No hospital, Snow estava deitado em uma cama em um quarto, enquanto Melina estava no corredor com o Detetive West. Ela sorriu para ele e apertou a mão dele ao se despedir. Quando entrou no quarto Snow estava de cabeça baixa pensativo. Ela o observou.

— O que foi? Aconteceu alguma coisa? Você me parece apreensivo.

— Não. Não é nada. Só estou com meus pensamentos.

— Você sabia que poderia ter morrido?

— Eu não morro fácil. Meu coração é de gelo, não se esqueça disso.

Snow se levantou e colocou o seu colete de pelos bufante. Melina o observou.

— Ei! Onde você está indo?

— Eu tenho coisas a resolver.

— Você foi perfurado. Não pode sair assim.

— Na verdade eu posso. Cuida disso pra mim, tá?

— Você é inacreditável. Você machuca, quase morre e vai sair como se fosse nada? Quer saber? Vai. Se for perfurado de novo, não me chama!

Snow olhou para ela sob o ombro.

— Por que você se importa?

— Eu me importo, Snow! Eu não te conheço direito, mas você já é importante pra mim. E estamos nisso juntos. E ninguém nunca me salvou. Bom, Stark me salvou uma vez, mas isso não conta.

— Você não devia se importar demais. Isso tende a machucar.

— Você é um idiota Snow!

— Já me disseram isso antes. Mas cada um com sua opinião não é? Te vejo a tarde.

Snow beijou ela na bochecha. Ela ficou surpresa. Ele sorriu e saiu do hospital.

Enquanto isso, em Seattle, Tay voltou ao local próximo a cabana, e viu que Hera venenosa não estava no local e nem Manley. Tay apertou os punhos.

— Ela pegou ele! Tenho que impedir!

Tay correu na direção da cabana e entrou nela e se surpreendeu ao ver Hera venenosa sentada na mesa tomando chá com Manley.

— Acabei de fazer chá. Estão servidos? - Sorriu ela de lado

— O que.. Está acontecendo aqui? - Perguntou Tay confuso

— Eu sei muito bem o que você pensou! Que eu ia matar esse velho. E você tinha razão. Eu iria mesmo. Em um piscar. Mas isso não causaria uma boa impressão com o meu filho recém descoberto não é? Estou poupando a vida dele por enquanto.

— Quanta bondade vindo de você. - Disse Tay irônico

— Ah, o que é isso? Vamos, Tay. Você já deve ter  ouvido falar de mim. Eu sou uma vilã. É o que eu sou. É obvio que você vai esperar o pior de mim, da mesma forma que espera o melhor do Stark. - Hera venenosa deu um gole no chá

— Você está certa.

— Então a pergunta é: Mesmo sabendo de tudo isso, por que veio aqui?

— Eu não sei. Eu sinceramente não sei.

— Mas eu sei, meu pequeno Tay. Você no fundo sente essa necessidade de ter sua mãe perto de você. Assim como as pequenas folhas que dependem das arvores, você tem um buraco no seu peito e precisa ser preenchido. Eu sou esse buraco. - Disse ela se aproximando dele

— Na verdade, eu me sai bem sem mãe até agora.

— Isso é o que você diz, mas no entanto, você está aqui. A natureza precisa de todos os seus filhos. E agora eu tenho mais um. Isso é tão bom! Eu estou tão animada! Eu tenho muito a ensinar!

— Espera ai.. Eu não vim aqui com o objetivo de aprender nada.

— Ah, que isso. Você é poderoso, Tay. Assim como minha plantinha, Savannah. Eu fiquei sabendo pelo velhote que você foi envenenado por escorpião do deserto e sobreviveu! Sabe por que? Você tem imunidade a venenos! Você herdou isso de mim! Pode fazer muito mais se você se permitir!

— Eu não sou um vilão.

— Pra que esses rótulos? Você é o meu filho! Pense melhor!

— Eu mal te conheço pra você querer -..

Tay olhou para o lado e viu uma foto do Donn com Hera venenosa e Savannah em um porta retratos. Tay pegou o porta retratos e olhou a foto. Ele ficou com uma expressão seria e gritou pra ela:

— Pra que se dar ao trabalho de se aproximar de um filho que você quer matar?!

Hera venenosa o olhou surpresa.

— Como é que é?

— Não se faça de sonsa! O que é isso aqui?! Uma foto com o Donn! O cara que tentou me matar!

Hera venenosa olhou a foto do Donn sem entender depois voltou a olhar para Tay.

— O trabalho do Donn era só pegar o protótipo e descobrir a identidade do vigilante, que nós já sabemos que é você. Mas nunca mandei te matar. Se ele disse isso, foi ideia dele.

Savannah arregalou os olhos surpresa. Então aquele tempo todo, Donn estava agindo por conta própria. Savannah abaixou a cabeça.

— Ótimo. Vou tomar um ar.

Savannah pegou o celular dentro do bolso e digitou uma mensagem.

