O último Livro escrita por vtrpotter, Sparky


Capítulo 4
Fim da Hipnose – 2º Dia


Notas iniciais do capítulo

Sério, a parte da Orihime e do Sado ficou MUITO foda.
3 mil palavras em um dia, sou foda

Sparky: concordo com a primeira parte



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Soul Society 

Central 46

“Estamos aqui reunidos mais uma vez para decidir se a Soul Society vai ou não acreditar em Kurosaki Ichigo, Substituto de Shinigami, aqui representado por Abarai Renji, capitão da 5ª Divisão da Gotei 13, apoiado por Saikõ Takeo, membro da Divisão Especial 0 e da Guarda Real.”

A Central 46 havia se reunido novamente na sala de assembleias, desta vez estando Takeo autorizado a entrar e participar. Rukia novamente esperava do lado de fora, sem ser ter sua entrada permitida.

O clima dentro da sala era extremamente tenso. Os únicos que aparentavam estar calmos eram Takeo, que ocupava uma boa parte do local com seu tamanho, e Saiba, sentado em sua cadeira junto com os outros juízes.

“Capitão Abarai Renji, gostaríamos de ouvir seus argumentos primeiro. Logo depois, Saikõ Takeo poderá falar. Então, nos reuniremos e decidiremos a posição que a Soul Society tomará.” Disse o juiz sentado à esquerda de Saiba. Uma pequena placa o identifica como Kashi.

“Obrigado, senhor Juiz.” Renji se adiantou. Suas palavras estavam prontas, seu discurso ensaiado. Desta vez, não haveria interrupções – algo que Takeo garantira em uma reunião particular com os 6 juízes. “Bem...”

“Primeiramente, gostaria de lembrá-los de alguns fatos com relação à Kurosaki Ichigo. Ele foi o primeiro humano a se transformar num Shinigami antes de sua morte. Também foi o primeiro Shinigami a unir os poderes de um Plus aos de um Hollow de forma perfeita. Usando estas habilidades, Kurosaki lutou e venceu a grande Batalha de Inverno, salvando a cidade de Karakura e impedindo que Aizen pudesse criar uma nova Chave Real para chegar até o Rei.”

“Mas dois anos se passaram desde então. Dois anos de paz e prosperidade, tanto para o mundo humano, quanto para a Soul Society. Mas temo, senhores, que este tempo esteja perto de seu fim. Kurosaki encontrou pistas no Mundo Humano que parecem indicar uma nova batalha se aproximando. Esta batalha é chamada de ‘Apocalipse’, que quer dizer ‘Fim dos Tempos’ em uma linguagem antiga.” Ele inspirou profundamente, enquanto se lembrava dos fatos que Ichigo havia explicado com tanto zelo. “Nós não sabemos quem estará na batalha, ou mesmo quando ela será. Mas sabemos que será pior do que qualquer outra.”

Saiba fez menção de se levantar, pronto para interromper. Mas ao ver o olhar que Takeo lançara em sua direção, ele se sentou novamente, resmungando.

“Nós precisamos da ajuda da Sereitei. Já contactamos alguns dos aliados que nos ajudaram durante a última batalha contra Aizen. Eu sei que isto desagradará a vocês, mas os Vaizards são necessários. Assim como os humanos Sado, Orihime e Ishida. Embora, não tenhamos certeza sobre este ultimo.”

Renji passou as mãos nos cabelos, suspirando. Maldito discurso ensaiado. Maldito Quincy.

“Concluindo, gostaria de adicionar que vocês no devem um favor por termos salvado toda a Soul Society de se tornar um segundo Hueco Mundo. Está na hora de pagar o favor.”

Com o término do discurso, alguns dos sábios presentes aplaudiram, assim como dois dos juízes. O som das palmas ecoou por alguns segundos, sendo interrompidos pela voz de um dos sábios, que se dirigiu para Renji:

“Capitão, eu tenho uma pergunta para você, se você souber como respondê-la.” A voz do sábio estava fraca, assim como seu dono, fragilizado pelo tempo.

“Farei o meu melhor para respondê-la, senhor.” Renji respondeu, olhando diretamente para o idoso.

“Aizen Sōsuske está envolvido neste... ‘Apocalipse’?”

