Nós decidimos dormir um pouco, como não sabíamos o que tinha do lado de fora da caverna (ou dentro) amarramos as cordas nas cinturas e nas pedras outra vez e dormimos, quando todos haviam acordado, comemos lembas e tomamos um gole de murvur nos preparando para o que viria pela frente.

Olhamos dentro da caverna e não achamos nada, olhamos lá fora e vimos uns peixes estranhos, gordos, marrons e grandes, achatados, horríveis. E do outro lado havia uma porta circular que tinha uma fechadura.

Nós nos entreolhamos e nadamos em direção aos peixes para descobrir o que eles fariam, mas estávamos com espadas e punhais e matamos os que chegaram perto de nós, Sam vacilou com um peixe e ele atacou o braço dele, o bicho mordeu o braço de Sam, levou a manga da camisa já rasgada e fez um arranhão com os dentes no braço de Sam, mas como ainda havia algumas algas na camisa dele o peixe engoliu e se engasgou, depois se moveu de um lado pro outro tentando cuspir a alga mais de alguma forma ele se engasgou e morreu sem ar. Nós olhamos e Sam disse:

— Joguem alga na boca deles, que eles morrem. - e foi isso que fizemos, pois mais uma tropa de peixes vinha, e jogavamos algas neles, pois surpreendentemente eles se engasgavam e morriam e quando acabava as algas nós matavamos com as lâminas, logo não tinha mas peixe, fomos até o outro lado em frente a porta circular.

Frodo tentou abri-la mas estava trancada, então Aragorn lembrou.

— A chave! - ele disse e abriu sua mochila para pega-la.
– Que chave? - perguntou Legolas.

— Quando tiramos o ferrão da Grande Raia havia uma chave lá dentro, está aqui - respondeu Aragorn pegando a chave e colocando na fechadura, ela girou e todos suspiraram aliviados, quando a porta se abriu, havia outra caverna.

Entramos lá dentro, eu nadava abraçada a Legolas e todos estavam próximos, no fim da caverna tinha uma porta com um espaço para por algo, uma abertura, assim que chegamos perto uma voz soou:

— A porta só se abrirá com choques

Somente um amor verdadeiro não pode ser enganado

Somente esses poderão escapar do feitiço

A inteligência é a única resposta

Pressione a concha e encontre o que deseja

Gandalf deu um sorriso de eu-sou-super-inteligente e tirou da mochila dele um saco, ele colocou o conteúdo do saco na abertura da porta, e quando retirou o saco a abertura de vidro se fechou ele tinha posto uma água viva.

— Se afastem! - gritou Aragorn e nos afastamos. A água viva deu um choque na porta e se tívessemos perto seriamos atingidos, a porta explodiu em pedacinho e vimos uma sala do trono, lá havia um trono e sentada nele havia uma sereia com uma coroa na cabeça, e dois guardas sereios.

Quando nós pisamos no salão seu olhar se fixou em nós e a sereia começou a cantar algo numa voz estridente que era de doer os ouvidos, a voz passou por mim sem fazer efeito nenhum, mas ao passar por Frodo percebi ele indo em direção a sereia e o barrei.

— Ei Frodo! O que é isso? - disse e ele só balbuciou coisas sem noção.
Ai eu olhei para os outros, Gimli, Haldir e Frodo estavam querendo chegar mas perto da sereia e ai eu percebi.

Ela os enfeitiçará. Mas porque não o resto? Percebi que Éowyn e Faramir estavam normais e continham os outros, Gandalf estava numa espécie de transe nem louco nem são, parecia lutar internamente contra o feitiço. Ai me veio na mente:

Somente um amor verdadeiro não pode ser enganado


Somente esses poderão escapar do feitiço


Oh, era isso. Olhei para Legolas ao meu lado e vi que ele estava bem são, sorri e observei, Sam e Aragorn também tinham consciência do que faziam.

