a situação.

'Seu nome do meio é Clementine?' Ela lambeu os lábios e não conseguiu esconder o sorriso.

Foi Angela quem respondeu. 'Eu achei que era tão bonito, na época.' Ela soltou Maura e segurou seu rosto. 'Oh, e você é tão linda.' Ela se virou para Jane, as mãos na cintura. 'Deus te ajude se você não cuidar bem dela, Jane. Você é bem irresponsável quando se trata de comida, logo comida! Ás vezes me bate um desgosto.' Ela balançou a cabeça, falando a última parte para Maura. Voltou-se para a filha, então, e disse sem ensaios. 'Eu só passei para dizer oi, e me certificar de que vocês vem para o jantar de ação de graças. As duas. Faço questão.'

'Nós iremos, mãe.' Jane respondeu, já imaginando a barulheira, o tanto de comida para alimentar o bairro inteiro e claro, as brigas com os irmãos.

'Obrigada pelo convite, Angela. Jane me disse que você é uma ótima cozinheira, e para ser honesta eu estou esperando ansiosamente para provar sua comida.' Maura sorriu-lhe e a mais velha a abraçou de novo.

'Oh, você é mesmo uma graça.' Ela soltou de Maura, passou por Jane e deu-lhe um beijo rápido na bochecha. 'Mantenha essa fofura por perto. Gostei dela.' Ela disse seriamente, arrancando uma risada das outras duas. 'Vejo vocês daqui uns dias, e Jane, não chegue atrasada.' Com isso, ela mesma fechou a porta atrás de si, deixando o apartamento da morena em silêncio.

Maura lançou um olhar divertido para Jane e seus lábios formaram uma palava. Uau.

'É, essa é minha mãe.' Jane levou as mãos ao rosto e esfregou os olhos. 'E isso foi só uma pequena demonstração. Dois minutos, Maura. Dois. Minutos. Imagina isso a vida inteira.'

A loira riu e deu de ombros. 'Eu gostei dela.'

'Oh, sim. Quero que você diga isso daqui três meses.' Jane resmungou. Ela mal tinha terminado de falar quando seu celular tocou. Ela revirou os olhos, achando que era a mãe ligando para dizer algo sobre Maura. Era coisa que Angela sempre fazia quando conhecia alguém: ela se despedia, minutos depois ligava para Jane para dizer o quanto tinha gostado ou não de alguém. No caso de Maura, era bem claro o quanto gostara, mas ela ligaria mesmo assim, apenas para acrescentar algo mais.

'Sou eu.' Ela disse quando atendeu a ligação. Quando ouviu a voz que não era da mãe, ela se desculpou. 'Oh, Kendra. Foi mal, achei que era outra pessoa.' Ela lançou um olhar para Maura e ergueu as sobrancelhas. 'Espera, vou te colocar no viva-voz.'

'Certo.' Disse Kendra, agora as duas podiam ouvi-la. 'Eu tenho uma notícia boa. Uma notícia muito boa.' Ela disse, sua voz combinando com o que falava - ela estava feliz.

'Nessa altura do campeonato eu vou chutar que...' Jane começou, mas foi Kendra quem concluiu.

'Nós pegamos ele. Caramba, Jane! Maura! Nós temos nosso cara!' Ela disse comemorando, e Jane sabia o que ela estava sentindo agora. Era o mesmo sentimento quando ela colocava um assassino atrás das grades. Gratificação por ter alcançado um objetivo. E esse era um dos difíceis.

'Oh, meu Deus.' Maura murmurou e olhou para Jane, sem saber realmente o que sentia. Talvez alívio. Talvez medo. Talvez... o que era aquilo?

'Eu preciso ir agora, eu só quis informar vocês imediatamente. Nós precisamos conversar amanhã. Até mais.' Kendra disse e desligou o telefone.

Jane jogou o próprio aparelho de volta no sofá, olhou com um sorriso imenso para Maura - um que morreu imediatamente quando notou que a outra tinha as duas mãos na boca e lágrimas cortavam seu rosto. 'Ei, não, não, não.' Ela se apressou e jogou os braços em volta da mais baixa. 'Maura, essa notícia é tão boa.' Jane correu as mãos pelas costas dela.

'Eu sei, é só que... depois de tudo isso...' Ela choramingou, encostou a cabeça no ombro de Jane e se deixou embalar por ela. 'Eu acho que isso devolve um pouco de paz. Em saber... Que posso sair de casa sem correr esse perigo.'

Jane riu baixinho e beijou sua cabeça. 'Quer saber de algo?'

'O que?' Maura ergueu a cabeça, mas elas não se afastaram.

'Amanhã nós vamos sair para comemorar. Hoje já tá tarde, então acho que podemos, sei lá, comer um pote de sorvete de novo. Mas amanhã, definitivamente nós vamos fazer algo!' Ela disse animada, Maura concordou com a cabeça e riu.

'Combinado.' Ela apertou os braços em volta de Jane. Por algum motivo ela não conseguia parar de chorar. Ela concluiu que era porque estava com medo da mudança, mais uma vez. Logo agora que ela, com ajuda de Jane, estava se sentindo tão melhor. Tão acolhida. Tão... longe do que tinha ocorrido. Ela tinha medo porque não sabia o que o futuro aguardava. Ela se afastou quando sentiu que a morena estava fazendo o mesmo.

Jane segurou o rosto dela com uma mão, delicadamente, e balançou a cabeça em negativo.

'Meu Deus, mulher. Se você continuar chorando assim vai acabar precisando tomar três litros de água por dia, e não dois, como o de costume.'

E apesar de ter sido um comentário bobo, as duas acabaram rindo até perderem o ar.


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