Murmúrios explodiram pela câmara com a simples menção do terrível inimigo. Todos os olhares se voltaram para Renji, os ouvidos atentos para a resposta.

“Nós...” Renji começou, após uma pequena pausa. “Nós não sabemos, senhor. Não com o que temos agora. Por isso precisamos da cooperação da Câmara 46, para...”

“Apenas responda a pergunta, Capitão Abarai.” Saiba disse, sorrindo por finalmente poder interferir. “Seu tempo para argumentações já passou.”

Renji olhou para Saiba com uma cara de “te-pego-na-saida”.

“Capitão, eu também tenho uma pergunta.” Kashi disse, se levantando. “Nós estamos cientes que os capitães Kuchiki Byakuya e Shaolin Fon” Renji murmurou Soifon, de forma quase inaudível. “também estão presentes na Soul Society neste exato instante, mesmo com a autorização dada para todos os capitães para permanecerem em Karakura. Também sabemos que eles estão apoiando Kurosaki Ichigo. Mas, por eles não estão aqui, junto à você, nesta tentativa de conseguir a ajuda da Soul Society?”

“Por um simples motivo, senhor juiz.” Ele disse, dando um pequeno sorriso. “Há alguns... ‘Elementos’, que não aceitariam ajudar a Ichigo mesmo sobre ordens diretas do próprio Rei. Ambos estão tentando... ‘Convencer’ estes a nos ajudar.”

 

Quartel General da Primeira Divisão

 “Me desculpe, mas...” Um homem gritou, tentando impedir Byakuya de passar por uma grande porta. “Você não pode...”

“Sai da frente, Sasakibe.” Byakuya o empurrou com o braço, jogando-o a uma boa distancia. “Não tenho tempo para suas idiotices.”

Byakuya chutou a porta, criando um grande buraco, por onde passou. A iluminação da sala onde ele entrara era boa, deixando cada canto visível, mesmo com a escuridão causada pelas nuvens do lado de fora. No fim da sala estava uma grande cadeira, e um homem repousava serenamente nela, ressonando calmamente. Havia uma aura de calma em volta dele, que poderia fazer qualquer um cair no chão e dormir instantaneamente.

“Acorde, seu bêbado maldito!” Byakuya gritou, aplicando um belo chute no peito do homem. Nem todos eram afetados pela tranquilidade da sala. “Você tem trabalho pra fazer!”

O homem resmungou alguma coisa, logo voltando ao seu calmo sono. Ele estava com o casaco branco de capitão por baixo de um manto rosa, com flores estampadas. A poucos metros de distancia, algumas garrafas de sake repousavam, vazias.

“EU-MANDEI-VOCÊ-ACORDAR!” Byakuya gritou, novamente aplicando um belo chute, desta vez mirando mais abaixo.

Fora da sala, vários espíritos que passavam por ali pararam e olharam em direção da Base central da Gotei 13, espantados pelo urro que saira de lá.

“FILHO DE UMA...”

Kyōraku Shunsui levantou-se, com a sua zanpakutou em mãos. Lágrimas saiam de seus olhos, enquanto ele atacava o ar.

“Acalme-se, Kyōraku.” Byakuya estava a uma boa distancia, olhando o capitão atacar sua sombra.

“BYAKUYA, SEU MALDITO!”

Após alguns minutos de desespero por parte de Shunsui, que tentava cortar a cabeça de Byakuya, ele finalmente se acalmou, e voltou a se sentar em seu trono.

“Se eu nunca mais tiver filhos, seu florzinha maldito, eu vou me assegurar de que a Soifon nunca mais se divirta com você.”

“Olhe quem fala, pessoa-com-roupa-rosa-com-flores. E chegue perto de mim ou dela que eu arranco seus braços.”

“Olhe a boca, Byakuya. Você sabe que eu posso mandar prendê-lo a qualquer hora agora, não é? Eu odiaria ter que voltar a velha tradição do Poço de Vedação de Espírito... Ou não.”

“Não fique se achando só porque você é o novo Capitão-Comandante da Gotei 13, Kyōraku. Você continua sendo apenas um bêbado inútil, apesar do seu posto.”

“Sim, sim, claro. Mas, porque exatamente você veio me acordar, Byakuya-san?”

