Presa no Tempo escrita por Menina Improvável


Capítulo 4
Capítulo 4: Os seus passatempos constituem-se do estranho.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa demora ♥ eu viajei nas férias e não escrevi muito... Mas enfim, trouxe ele! Espero que gostem.


"O futuro é um labirinto para quem não sabe o que quer."
~ Charlie Brown Jr.

Titulo: Arctic Monkeys - Crying Lightning
(https://www.youtube.com/watch?v=tXKk7gSwFpQ)



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~ 11:30, domingo, Junho, ano: 2140.

 

— ACORDEI! - levantei do nada na cama.

Pera… Na cama? Como cheguei aqui?

Sentei na cama e esfreguei o rosto.

— Acordou finalmente. - disse Rafael entrando no meu quarto.

— O que ta fazendo aqui?

— Eu trouxe você pra casa... Você dormiu de novo! - ele deu risada.

Cai pra trás na cama.

— Cassete, eu sempre durmo na mesa...

— Já to acostumado. - ele disse estendendo a mão com uma xícara - Toma.

Peguei a xícara. Tinha cheiro de café...

— Amo cheiro de café pela manhã! - olhei pro lado – Ah... Abrir cortinas.

As cortinas se abriram e a claridade entrou no quarto.

— Hã... - olhei pra ele - Quando você chegou aqui? Hoje de manhã?

— Não. Eu dormi aqui. - disse ele sentando na cama.

— Hã... Onde?

Ele fez cara maliciosa.

— Nem te conto.

— Besta! - disse rindo.

— To brincando - ele riu -  Dormi no sofá mesmo... De bruços... Seu gato deitou em cima das minhas costas e eu não conseguia me mexer porquê não queria acordar o Alfa.

— Entendi... - dei risada.

— ... Então... Como ta o café?

— Ta bem quente! - dei uma risadinha - Mas eu adoro.

— Que bom.

— Bom... - disse dando a xícara para ele - Vou tomar banho, já volto... - Levantei da cama.

— Ta. - ele disse.

— Não olha... - disse para ele que virou para o outro lado, tirei e coloquei minha pulseira de mudar a roupa em cima da minha cômoda e encostei a porta do quarto.

 

**

 

Quando sai do banho enrolei a toalha em mim para voltar pro meu quarto pra por minha pulseira que tinha deixado lá... Quando entrei no quarto me deparei...

— O QUE TA FAZENDO?! - falei um pouco alto.

— Hã... - ele parou de se olhar no espelho e olhou pra mim de toalha.

— ... - Esperei ele responder.

— Não tenho culpa, você sabe que eu sempre quis ver as roupas que tem na pulseira pra mulheres...

Olhei pra ele usando minhas roupas com olhar de: "Por que eu sou amiga desse idiota?" (Risos).

— Devolve "miga"! - Pedi estendendo a mão e rindo.

— Ta bom "querida". - Ele tirou a pulseira.

Digamos que ele meio que ficou sem nada... E foi meio embaraçoso.

— AI RAFA! - Falei alto abaixando o rosto sem olhar pra ele. - Por que você ta sem nada por baixo?! Você NÃO SABE que você que tem que por sua própria roupa de baixo?

— Ai é mesmo vou pegar minha roupa tava lavando.

— SAI! - Gritei apontando pra fora sem olhar pra ele.

— Ta bom não precisa gritar.

Ele fechou a porta.

Abaixei um pouco a toalha das minhas costas.

— Que corpo... - Ele disse com a porta entre aberta e eu ataquei a almofada mais dura na cara dele.

— SAI DAQUI VAI POR SUA ROUPA!

Ele fechou a porta e eu ouvi gargalhadas no fundo.

— Trancar porta. - falei e a porta se trancou automaticamente. - "Que corpinho"... Idiota. - dei risada e soltei a toalha para ela cair no chão e me olhei no espelho.

