Tekken no Kimochi escrita por Ina sama, TamashiiKitsune


Capítulo 8
Sharingan! Kakashi e Orochimaru: cara a cara!


Notas iniciais do capítulo

Aqui está! Como dito, mais um saindo do forninho para vocês!

Boa leitura!



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Yoroi prendeu Sasuke no solo, sugando seu chakra pela palma da mão. O Uchiha conseguiu chutá-lo para fora e se levantar, cambaleando para longe. A estafa em seu corpo era óbvia, mas ele conseguia desviar dos golpes do oponente. Naruto, que ficava impaciente com a luta, se agarrou na grade e berrou:

—Anda Sasuke! É só isso que você tem?! E você ainda se chama de Uchiha?!!

O discurso do colega pareceu surtir efeito, pois ao olhar na direção do colega, ele viu Rock Lee parado ao lado do loiro. Aquilo lhe dera uma ideia.

Ele se abaixou e chutou o oponente pra cima, lançando-o ao ar. A plateia prendeu a respiração enquanto Sasuke pulou para trás do oponente. No ar, a marca da maldição começou a tomar conta de si, mas ao se lembrar dos gritos de incentivo de Naruto e do choro de Sakura, ele conseguiu controlá-la. Chutou a costela do inimigo, virou e bateu com o punho no nariz dele, jogando Yoroi para baixo. Quanto mais eles desciam, mais chutes Sasuke aplicava, finalizando com um chute na boca do estômago que fez o oponente desmaiar. O Uchiha rolou para longe e se sentou, mal se aguentando. Haruka sorriu.

—O vencedor da primeira luta das preliminares é Uchiha Sasuke. Portanto, ele avança para as finais. – A plateia estava extasiada pela habilidade do Uchiha, que caia para trás, sendo aparado pelo sensei com o joelho. As conversas paralelas abafavam o tom da conversa do Hatake com seu aluno, mesmo quando eles se dirigiram para fora da arena. Orochimaru sumiu em uma nuvem de fumaça logo depois, enquanto Haruka anunciava a próxima luta: Abumi Zaku vs Aburame Shino.

 

...

 

Kakashi finalizou o desenho do complexo selo sobre o torso nu de seu aluno e deu um passo para trás para contemplar o trabalho.

—Isso deve dar. Agora fique quieto. – Instruiu o jounin e Sasuke, mesmo a contragosto, obedeceu. O professor fez uma sequência de selos de mão e colocou a mão sobre a marca. – Selo da Maldição! – Os sigilos se moveram como uma fechadura ao redor da marca enquanto Sasuke gritava em mais pura agonia. Assim que o selo foi completo, Kakashi suspirou. – Isso deve dar. O selo vai bloquear o avanço da maldição na próxima vez. Mas fique avisado: o selo é tão forte quanto você. Se você começar a duvidar de si mesmo, a maldição se desencadeará com toda a fúria. – O garoto ofegante olhou para ele por alguns instantes, antes de cair de exaustão. Kakashi riu. – Que engraçado. Tá tão cansado que não tem nem condições de discutir.

—Nossa, quanto você cresceu. E pensar que já é tão forte para realizar o selo da maldição. – O olho do Hatake se arregalou ao ouvir aquela voz. Por trás de um pilar que sustentava o teto daquela sala mal iluminada, uma sombra saiu, caminhando até a luz lentamente. Com as mãos nos bolsos e um sorriso debochado nos lábios largos, o Sannin das Cobras se revelou, encarando o Hatake com uma espécie de diversão doentia brilhando nos olhos amarelos.

—Você... Orochimaru.

—Há quanto tempo não nos vemos, não é, Kakashi? Não fique ofendido, mas não vim pra ver você. Meu assunto é com o rapaz aí atrás. – Kakashi se reteseou, colocando-se entre o sannin e o aluno desmaiado.

—O que você quer com o Sasuke? 

—Parece que fez uma nova aquisição. Achei que não a tivesse no nosso último encontro. O dom: O sharingan no olho esquerdo! – Orochimaru desconversou e Hatake arregalou o olho. Ele sabia que sua fama havia chegado ao mundo, mas ouvir aquilo daquele homem... 