“Vamos aos fatos, Comandante.” Byakuya disse, com um pequeno sorriso se formando. “Se eu conseguir te convencer a ajudar Kurosaki Ichigo, Soifon vai ficar impressionada e deixar eu...”

“EU-NÃO-QUERO-SABER” Shunsui gritou, interrompendo Byakuya. “Por favor, guarde o que acontece entre quatro paredes entre você e a capitã da Segunda Divisão para vocês dois.”

“Sim, desculpe. Às vezes eu me esqueço da minha postura. Mas, enfim, eu tenho que te convencer a ajudar o Kurosaki, antes de qualquer coisa.”

“Ah, sim, já ouvi falar algo sobre isso. Acho que o seu ex vice-capitão está falando com a Central 46 sobre isso nesse exato momento, não é? Antes que eles decidam algo, eu não posso fazer nada.”

“Não há como eles não aceitarem. Você tem alguma ideia de quem está lá com ele?”

“Eu ouvi alguns rumores, mas nada em que eu posso acreditar.”

“Até mesmo a verdade é difícil de acreditar. É Saikō Takeo, 5º posto da Divisão 0. Por que diabos ele está aqui, eu não faço a mínima ideia. Eu achava que os membros da Divisão 0 eram proibidos de vir para a Soul Society, pelo dano que eles causariam ao andar por aqui.”

“Eles são realmente proibidos, mas ouvi falar que existe um tipo de selo que diminui a reiatsu dos integrantes da Divisão 0 em quase 10 vezes, assim eles podem andar por aqui sem rachar toda a Sereitei. Bem, o fato de ele estar aqui explica aqueles buracos que vão em direção à Central 46.”

“Mas, enfim, voltando ao assunto principal. Você já ouviu sobre o que o Kurosaki quer?”

“Não, nada. Só soube que é algo importante o suficiente pra agendar uma reunião com a Central 46 em apenas um dia. Até mesmo eu demoro mais de uma semana pra isso!”

“Importante é pouco, se Kurosaki estiver certo no que ele diz. Há alguns dias, ele descobriu sobre um livro, que...”

 

Karakura 

Casa da Família Miyake

 

O dia estava frio na cidade com maior concentração de seres espirituais do planeta. A chuva que caira na madrugada deixara as ruas escorregadias, diminuindo ainda mais o entusiasmo de qualquer um que tentasse sair de casa. Ainda assim, Orihime e Sado estavam parados diante de uma grande casa, nos limites da cidade. Orihime segurava o aparelho que Ichigo dera a ela, com o pedido de que ela monitorasse a cidade em busca de qualquer tipo de ser espiritual.

Um ponto surgia na tela a cada poucos segundos, sempre no mesmo lugar, acompanhado de um breve bip. Mas Orihime não prestava atenção, apenas olhando para a casa, com apreensão.

Vários minutos se passaram antes de Sado quebrar o silencio.

“Por que exatamente as janelas estão congeladas?”

Orihime balançou a cabeça numa negação. Ela não sabia.

O aparelho emitiu mais um bip, mais alto que os demais. Orihime olhou para a tela, vendo o ponto se mover lentamente. Ele não desaparecera desta vez.

“Ele está lá dentro. Nós vamos ter que entrar.” Ela disse, guardando o aparelho em sua mochila, a qual ela deixou no chão. “Se prepare. Eu não sei o que vamos encontrar lá dentro. Nada bom, com certeza.”

Sado olhou em volta, num esforço inútil. Não havia ninguém por perto para ver o que iria acontecer.

“Brazo Derecho del Gigante!”

O braço de Sado foi coberto com uma espécie de líquido, que logo se solidificou, criando uma armadura que começava na ponta de seus dedos e se prolongava até um pouco depois de seu ombro. Com um único soco, o portão da casa foi arrancado de suas dobradiças e jogado para longe. Ele se adiantou, entrando na casa, logo seguido por Orihime.

No exato instante que a dupla entrou na casa, eles sentiram a temperatura diminuir vários graus. A respiração de ambos se tornava uma pequena névoa, se dissipando no ar, a cada expiração. Mesmo protegidos por seus casacos, Sado e Orihime tremiam de frio, o qual piorava a cada passo que eles davam para dentro da casa.