Dei de ombros. Para mim não tem nada de especial como ele fala. Não que ele já tenha visto, mas ele diz que acha que é bonito...

— Hey Heleka. - ele disse batendo na porta. - Minha pulseira ta ai.

— Parabéns "Rafaela" - disse rindo. - E agora?

— Desculpa abrir a porta... Se você abaixasse mais a toalha eu não ia olhar eu juro...

Dei risada.

— Relaxa, eu desculpo, agora me diz... Como vai pegar sua pulseira?

— Você vai me dar ela? - disse ele obviamente do outro lado da porta.

— To muito afim não. - ri.

— Malvada!

— Você ta perdido numa casa sem suas roupas e sabe q elas estão dentro de um quarto trancado de segurança máxima. Como pegaria ela de volta? - Disse mexendo na pulseira dele.

— Eu abro a porta na porrada! - ele riu.

— Não precisa de tanta agressividade.

Já vestida, abri um pouco a porta para devolver o objeto.

—Bem vindo? - apareceu um holograma em cima da pulseira e ele olhou pra mim com desprezo.

— Opa! Parece que alguém reiniciou sua pulseira! - disse rindo.

— Você vai vê! - disse ele ameaçando correr atrás de mim e eu sai correndo.

Peguei meu gato que tava dormindo no sofá e puis na minha frente.

— Sai! - meu gato estava com cara de raiva e as patas pra frente.

— O Alfa me odeia! - disse ele rindo e vindo andando calmamente.

Segurei o Minx direito no colo e ele voltou a ser um gatinho normal.

— Desativou o modo defesa. - dei risada e ele miou alto.

 

**

 

— Toma.

— Que isso? - ele disse.

— Alguns chamam de café da manhã. Eu chamo de torradas. - disse pondo o prato na mesa pra ele.

— Eu vou morrer se comer isso. - Dei um soco no braço dele.  - AI!

Ele deu risada.

 

**

 

— O que vai fazer hoje.

— Nada. Deitar, ver filme. Nada de mais. Domingo não tem nada pra faze.

— Você sabe que eu amaria ficar aqui com você mas eu tenho que ir pra casa.

Ele pegou na minha mão e a beijou.

— Obrigado.

— Pelo que? - perguntei.

— Por não ter me matado com suas torradas!

Ataquei uma almofada nele.

— Tchau Rafa! - disse rindo.

Ele saiu rindo.

Peguei Minx que estava andando normalmente no chão e puis no meu colo e ele apoiou as patas no meu pescoço.

— Por que você morde ele em? - disse olhando o gato.

Ele estava sério.

— Tem o que? Ciúme dele?

Ele pois as orelhas para trás.

— Relaxa bola de pelo... Eu não acho ele o cara mais incrível que já conheci, ok? - puis o gato no encosto do sofá - Nem o mais fofo... E o mais carinhoso...

Depois de um tempo Minx miou.

— Ai que susto Minx!! Deixa eu brisar em paz que coisa! - disse passando a mão nele.

 

**

 

~ 10:22, Segunda-feira, Junho, Ano: 2140. (No dia seguinte).

 

Acordei com meu barulho caindo da cama.

— Ai ai... - passei a mão no braço - Machucou...

Levantei do chão.

— Ai meu Deus não posso me atrasar hoje de novo!

Tomei café, me arrumei, Minx me deu suas mordidas matinais e eu fui pro carro rumo ao trabalho.

 

**

 

~ 11:21, segunda-feira.

 

— Cheguei!! - disse abrindo a porta rapidamente.

— Parabéns! - Rafa bateu palmas - O chefe ainda não chegou!

— Ai ele ainda ai não chegou... - me senti aliviada.

— Mas que você chegou em cima da hora você chegou. - disse uma voz atrás de mim.

— Ai caramba. Desculpa...

Olhei pra trás e era o Sr. Spies atrás de mim.

— Olha como fala. - ele bateu no meu ombro ao passar e foi pra sala dele.