Ele franziu o cenho, assumindo uma posição ainda mais defensiva do que a de antes. 

—Qual é o seu jogo? – O sorriso sádico de Orochimaru arreganhou seus lábios largos.

—Otogakure, a vila que tem causado tanta curiosidade ultimamente... Ela é minha. Eu a criei. Acho que entende sem que eu diga mais nada. 

Kakashi engoliu em seco. Aquilo não era boa coisa. Peões de Orochimaru agindo a plena luz, andando livremente pela vila, disfarçados de simples competidores da Prova Chuunin. Se acontecesse alguma coisa, se o Hokage tomasse qualquer medida contra eles, isto seria visto como traição de tratados de paz. Alianças se fragilizariam. As outras vilas retirariam seus ninjas imediatamente. Mas explanar a todo mundo que Konoha havia sido invadida daquela forma passaria um atestado de fraqueza, principalmente naquele tempo de paz tão frágil. Jogada inteligente. Malignamente inteligente.

—Você e sua ambição desmedida. – O jounin fez uma carranca enquanto a risada leve do outro preenchia o ar. Orochimaru parecia uma criança olhando para um brinquedo novo, os olhos amarelos fosforecendo em meio à penumbra com um brilho maligno. Aquilo era um jogo para ele. Uma brincadeira.

—Ah, sim, de fato. Mas para jogar esse jogo você precisa colocar peças no tabuleiro, para que os peões façam a sua vontade.

—E Sasuke é um de seus peões?

—Não, um peão não. Ele é uma peça muito mais valiosa do que essa. Mas, quanto aos outros... Bem, você sabe como é um jogo de xadrez. Algumas peças devem se sacrificar. – Orochimaru deu uns passos a frente e Kakashi se colocou em posição de combate, colocando a mão para baixo. Ele estava prestes a formar seu jutsu original, mas, em um instante, correntes de puro chakra dourado se projetaram das sombras, enrolando-se ao redor das pilastras entre Kakashi e Orochimaru e bloqueando o caminho do sannin. Ao terminarem de se enrolar, as correntes criaram uma barreira da mesma cor, brilhando fracamente à meia luz. O sannin riu e Kakashi se espantou, desarmando a postura de ataque.

—O que...? – Kakashi perguntou, dando um passo para trás.

—O chakra de força vital dos Uzumaki. Faz muito tempo que não vejo a Chakra Kusari no Kekkai. Então você está aqui também, não é, Haruka-san? – De onde as correntes partiram, o som de passos ficou mais forte até a forma da ruiva finalmente chegar até o raio de luz. O olho azulado encarava Orochimaru com frieza.

—Haruka... O que você está fazendo aqui? E a Prova?

—Deixei um clone cuidando das coisas. Quanto a você, Orochimaru... O que o fez voltar após tanto tempo? – Os olhos ofídicos do sannin se demoraram sobre a moça. A frieza que a safira de Haruka exalava era diferente de tudo o que Kakashi tinha visto nela até aquele momento. Parecia que a Haruka sorridente e bondosa que ele conhecia era nada mais que um fantasma, e em seu lugar, tinha outra pessoa completamente diferente. 

Não... Aquela era Haruka. Era a tal Tekken com a qual muitos dos ninjas mais poderosos que existiam tomavam cuidado. Ele já ouvira histórias sobre ela. Sobre como ganhara a fama de Tekken e seu estilo de luta. Ao conviver com Haruka naqueles dias, parecia quase como se aquela menina doce que ele conheceu nunca havia mudado. Que a Tekken era uma lenda.

Mas agora, ele vira que não era.

Ali estava uma kunoichi que resistira aos horrores daquele mundo caótico. Os restos frios e sem vida de uma alma que já fora cheia de inocência e alegria. Aquela era pessoa que Kakashi não conhecia... Até aquele momento. Alguém como ele.

O sannin notou algo estranho e mais uma vez, seus lábios se curvaram em um sorriso.