Enquanto isso, no navio do Captain Shadow, Donn caminhava com ele rindo e conversando sobre o roubo. Donn colocou a sacola no chão e sorriu.

— Esse assalto foi excelente, se não fossem aqueles três idiotas. Mas eu gostei do final. Aquele geladinho deve estar cuspindo sangue até agora.

— Eu não teria tanta certeza. - O Captain Shadow sorriu

— Ah é mesmo? Por que?

— Ele está bem vivo.

— Ah é? Bem, não me importa. Ele não é meu alvo principal. Mas se ficar no meu caminho...

O celular de Donn começou a vibrar. Ele pegou o celular no bolso e leu uma mensagem de Savannah:

"Eu sei de tudo o que você fez."

Donn ficou surpreso e apertou o celular com muita força, mordendo os lábios e tremendo. O Captain Shadow sorriu e perguntou sádico:

— Problemas? Sua cara está ótima.

— Aquele Patrulheiro... Eu sabia! Eu sabia que era uma péssima ideia Savannah viajar com ele! Droga! Droga!!!

Donn pegou uma cadeira de madeira e em ataque de fúria a quebrou, a jogando no chão. O capitão apenas o observou, sem se importar.

— Você vai pagar por isso. Pode me dar uma boa parte do que pegou lá no banco.

— Você é um explorador, capitão!

— Eu sou um pirata. Passe o ouro.

— Ora seu..

Donn pegou uma boa quantia de dinheiro e colocou violentamente na mão do Captain Shadow que sorriu. Donn se virou de costas para sair do barco.

— Onde você vai?

— Eu vou acabar com o Patrulheiro. É o que eu vou fazer! E quer saber um melhor jeito de começar a me vingar? Pelas industrias Stark.

Donn saiu do barco e o Captain Shadow sorriu.

— Isso vai ser divertido.

Enquanto isso, em Seattle, Savannah estava sentada na cama do quarto. Hera venenosa se aproximou e sentou ao lado dela.

— O que foi plantinha?

— Eu me sinto.. Triste. Eu não sabia o que o Donn ia fazer.

— Está triste por que o Donn agiu por conta própria?

— Não é só isso.. Eu me sinto tão fraca..

— Você não é fraca, minha plantinha. Você é forte. Só tem que deixar isso brotar dentro de você.

— Tem razão...

— Sobre o Donn, ele teve seus motivos, eu imagino.

— Ele me salvou no hospital. Eu quase morri por causa de uma loira sebosa.

— Alguém tentou matar minha plantinha?! - Exasperou Hera Venenosa

— Mas eu vou me vingar. Eu vou destruí-la.

— É claro que vai. Você foi treinada por mim. Mas mesmo assim, irei te ajudar. Tenho um presente pra você. E sobre o Donn, ele se importa mais do que parece.

— Obrigada mãe. Eu vou ver como Tay está.

Tay estava observando as arvores perto da cabana. Savannah se aproximou dele.

— Você não devia estar lá dentro? - Perguntou Tay, se virando pra olhar para Savannah com seus olhos brilhantes

— É. Deveria. Você também.

— Eu vou depois.- Tay olhou para as arvores de novo

— O que o Donn queria.. Eu não sabia. Eu sinto muito. Eu quero que você se de bem com sua mãe. Ela foi a única pessoa que me deu amor em todo o mundo, então eu faço tudo o que posso para retribuir.

— Eu fico feliz com isso.

— Feliz com o que?

— Você se importar tanto, ser tão leal. Eu sei que isso de um jeito distorcido é a sua forma de mostrar amor. De cuidar. De ser boa.

— Tay, não é nada disso.

Ele colocou uma mão no rosto dela. Savannah corou levemente.

— Eu as vezes me lembro como era antes.  Eu as vezes queria voltar naquele tempo.

Tay se aproximou do rosto e a beijou. Savannah ficou surpresa, mas retribuiu. Hera venenosa observou os dois pela janela e sorriu maliciosa.

— Acho que será bom dar uma ida a Tecnocity! Eu me aproximarei do meu filho, farei ele ver as coisas do meu modo, e ainda destruirei o Stark! Ah ah ah!

Ela esticou as mãos e fez varias raízes de plantas cresceram no local.

Enquanto isso em Tecnocity, Donn caminhou até um pântano enevoado. Ele observou suas botas pretas e depois continuou caminhando até o lago cheio de lodo.

— Meleca saia da ai.

— Não tem meleca aqui. Só o lodo. Ah ah ah!

— Para não fazer você perder tempo, eu te espionei com meus micro espiões flutuantes. Eu sei que está ai Lotus. Apareça!

Lotus tirou a cabeça da agua e o olhou entediado.

— Já sei, você veio aqui só para me cobrar da contaminação em Tecnocity, não é? Eu já estou cuidando disso! Não me apresse! Eu me sinto sufocado!

— Não é nada disso. Eu quero que me conte tudo o que sabe sobre o Patrulheiro.

Lotus sorriu de lado, se divertindo.