“Tome muito cuidado, Sado. O barulho do portão já deve ter alertado o que for que esteja aqui.” A expressão da jovem ruiva estava séria, seus olhos cheios de determinação. Sua personalidade havia mudado bastante desde o começo de suas aventuras no mundo espiritual, e ela deixara de ser a garota inútil, que está ali apenas para dar suporte para os verdadeiros heróis. Agora, ela também era um deles. Uma verdadeira heroína.

Eles atravessaram um jardim, que um dia fora lindo e bem cuidado, mas agora estava coberto com mato e uma fina camada de gelo. A porta da casa estava destrancada, e a única dificuldade foi soltar as dobradiças do gelo que se formava. Logo após a porta, havia um pequeno hall de entrada. Logo em seguida, começava uma sala. Os dois guardiões de Karakura se sobressaltaram com o barulho de um tiro, mas se acalmaram ao ver uma arma soltando fumaça na tela da televisão. Todos os móveis estavam cobertos de gelo, e o chão estava escorregadio.

Eles passaram pela sala, atentos a qualquer som ou movimentação, mas a única coisa que encontraram fora um gato, debaixo de uma pilha de roupas sujas, tentando se aquecer. Ao ver dois estranhos andando furtivamente pela casa, ele correu em direção à porta, rapidamente fugindo do lugar.

Uma pequena escada levava ao segundo andar, e Orihime subiu, silenciosamente, fazendo sinais para Sado procurar pelo andar térreo. O frio era ainda pior onde Orihime estava, mas ela seguiu em frentes, sem se incomodar. Ela já havia passado por situações muito piores, e a casa fria e escura não era nada comparado com a prisão onde ficara, no Hueco Mundo. Ela tirou uma lanterna do bolso, iluminando a sua volta. Seu instinto era fugir dali, e procurar algum lugar onde ela poderia conseguir um bom chocolate quente, mas ela lutou contra isso. Ela sabia que o espírito provavelmente estaria no lugar mais frio da casa, então ela passou pelo corredor, virando a esquerda numa pequena curva que levava a uma série de quartos. Ela podia ver uma suíte com uma cama de casal, e duas formas sobre ela.

Orihime pôs as mãos sobre a boca, reprimindo um grito de horror. Ao apontar o facho de luz para a cama, ela percebera que o casal deitado ali não se movia. A pele de ambos estava azul, e seus peitos estavam imóveis. Após alguns segundos onde Orihime recuperava o fôlego, ela continuou andando. Ela sentia o frio aumentar a cada passo que ela dava em direção da suíte, mas, ao passar por uma porta, na metade do caminho, sentiu o frio diminuir. Ela o encontrara.

Ela não poderia arriscar chamar por Sado, e alertar o assassino que se embrenhava nas trevas da casa. A maçaneta estava fria, prendendo a pele de sua mão contra ela, enquanto a jovem a girava, o mais devagar e silenciosamente possível. A porta emitiu um pequeno rangido enquanto Orihime a abria, com a lanterna apagada em mãos. Uma rajada de ar frio atingiu seu rosto com força, chegando ao ponto de doer. Ela sentia uma fina camada de gelo se formar sobre as partes de seu corpo expostas ao ar frio, mas ela não podia dar atenção a isso agora. Ela sabia que morava um casal com uma filha na casa, e suspeitava que ali fosse o quarto da filha, que teria apenas alguns meses. A esperança que a pequena garota estivesse viva, apesar do destino de seus pais, fez com que Orihime entrasse no quarto.

A luz da lanterna lutava contra as trevas do quarto, revelando uma decoração infantil. As paredes cor-de-rosa estavam recheadas com fotos de um pequeno bebe. Brinquedos estavam espalhados pelo chão, e um berço repousava no canto do quarto. Orihime sentiu seu coração acelerar ao ver um vulto parado, de costas para a porta, olhando atentamente para o berço. Ele parecia imóvel, mas Orihime sabia que não podia confiar em aparências. Ela se adiantou, andando o mais silenciosamente possível, com a lanterna sendo segurada firmemente por uma de suas mãos, enquanto a outra repousava sobre uma pequena presilha de 6 pontas em seu cabelo, pronta para ativar seu poder e se defender ou atacar.