—Nossa, que interessante. Eu atrás de um usuário de sharingan e aqui estou no meio de tantos... O mundo realmente dá voltas. – Kakashi arregalou o olho. Haruka deu um sorriso torto.

—Surpreendente. Você realmente é incrível, Orochimaru.

—O que você quer dizer com isso...? – O Hatake parecia perdido, mas a Namikaze tinha o olhar focado no sannin.

—É uma longa história. – Ela deu de ombros, sem vontade de responder a perguntas complicadas naquele momento. O sannin olhava a moça como se algo lhe tivesse despertado o interesse.

—Eu não seria quem sou se não fosse bem informado. De fato, estou curioso quanto a maneira pela qual você nunca usa esse poder magnífico em batalha, e como você o conseguiu.

—E continuará com esta curiosidade. Só lamento. – A ruiva deu de ombros e ergueu os antebraços, num perfeito gesto de quem diz: que pena, né? O sannin gargalhou suavemente.

—Você é uma pessoa interessante, Namikaze Haruka. Se eu já não tivesse cobaias do clã Uzumaki, você seria um espécime perfeito. Que pena que agora eu só tenho olhos para o nosso pequeno Uchiha.

—E você não o terá. – O tom da ruiva era calmo e frio, e ela falava com desenvoltura e naturalidade. Kakashi a encarou, estupefato e assentiu, sentindo-se um pouco mais confiante. Voltou o olhar para o sannin.

—Exatamente. Sasuke é um membro de Konoha, e meu aluno. Se você tentar se aproximar dele, terei de matá-lo.

—Vocês acham mesmo que conseguem impedir esse garoto de vir a mim? Ele tem sede de poder, é um vingador. Se ele vir em mim uma oportunidade para concluir seu objetivo, ele virá.

A calma de Haruka se esvaiu em um mísero instante, voltando a ser aquela pessoa que Kakashi conhecia. A frieza no olho muito azul se transformou no mais puro ódio, faiscando perigosamente. Ele ia usar o sentimento de Sasuke contra ele. Ia brincar com aquilo...

—Seu maldito!! – E, sem nenhum aviso, uma das correntes pontiagudas da ruiva se partiu em duas e empalou Orochimaru. Kakashi arregalou o olho enquanto o sannin derretia, se transformando em lama. A voz dele ecoou no ar.

—Que rude... Eu esperava mais decoro de uma embaixadora. Vocês podem tentar me matar se quiserem, mas marquem minhas palavras: Sasuke virá a mim, e não há nada que possam fazer! – Ao deixar a risada ecoar, a presença do sannin desapareceu. Haruka cobriu o olho esquerdo com a mão, fazendo uma careta de dor enquanto a barreira desaparecia. Kakashi andou até ela, preocupado.

—Você está bem?

—Sim, foi só um acesso de raiva. Não se preocupe, senpai, eu estou bem. – Kakashi a segurou pelos ombros e forçou-a a sentar. Haruka obedeceu, parando um minuto para suportar a dor até que ela parasse. Ele a encarou por alguns segundos em silêncio, antes de perguntar.

—Aquilo que o Orochimaru disse... Do que ele estava falando?

O olhar da ruiva se demorou sobre ele, como se julgando se podia confiar ou não. Suspirando, ela jogou a franja que cobria o rosto para trás, revelando o tapa olho. Ela o retirou e o olho esquerdo permaneceu fechado por um tempo, até que ela o abriu.

Kakashi não conseguia acreditar no que via.

—Haruka... Como...?

—É uma história complicada, e não sei se estou habilitada a contá-la. Só me prometa que não vai sair contando isso por aí, ok? Considere isso como um trunfo meu, e eu ficaria extremamente chateada se alguém mais soubesse.

Kakashi abriu a boca para argumentar, mas fechou logo em seguida. A maneira como ela conseguira aquilo realmente importava? Ele tinha um pressentimento ruim quanto aquilo. Muito ruim. Não era em relação a ela, mas àquilo e como ela o carregava. Parecia um fardo. Algo escondido, que ela não queria que ninguém visse. Uma parte vulnerável. Uma ferida de sua alma.