— Gente, eles estão enfeitiçados - disse baixinho de modo que a sereia não ouviu.
– E porque não estamos enfeitiçados? - perguntou Sam.
– Porque amamos verdadeiramente alguém. - disse e vi Sam corar, não pude deixar de perguntar.

— Então quem a sortuda, em Sam? - o pressionei e ele deu um risinho.
– Rosinha Villa, uma hobbit do Condado, eu gostava dela, mas não sabia que a amava...- respondeu ele e nós rimos.

— Então Aragorn é a Arwen não é? Não está traindo a minha prima? - disse.
– Claro que não Lena, eu a amo, olhe - disse ele e puxou um colar de dentro das vestes...
– A... a Estrela Vespertina de Arwen. - perguntei incrédula.
– Sim. - ele respondeu e Faramir, Éowyn e Sam olharam curiosos.
– O que que tem o colar? - perguntou Faramir e eu o olhei.

— O que é que tem? Isso. É a maior prova de amor que uma elfa pode dar a alguém. Todas tem um, que simboliza seu poder, a sua força vital. Quando dão isso a um homem estão ligadas a ele muito mais do que só por palavras. As almas são ligadas. Geralmente elas só dão quando eles a pedem em casamento. Não sabia que Arwen te amava tanto.

— Mas, tipo, isso é para sempre, não pode, se eles não quiserem mais ficar juntos devolver? - perguntou Sam.

— Devolver? - disse incrédula - Bom, acho que sim, mas isso seria horrível mutilaria a alma dos dois e jamais poderiam amar de forma tão pura e verdadeira outra vez, e a... a elfa pode morrer.

— Morrer? Porque? - perguntou Éwoyn.

— É uma parte da força vital dela, se a que ainda lhes resta ela perder, ficando deprimida e magoada, ela pode vir a morrer. Por isso é algo muito serio. Não se dá a qualquer um. - disse isso e Legolas me olhou triste.

— Então é por isso que você nunca me deu o seu? Porque eu sou qualquer um? - perguntou ele e isso machucou o meu coração.

— Não! Legolas... eles foram muito desprecavidos, Arwen pode morrer! E além disso eu só daria o meu quando alguém me pedisse em casamento. - disse e na mesma hora me arrependi.

— Ah é? Então porque não deu para o Peter, ele te pediu em casamento. - Ele disse revoltado e eu o olhei furiosa.

— Mas eu neguei, só daria se eu amasse a pessoa e aceitasse. - gritei e a sereia nos olhou, havia me esquecido dela, ela cantou mais uma vez e dessa vez Legolas ficou maluco como os outros, uma lágrima silenciosa desceu dos meus olhos, ele não me amava mais. Isso era o fim? Um colar? Então ele não presta mesmo.

Me concentrei no que precisava fazer. E fui até a sereia.

— OI. Hm, e ai? Você sabe onde está um objeto que era de Eomir?- ela me olhou como se eu fosse maluca.

— Sei - a voz dela era horrível - Porque? Ele não é de Eomir, é MEEEU ele me DEEEU!

— Ah, certo. - Eu disse e a observei, percebi um colar com uma safira lapidada em forma de coração e a corrente toda de diamantes e em volta dele também. - Colar bonito.

— O-obrigada, foi uma presente, para uma rainha, eu - disse metida.


— Rainha? - perguntei.

— Sim, sou a Sereia-Rainha do Rio Anduin.

— Do Rio Anduin?

— Sim, eu comando tudo aqui, até o rio desembocar no mar.

— Hm, certo, obrigada e boa sorte com o desembocamento, espero que corra tudo bem. - disse sorrindo num tom de falsa amizade e voltei para onde nós estávamos, Éowyn, Sam e Faramir continham Gimli, Frodo, Haldir e um certo elfo loiro que me doí demais dizer o nome, de repente, olhando para eles tive uma ideia e apontei para Aragorn.

— Você. Tenho um plano para você. - disse sorrindo e ele ficou com medo.