Há 3000 mil anos AZ vagava em vão, a lamentar, a discordar, a amaldiçoar. Ele era a sombra do homem que um dia já foi, uma vez que tinha sido consumido pelo ódio. Então, não foi surpreendente que Floette não ficasse ao seu lado por muito tempo. A morte dela, para ele, foi muito dura. Algo que se colocou em seu caminho como uma pedra que não conseguia se desfazer.

Apenas recordar era o suficiente para atormentá-lo:  o pequeno corpo em seus braços para, depois, repousar em um caixão igualmente pequeno. Recordar que outros homens, mulheres e crianças sentiriam o mesmo que sua pessoa lhe enlouquecia mais e mais até que tudo lhe parecesse perdido. Contudo, diferente de qualquer entendimento que tivesse tido, AZ conseguiu se livrar de seu peso.

Finalmente seguiria em frente sem a dor que carregava, tão grande quanto seu corpo. Dessa forma, não demorou 2 segundos e Floette já estava ali, descendo dos céus com a expressão sorridente que AZ bem conhecia. Era um tempo mais que apropriado para uma comemoração. Entretanto, a única coisa que fez foi cair de joelhos e tentar assimilar o que seus olhos imortais viam. 3000 mil anos e enfim AZ poderia chorar, poderia sentir alguma coisa.