—Muito bem, Haruka. Eu vou ficar quieto sobre isso. Mas me prometa que um dia você vai me contar, certo?

—Certo. – A Uzumaki sorriu para ele. Os olhos lhe encaravam, com satisfação por convencê-lo a manter sua palavra.

 

O olho direito era azul escuro, calmo, tranquilo e expressivo assim como os olhos de seu pai e seu irmão. O esquerdo era carmesim, com pequenas vírgulas negras ao redor da pupila.

 

Um sharingan.

 

 

Ela convencera Kakashi a deixá-la carregar Sasuke até o hospital. Ela só esperava voltar a tempo da luta de Naruto. Não sabia muito do que o irmão era capaz em combate, e queria muito descobrir. Queria estar lá para ele, porém Sasuke demandava mais sua atenção no momento. Ela sabia que lembraria de tudo o que o clone viu ou passou, mas não era a mesma coisa. Queria vê-lo por si mesma. Queria ver a extensão do poder do irmãozinho, o quanto sua determinação e força eram singulares ou se haviam mais traços de seus pais nele. Ela queria descobrir tudo sobre ele.

Ela olhou para o céu nublado. Eram 13:00, mas parecia quase noite. As nuvens cobriam o sol, bloqueando a luz e deixando Konoha em baixo de nuvens tempestuosas. Um vento frio soprava os cabelos da ruiva e revelava o tapa olho colocado sobre o orbe esquerdo. O dia em que ela ganhara aquele olho também estava sombrio daquele jeito. Um sorriso suave e triste adornou o rosto bonito da ruiva. Nem Saru no Jiji, nem o daimyo, nem Tsunade-sama ou nem o Gama-ojii-san, ninguém sabia daquilo. Ninguém que havia visto aquele sharingan continuava vivo.

De qualquer forma, ela confiava em Kakashi. Ele era centrado e inteligente. Ele entenderia que ela tinha razões para não contar e a conhecia o suficiente para confiar nela. Haruka, dentre todas as pessoas, nunca trairia a vila ou ofereceria perigo para aquelas pessoas. Isso seria o bastante para silenciá-lo. Por hora.

Orochimaru a fazia se rasgar de raiva com sua maldade. Ela conhecia alguns dos ex-experimentos do nukenin. Sabia como sofreram nas mãos dele. O homem era um monstro.

—Sasuke, por favor, seja racional. Não se encontre com aquele monstro. Você conseguirá ficar forte por sua própria conta. Não faça nada estúpido, ok? – Ela encarou o rapaz em suas costas e viu que ele continuava desmaiado. Um sorriso sem humor curvou os lábios finos da ruiva. – É claro, você não está ouvindo, não é? Tudo bem... Desde que essas palavras não saiam da sua mente. – O garoto era importante para pessoas de quem Haruka gostava. Se acontecesse algo com ele, aquelas pessoas sofreriam. Ela sofreria.

Mas que criança problemática.

Ao chegar ao hospital, os paramédicos levaram o rapaz embora para o quarto e ela ficou no corredor por alguns segundos. O acordo com Kakashi era que assim que ele visse a luta de Naruto e Sakura, ele trocaria de lugar com ela para vigiar o Uchiha. Fazendo mais um kage bunshin para acompanhar os paramédicos, a Uzumaki lançou mais um olhar aos céus antes de voltar para a torre e destrocar com seu clone. A poeira que as lutas levantavam era uma ótima oportunidade para destrocar sem ser notada.

Ainda tinha muita coisa por descobrir naquela história. Hoje ela confirmara três coisas.

Otogakure pertencia a Orochimaru.

 

Orochimaru estava atrás de Sasuke.

 

E ele atacaria a vila.


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Notas finais do capítulo

E aqui está a razão pela qual essa pessoa nunca mostra o olho.

Como será que a bicha arrumou esse sharingan, ein?

Continuem acompanhando que vocês vão descobrir!


Ja ne

Kissus, Ina-sama



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