**

— Seboso. - disse passando os hologramas da minha mesa para a mesa do Rafael - Como se ele nunca tivesse falado palavrão. E "caramba" nem é palavrão!!!

— Você fica fofa brava. - disse Rafa rindo.

— Aaaah cala boca! - dei risada.

Estava passando quando passei aquele holograma daquele prédio de novo. E a marca estava lá.

— Esse fica.

— Por que?

— Porque preciso analisar ele.

Fiquei encarando meu tablet com aquela imagem.

— Você ta pensando em ir lá de novo né?

— Como você sabe? - perguntei.

— Ta escrito na sua cara, Helena.

— Não precisa ir comigo se não quiser.

Ele olhou pra mim.

— Eu vou!

— Ai ta. - dei risada. - Parece até meu guarda costas.

— Se eu pudesse ser, eu seria.

Demos risada juntos.

— Trabalho!! - Disse Suzana saindo da sala do chefe. - Da pra ouvi vocês dois lá de dentro.

Ela passou e foi pra mesa dela.

— Irritante. - murmurei.

Virei para o lado e vi folhas voando na minha direção.

— Posso ouvir o que diz ai atrás!!

Rafa deu risada da minha cara e eu virei os olhos.

— Af não tem graça!! - ri também.

 

**

 

— Deixa eu pilotar? - disse pro Rafa apontando pra moto dele enquanto saíamos do trabalho.

Ele olhou pra minha cara, olhou pra moto, pra mim, pra moto.

— E matar ela? Não.

— AI SEU CHATO!

— Um dia quem sabe. Mas em segurança, agora ta muito trânsito.

Subi na moto.

— Vamos logo então. - dei um sorriso.

— Ok.

Ele subiu na moto e eu segurei ele pela cintura e fomos pro terreno.

 

**

 

Ele estacionou a moto bem no meio do terreno vazio. Não tinha absolutamente nada. Nem grama!

— O que exatamente estamos procurando? - Rafael perguntou.

— Não sei.

— Como não sabe? Como alguém vem a algum lugar procurando alguma coisa e não sabe o que está procurando?

Olhei em volta, tinha muitos prédios e um depósito abandonado.

— Eu sei que tem alguma coisa aqui! Eu sinto isso.

— Eu não sinto nada.

— Aaah você é estranho.

— Eu sou estranho?! Você que fica sentindo coisas e vendo coisas aqui e eu que sou estranho? - ele disse andando pelo terreno.

— Esse não é o "X" da questão.

— Então qual que é?

— Eu vejo que tem alguma coisa aqui. Pode ta em qualquer lugar... Como que eu vou sabe onde ta?

Fiquei pensando.

— Vamos embora? - ele disse.

— ...

— Helena?

— Vamos. - disse dando mais uma olhada em volta e voltando pra moto.

 

**

 

~ 23:34, Segunda-feira.

 

— Minx?! Onde você ta? - olhei embaixo da mesa da sala.

Não obtive nem se quer um miado.

— Quer brincar de esconde-esconde é?

Olhei embaixo do sofá não vi nada.

— Dessa vez eu vou ganhar!!

Olhei pro corredor e a porta de um dos quartos estava entre aberta.

Dei passos lentos e calmos pelo corredor e abri a portinha, era o segundo quarto da minha casa mas estava vazio no momento, tinha algumas caixas lá.

— Minx vou te achar!

Abri algumas caixas.

— Ué! Cadê?!

Do nada uma bolinha de pelos saltitante pulou no meu pé, deu uma mordidinha e saiu correndo.

— A HÁ!

Corri atrás e peguei o gato.

— Te achei seu bobão! Está ficando cada vez melhor nisso.

Ele miou. Puis ele do meu lado no sofá.

— Ligar TV.

Puis num canal de filmes e fiquei vendo até dormir no sofá.

 

**


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! :D
.
#MeninaImprovável



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