Seus passos tinham que ser cuidadosos, com a ameaça de pisar sobre algum brinquedo e denunciar sua posição. Ela já estava a menos de dois metros do vulto quando ouviu um som. No inicio, ela sentiu seu coração quase saindo pela boca, achando que algum brinquedo tinha se ligado sozinho, e o ser se voltaria para ela, pronto para atacar. Mas, depois de alguns segundos de apreensão, ela percebeu que o som vinha do próprio vulto. Era uma canção, calma e bonita, que transmitia uma sensação de paz. Orihime não conseguia entender as palavras ditas, mas sentiu todo seu corpo se amolecer, e sua mente ser tomada de sono. Seu corpo foi coberto de calor, e o gelo em seu rosto começou a derreter. O espírito estava cantando para a criança.

Lutando contra o sono que tomava conta de sua mente, ela deu mais dois passos, chegando tão perto do ser que ela poderia tocá-lo com as pontas dos dedos. Ele parecia ser um homem, com cerca de 30 ou 40 anos, com cabelos compridos e desarrumados. Era difícil distinguir detalhes, graças à escuridão, mas era visível que ele não era fraco, ou fácil de se combater.

Orihime ficou nas pontas dos pés, tentando ver dentro do berço. Ela conseguiu distinguir as formas de um pequeno bebe, mas seu coração estava pesado, pensando se o bebe estava vivo ou não. Mas seu peito se encheu de alivio quando viu a criança se mover, esticando os braços em direção ao homem. De alguma forma, o bebe conseguia ver o espírito, evidenciando que desde cedo ela já tinha um pouco de poder espiritual. O rosto do homem se abriu em um sorriso, enquanto ele esticava os braços, pronto para tocar a garota.

“Santen Kesshun!”

Uma barreira foi formada, fazendo os dedos do espírito pararem a poucos centímetros da pequena criança. Ao perceber que não conseguia chegar até a criança, o homem urrou, esmurrando a barreira. Orihime deu um passo para trás, surpresa, e seu pé esbarrou em uma pequena pilha de blocos, que desabou, fazendo barulho. Durante um momento, era como se tudo estivesse em câmera lenta. O homem se virou, encarando Orihime. Ela olhou para ele, assustado, e recuou mais um passo. Os olhos do homem pareciam emitir puro ódio, e seu ódio era tão grande que ela quase era capaz de vê-lo. O frio se intensificou pelo quarto, fazendo tudo adquirir um tom azul, graças à camada de gelo. A barreira de Orihime protegia a garota contra o frio que se alastrava, mas ela própria estava começando a sentir seu corpo se congelar. Num movimento desesperado, ela tentou usar sua técnica ofensiva Koten Zanshun, mas o homem desviou-a facilmente. Ele deu um passo em direção a Orihime, esticando seu braço em sua direção, e Orihime começou a sentir sua consciência deixando seu corpo.

“Então, é assim que vou morrer, hum?” Orihime pensou, enquanto lutava para manter seus olhos abertos, mas não podia se mover, graças à camada de gelo que prendia seus pés ao chão. “Eu tinha tanta coisa para fazer ainda, tantos lugares pra conhecer, tantas experiências para passar... Mas eu não me importaria de partir, se eu pudesse pelo menos vê-lo uma última vez...”

Orihime sentiu seus joelhos cederem, caindo com força contra o chão. Seus olhos se fechavam, quando ele ouviu gritos. Um vulto passou por ela, atacando o homem, que parecia surpreso com a onda de socos que recebia. A última lembrança de Orihime, antes de desmaiar, era ver o homem sumindo num flash de luz, e Sado vindo em sua direção.

 

Local desconhecido

Ichigo continuava na mesma posição do dia anterior, e a mesma aura luminosa o encobria. Desta vez, a luz parecia mais forte, mais intensa, e o tempo que ela permanecia fora de seu corpo era maior. Às vezes, Ichigo tremia um pouco e sussurrava algumas palavras desconexas, sendo a mais frequente delas ‘Orihime’. Mas, mesmo sentindo que havia algo errado com uma das pessoas com quem mais se importava do mundo, ele não poderia se movimentar, mesmo desejando-o profundamente. Ele tinha que continuar o que estava fazendo.

Ele tinha que salvar o mundo.

 


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Notas finais do capítulo

Sparky: Frase apagada. Bip. /nãofezomenorsentido

Espero que tenham gostado do capítulo e humildimente peço para vocês não se esquecerem de deixar um review



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