Pov's Helena, filha de Glorfindel

O dia estava cinzento, a aurora quase não era vista. Acordei cedo, o horário exato que num dia normal a aurora raiaria no céu, mas hoje, quase não era vista. Talvez isso se devesse ao fato que eu estava triste e com a minha influência sobre a Aurora, é possível que ela não aparecesse no céu.

Hoje é o pior dia de minha imortalidade, os Elfos deveriam ir para as terras imortais além dos Portos cinzentos e eu não queria ir, óbvio que não, mas meu tio Elrond não queria nem saber, eu iria e pronto. Eu nunca vinha muito a Valfenda, morava com minha mãe Selene, minha tia Celebrían e meus avós: Celeborn e Galadriel na terra de Lothlórien, minha tia Celebrían é mãe de Arwen, filha do rei de Valfenda, isso tornava Elrond meu tio e Arwen minha prima. Mas meu pai morreu na batalha, ele era Glorfindel, um dos grandes senhores da casa de Elrond, e minha mãe me mandou para cá aos cuidados do meu tio Elrond e como ele me concebeu a maravilhosa - na visão de minha mãe - proposta de ir para as terras imortais, eu deveria ir.

Mas não queria, desde que fui a batalha de Rohan eu queria lutar, viver aventuras e não ficar presa em reinos imortais fuxicando com outras mulheres. Eu quero ajudar os homens e se for preciso morrer na batalha, não quero uma imortalidade feliz para sempre, nunca gostei dos contos que minha mãe contava, a princesa sempre é feliz sem fazer nada, como ela pode gostar disso? Não tem uma aventura ou guerra na qual elas possam lutar! Meu sonho é lutar por alguém que amo, mas ainda não achei a pessoa certa, nem elfos nem homens e por isso não posso fazer como Arwen e dizer que quero ficar pelo homem que amo, pois ele não existe.

Cheguei em Valfenda meses depois da comemoração da guerra vencida, todos já haviam ido embora e o jovem hobbit que eu admirava por ter destruído o um anel que poderia destruir o mundo, já havia ido embora para a sua casa, um lugar chamado Condado. Queria conversar com ele e lhe parabenizar por ter conseguido, era um bravo homem, melhor do que muitos dos grandes.

Hoje Valfenda estava triste pois os elfos que a séculos viveram ali abandonariam suas casas e iriam partir para além do mar, indo para o que alguns chamam de paraíso. Há alguns animados, outros tristes e eu estava na parte triste e deprimida, nunca vinha para cá e quando venho a cidade será abandonada. Olho para a paisagem na varanda do meu quarto, uma cidade bonita feita com muito esforço e sacrifício pelos elfos a muitos anos, seria abandonada. Pensei em quantas aventuras poderia viver aqui e fiquei com pena das pessoas que as viveram e agora estariam a deixando, certamente se lembrando de como fora divertido ou engraçado.

Os elfos plebeus iam logo de manhã para pegar um bom lugar nos barcos e nós, a realeza de Valfenda iria a noite, quando os barcos partiriam, mas eu não iria. Não mesmo, vou fugir. Viver nas florestas e procurar algum reino de humanos onde possa viver aventuras, nem que seja como plebeia. Sim, eu faria isso. Porque eu não aceitaria nunca partir para um lugar onde nunca mais poderia viver aventuras.

Está é Helena, filha de Glorfindel. Irmã de Haldir. Sobrinha de Elrond. Prima de Arwen. Gosta do Legolas. Ouve Gandalf. Amiga de Aragorn e Éowyn.